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PRAIA DOS OSSOS
Resenha sobre o caso de feminicídio e a versão dos fatos.
O crime da PRAIA DOS OSSOS, é a história do assassinato da socialite mineira Ângela Diniz, morta no ano 1976, por seu próprio namorado, com quatro tiros no rosto. No final dos anos 1970, Ângela Diniz passou de vítima do parceiro a algoz do próprio assassino ou, ao menos, foi assim que a opinião pública tratou sua memória quando o autor dos disparos, Doca Street, se queixou das dificuldades de conviver com uma mulher que não andava na linha para os padrões da época.
Tanto é, que houve várias as opiniões formadas sobre o crime. Algumas pessoa eram contra o criminoso, pelo fato de que ele não tinha o direito de tirar a vida de outra por motivo algum, no mais, outras eram a favor e apoiavam Doca , alegando que o crime teria sido cometido por amor, que por motivos de traições levou o RÉU a agir por necessidade, já que feriu sua dignidade e reputação.
Tal julgamento foi disputado por dois grandes advogados criminalista, reconhecidos como os melhores de todos os tempos, EVANDRO LINS E SILVA, em defesa de DOCA STREET, E EVARISTO DE MORAIS FILHO, em defesa de ANGELA DINIZ.
TESES DA ACUSAÇÃO
Foram alegados em acusações contra DOCA, que o mesmo sempre viveu sustentado por todas as mulheres com quem teve casos e era traficante. Confirmando assim, o crime foi cometido com a intenção de Doca ficar com todo o dinheiro de sua namorada. No mais, o advogado Evaristo se atentou apenas em se basear do momento do crime, alegando que Doca não agiu de forma passional, no automático, sem pensar, pelo contrário, teve todo o controle da situação, pois foi demonstrado que a vítima tentou se proteger dos disparos e que houve um intervalo de entre os tiros, o que configura que ele teve todo o tempo de se arrepender e desistir do ato, mas não o fez, prosseguindo com a intenção e por fim a consumação do crime.
TESES DA DEFESA
Em contrapartida, Evandro se firmou tanto na vida pessoal de DOCA, como a de ÂNGELA, para suas argumentações. Sendo a principal a tese de legítima defesa da honra, dominado por uma ideia fixa que o levou a um gesto de violência. Pois o acusado teria a matado para proteger a própria honra e imagem ameaçada pelo comportamento de Ângela.
Para defender seu cliente, usou de artimanhas da vida cotidiana de que o mesmo era muito trabalhador e que sempre cuidou muito bem de todas as suas ex-mulheres, ser uma origem bastante conservadora foi o principal jogo de defesa, já que sendo uma pessoa conhecida e de reputação inquestionável, o ajudava para melhor julgamento, para uma decisão justa e perceber a diferença entre sua vida e de Ângela, pois esta vivia totalmente fora dos padrões permitidos e aceitáveis na sociedade, uma vida livre, depravada, com traições, processos de sequestros dos filhos, dependente de tóxicos e entorpecentes. Esses eram os pontos principais a que a defesa se sustentava, para que o júri percebesse até que ponto a vítima contribuiu mais ou menos para a tragédia. E que esses comportamentos eram uma ameaça para a honra de Doca, que era provocado constantemente de forma lasciva, para a própria morte.
Entende-se o advogado de defesa, que se o júri não entender por deixar Doca sem castigo, que se julgue pelo excesso culposo de legítima defesa
DA SENTENÇA
Decidiu o juiz pela condenação de DOCA no crime do art. 121, inciso II do CP, com pena de 2 anos de detenção, mas como o mesmo já havia cumprido 7 meses de pena, e preenchia os requisitos necessários para a suspensão condicional da pena, optou por suspender pelo prazo de 3 anos, tendo DOCA STREET, saído livre do tribunal. Enfim, por todos os fatos e o devido julgamento, ÂNGELA, foi condenada moralmente por seu modo de viver, e DOCA, um condenado moralmente absolvido pelo crime e sua tese da legítima defesa da honra.

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