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MARÍLIA ARAÚJO – P2 MEDICINA • Representa cerca de 40-50% dos tecidos nos adultos CLASSIFICAÇÃO DE ACORDO COM A APARÊNCIA/LOCALIZAÇÃO • ESTRIADO (ESTRIAÇÕES TRANSVERSAIS): Tecido muscular estriado cardíaco Tecido muscular estriado esquelético Tecido muscular estriado visceral (Ross e Pawlina - envolve diretamente os tecidos moles) • LISO: Tecido muscular liso PRINCIPAIS FUNÇÕES • Estriado cardíaco: bombeamento rítmico no coração • Estriado esquelético: movimento dos esqueletos axiais e apendicular e manutenção da posição e postura do corpo • Estriado visceral: tecidos moles (língua, faringe, diafragma e parte superior do esôfago → fala, respiração e deglutição) • Liso: órgãos ocos e tubulares (tubo digestório, vasos sanguíneos, trato genito-urinário, respiratório) → movimento de substâncias pelo corpo (circulação do sangue e linfa e propulsão de líquidos e alimentos) TERMINOLOGIA ESPECÍFICA • Células musculares Fibras musculares (esqueléticas) • Citoplasma Sarcoplasma • Membrana plasmática Sarcolema • Filamentos de actina e miosina Miofilamentos • RE Retículo Sarcoplasmático (armazena cálcio) TECIDO MUSCULAR ESTRIADO ESQUELÉTICO • Miócitos (mm – metro): FORMA CILÍNDRICA • Multinucleados e periféricos: fusão de pequenas células individuais – mioblastos • Grande quantidade de miofilamentos (actina e miosina): estrias transversais - contração voluntária • Arranjadas paralelamente: abrigando vasos sanguíneos • Corte transversal – muitos núcleos e periféricos • Corte longitudinal – presença de estrias (cores diferentes) • Corte longitudinal - presença das estrias CONSTITUINTES EXTERNOS À MEMBRANA MUSCULAR CELULAR • Células satélites: aderidas intimamente ao sarcolema - ativadas em traumas ou estresse mecânico. Atuam como células regenerativas MARÍLIA ARAÚJO – P2 MEDICINA • Lâmina basal (externa): rede de fibras reticulares e glicoproteínas que envolvem cada fibra muscular e as células satélites ORGANIZAÇÃO DO MÚSCULO ESQUELÉTICO • Epimísio: tecido conjuntivo denso, circunda os grupos de fascículos • Perimísio: tecido conjuntivo frouxo, envolve o conjunto de fibras (feixe ou fascículos) • Endomísio: LB - envolve as fibras OBS: Tecido conjuntivo possui – fibroblastos (fibras colágenas), vasos sanguíneos e nervos ORGANIZAÇÃO DAS MIOFIBRILAS • Banda A: Anisotrópica ou escura (Actina e miosina). Possui uma região central mais clara, chamada de zona H (só possui miosina) • Banda I: Isotrópica ou clara (apenas actina). Ela é dividida ao meio, formando a linha Z • Verde: filamentos finos (actina) • Vermelho: filamentos grossos (miosina) • Linha M: linha densa estreita. Divisão da zona H • Sarcômero: unidade funcional contrátil ESTRUTURA INTERNA DA MEMBRANA MUSCULAR MIOFIBRILAS • Subunidade estrutural e funcional da fibra • Se estendem em todo comprimento da fibra muscular • São compostas por feixes de miofilamentos MIOFILAMENTOS • Polímeros filamentosos de actina e miosina • São circundados pelo reticulo sarcoplasmático MARÍLIA ARAÚJO – P2 MEDICINA • Nas proximidades dos túbulos T existem as cisternas, juntos formam a tríade • As mitocôndrias encontram-se entre as miofibrilas, no espaço entre as miofibrilas e a membrana plasmática LEMBRANDO • A estriação é observada em células vistas longitudinalmente • Posição periférica dos núcleos é melhor observada em cortes transversais • Corte transversal: as fibras longitudinais estão separadas umas das outras • Grandes espaços entre os grupos celulares: só aparecem nos cortes histológicos (não ocorre in vivo), por conta do tratamento das peças. Além do tempo em excesso, o micrótomo do microscópio fatia as peças as fibras longitudinais estão separadas umas das outras. • Existe uma pequena quantidade de tecido conjuntivo frouxo entre as fibras musculares CONTRAÇÃO MUSCULAR • Constituintes: elementos que são importantes para que ocorra o processo de contração Miofibrilas (actina e miosina) Troponina e tropomiosina Sarcômero ATP Cálcio • Controle: sistema nervoso (neurônios motores) CONTROLE – NEURÔNIOS • Se originam na região de medula (tronco encefálico) • Cada músculo recebe um ou mais neurônios motores que se originam da medula e tronco encefálico • Axônios dos neurônios motores se ramificam pelo perimísio, originando brotos ou ramos (dilatação) que terminam nas fibras musculares (seta amarela) • Placa motora ou junção neuromuscular – ponto de união entre o broto e a membrana da fibra muscular • Perda da bainha de mielina: forma uma dilatação • O sarcolema forma projeções, as dobras juncionais: receptores para acetilcolina • Junção neuromuscular (porção final do axônio): recoberta pela lâmina externa da célula de Schwann MARÍLIA ARAÚJO – P2 MEDICINA • Um neurônio juntamente com as fibras que ele inerva é denominado de unidade motora • Músculos capazes de movimentos mais delicados apresentam menor quantidade de fibras musculares/neurônio motor • O axônio sofre ramificações e estimula mais de uma fibra muscular CONTRAÇÃO MUSCULAR COMPLEXO DE TRÊS SUBUNIDADES • TnT: se liga à tropomiosina • TnC: grande afinidade com íons cálcio • TnI: cobre o sítio ativo da actina MECANISMO DE CONTRAÇÃO 1) Em repouso: ATP liga-se à miosina 2) Estímulo nervoso: placa motora: • Despolarização da membrana do REL • Abre os canais de Ca2+ • Ca+2 difunde-se e atua na troponina C, possibilitando: OBS: Na imagem falta o neurônio motor, para que se inicie a contração muscular 3) Alteração da conformação das três subunidades da troponina 4) Deslocamento da tropomiosina para dentro da hélice da actina – exposição do sitio ativo da actina 5) Ligação da Miosina com a actina – ATP se decompõem ADP+ Pi – libera calor 6) Resultado: deformação da cabeça da miosina - empurra o filamento de actina 7) Miosina se liga a uma nova molécula de ATP (desfaz a ligação miosina – actina) MARÍLIA ARAÚJO – P2 MEDICINA • Encurtamento da fibra muscular durante a contração, podendo diminuir cerca de 2/3 do seu comprimento, ou até mesmo à metade • Assim que cessa o estímulo, O cálcio é rebombeado para o interior do retículo sarcoplasmático, cessando a contração TECIDO MUSCULAR ESTRIADO CARDÍACO • Um núcleo central • Estrias transversais • Células alongadas e ramificadas (unidas em suas extremidades por discos intercalares), ricas em mitocôndrias • Discos intercalares: linhas transversais fortemente coráveis, pontos de junções entre células (nas extremidades) ESTRUTURA EXTERNA • São circundadas por uma bainha de tecido conjuntivo • Ricos em capilares sanguíneos • Visualiza-se na segunda imagem, em um corte longitudinal, a presença de estrias e dos pontos de união, os discos intercalares ESTRUTURA INTERNA • 3 especializações presentes nos discos intercalares: Z. adesão: ancoram os filamentos de actina dos sarcômeros terminais Desmossomos: união celular – ligam as células entre si Junções comunicantes: passagem de íons - promovem a rápida propagação da despolarização da membrana • Numerosas mitocôndrias e de grande tamanho e reservas de glicogênio, dispostas longitudinalmente: estendem-se pelo sarcômero • Os filamentos contráteis de actina e miosina são arranjados nas miofibrilas • Túbulos T são maiores, um por sarcômero • Retículo sarcoplasmático está organizado em rede, não separa os miofilamentos em miofibrilas definidas MARÍLIA ARAÚJO – P2 MEDICINA • Pequenas cisternas terminais da rede estão em intima conexão com os túbulos T, formando uma díade HISTOLOGIA TECIDO MUSCULAR LISO • Miócitos alongados, fusiformes: maisespessos no centro e afiladas nas extremidades, núcleo único e central (oval), sem estrias transversais • Ocorre na parede de vísceras ocas: trato gastrointestinal, útero, trato urinário • Comprimento: varia de 15μm a 200μm (paredes dos pequenos vasos sanguíneos) e 500μm no útero gravídico • Não tem uma organização de forma coordenada das proteínas, então não apresenta estrias ORGANIZAÇÃO DOS FILAMENTOS • Organelas citoplasmáticas: numerosas mitocôndrias, RE, complexo de golgi, glicogênio • Miofilamentos de actina e miosina em todas as direções: trama tridimensional • Citoesqueleto: Filamentos intermediários de desmina e vimentina • Interconectadas por junções comunicantes • Miosina está dispersa por todo sarcoplasma • Actina encontra-se fixada aos corpos densos • Corpos densos: Variedade de proteínas de fixação – α actinina Citoplasma ou aderidos membrana plasmática Local de fixação para filamentos finos (actina) e intermediários • Filamentos intermediários: São parte do citoesqueleto Desmina e Vimentina Prendem-se aos corpos densos MARÍLIA ARAÚJO – P2 MEDICINA • Actina ESTABILIZADA com tropomiosina EXTERNAMENTE INERVAÇÃO DO MÚSCULO LISO • NÃO possui junções neuromusculares (placas motoras), não ocorre contato entre a fibra nervosa e a muscular • Axônios formam dilatações entre as células (botões de passagem) – se encontram adjacentes às células musculares e contém: Vesículas sinápticas com neurotransmissores (vão estimular a fibra muscular) • Nem todas as células estão expostas diretamente ao neurotransmissor - graus variados de controle do SN autônomo (ondas lentas/rápidas) TIPOS DE MÚSCULO LISO UNITÁRIO • Nem todas as células musculares estão expostas ao neurotransmissor • Neurotransmissor ou hormônio estimula uma fibra – o potencial é propagado as vizinhas por Junções comunicantes (GAP) • Contração como uma única unidade (uníssona) • Ocorre nos arranjos tubulares que formam parte das paredes das pequenas artérias e veias, e também em órgãos ocos como estômago, intestinos, útero e bexiga urinária MULTIUNITÁRIO • Cada célula é estimulada de maneira independente por seus próprios neurônios motores terminais • Contração individual da fibra • Paredes de grandes artérias, nas vias respiratórias dos pulmões, nos músculos eretores dos pelos, nos músculos da íris MARÍLIA ARAÚJO – P2 MEDICINA HISTOLOGIA • Parte inferior: fibras transversais • Parte superior: fibras longitudinais CORRELAÇÕES CLÍNICAS 1) ESCLEROSE LATERAL AMIOTRÓFICA (ELA) → Distrofia neuromuscular ou doença neuromuscular degenerativa • Etiologia complexa, de evolução rápida e fatal • Qual o tipo celular afetado na ELA? Degeneração progressiva do primeiro e segundo neurônio motor, localizados no cérebro, tronco cerebral e medula espinal • Qual é a causa? Diversos genes recentemente identificados codificam quinases. A hipótese é de que o processo de desfosforilação impulsiona o processo da doença resultando em degeneração seletiva do neurônio motor em diferentes variantes da doença • Qual o resultado para o paciente? Atrofia muscular progressiva pela falta de estímulo e de contração. O paciente perde a mobilidade, a fala, a deglutição, a doença progride e ele morre por insuficiência respiratória • Qual a sobrevida? Cerca de 76% dos pacientes – até 3 anos De 8 a 16% dos casos – 10 anos 2) HIPERTROFIA → O tecido muscular estriado esquelético cresce, e esse crescimento está relacionado ao aumento do tamanho das células. Há a formação de novas miofibrilas, por elevação da síntese proteica, para promover a adaptação celular
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