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Prova final - Literatura portuguesa

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1.
	A célebre estátua de Laocoonte tem despertado o interesse dos estudiosos das artes de todas as partes do planeta, desde sua descoberta em 1506. O mito da punição do sacerdote troiano constituiu fonte de inspiração de grandes escritores do Ocidente, como Homero, Sófocles, Virgílio e Dante, além de muitos pintores e escultores. Com base no exposto, avalie as afirmações a seguir e a relação proposta entre elas:
I- Na perspectiva da estátua, a representação da dor, assinalada pelas leis visuais impõem a figuração de modo totalmente diverso da poesia.
PORQUE
II- Ao contrário do que muitos ainda interpretam, o poeta Horácio, por exemplo, não afirma que a poesia ou a escultura são iguais à pintura, mas diz que sua fruição estética é superior. Com essa distinção ele não disfarça sua preferência pela poesia. 
Assinale a alternativa CORRETA:
	a)
	A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.
	b)
	A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.
	c)
	As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa da I.
	d)
	As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa da I.
	2.
	De uma certa maneira, o estilo Barroco, no cenário social, histórico, econômico e cultural em que surgiu, valia-se da sua estética para disseminar certo terror imposto pela Reforma e pela Contrarreforma. Em suma, ele servia aos interesses desses movimentos, já que, veladamente, impunham-se limites à liberdade de expressão, de pensamento. A sociedade era mantida em estado de submissão, dependência, amendrontada, até, poder-se-ia dizer, presa aos interesses reformistas e contrarreformistas. Na sua estética, o Barroco valia-se de duas correntes: o cultismo e o conceptismo. Acerca dessas duas características, associe os itens, utilizando o código a seguir: 
I- Cultismo.
II- Conceptismo.
(    ) Cultivado pelo espanhol Francisco Gomez Quevedo y Villegaz.
(    ) Tinha por objetivo ocultar uma temática banal e estéril.
(    ) Ocultava sob o trabalho a perfeição na forma.
(    ) Pesquisava a essência íntima dos objetos.
(    ) Cultivado pelo espanhol Luís de Gôngora.
Agora, assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
	a)
	II - I - I - II - I.
	b)
	II - I - II - I - I.
	c)
	I - II - I - II - II.
	d)
	I - II - II - II - I.
	3.
	Uma terceira chave conceitual de estudos sobre a recepção na América Latina refere-se à leitura. Nos livros de Bakhtin há uma proposta de mudança de lugar do texto como eixo da investigação que coloca a interação dialógica como o verdadeiro objeto da investigação cultural, chegando-se à leitura como interação-comunicação. Sobre o foco investigativo proposto para o desenvolvimento de estudos e pesquisas sobre o ato de ler, assinale a alternativa CORRETA:
	a)
	Os meios de comunicação e o seu controle sobre a opinião do leitor.
	b)
	A interação acionada pelo texto em determinada situação comunicativa.
	c)
	O texto e, a partir dele, a compreensão do leitor.
	d)
	O leitor-indivíduo, que atribui um significado pessoal para o texto.
	4.
	Segundo Massaud Moisés (2008. p. 169), com o Romantismo, abre-se um ciclo de cultura inteiramente novo, correspondente à diminuição do poder das oligarquias reinantes em favor das monarquias constitucionais ou das repúblicas federativas, e ao aparecimento do Liberalismo em política, moral, arte etc. Na literatura, no que se refere ao Romantismo, assinale a alternativa CORRETA:
FONTE: MOISÉS, Massaud. Romantismo. A Literatura Portuguesa. São Paulo: Cultrix, 2008.
	a)
	O romantismo contempla o outro, ou seja, seu olhar está voltado para os sentimentos alheios e coletivos.
	b)
	O Romantismo defende a pureza dos gêneros literários, dando lugar à ordem clássica.
	c)
	Os escritores românticos preferem a visão que os clássicos tinham da vida e da arte.
	d)
	Os autores românticos repudiam os modelos e as normas, pregando a liberdade na criação artística.
	5.
	No que se refere ao Classicismo português, pode-se dizer que este estilo foi muito bem aceito em Portugal. Neste período, Portugal teve grande progresso. Este estilo incorpora valores da cultura greco-latina e integra-se no universo artístico, trazendo à baila também as divindades da mitologia. Essa nova concepção passa a chamar-se Classicismo porque os "clássicos" compunham-se dos antigos filósofos e poetas gregos e latinos, considerados dignos e importantes de serem estudados. Acerca dessa escola literária, analise as sentenças a seguir:
I- São considerados influenciadores do Classicismo português Homero, Virgílio e Dante Alighieri.
II- O Classicismo português esquivou-se a incorporar a imitação dos valores clássicos gregos e romanos.
III- Dentre as obras clássicas greco-latinas imitadas no Classicismo português destacam-se Iracema (José de Alencar), Dom Casmurro (Machado de Assis) e Eneida (Virgílio).
IV- Os gêneros epopeia, ode, elegia e soneto foram imitados no Classicismo português.
V- Dentre as obras clássicas portuguesas, merece destaque a epopeia Os Lusíadas, de Camões.
Assinale a alternativa CORRETA:
	a)
	As sentenças II, III e V estão corretas.
	b)
	As sentenças I, II, IV e V estão corretas.
	c)
	As sentenças I, II e IV estão corretas.
	d)
	As sentenças I, IV e V estão corretas.
	6.
	O estilo barroco, ao que parece, começou a tomar forma em meados do século XVI, ao mesmo tempo em que tinha início o movimento da Reforma e da Contrarreforma. Nesse período, vive-se uma época de certa austeridade, um tempo de repressão, de liberdade de pensamento um tanto censurada. O ser humano, nesse tempo, colocava-se numa situação de pequenez diante de Deus e, do mesmo modo, diante da instituição Igreja. Diante desse contexto, a arte, principalmente a literatura, reflete essa situação do ser humano, o que resulta nas características do Barroco: o jogo de oposições, exageros (rebuscamento), apelo à religião, a presença da luz e das sombras, a valorização do movimento. O movimento que o segue é o Classicismo, o qual retoma os valores greco-latinos, e os classicistas trazem consigo também as diferentes características desse movimento, dentre as quais se poderiam destacar as várias formas de composição. Um dos introdutores dessas novas formas de composição foi Sá de Miranda, que passou certo tempo estudando na Itália. A introdução dos novos formatos de composição foi possível graças ao fato de Sá de Miranda conviver, no território italiano, com os grandes expoentes do Humanismo. Destes herdou novas concepções literárias, o que lhe permitiu desfazer-se das visões medievalistas e aderir a um novo movimento, e levá-lo ao território lusitano. Acerca de algumas características barrocas e classicistas, associe os itens, utilizando o código a seguir:
I- Barroco.
II- Classicismo.
(    ) Adesão à ideia do homem como o centro de tudo, e não mais Deus.
(    ) O jogo das oposições, irregularidades e rebuscamento. 
(    ) Vontade de reaproximar o homem a Deus.
(    ) Interesse do homem pelas obras da Grécia e da Roma antigas.
Agora, assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
	a)
	I - II - II - I.
	b)
	I - I - II - II.
	c)
	II - I - I - II.
	d)
	II - I - II - I.
	7.
	Em 1868, o grupo de jovens acadêmicos da Universidade de Coimbra, que se opunha ao romantismo, após um tempo de dispersão, volta a se encontrar em Lisboa, sob a denominação de Cenáculo. E é este mesmo grupo que, em 1871, resolve organizar uma série de palestras, com o fim de discutir questões de ordem ideológica que então interessavam à gente culta da Europa e da América do Norte, em um evento denominado Conferências Democráticas do Cassino Lisbonense, publicadas no manifesto: A Revolução de Setembro (1871). Sobre os objetivos desse manifesto, avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas:
I- Expandir as ideias e os trabalhos que versavam sobre a transformação social, moral e política.
PORQUE
II- Era preciso manter o pais de Portugal sob os valores tradicionais da monarquia.
Assinale a alternativaCORRETA:
	a)
	As duas asserções são proposições falsas.
	b)
	As duas asserções são proposições verdadeiras, e a segunda é uma complementação correta da primeira.
	c)
	A primeira asserção é uma proposição verdadeira, e a segunda é uma proposição falsa.
	d)
	A primeira asserção é uma proposição falsa, e a segunda é uma proposição verdadeira.
	8.
	Por volta de 1871, ocorre em Portugal a Questão Coimbrã, que, pelo viés do Realismo, eram Conferências Democráticas que definiam os verdadeiros propósitos e consagravam a nova arte. Sobre a Questão Coimbrã, analise as sentenças a seguir:
I- Era um movimento que motivava a tomada de posição dos escritores portugueses em favor da estética romântica.
II- Resultou do confronto entre jovens estudantes de Coimbra e alguns poetas ultrarromânticos de Lisboa. 
III- Antero de Quental, como acadêmico da Universidade de Coimbra e autor das Odes Modernas, foi um importante representante do novo modelo de poesia.
IV- O objetivo das conferências era expor questões contemporâneas religiosas, literárias, políticas, sociais e científicas.
Assinale a alternativa CORRETA:
	a)
	As sentenças I, II e IV estão corretas.
	b)
	As sentenças I, II e III estão corretas.
	c)
	As sentenças I e IV estão corretas.
	d)
	As sentenças II, III e IV estão corretas.
	9.
	O Humanismo é uma corrente filosófica e artística que surgiu no século XV na Europa. O marco inicial do humanismo literário português foi a nomeação de Fernão Lopes para cronista-mor da Torre do Tombo, em 1418. Na literatura, o Humanismo representou o período de transição entre o Trovadorismo e o Classicismo, bem como da Idade Média para a Idade Moderna. Considerando esse contexto, avalie as seguintes asserções e a relação proposta entre elas:
I- O Humanismo corresponde ao conjunto de valores filosóficos, morais e estéticos que focam no ser humano. 
PORQUE 
II- Ao compreender o outro, como ser vivente, o homem passa a compreender-se também.
Assinale a alternativa CORRETA:
	a)
	As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa da I.
	b)
	As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa da I.
	c)
	A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.
	d)
	A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.
	10.
	"Os românticos revoltam-se contra as regras, os modelos, as normas, batem-se pela total liberdade na criação artística, e defendem a mistura e a impureza dos gêneros literários. Em lugar da ordem clássica, colocam a aventura; ao cosmos, como sinônimo de equilíbrio, preferem o caos, ou a anarquia; ao universalismo clássico opõem um conceito de arte extremamente individualista: substituem a visão macrocósmica que os clássicos tinham da vida e da arte, por uma visão microcósmica, isto é, centrada no eu interior de cada um" (MOISÉS, 2008, p. 169-170). A respeito dessa concepção, avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas:
I- O escritor romântico contempla a si mesmo como se olhasse permanentemente para um espelho.
PORQUE
II- Quando se projeta para fora de si, não é capaz de ver os objetos ou os sentimentos alheios e coletivos senão como reflexo e prolongamento do próprio eu.
Assinale a alternativa CORRETA:
FONTE: MOISÉS, Massaud. A Literatura Portuguesa. São Paulo: Cultrix, 2008.
	a)
	A primeira asserção é uma proposição falsa, e a segunda é uma proposição verdadeira.
	b)
	A primeira asserção é uma proposição verdadeira, e a segunda é uma proposição falsa.
	c)
	As duas asserções são proposições falsas.
	d)
	As duas asserções são proposições verdadeiras, e a segunda é uma complementação correta da primeira.
	11.
	(ENADE, 2005) O crítico José Guilherme Merquior, ao analisar a questão da literatura na Modernidade, afirma:
[...] a partir de Flaubert e Baudelaire, instala-se nas letras o senso da "vacuidade do ideal"; emerge a tradição moderna como literatura crítica. O ideal esvaziado de conteúdo, assinalado pelo crítico, no texto de Eça de Queirós:
	a)
	Pode ser associado à "escangalhada catedral romântica".
	b)
	É tido como consequência da "propaganda do amor ilegítimo".
	c)
	É considerado causa da ação de "celebrar missa durante tantos anos".
	d)
	Constitui a busca do "paladino da moral".
	12.
	(ENADE, 2014) Talvez o maior lugar-comum da crítica literária no Brasil, hoje, seja o de que o texto é múltiplo. Simples assim: a multiplicidade como algo quase dado, uma característica praticamente a priori das obras, que a interpretação só precisaria atestar ou confirmar. Justamente por ser um lugar-comum, a crença em uma multiplicidade essencial ou ontológica da literatura não precisa ser ferrenhamente defendida; pelo contrário, ela funciona melhor quando permanece como uma espécie de pressuposto de fundo, frequentemente não declarado, do processo interpretativo. A crença na multiplicidade está presente em todas essas frases, que parecem não precisar de explicação: "esta obra presta-se a infinitas leituras"; "são inúmeros os sentidos"; "há uma pluralidade de vozes"; ou até mesmo no nefasto "cada um tem a sua interpretação". Trata-se aqui, na realidade, de um barateamento brutal da ideia de diferença, que, se por um lado está em consonância com tendências culturais e sociais mais amplas, por outro, gera consequências bem determinadas para a prática da crítica no âmbito das Letras e das Ciências Humanas.
A poética da multiplicidade encontra sua forma mais apurada na aplicação de teorias. Como tudo é plural, como todo antagonismo foi suprimido (fora, como já dito, o antagonismo contra o antagonismo, ou antibinarismo binário), qualquer texto pode ser lido segundo qualquer teoria. Como tudo é dialógico, não importa se você usa Badiou, Barthes, Bataille, Baudrillard, Bhabha, Bourdieu ou Butler (para ficar só no "B"), para o drama renascentista, a épica do século 17, ou o verso livre do 20. No fundo, o verbo "usar" já diz tudo, porque esse tipo de relação entre literatura e teoria é essencialmente utilitária. Determinados autores, como Bakhtin e Benjamin, são tão explorados, são inseridos em debates tão absolutamente díspares, que vale a pena perguntar se ainda faz algum sentido mencionar seus nomes. E é um fenômeno curioso que, se por um lado, a crítica da multiplicidade vem questionando o cânone literário, desafiando seu fechamento e reivindicando a inserção de novas vozes, por outro, a teoria vem testemunhando a formação de um cânone próprio, um rol de autores que se tornaram referência obrigatória (inclusive para as novas vozes), cujos conceitos podem, sim, ser problematizados, mas não sua posição a priori como grandes nomes.
Sobre a poética da multiplicidade, avalie as afirmações a seguir:
I- A multiplicidade é uma características só recentemente incorporada pelo texto literário.
II- Há um confronto e, no mesmo momento, um restabelecimento do cânone literário.
III- Uma determinada teoria é capaz de abarcar todas as possibilidades de um texto literário.
Assinale a alternativa CORRETA:
FONTE: Disponível em: <http://revistacult.uol.com.br>. Acesso em: 17 ago. 2014 (adaptado).
	a)
	II, apenas.
	b)
	II e III.
	c)
	I, apenas.
	d)
	I e III.

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