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Laboratorial UCT XII Capnometria e capnografia A eliminação de CO2 necessita de Ventilação adequada Perviedade das vias aéreas inferiores e superiores DEFINIÇÕES Capnometria É a medida numérica de CO2 expirado A técnica mede a pressão parcial de CO2 na via aérea durante todo o ciclo respiratório Capnografia Quando a capnometria é plotada em um gráfico em função do tempo ou volume expirado Ocorre pela passagem do gás exalado passando por uma câmara que recebe radiação infravermelha A luz é absorvida em diferentes intensidade conforme o tipo de gás e, a partir disso, deriva-se a pressão parcial de CO2 PACO2 É a pressão parcial de CO2 no alvéolo PACO2 = PBs [(FiO2 + VCO2)/VA] PBs: pressão barométrica seca VA: ventilação alveolar PaCO2 É a pressão parcial arterial de CO2 PetCO2 É a pressão parcial de CO2 ao final da expiração Em indivíduos normais gira em torno de 38mmHg A diferença entre PetCO2 e PaCO2 é em média 2mmHg PACO2 e PaCO2 > PETCO2 Presume-se que a PACO2 = PaCO2 CAPNÓGRAFO TIPOS Sidestream (fluxo lateral) O local de amostragem deve ser o mais próximo possível do paciente para evitar a diminuição da PetCO2 Problemas relacionados: Tempo de resposta aumentado Suscetibilidade à condensação Obstrução do circuito de amostragem Mainstream (fluxo principal) Incorpora o sensor infravermelho ao circuito, muito próximo ao tubo endotraqueal Elimina-se o problema de resposta prolongada Desvantagens: Peso da câmara analisadora Necessidade de calibragem diária Risco de queimadura Deve estar à 40º para evitar a condensação do gás CAPNOGRAFIA NORMAL Espaço morto É a parte do volume corrente que não faz hematose TIPOS Anatômico É o volume médio das áreas condutoras não recobertas pela superfície de troca Tem em torno de 2,2mL/kg Alveolar Gás que alcança os alvéolos, porém não realiza hematose pela ausência de perfusão Ocorre na zona 1 ou de West Fases I ou zero É a linha base que representa a inspiração Normalmente não há CO2 II É a ascensão expiratória do CO2 Inicia correspondendo ao espaço morto anatômico, que não possui CO2 É substituído por ar alveolar rico em CO2 Entre II e III: âng alfa III Platô alveolar, que pode ser levemente inclinado Corresponde ao ar alveolar repleto de CO2 Ponto mais alto = PetCO2 Entre III e IV: âng beta IV É o descenso inspiratório, representando a substituição do gás alveolar pelo fresco APLICAÇÕES Confirmação de entubação endotraqueal Método padrão-ouro Avaliar consistência e recorrência do CO2 expirado Anestesia geral Uso mandatório Diagnóstico de variedades patológicas Alterações podem indicar: Presença de reinação de CO2 Alteração da linha base (estará acima) Defeitos em válvula unidirecional do sistema Esforços inspiratórios pelo paciente Fenda de curare Oscilações cardiogênicas DPOC Forma de barbatana de tubarão Aumento do âng. alfa e agudização do beta, sem platô A ausência de CO2 no ar expirado indica alteração em um desses processos Etilômetro SOBRE O ETANOL CARACTERÍSTICAS É um depressor no SNC Alterações são determinadas geneticamente, psicossocialmente e ambientalmente Difere conforme sexo e quantidade METABOLISMO Biotransformado em 0,2/kg de peso/hora Pico de concentração de 30-90 min É absorvido no estômago e intestino delgado Eliminado pelo ar alveolar, em sua maioria AÇÃO Pequenas doses: Desinibição, euforia e perda da capacidade crítica Doses maiores: Sensação de anestesia, sonolência e sedação Excessivo: Náuseas, êmese, tremores, suor, cefaleia, tontura, agressividade, diminuição da atenção e reflexos Longo prazo: Cirosse e atrofia cerebral ANÁLISES Ar exalado: mais comum Análise sérica Amostras de saliva ETILÔMETRO Legislação de trânsito: deve ser menor que 0,3g/L Princípio do teste O etanol é oxidado à etanal O dicromato de potássio é reduzido à cromo ou dicromato de cromo Passa de laranja para verde Drogas de abuso DEFINIÇÕES Teste de triagem Técnica que, de forma indireta, comumente por anticorpos, revela a preseça da droga Teste de confirmação Realizado após positividade do teste de triagem Feito por espectrofotometria de massa, detectando a droga ou seus metabólitos Cadeia de custódia Sistema de documentação, proteção e guarda da amostra em casos de solicitação jurídica Coleta assistida Acompanhamento da coleta para evitar fraude Reforço Aumento da probabilidade de uma ação ser repeida Potencial de reforço Capacidade de uma dubstância gerar auto adm repetida É função da velocidade e da intensidade dos efeitos reforçados É diretamente proporcional ao estímulo do circuito de recompensa/prazer Ex. o viciado necessita de maior quantidade de drogas para obter o efeito esperado FUNCIONAMENTO DO POTENCIAL DE REFORÇO Geral A substância libera um potencial de ação na terminação nervosa Há a liberação de um neurotransmissor na fenda sináptica O receptor no neurônio pós-sináptico capta o neurot Vias de recompensa Neurotransmissor: dopamina Núcleo acumbens Área tegumentar ventral (ATV) do sistema límbico Age sobre o córtex pré-frontal Responsável pela emoção e comportamento social Atividades agradáveis estimulam potenciais de ação produtores de dopamina, que agem no ATV Efeito de recompensa Usuários contínuos Estímulação contínua dos centros Há uma desestimulação do centro de recompensa e alteração das prioridades Necessita de maiores doses para obter efeito Overdose MATERIAIS DE ANÁLISE Fluidos corporais Possuem pequena janela de detecção, variando de 2-3 dias, em média Exceção: maconha = 20 dias Preservam a integridade da amostra, porém necessita de armazenamento especial para conservação Amostra de queratina Geralmente o cabelo é utilizado Oferece janela de detecção mais longa, podendo alcançar 6 meses Oferece histórico de consumo de drogas, pois retém quantidades com o tempo Exceção: álcool não deposita no cabelo Cabelos crescem em media 1cm/mês Fazer cálculo para histórico aproximado ANAMNESE O que foi usado? Drogas de abuso são adulteradas ou utilizadas em conjunto, aumentando o risco de complicações Por qual via? Ingestão, inalação, IV, dérmica e etc Quanto tempo após a exposição iniciaram os sintomas? Diferenciar entre síndrome de abstinência e intoxicação CLASSIFICAÇÃO Depressoras do SNC Etanol Mecanismo de toxicidade Potencializa ação do GABA O uso prolongado reduz os receptores de GABA e produz efeito de tolerância Bloqueio do receptor NMDA do glutamato O glutamato é excitatório do SNC, com papel essencial para memória e cognição O álcool inibe a neurotransmissão excitatória Consumo crônico Aumenta os receptores no hipocampo Na ausência (abstinência) Receptores de glutamato ficam hiperativos Inibição da gliconeogênese Causa hipoglicemia Dose tóxica Varia conforme tolerância individual, uso concomitante de fármacos e drogas, além da concentração Intoxicação leve a moderada: 0,7g/kg Farmacocinética Absorção TGI 25% estômago 75% intestino delgado Restante no cólon 80-90% do ingerido é absorvido em 60 minutos Pico plasmático em 30-90 min Atravessa BHE e placentária Biotransformação Ocorre no fígado Cinética de ordem zero: a variação da concentração da substância não aumenta a velocidade da reação Processos Etanol -> acetaldeído pela álcool desidrogenase, catalase ou P4502E1 (microssomo) Acetaldeído -> acetato pela aldeído desidrogenase na mitocôndria Manifestações clínicas Variam conforme concentração e tolerância individual 50-150mg/dL Verborragia, reflexos diminuídos, visão turva, excitação ou depressão mental 150-300mg/dL Ataxia, confusão mental e hipoglicemia Logorreia: compulsão por falar 300-500mg/dL Incoordenação acentuada, torpor, hipotermia e hipoglicemia Pode evoluir para convulsões, distúrbios hidroeletrolíticose ácidos/básicos >500mg/dL Coma, falência respiratória e/ou circulatória Cetoacidose alcoólica Ocorre em usuários crônicos após alguns dias de exposição excessiva Manifestações MEG pela náusea, êmese e dor abdominal Pode evoluir para pancreatite, hepatite, desidratação, taquipneia, taquicardia e hipotensão Casos mais graves: pielonefrite, meningite, sepse ou pneumonia Diagnóstico Clínico, por exclusão Concentração no sangue pode ser baixa ou indetectável Gasometria Ânion GAP elevado Acidose com alta concentração de lactato Diagnóstico Clínico + história + exame físico Complementar Exame de sangue para concentração sérica Hemograma, eletrólitos, gasometria, lactato e demais exames, conforme necessário Síndrome de abstinência Ocorrem de 12-72 h após o consumo ou redução da quantidade/frequência Dependência mínima: Náusea, debilidade, ansiedade, transtorno do sono e tremores discretos Duração de menos de 24h Dependência aumentada: Náusea, êmese, astenia, sudorese, câimbra, tremores, alucinações, agitação psicomotora e perda da consciência Dura de 5-7 dias Pode ocorrer delirium tremens no terceiro dia Hipertermia e falência cardiovascular Tratamento Reestabelecer controle inibitório Agonistas de GABA: benzodiazepínicos de longa duração, como diazepam Corrigirr fluidos, eletrólitos e nutrientes Prevenir infecções e evitar estímulos Opiáceos e opióides Heroína Mecanismo de toxicidade É uma pró-droga, que é transformada em 6MAN e morfina após a metabolização Possui ação agonista sobre os receptores opióides kappa, beta e mu Sedação Depressão respiratória Edema pulmonar não-cardiogênico Toxicocinética Absorção Via inalatória, nasal ou IV Baixa biodisponibilidade por VO Metabolismo Hepática e por esterases plasmáticas Em 10 min: Heroína é hidrolisada em 6MAM, que é metabolizada em morfina Morfina -> morfina3glicuronídeo (inativo) -> morfina6glicuronídeo (ativo) Eliminação 90% renal 10% pela bile Quadro clínico Leve-moderado Miose puntiforme Náuseas, êmese, ansiedade, euforia, sonolência, bradi, hipotensão, menor peristalse e flacidez muscular Grave Tríade Depressão do SNC Depressão respiratória Miose puntiforme Pode evoluir para coma, badipneia, apneia e óbito Diagnóstico Clínico História de exposição e exame físico Miose diferencia de outras drogas que causam midríase Laboratorial Geral Hemograma, RX, ECG, função hepática e renal Específico Teste rápido de triagem ou CCD RM: leucoencefalopatia Estimulantes do SNC Anfentaminas e análogos São simpatomiméticos por terem estrutura semelhante à noradrenalina Ação Estimulação central e periférica de nora, dopa e sero Bloqueio da recaptação neuronal dos neurotransmissores Bloqueia ação das monoaminoxidases Quadro clínico Estimulação adrenérgica prolongada Leve-moderada: Agitação, sudorese, midríase, náuseas, êmese, dor abdominal, hipertensão, taquicardia, dor torácica, cefaléia e hiperventilação Grave: Hipertermia (>40ºC), desidratação, arritmias, hipertensão, IAM, vasoespasmo, AVC, morte súbita, delírio, coma, entre outros Crise de abstinência: Sinais opostos aos do uso Diagnóstio Clínico pela história de exposição e manifestações simpatomiméticas Laboratorial Geral para monitoramento Qualitativo de urina Cocaína É um alcalóide extraído de uma planta exclusiva da américa latina Agente químico: benzoilmetilcgonina Funciona como anestésico local e estimulante do SNC Apresentações Cocaína: sal que pode ser aspirado ou dissolvido em água para IV Crack: é a forma de base, que é volatilizada pelo aquecimento Efeitos Estimulante do SNC agindo nas sinapses de dopa e nora Bloqueio da recaptação de dopa Sensação de alerta, autoconfiança e euforia Álcool aumenta a fissura Simpatomimética Rápida e curta ação Mecanismo de dependência Vias dopaminérgicas estão envolvidas com o mecanismo de euforia e compulsão pelo uso Com o passar do tempo a síntese de neurotransmissores é diminuída Efeitos prazerosos são substituídos pela depressão, fadiga, desconforto físico e paranóia Diagnóstico Clínico Suspeitar em caso de síndrome adrenérgica Lesões na mucosa Queimaduras nas pontas dos dedos em usuários de crack Complementar Urina 2-3 dias Teste qualitativos Perturbadoras do SNC: psicomiméticos THC Origem Folhas e flores secas da planta Cannabis sativa, com mais de 60 alcalóides canabinóides O THC é o mais ativo Toxicocinética Via oral Início dos efeitos em 30-60min Duração de 4-6h Via inalatória Início em minutos Duração de 2-3h O transporte de 97% da substância se dá por ligação com proteínas plasmáticas Metabolização Ocorre no fígado pelo sistema P450 É biotransformado em 11-hidroxi-delta9THC por hidroxilação do carbono 11 É mais ativo que o THC Eliminação Biotransformação em ácido carboxílico e excretado na urina (65%) Restante via fecal Toxiconidâmica Mistura de efeitos psicomiméticos/alucinógenos e depressores Efeitos centrais Mecanismo Age como agonista canabinóide Se ligam aos receptores canabinóides, que são acoplados à proteina G e inibem a adenilciclase, estimulando a condutância do K+ Receptores canabinóides CB1 são encontrados no SNC e são responsáveis pelos efeitos psicoativos da droga Quando estimulados inibem a liberação de neurotransmissores (GABA, nora, glutamato, dopa e 5-hidroxitriptamina) Gera alteração da cognição, emoção e movimentos CB2 são localizados nas células do sistema imune, terminais nervosos periféricos e ducto deferente dos órgãos genitais masculinos Efeitos subjetivos Sensação de relaxamento e bem-estar Sensação de consciência sensorial aguçada Apetite aumentado Prejuízo da coordenação e memória Taquicardia, vasodilatação e broncodilatação Doses elevadas Comportamentos de ansiedade, confusão, paranóia, agressividade e psicose Diagnóstico Clínico pela história de exposição e exame físico Hiperemia ocular, taquicardia, alteração de humor e cognição Laboratorial Específico pela urina Pode-se utilizar o cabelo Eletrólitos e glicose CEATOX: Centro de Informação de Assistência Toxicológica OBJETIVOS Oferecer informações, assessorar na prevenção, diagnóstico, prognóstico e tratamento dos casos Auxílio é oferecido aos profissionais de saúde e instituições prestadoras de auxílio GERAL Institui a Linha de Cuidado ao Trauma de Rede de Atenção às Emergências do SUS Atendem em regime de plantão permanente por teleconsultoria e/ou presencial FICHA DE NOTIFICAÇÃO Alimentam o SINAN e o SINITOX As informações necessárias são estabelecidas pela Comissão de Sistema de Informação da Rede Nacional de Assistência Toxicológica Disque-intoxicação 0800-722-6001 Criado pela anvisa para população e profisionais da saúde Tirar dúvidas ou fazer denúncias Possui 36 unidades Renanciat (rede nacional de assistência toxicológica) Funcionam em hospitais universitários, secretarias estaduais e municipais Atendimento 24h por dia, 7 dias da semana durante todo o ano
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