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Ciclo menstrual e climatério OVOGÊNESE DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO As células germinativas primordiais, derivadas do saco vitelínico, realizam sucessivas mitoses Após isso, adentram o epitélio germinativo para o córtex ovariano, convertendo-se em ovogônias ou oócito primordial Cada oócito primordial é recoberto por uma única camada de células epiteliais derivadas do estroma AO FINAL DO 5º MÊS: O ovário contêm os folículos primordiais, compostos por oócito primário + camada de precursoras da granulosa AO NASCIMENTO Alguns folículos primordiais se desenvolvem em folículos primários (de 1 a 2 milhões), por formação das células granulosas FOLÍCULO PRIMÁRIO - Oócito primário detido na prófase I - Camadas de granulosa APÓS A PUBERDADE Antes de cada ciclo Alguns folículos primários se desenvolvem em folículos secundários ou pré-antrais FOLÍCULO SECUNDÁRIO - Crescimento ativo, levando ao aumento do volume - Há formação da teca Alguns folículos secundários desenvolvem em folículos terciários pela secreção de líquido pela camada granulosa FOLÍCULO TERCIÁRIO: - Oócito primário - Camadas da granulosa - Teca interna e externa - Antro, preenchido por líquido (hormônios + enzimas) FOLÍCULO DOMINANTE: - Dentre todos os terciários desenvolvidos, apenas um se mantém e os demais sofrem atresi A transição do secundário ao dominante pode demorar 3 meses ou mais Em cada ciclo A meiose I é completada Há formação do oócito secundário + formação do primeiro corpo polar, que irá desintegrar FOLÍCULO MADURO - Oócito secundário (pós-meiose I) - Antro - Teca interna e externa - Granulosa OCORRE A OVULAÇÃO Corpo hemorrágico (teca + granulosa) Corpo lúteo Em caso de não fecundação: corpo albicans Há liberação do oócito secundário + zona pelúcida + corona radiata (camada de células foliculares que fornecem nutrientes ao oócito secundário) Em caso de fecundação, ocorre a meiose II Formação do segundo corpo polar, que degenera CICLO MENSTRUAL GERAL Duram, em média, 28 dias, podendo variar de 24-35 O período de sangramento dura de 3 a 7 dias, sendo o 1º dia de menstruação considerado o 1º dia do ciclo É descrito em relação à dois ciclos Ciclo ovariano Ciclo uterino Hormônio anti-mulleriano (AMH) É produzido pelos folículos ovarianos durante a primeira fase É um regulador do desenvolvimento folicular, evitando que folículos excessivos se desenvolvam durante um ciclo CICLO OVARIANO FASE FOLICULAR INICIAL A produção de gonadotrofinas começa a aumentar pouco antes do primeiro dia do ciclo O hipotálamo altera a frequência de pulsos de GnRh para alta frequência, liberando FSH O FSH age nos ovários, estimulando o desenvolvimento folicular As células da granulosa, portanto, iniciam a secreção de estrogênio e AMH AMH: diminui a sensibilidade dos folículos ao FSH As células da teca produzem os androgênios a partir do colesterol e difundem para a granulosa - Produção de estrógeno (aromatase) - Produção de Inibina B FEEDBACKS: - Negativo do estrógeno sobre FSH e LH - Positivo do estrógeno sobre as células da granulosa, para maior produção de estrógeno - Negativo da Inibina B sobre FSH AÇÃO ESTROGÊNICA - Crescimento/espessamento e maturação das células do endométrio - Aumento do suprimento sanguíneo - Estímulo às glândulas mucosas para secreção de muco claro e aquoso TARDIA PICO DA SECREÇÃO DE ESTROGÊNIO - É mantida pelo folículo dominante - Feedback positivo sobre o LH, apenas em altas concentrações - Aumento relativo da secreção de FSH (mantido pela Inibina B) PICO DE LH Desencadeia sinais químicos para que a meiose seja retomada, e complete a primeira fase Ovócito primário torna-se secundário e o primeiro corpúsculo polar é formado e degenerado FASE OVULATÓRIA 32 a 36 após início do aumento, ou de 10 a 12 horas após o pico, ocorre a ovulação O folículo maduro secreta prostaglandinas e enzimas proteolíticas, para possibilitam a ruptura Há evaginação do oócito II e manutenção da teca + granulosa no ovário FASE LÚTEA INICIAL As células da teca migram para espaço antral e se misturam às granulosas Há o processo de luteinização, que consiste em mudanças bioquímicas e morfológicas das células, que agora se denominam celulas lúteas As células acumulam glicogênio e gotículas de lipídeo Iniciam a secreção de progesterona, estrogênio e Inibina A Os hormônios sexuais mantém a inibição dos hormônios gonadotróficos e GnRh A inibina A inibe o FSH AÇÃO PROGESTERONA: - Endométrio torna-se secretor - Crescimento dos vasos espiralados - Células endometriais depositam gordura e glicogênio - Espessamento do muco cervical - Termogênico: aumenta a temperatura basal TARDIA O corpo lúteo dura 12 dias e sofre apoptose, fazendo com que a fase lútea tenha duração de 14 dias A concentração dos hormônios diminuem, retirando o feedback negativo sobre o hipotálamo e hipófise A queda de progesterona leva à contração dos vasos espiralados que sofrem necrose e descamação MENSTRUAÇÃO - Predomínio de sangue arterial - Presença de restos de tecido, prostaglandina e fibrinolisina (desintegra coágulos) CICLO UTERINO FASE PROLIFERATIVA Predomínio de estrógeno Ocorre proliferação e maturação das células do endométrio As células basais se dividem por mitose, formando a camada funcional do endométrio Há o desenvolvimento das glândulas endometriais e da arteríolas espiraladas Endométrio alcança a espessura de 4 a 10 mm FASE SECRETORA Há predomínio de progesterona O tecido endometrial prolifera e há aumento da irrigação sanguínea O espessamento do endométrio alcança de 12 a 18 mm MENSTRUAÇÃO Ocorre pela queda da progesterona, pós involução do corpo lúteo Cerca de 50 a 150 ml de sangue HORMÔNIOS SEXUAIS ESTRÓGENOS SECREÇÃO Mulheres não grávidas: ovários e córtex adrenais Grávidas: ovários, adrenais e placenta TRANSPORTE Ligados à proteínas, especialmente albumina e globulina de ligação específica à estrogênio TIPOS Estradiol ou beta-estradiol É o principal secretado pelos ovários e também o mais ativo Derivado da testosterona pela aromatase Estrona Formadas pela teca ovariana, córtex adrenais e tecidos periféricos É o principal na mulher menopausada Derivado da androstenediona pela aromatase Estriol É um metabólito do estradiol e estrona, produzido principalmente no fígado É o estrogênio mais fraco FUNÇÕES Sistema reprodutor Ovários, tubas uterinas, útero e vagina aumentam de tamanho Genitália externa aumenta de tamanho por depósito de gordura Altera o epitelio vaginal de cúbido para estratificado, tornando-o mais resistente ENDOMÉTRIO Há proliferação do estroma e maturação das células Mamas Dá início ao seu desenvolvimento, que será completado pela progesterona Aumento do tecido estromal Crescimento dos ductos Aumento do depósito de gordura Óssos Inibe a atividade osteoclástica pelo estímula a osteoprotegerina (citocina) Causa a união das epífises, com efeito mais proeminente que a testosterona Metabolismo corporal Aumenta depósito proteico Aumenta depósito de gordura subcutânea, especialmente mamas, glúteos e coxas SNC Age nos neurônios hipotalámicos Protege contra estresse oxidativo, hipoglicemia, contra dano da proteína amielóide e estimula a produção de fatores de crescimento neurais Aumenta em concentração e em número de receptores de alguns neurotransmissores Melhora a perfusão cerebral por efeito vasodilatador Aumento da libído Ação neuroprotetora Serotonina, dopamina e norepinefrina TÚBULOS RENAIS Causam retenção de sódio e, portanto, de água PROGESTINAS SECREÇÃO Não grávidas: corpo lúteo Grávidas: corpo lúteo e placenta (especialmente após 16ª semana) TRANSPORTE Ligados à proteínas, especialmente albumina e globulina de ligação específica à progesterona FUNÇÃO Útero Aumentoda secreção endometrial Diminuição da frequência de contração uterina Espessamento do muco Tuba uterina Maior secreção de nutrientes para oócito Mamas Crescimento e desenvolvimento dos lóbulos, garantindo capacidade secretora Causa acúmulo de líquido nas mamas PUBERDADE CICLOS ANOVULATÓRIOS Os primeiros ciclos, assim como os últimos, não possuem secreção suficiente de LH para ovulação A ausência de ovulação e, portanto, de corpo lúteo, leva à ausência de progesterona O estrogênio mantém crescimento endometrial na primeira fase Possui capacidade limitada de crescimento de vasos, levando à ciclos mais curtos INÍCIO Os ovários, desde a infância, possuem a capacidade de secreção dos hormônios sexuais, porém, há baixo estímulo do eixo pelo GnRh O amadurecimento do SNC e o estímulo para aumento da secreção de GnRh no hipotálamo faz com que o ciclo seja iniciado CONTROLE DE SECREÇÃO GNRH É coordenada por uma rede neuronal de neurotransmissores estimulantes e inibitórios Principais inibitórios: GABA, peptídeo intestinal vasoativo, hormônio liberador de corticotrofina e melatonina Principais excitatórios: norepinefrina, glutamato, serotonina e kisspeptina KISSPEPTINA: ao se ligar ao receptor Gpr-54 inicia a ativação do GnRh e, portanto a puberdade MARCOS DA PUBERDADE FEMININA ADRENARCA TELARCA PUBARCA MENARCA Inicia antes da puberdade, geralmente entre 8 e 10 anos Se dá pelo aumento da secreção de andrógenos adrenais É o início do desenvolvimento das mamas Primeiro evento da puberdade feminina É o desenvolvimento dos pelos axilares e pubianos Prece em dois anos, em média, a menarca Ocorre, principalmente, pelos androgênios produzidos nas adrenais É o primeiro ciclo menstrual Se inicia de forma irregular e com ciclos anovulatórios, que estabilizam após 1 ano, em média A idade de início varia conforme fatores genéticos e ambientais (saúde, nutrição e exercícios físicos) Até a puberdade, a inibição da secreção de GnRh é mantida PUBERDADE PRECOCE Ocorre entre 8 e 13 anos nas meninas Nas meninas, é considerada precoce quando se inicia antes dos 8 anos Quanto antes iniciar, maior a chance de alterações orgânicas associadas Puberdade precoce dependente de gonadotrofina ou central Puberdade precoce independente de gonadotrofina ou periférica Idiopática ou por alteração do SNC Não se observada aumento das gonadotrofinas após a indução CLIMATÉRIO DEFINIÇÃO OMS É a fase biológica que compreende a transição entre o período reprodutivo e não reprodutivo da mulher FISIOLOGIA Há diminuição absoluta do número de oócitos Os oócitos remanescentes não respondem às gonadotrofinas Após os 30 anos, a contagem foliculares diminui para 12% da reserva original Por volta dos 50 anos, a contagem folicular está praticamente esgotada A produção de estrogênio (estradiol) pelos ovários cai abaixo do nível crítico, perdendo sua capacidade de feedback negativo sobre as gonadotrofinas Além disso, a produção de inibinas também encontra- se diminuída Há aumento do LH e, principalmente, FSH A estrona se mantém em níveis elevados, pois é produzida, principalmente, pelos tecidos periféricos e adrenais FASES PERIMENOPAUSA Antecede a menopausa É marcada por ciclos irregulares e sintomas evidentes do climatério ESTÁGIOS INICIAL (-2) TARDIO (-1) Há regularidade dos ciclos, porém com a alteração em 7 dias, no mínimo É caracterizado por amenorreia (>/=60 dias) e aumento do FSH >25 UI/L MENOPAUSA Menstruação final, diagnosticada apenas após 12 meses PÓS-MENOPAUSA Se inicia 6 anos após a menopausa e se segue até o fim da vida Acontece entre os 45 e 55 anos É premaura antes dos 40 e pode ser induzida MUDANÇAS FÍSICAS TRATO REPRODUTIVO TRATO URINÁRIO Pela baixa [ ] de etrogênio Há atrofia do trato genital interno, ou seja, útero, tubas uterinas, ovário, vagina, endométrio e miométrio Há atrofia do trato genital externo e perda de tecido adiposo Redução da secreção de muco cervical, aumentando a secura vaginal e dispareunia Diminuição do tônus das estruturas de suporte, causado relaxamento pélvico Maior ocorrencia de ICU e prolapso Têm mesma origem embriológica que o aparelho reprodutor --> seio urogenital Há perda do tônus uretral, afinamento do epitélioe atrofia GLÂNDULAS MAMÁRIAS Há regressão do tamanho VASOMOTORA Leva a episódios de fogachos, que é o rubor repentino somado à transpiração Se dá por alteração no termostato do hipotálamo, pela privação de estrogênio, tornano-o diminuído Ativação dos mecanismos de perda de calor, como vasodilatação, sudorese e elevação da FC SNC Sistema límbico Hipotálamo A privação aumenta a ocorrência de ansiedade, mudanças de humor, enxaqueca, depressão, perda de memória e diminuição da libido Fogachos, hipertensão arterial e obesidade O estrogênio têm ação estimulante para liberação de serotonina e GABA Aumento de algumas patologias Alzheimer, epilepsia, esclerose múltipla, Parkinson e AVC EQUILÍBRIO Há deterioração da velocidade de processamento de informações sensoriais SONO Maior acontecimento de insônio e dificuldade de manutenção do sono Alta relação com os fogachos OSTEOPENIA e OSTEOPOROSE Estrogênio inibe atividade osteoclástica Perda de 30-50% do osso trabecular e 25-35% do cortical DISTÚRBIOS RELACIONADOS Vaginite atrófica Caracterizado pelo afinamento da parede vaginal, ressecamento e inflamação Atrofia do epitélio -> perda do leito capilar -> falta de glicogênio -> redução do ácido lático -> perda da proteção e maior probabilidade de infecção Sintomas: leucorreia, prurido e dor Tratamento Estrogênio via vaginal Terapia hormonal apenas em caso de hipoestrogenismo associado ICU A causa mais comum é por esforço O hipoestrogenismo causa alterações Afinamento da mucosa uretral Diminuição do tônus do esfíncter uretral Relaxamento dos músculos pélvicos Prolapso genital Tratamento conservador Tratamento cirúrgico Reforço da musculatura pélvica + pessário de contenção + cremes de estrógeno. ITU As causas mais comuns são prolapso vaginal, cistocele, aumento do resíduo pós-miccional e ICU O aumento do pH vaginal pela diminuição do ácido lático Tratamento com estrógeno em caso de ITU de repetição (3 em um ano ou 2 em seis meses) TERAPIA DE REPOSIÇÃO HORMONAL INDICAÇÕES DURAÇÃO BENEFÍCIOS CONTRAINDICAÇÕES Para mulheres com sintomas climatéricos moderados à severos É o tratamento mais efetivo para alivio dos sintomas vasomotores Para atrofia vaginal e dispareunia, sendo a via vaginal a mais adequada Prevenção de fraturas osteoporóticas As doses e duração devem ser individualizadas Deve ser suspensa assim que os benefícios não forem mais necessários ou quando os riscos sobressaírem aos benefícios Estroprogestativa Geralmente devem durar menos de cinco anos, porém, deve-se avaliar risco X benefício Estrogênica Há maior flexibilidade quanto ao tempo, sendo o limite, geralmente, 7 anos Sintomas vasomotores Humor, sono e irregularidade menstrual durante a transição menopausal Prevenção de fraturas osteoporóticas e atrofia vaginal Melhora da função sexual Redução do risco de DM2, alzheimer e doenças cardiovasculares CÂNCER DE MAMA Não deve ser recomendada às mulheres com antecedentes pela falta de evidências CÂNCER ENDOMÉTRIO Terapia estrogênica isolada aumenta o risco, sendo dose-tempo dependente Terapia combinada diminui o risco CÂNCER DE OVÁRIO Apenas do subtipo endometrióide Doença hepática descompensada Sangramento vaginal de causa desconhecida Doença coronariana Doença trombótica ÍNDICE DE KUPPERMAN Leva em conta a sintomatologia da pacientes, qaunto à intensidade e prevalência Classifica o somatório em leve (até 19), moderado ( 20-35) e intenso (>35) Intensidade: avaliada deausênte, leve (1), moderada (2) e grave (3) São atribuídos pesos aos sintomas, conforme a gravidade Ondas de calor, sudorese, parestesia, insônia, artralgia, mialgia, fadiga, cefaléia, irritabilidade, vertigem, psicolabilidade e palpitação CLÍNICA ANAMNESE Avaliar idade da paciente Avaliar sintomas, sendo o fogacho o mais prevalente Caso presente, não é necessário comprovar hipoestrogenismo por exame laboratorial FOGACHO: geralmente se inicia no período noturno e acorda a paciente Dura por 1-2 anos e, em alguns casos, 5 anos Avaliar antecedentes, pois algumas doenças hereditárias são mais prováveis nessa fase Realizar o cálculo do índice menopausal para avaliar como melhor tratar os sintomas dessa paciente EXAME FÍSICO ATROFIA UROGENITAL Há perda da rugosidade, distensibilidade e encurtamento da vagina Coloração torna-se rosa-pálida Aumento dos casos de traumas Avaliar relaxamento pélvico e presença de prolapsos DIAGNÓSTICO É essenciamente clínico, necessitanto de exames complementares apenas em casos de prováveis alterações PERFIL HORMONAL Menopausa precoce ou síndromes ovarianas associadas Predomínio de estronal em relação ao estradiol Altos níveis de FSH e LH Arresponsividade ao GnRh COLPOCITOLOGIA HORMONAL Pré-menopausa Menopausa Padrão hipotrófico, ou seja, predomínio de células intermediária e presença de parabasais Padrão atrófico, com desaparecimento do epitélio superficial e predomínio do tipo parabasal SPM/TPM e TDPM DENIFIÇÕES SPM TDPM É um conjunto de sintomas físicos, emocionais e comportamentais de caráter cíclico e recorrente, sendo graves o suficiente para interferir em aspectos da vida da mulher Se iniciam antes da menstruação (1 a 2 semanas) e aliviam com o início do fluxo menstrual É um subtipo da SPM, sendo a forma mais grave Dividido em leve, moderadoe grave/TDPM EPIDEMIOLOGIA SPM atinge de 75-80% das mulheres em idade reprodutiva Grande variação quanto aos sintomas e intensidade TDPM é de 3-8% dos casos FISIOPATOLOGIA É multifatorial, com mecanismo exato desconhecido Se dá pelos efeitos do estrogênio e progesterona sobre a serotonina e GABA em mulheres mais sensíveis Deficiência na produção de progesterona ou desequilíbrio na razão estrogênio/progesterona Flutuações da fase lútea alteram o 5- hidroxitriptamino no SNC É um neurotransmissor serotoninérgico, que regula ansiedade, humor, paetite, sono e escitação Regula a expressão do GABA, regulador primário do afeto e funcionamento cognitivo SINAIS E SINTOMAS SOMÁTICOS EMOCIONAIS Mastalgia, distensão abdominal, cefaleia, inchado das extremidades, dor nas pernas, fadiga Depressão, fúria, irritablidade, ansiedade, confusão, isolamento social, depreciação da autoimagem e alteração do apetite DIAGNÓSTICO Deve ser feito diagnóstico diferencial Depressão Ansiedade Psicoses Hipotireoidismo Enxaqueca Síndrome do intestino irritável SPM TDPM É baseado na anamnese e exafe físico Um ou mais sintomas somáticos e/ou emocionais durante a fase lútea, especialmente nos últimos 5 dias Conforme American College of Obstetricians and Gynecologists LEVE: até 3 sintomas MODERADA: até 4 Pelo menos 5 sintomas, sendo ao menos um deles do grupo de sintomas essenciais SINTOMAS Humor deprimido, sentimento de falta de esperança ou pensamento autodepreciativos Acentuada ansiedade, tensão e sensibilidade emocional Instabilidade afetiva acentuada Raiva ou irritabilidade persistente, com aumento dos conflitos interpessoais Anedonia Essenciais Dificuldade de concentração (subjetivo) Letargia, fadiga acentuada e falta de energia Acentuada alteração do apetite Excessos ou avidez por um tipo específico Hipersonia ou insônia Descontrole emocional Mastalgia ou aumento da sensibilidade, cefaleia, artralgia, mialgia, sensação de inchaço e ganho de peso TRATAMENTO Não-medicamentoso Medicamentoso Atividade física, especialmente aeróbica Suplementação com B6, cálcio e magnésio em sintomas leves Eficácia em comprovação Extrato etanolido seco de Vitex agnus-castus Uso de anticoncepcionais hormonais combinados Melhora após 3 ciclos menstruais ISRS (inibidores seletivos da recaptação de serotonina) PRIMEIRA LINHA DE TRATAMENTO, especialmente no TDPM Pode ou não ser associado aos hormônios Uso diário ou 7-10 dias durante a fase lútea
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