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Distúrbios Metabólicos e Lesão Celular

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Distúrbios Metabólicos e Lesão Celular. 
definição: Doenças são resultantes de lesões ou disfunções de populações celulares específicas;
Tipos de Lesão:
· Intrinseca: Mutaçao
· Extrínseca : Vírus Traumas Toxinas.
· Em ambas as situações podem ocorrer Anormalidades nutricionais e Disfunções imunológicas;
Respostas das células às lesões 
· Dependem:
– Tipo de agente
– Extensão e duração da lesão
– Tipo celular afetado
Respostas das células às lesões 
1) Adaptação- Lesão reversível. (quando a célula sofre atrofia,hipertrofia, hiperplasia,metaplasia. A Partir do momento que o estímulo seja retirado a célula volta ao normal.)
2) Degeneração e acúmulos intracelulares ou extracelulares- Lesão reversível. (A Partir do momento que o estímulo seja retirado a célula volta ao normal) 
· Quando os estímulos são mais intensos, ou que ocorra a incapacidade de adaptação celular, o processo se torna irreversível e leva a célula à morte. 
3) Morte (necrose)
Causas de Lesão Celular
1) Deficiência de oxigênio 
· Por que o O2 é importante para a célula? – PRODUÇÃO DE ATP
· Tipos de deficiência de O2: 
· Hipóxia – Redução parcial nos níveis de O2 – Uma das causas mais comuns de lesão e morte celular; 
· Anóxia – Redução completa de O2.
· Possíveis causas da deficiência de O2:
– Insuficiência cardíaca e respiratória 
– Redução da perfusão sanguínea (isquemia) 
– Redução no transporte de O2 (anemia ou intoxicação por CO) 
– Bloqueio de enzimas respiratórias (cianetos)
2) Agentes físicos 
· Traumatismos 
· Calor e frio extremos – Frio: cristais de gelo e fluxo sanguíneo – Calor: desnatura enzimas 
· Radiação – Ionização da água celular e produção de radicais livres – Danos material genético e neoplasias 
· Energia elétrica – Gera calor intenso e altera condução de nervos
3) Agentes infecciosos
· Vírus 
· Bactérias
 – Toxinas
 – Resposta inflamatória 
· Fungos 
· Protozoários 
· Parasitas
 – Inflamação 
 – Destruição tecidual
 – Utilização dos nutrientes 
4) Desequilíbrios e deficiências nutricionais 
· Deficiência de proteínas e calorias
 – Lipólise
 – Catabolismo de proteínas
 – Glicogenólise
· Excesso
 – Doença cardiovascular
· Desequilíbrio vitamínico e mineral
5) Anormalidades genéticas 
· Mutações
– Podem não causar doença 
– Privar a células de proteínas
– Ser incompatíveis com a sobrevivência celular 
· Ex. de doenças genéticas :
– Defeitos nos fatores de coagulação 
– Doenças de acúmulo lisossomal
· Predisposição genética
6) Desequilíbrio da carga de trabalho 
· Excesso de estímulo
 – Adaptação (aumento de tamanho
 – Exaustão e morte 
· Falta de estímulo – Atrofia
7) Substâncias químicas, drogas e toxinas 
· Adaptação celular dentro de limites de homeostasia 
· Ação:
 – Receptores de membrana
 – Sistemas enzimáticos
 – Modificação da função e morfologia celular:
· Permeabilidade celular 
· Danificar cromossomos
· Modificar vias metabólicas 
· Destruir componentes celulares estruturais
8) Disfunção imunológica 
· Falhas congênitas ou adquiridas 
· Imunodeficiências adquiridas
 – Vírus, químicos e drogas
· Doenças autoimunes 
· Hipersensibilidade
 – Anafilaxia 
· Resposta exacerbada
 – Alergias 
· Atividade amplificada
 – efeitos negativos
 – Rins, pele e articulações
9) Envelhecimento.
· Diminuição da capacidade de trabalho ;
· Defeito no controle do crescimento de populações celulares 
– Hiperplasia das células parenquimatosas
 	– Fígado, pâncreas, adrenais, baço e tireoide 
– Tumores
· Lesões no DNA 
· Acúmulo de debris celulares
 	– Lipofuscina
· Falha no controle do crescimento 
· Tumores.
Mecanismos gerais da lesão 
1) Depleção de ATP : Célula sofre o estímulo e vai ter o ATP diminuido levando a perda de funções dependentes de energia. 
2) Dano a membrana celular : ocasiona alterações nas mitocôndrias levando a Morte celular; Pode levar a ruptura de lisossomos; Ruptura da membrana plasmática e extravasamento de material intracelular, isso leva ao aumento de cálcio intracelular e provoca o aparecimento de espécie reativas de oxigênio levando a degradação de proteínas e a lesão do DNA.
3) Distúrbios do metabolismo celular: lesão do DNA.
Lesões Reversíveis 
DEGENERAÇÕES CELULARES
Definição “Processo patológico caracterizado por modificações da morfologia da célula, com diminuição de funções da mesma”
Nomenclatura para degenerações 
· Acrescentar o sufixo “OSE” ao termo designativo do órgão ou tecido afetado
· Exemplos: • Hepatose • Nefrose • Endocardiose
TIPOS DE DEGENERAÇÕES CELULARES 
1) Degeneração hidrópica
· Sinônimos: -Tumefação celular aguda -Degeneração turva. -Degeneração Balonosa. 
· Tumefação Celular Aguda:
· Aumento do tamanho e volume celular 
· Devido a sobrecarga de água 
· Diferenciar de hipertrofia
O controle do volume celular normal é baseado na Bomba de Na+ e K+ e necessita de ATP para acontecer. Quando ocorre a diminuição desse ATP ocorre a abertura dos canais de sódio e potássio, facilitando a entrada de água levando consigo algum íons deixando a célula tumefeita. 
· Então ocorre aumento do cálcio dentro da célula,que vai ativar Fosfolipases, Proteases, ATPases,Endonucleases, enzimas que por sua vez vão degradar algumas substâncias dentro da célula.
· Ou então ocorre a lesão direta das membranas: Hipóxia ocasiona a diminuição da produção de ATP, isso facilita a entrada de Na+, Ca++e H2O na célula e saída de K+ da célula levando a tumefação e vesiculação de organelas, também ocorre a ruptura de membranas levando o Influxo de Ca++ nas mitocôndrias e a Vacuolização intensa. Esse processo resulta em Degeneração hidrópica.
Histologicamente: 
Hepatócito totalmente desorganizado,células aumentadas com espaço em branco dentro dela que indica acúmulo de água, e em alguma célula o núcleo também está aumentado e nesse caso se usa o termo núcleo vesiculoso. 
Em alguns tecidos como por exemplo o epitélio podem ocorrer rupturas de algumas células e a formação de bolhas, isso ocorre em queimaduras, e com outras doenças como a febre aftosa. Essas bolhas podem variar, aparecendo mais na base dependendo onde está a agressão e o processo inflamatório. 
 Aspecto macroscópico
· órgão parenquimatoso: 
–Aumento do peso e volume do órgão (tumefação)
 –Protrusão ao corte 
–Palidez 
- pele: - Vesículas
Ocorre em células infectadas por vírus (epiteliotrópicos) como:
 – Febre Aftosa que causa lesão no epitélio da língua
 – Cinomose causa Corpúsculos de inclusão no epitélio vesical da bexiga de cães
 – Ruminite Decorrente de acidose láctica em animais confinados muitas vezes podemos encontrar os abscessos hepáticos que são consequência da infecção bacteriana secundária onde essas bactérias passam o epitélio do rúmen chegam na circulação sanguínea e vão parar no fígado.
Evolução da Degeneração Hidrópica
· Prognóstico do paciente depende: 
· Do número de células afetadas
· Da importância imediata da perda na função celular 
Células altamente vulneráveis à hipóxia: 
Neurônios e células de glia 
Miócitos cardíacos
Epitélio do túbulo renal proximal
Hepatócitos
Endotélio
2) Degeneração gordurosa
• Sinônimos: esteatose ou lipidose 
• Definição: – Acúmulo anormal de gordura intracelular (Triglicerídeos no citoplasma)
Ocorre preferencialmente: 
1. Hepatócitos (maior frequência) 
2. Epitélio tubular renal 
3. Músculo cardíaco e esquelético
Metabolismo normal da gordura no fígado 
 Os ácidos graxos chegam ao fígado por via plasmática, oriundos de duas fontes:
1. Como triglicerídeos dos depósitos de gordura 
2. Como quilomícrons, oriundos do intestino, via alimentação
Estes ácidos graxos:
1. São usados como fonte de energia pelos hepatócitos
2. Ou se ligam a proteínas (apoproteínas) para serem enviados ao plasma 
3. Podem também deixar o fígado como:
· Fosfolipídios 
· Complexos de Colesterol 
· 
· Qualquer alteração no processo fisiológico do metabolismo da gordura, pode provocar o seu acúmulo no citoplasma celular = lipidose
Causas Gerais de Degeneração Gordurosa 
1) Mobilização aumentada dos estoques de gordura corporal
 – Vacas leiteiras final de gestação/início de lactação
 – Obesidade – Deficiênciade proteínas e calorias na dieta
 – Inanição
 – Doenças endócrinas
 – Lipidose hepática felina 
2) Tóxica e Tóxico-infecciosas
 – Diminuição da oxidação dos ácido graxos livres
 – Interfere na síntese proteica plasmática 
3) Hipóxicas/Anóxicas
 – Queda no oxigênio hepatócito
 – Diminuição na oxidação de ácidos graxos e na síntese de ATP
 – Anemias e Insuficiências cardíacas.
Aspecto Macro e Microscópico
· Macroscopia: 
· Aumento de volume e de peso do órgão
· Corte pode flutuar ao ser colocado no formol 
· Bordos arredondados 
· Aspecto untuoso ao corte
· Protrusão do parênquima 
· Consistência diminuída – Friável 
· Cor amarelada
· Diferenciar da hepatopatia por glicocorticóides (cães):
· Coloração bege claro – marrom-esbranquiçado
· Firme 
· Não untuoso 
· Não flutuam
· Microscopia: 
· Presença de vacúolos ou gotículas citoplasmáticas com bordos bem delimitados
· Núcleos deslocados para periferia 
· Vacúolos pequenos = sugestivo de doença metabólica aguda 
· Vacúolos grandes = sugestivo de doença tóxica ou viral crônica
· Colorações especiais para diferenciar de degeneração hidrópica: 
· Sudam III; Scharlach R e Oil-red-O
Degeneração Gordurosa: Consequências 
É reversível se as causas forem removidas, Muitas células repletas de gordura rompem-se e morrem (necrose).
Diferenciar degeneração gordurosa de infiltração gordurosa 
· Infiltração gordurosa
– Adipócitos no tecido conjuntivo entre as células 
- hiperplasia
– Ex.: Gordura entremeada na carne; obesidade
Glicogênio
Acúmulo de glicogênio intracelular
· Depósitos naturais: miócitos e hepatócitos 
· Metabolismo da glicose ou glicogênio está anormal = acúmulo de glicogênio: 
– Hepatócitos 
– Células túbulos renais proximais
– Células B das ilhotas de Langerhans
· Diabetes melito ou excesso de glicocorticóides 
Aspecto macroscópico: – Aumento volume e palidez (fígado)
Aspecto microscópico – Vacúolos claros no citoplasma da célula com contornos irregulares – Núcleo no centro (em casos extremos pode estar periférico) – Coloração especial: PAS
Proteína
Acúmulo de proteína 
Microscopicamente 
– Gotículas eosinofílicas arredondadas, vacúolos e agregados 
– Termo “Degeneração hialina” = aparência homogenia, eosinofílica e vítrea (translúcida, brilhante e refringente) 
–Hialino vem de hyalos = vidro 
– Não é uma degeneração verdadeira
Pode ser intra ou extracelular – Ex. Casos de proteínas hialinas intracelulares 
-Gotículas de reabsorção células epiteliais renais proximais 
-Células de Mott – plasmócitos 
-Defeitos do dobramento das proteínas
Degenerações Hialinas 
Ocorrem duas formas de apresentação: 
1) Degenerações hialinas epiteliais ou celulares. Degeneração de Zenker 
– Coagulação das proteínas celulares intracitoplasmáticas
– Determinando alterações graves na célula 
– É a forma mais comum de ocorrência desta degeneração 
– Vista em: hepatócitos, miocárdio, músculo esquelético e vasos 
• 1. Intoxicações exógenas - Ionóforos 
• 2. Deficiência de Selênio e Vit. E – Doença do Músculo Branco
2) Degenerações hialinas conjuntivas
– Penetração ou Absorção pela célula de proteínas exógenas, disponíveis no interstício celular
Com posterior coagulação das mesmas 
Tem patologia complexa e pouco conhecida 
Ocorre preferencialmente nos Epitélios dos Túbulos Renal em: • Glomerulonefrites crônicas e intoxicações por metais pesados.
Degeneração Mucóide 
Não corresponde estritamente alteração degenerativa da célula.
 – São identificadas duas alterações,mas sem relação entre si: 
• 1. Hiperprodução de mucina – pelas células mucíparas: do intestino e trato respiratório – Ocorre nos processos inflamatórios catarrais 
• 2. Hiperprodução de mucina – Em adenomas e adenocarcinomas 
– Macro:
 – grande quantidade de substância fluida 
– consistência viscosa
 – Aspecto translúcido, semelhante a catarro ou muco 
– Micro:
 – Núcleo deslocado para a periferia da célula
 – Em forma de um anel
Degeneração Amilóide ou Amiloidose 
 O termo amilóide foi criado no século passado para indicar: 
– Substância amorfa eosinofílica 
– Depositada no interstício dos tecidos 
– Cora-se pelo iodo de cor semelhante ao amido.
É uma glicoproteína 
– De composição química variável 
– Dependendo do indivíduo ou da espécie
 – Sua presença causa: 
• Problemas de ocupação de espaço no interstício; 
• Interfere com as funções dos vasos sanguíneos;
Ocorrência:
 Parede dos vasos sanguíneos 
– 1. No glomérulo renal
• Determinando redução no filtrado glomerular 
• Uremia 
– 2. Nos sinusóides hepáticos
• Determinando espessamento da parede sinusoidal
• Compressão dos hepatócitos 
• Interferência no transporte de substâncias para dentro/fora da célula
-3. No baço 
• Deposição na periferia dos folículos linfóides e parede da arteríola central do folículo
• Determinando competitividade de espaço 
• Interferindo na nutrição do órgão
 Patogenia: 
– Associada a infecções crônicas de caráter tecidual destrutivo
– Superestimulação antigênica provocada por destruição tecidual 
– Ocorrendo uma maior resposta do sistema imunológico
– Que produz grande quantidade de imunoglobulinas 
Exemplos: 
1. Tuberculose;
2. Mastite das vacas;
3. Anemia Infecciosa Equina;
4. Enterites Crônicas dos Caninos
A amiloidose resulta na disfunção do Sistema Imunológico por:
– 1. Descontrole na resposta imunológica 
– 2. Exaustão do sistema imunológico por superestímulo do mesmo
 • Conseqüências:
– 1. Pode ser apenas um achado de necropsia 
– 2. No baço pode determinar:
 		 Rupturas espontâneas ou por traumatismos leves 
– 3. No rim pode determinar:
 • Hipertensão arterial
 • Insuficiência renal 
 • Uremia 
– 4. No coração pode determinar: 
• Descompensação cardíaca
• Interferência na condução elétrica demonstrada pelo eletrocardiograma;
Outras inclusões intracelulares 
• Vacúolos autofágicos 
• Corpúsculos de inclusão de proteína cristalina (cristalóides) 
– Túbulos renais cães idosos 
• Corpúsculos de inclusão viral 
– DNA: intra-nuclear (IN) 
– RNA: intra-citoplasmático (IC)
 • Corpúsculos de inclusão de chumbo

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