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Teorias Psicológicas em Orientação Vocacional na Abordagem Gestalt

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· TP. em OV. na AB. Gestalt
A Orientação Profissional é um processo que se dá frente a uma situação de escolha, leva os orientandos a uma reflexão sobre sua problemática vocacional e possível elaboração. A questão da orientação vocacional no brasil está diretamente relacionada com a economia do país, surgindo assim uma dificuldade entre os interesses profissionais e a realidade do mercado de trabalho. 
A Abordagem Gestáltica tem como preocupação básica a promoção do processo de crescimento e desenvolvimento do potencial humano. A partir disso, a orientação vocacional na Gestalt terapia busca levar o indivíduo a entrar em contato com as suas dificuldades pessoais e possibilidades no meio, independente da sua formação profissional, onde a terapia trabalha com conceitos como a capacidade de auto-regulação do organismo (uma forma de se ajustar ao meio diante de situações difíceis), o conceito de figura e fundo (uma tendência visual de simplificação de cena com um objeto principal para onde olhamos, a figura, e tudo o que forma o cenário, ao fundo, onde um não existe sem o outro) e o tripé do método gestáltico: aqui-agora/contato/fluxo de conscientização (o terapeuta trabalha no aqui-agora do comportamento atual do cliente, visto que o passado influencia e aparece em atitudes atuais; o contato é a terapia agindo por meio do contato entre o cliente e seus conflitos, dificuldades, etc, fazendo-o ser consciente e responsável por si mesmo; e conscientização é o cliente compreender suas habilidades, capacidades, etc.
Um orientador vocacional gestáltico deve considerar que se o cliente possui determinadas características construídas ao longo do tempo, estas características são sempre provisórias. Segundo a sua escolha, suas possibilidades e recursos disponíveis, podem ser alteradas.
"A identidade é metamorfose, e essa concepção será a base do entendimento da escolha profissional: o indivíduo modifica-se permanentemente, constrói sua identidade permanentemente, não é e nunca estará acabada sua forma final”.
Apesar da abertura de um existente de possibilidades, a abordagem gestáltica considera as características pessoais do indivíduo, o que ajuda e é um guia para a escolha da profissão. Na orientação profissional considera-se as características pessoais, mas contando também com a capacidade de transformação das mesmas, onde se tem novas criações de si ao que já está configurado no momento. Essa ideia remete ao humanismo de homem como um ser de potencialidades e a perspectiva existencial de um ser humano nunca acabado.
Outro ponto para a Gestalt é a liberdade de escolha, onde esta se dá não por si só, mas envolve-se com o contexto do aqui-agora no qual a pessoa está experienciando. Ou seja, a interação com o contexto influencia a liberdade de escolha, mas o indivíduo também condiciona o meio, reagindo sobre ele de forma que consiga exercer sua liberdade. Para um orientador profissional gestáltico, escolha e responsabilidade estão em permanente e indivisível interação.
As sessões funcionam de maneira em que o indivíduo tem um espaço para entrar em contato com seus interesses, desejos, conflitos, ou seja, suas dificuldades e facilidades e assim entender o que o impede do livre fluir, de descobrir seu processo de se auto-regular o que impossibilita de fechar a Gestalt e finalmente se decidir, escolher, o que nesse caso é a descoberta da profissão. Essa decisão é tomada no presente, onde tem-se a consciência da responsabilidade da escolha, e que essa escolha se dá a partir de todo um processo e não simplesmente de uma resposta.
Trecho retirado do artigo A Gestalt-terapia e a Orientação Vocacional – Contribuições para uma pratica, com a fala de 3 adolescentes sobre um trabalho grupal de orientação:
3º ano do 2º grau
R. 17 anos – “Quando me perguntam agora o que deu na OV, eu respondo: deu EU e EU escolhi ser advogado”.
A. 17 anos – “Este trabalho foi a melhor coisa que me aconteceu pois eu estou mais consciente de mim mesma e sou capaz de assumir minhas dificuldades e minha necessidade de ter mais tempo para poder optar. O melhor para mim foi ter aprendido a dizer que agora não é o meu momento de escolha”.
V. 17 anos – “Eu vou fazer Jornalismo. Entendo que esta é a melhor opção que posso fazer no momento e que tenho a possibilidade de mudá-la mais a frente, caso queira”.
REFERÊNCIAS
BARONCELLI, Lauane. Orientação profissional na abordagem gestáltica: reflexões históricas para uma práxis fundamentada. Revista IGT na Rede, V.9, Nº 16. Página 91 de 98, 2012.
CANEDO, I. COSMO, M. SCHAMARELLA, M. Mesa 7: A Gestalt-terapia além da clínica - Ampliando fronteiras. III Congresso de Gestalt-Terapia do Estado do Rio de Janeiro. Setembro, 2010.
ROSA, Maiara da. Autorregulação Organísmica em Gestalt-terapia. Sociedade Educacional Três de Maio. Rio grande do Sul, 2017.

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