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Laringe É uma estrutura musculoligamentar, com um arcabouço cartilagíneo que cobre superiormente o trato respiratório inferior. Relação com outras estruturas:: Continuidade inferior com a traqueia Abertura superior para a faringe Posterior e inferior à língua e ao istmo das fauces da cavidade oral Lateralmente, está relacionada com a bainha carotídea e seu conteúdo, com os músculos infra-hióideos, esternocleidomastóideo e com a glândula tireóidea. Posteriormente, está relacionada com a laringofaringe, com a lâmina pré-vertebral da fáscia e com os músculos pré-vertebrais e os corpos das vértebras cervicais de CIII a CVI. Funções: Válvula para guardar as passagens aéreas, especialmente durante a deglutição Manutenção de um via aérea permeável Vocalização As áreas de Brodman são muito conhecidas e amplamente utilizadas na clínica e na pesquisa médica. Área 22: córtex auditivo de ordem superior localizado no giro temporal superior → audição, palavra, memória auditiva e interpretativa. Área 37: córtex associativo parieto-têmporo-occipital; área visual temporal média, localizada nos giros temporal médio e inferior na junção dos lobos temporal e occipital → percepção, visão, leitura e palavra. Área 41: córtex auditivo primário, localizado no giro de Heschl e giro temporal superior → percepção, visão, leitura e palavra falada. Durante a deglutição, os constantes movimentos da laringe para cima e para baixo facilitam o fechamento do ádito da laringe e a abertura do esôfago. Cartilagens da laringe Três grandes ímpares: cricóidea, tireóidea e epiglótica. Três menores e pares: aritenóidea, corniculada e cuneiforme. Uma membrana firboelástica. Compostas de cartilagem hialina e podem desenvolver calcificação endocondral. Com isso, passam a ser visíveis radiograficamente. CARTILAGEM TIREÓIDEA O corno superior está ligado por um ligamento tireo-hióideo lateral à extremidade posterior do corno maior do osso hioide. CARTILAGEM CRICÓIDEA A borda inferior da cartilagem cricóidea delimita o término da faringe e laringe, e o início do esôfago e traqueia. Além disso, ela se conecta ao primeiro anel da traqueia pelo ligamento cricotraqueal. CARTILAGEM EPIGLÓTICA A cartilagem epiglote consiste em uma cartilagem em forma de folha praticamente toda recoberta por membrana mucosa. Está situada atrás da raiz da língua, do corpo do osso hióide e anteriormente ao ádito da laringe. É fixada pelo ligamento tireoepiglótico. Apresenta depressões, nas quais se alojam glândulas, e forames através dos quais passam nervos e vasos sanguíneos. CARTILAGENS ARITENÓIDEAS As duas cartilagens aritenóideas são cartilagens de forma piramidal com três superfícies, uma base da cartilagem aritenóidea e o ápice da cartilagem aritenóidea Dá inserção ao ligamento vocal Se articula com a cartilagem corniculada CARTILAGENS CORNICULADAS CUNEIFORMES Articulações, ligamentos e membranas da laringe O primeiro par é o das articulações cricotireóideas, que são formadas pela articulação entre as cartilagens cricoide e tireoide. Nessa articulação a cartilagem tireoide desliza e roda lateralmente e superior ou inferiormente, o que causa o alongamento das cordas vocais. Quando esse movimento ocorre, a tensão nas cordas vocais se modifica, resultando em um diferente tom sonoro na voz humana O segundo par de articulações é o das articulações cricoaritenóideas, que criam um movimento da cartilagem aritenoide sobre a lâmina da cartilagem cricoide. As cartilagens aritenoides deslizam em direção uma a outra e na direção oposta, rodam sobre seus próprios eixos e se inclinam anterior e posteriormente, participando de uma ampla variedade de movimentos. Juntos eles auxiliam na formação da corda vocal verdadeira A membrana quadrangular é composta de tecido conectivo inelástico, que encontra-se aderido às margens laterais das cartilagens aritenoides e à epiglote. Como sua borda inferior é móvel, ela é conhecida como ligamento vestibular, ou corda vocal falsa. A membrana tireo-hióidea se estende entre a borda superior e os cornos superiores da cartilagem tireoide, e o osso hioide. É perfurada pelos vasos laríngeos e pelo nervo laríngeo interno, que inerva as partes intrínsecas da laringe. a membrana mucosa é o epitélio escamoso estratificado que cobre todas as paredes internas da laringe, exceto as pregas verdadeiras e ariepiglóticas. https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/epiglote Rima do vestíbulo e rima da glote Quando vista de cima, há uma abertura triangular (rima do vestíbulo) entre as duas pregas vestibulares na entrada da câmara média da cavidade da laringe. O ápice da abertura é anterior e sua base é formada pela parede posterior da cavidade laríngea. Inferiormente às pregas vestibulares, as pregas vocais (pregas vocais verdadeiras) e partes adjacentes recobertas de mucosa das cartilagens aritenóideas formam as paredes laterais de uma abertura triangular semelhante, porém mais estreita (rima da glote entre as duas pregas vocais adjacentes). Essa abertura separa a câmara média, na sua parte acima da cavidade infraglótica, que se situa abaixo. A base dessa abertura triangular é formada pela prega da mucosa (prega interaritenóidea), na parte inferior da incisura aritenóidea. Tanto a rima da glote quanto a rima do vestíbulo podem ser abertas e fechadas pelo movimento das cartilagens aritenóideas e das membranas fibroelásticas associadas. Edema de laringe É uma condição caracterizada por um início agudo ou gradual de edema em laringe (cordas vocais / glote), causando rouquidão, tosse rouca ressonante, estridor e desconforto respiratório moderado a grave. Músculos intrínsecos da laringe Agindo sobre as articulações cricotireóideas e cricoaritenóideas; Ajustando a distância entre a epiglote e as cartilagens aritenóideas; Tracionando diretamente os ligamentos vocais; e Forçando, em direção à linha mediana, os tecidos moles associados às membranas quadrangulares e aos Ligamentos vestibulares. Plexo cervical e mm. infra-hióideos Traqueostomia Uma traqueostomia é um procedimento em que é feito um orifício na traqueia e é inserido um tubo para permitir a ventilação. Em situações de emergência, uma traqueostomia é realizada quando há obstrução da laringe em consequência da inalação de um corpo estranho, edema grave secundário à reação anafilática ou traumatismo grave da cabeça e do pescoço. Em situações de emergência, o ligamento cricotireóideo pode ser identificado por palpação simples, e uma pequena agulha pode ser inserida para se estabelecer uma via aérea. Esse procedimento é denominado “cricotireotomia”. A situação típica em que uma traqueostomia é realizada é na atmosfera calma de uma sala de operação. Uma pequena incisão transversa é feita no terço anterior inferior do pescoço. Os músculos infra-hióideos são desviados lateralmente, e a traqueia pode ser visualizada facilmente. Ocasionalmente, se torna necessário dividir o istmo da glândula tireoide. Faz-se uma incisão nos segundo e terceiro anéis traqueais e insere-se um pequeno tubo de traqueostomia. Depois de permanecer aberta pelo tempo necessário, a traqueostomia é simplesmente removida. O orifício pelo qual o tubo de traqueostomia foi inserido se fecha quase que inevitavelmente, sem nenhuma intervenção. Os pacientes com traqueostomia por um período longo são incapazes de vocalizar porque não passa nenhum ar pelas pregas vocais. Irrigação e drenagem da laringe Vasos linfáticos Os vasos linfáticos drenam regiões acima e abaixo das pregas vocais: Aqueles acima das pregas vocais acompanham a artéria laríngea superior e terminam em linfonodos cervicais profundos associados à bifurcação da artéria carótida comum. Aqueles abaixo das pregas vocais drenam para linfonodos profundos associados à artéria tireóidea inferior ou para linfonodos associados à parte anterior do ligamento cricotireóideo ou à parte superior da traqueia. Inervação da laringe Laringites É a inflamação da laringe que pode ser causada por vírus, bactérias ou fungos, além das formas crônicassecundárias a agentes químicos, físicos dentre outros. As comuns são as virais. As queixas mais frequentes são rouquidão, dor de garganta, tosse, febre, dificuldade para deglutir ou respirar. As laringites bacterianas geralmente são evoluções das laringites virais ou infecções das vias áreas inferiores. A infecção fúngica está frequentemente ligada à baixa de imunidade geral ou local e podem ser vistas nos pacientes em tratamento de asma brônquica com uso de corticoides inalados. O refluxo gastroesofágico leva inicialmente a uma laringite química que tende a durar longo período. Os pacientes podem reclamar de rouquidão, tosse, “pigarro” e sensação de bola “presa” na garganta. Nódulos Vocais Comuns em mulheres, crianças e profissionais da voz, como professores, cantores, locutores, religiosos, entre outros. Devem-se geralmente ao trauma local decorrente do uso inadequado da voz. Os nódulos vocais são caracteristicamente presentes em ambas pregas vocais, com aspecto simétrico. Quanto maiores os nódulos vocais, maior será o espaço entre as pregas vocais ao se tocarem durante a fonação, são as chamadas fendas glóticas e quanto maior a fenda, maior o escape de ar, piorando a qualidade vocal. São lesões benignas que costumam responder bem a exercícios de fonoterapia. O tratamento cirúrgico pode ser indicado em casos específicos. Pólipos Vocais Os pólipos das pregas vocais são lesões benignas, geralmente secundárias a processos inflamatórios, trauma local por uso inadequado da voz, tabagismo, refluxo gastroesofágico e como conseqüência de lesões pré-existentes na prega vocal. Podem ter aspecto pequeno, grande, largos ou pediculados, transparentes, gelatinosos ou hemorrágicos, acometendo uma ou as duas pregas vocais, geralmente assimétricos. O impacto na voz é muito variável, porém sempre maior que nos nódulos vocais. A maioria dos casos requer tratamento cirúrgico associado a fonoterapia. Edema de Reinke Lesão de aspecto gelatinoso difuso, ocupa todo espaço de Reink da prega vocal e que geralmente acomete os dois lados. É mais comum em mulheres de meia idade e tabagistas. A voz fica mais grave e pode chegar a causar dificuldade para respirar em casos mais avançados com dimensões grandes Patologias da laringe Anatomia de superfície Traumas cervicais Além de um trauma cervical ser classificado a partir da zona acometida, ele pode, ainda, ser definido como penetrante ou não penetrante Trígono de Killian e divertículo de Zenker Os divertículos esofágicos são espécies de saculações formadas pela protusão de uma ou mais camadas da parede esofágica. Podem ser do tipo verdadeiro, quando todas as camadas da parede esofagiana fazem essa protusão, ou do tipo falso, quando a protusão é composta apenas por mucosa e submucosa Músculo tireofaríngeo Músculo cricofaríngeo Divertículo de Zenker Trígono de Killian, nível de CV - CVI Traqueia A traqueia é uma estrutura tubular cartilaginosa do trato respiratório médio que conecta a margem inferior da laringe com o trato respiratório inferior, ou seja, os pulmões. É uma estrutura mediana, o que significa que ela cursa solitária na linha média do corpo. Faz parte da zona de condução do ar no sistema respiratório. Origem embriológica A traqueia, assim como a laringe, tem origem embrionária a partir do divertículo laringotraqueal. Este, por sua vez, deriva do intestino primitivo. Carina – bifurcação no mediastino superior Relação da traqueia com outras estruturas Anterior ao esôfago; Relação íntima com o arco da aorta; Posterior ao tronco pulmonar e à aorta. Brônquios A traqueia divide-se em brônquios principais direito e esquerdo no plano transverso entre o ângulo do esterno e o nível vertebral TIV/TV ou exatamente inferior a ele, enquanto o esôfago continua no mediastino posterior. Inervação da traqueia A traqueia é inervada principalmente pelo nervo vago [X] e seus ramos, além de fibras simpáticas e parassimpáticas. Irrigação da traqueia A traqueia é vascularizada pelas artérias tireóideas inferiores (em verde). Drenagem, da traqueia A drenagem venosa é feita principalmente pela veia tireóidea inferior. drenagem linfática é feita por vasos linfáticos jugulares anteriores. Anatomia de superfície da traqueia O nodo de Virchow, ou sinal de Troisier, refere-se ao aumento visível do linfonodo supraclavicular esquerdo, que é suprido pelos vasos linfáticos abdominais; este sinal está associado a tumores gástricos, ovarianos, testiculares e renais. Agenesia traqueal Fístula traqueoesofágica É a comunicação anormal entre a traqueia e o esôfago. Esta condição provoca a entrada de alimentos e líquidos do esôfago para a traqueia e desta para os brônquios e pulmões, provocando o afogamento durante a ingestão de líquidos e de alimentos. Estenose traqueal A estenose é a obstrução da região interna da traqueia e pode ser congênita (aparece já ao nascimento) ou adquirida (geralmente após a pessoa ter sido intubada). Traqueomalácia é uma anormalidade estrutural da cartilagem traqueal caracterizada por flacidez dessa cartilagem da traqueia , o que pode levar a um colapso do órgão, especialmente quando é necessário um aumento do volume respiratório, como na tosse, choro ou alimentação Câncer na traqueia Patologias traqueais
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