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• Implantação ou nidação consiste em um processo de adesão à parede uterina, que ocorre 6 ou 7 dias após a fertilização. Nele, a zona pelúcida deixa de existir e o blastocisto é implantado em duas etapas: → 1º estágio: caracterizado pela adesão do embrião ao endométrio (polo embrionário) → 2º estágio: projeções estão envolvidas à penetração da parede uterina. • A diferenciação do blastocisto ocorre ao mesmo tempo em que a implantação está acontecendo. • Para que o embrião possa se aderir adequadamente ao endométrio e se desenvolver, é necessário que o útero esteja em um momento de receptividade denominado como janela de implantação. Esse estágio tem duração limitada e consiste na capacidade do útero a dar apoio ao crescimento e à adesão do blastocisto e aos eventos subsequentes da implantação. • A hipófise - glândula pituaitária - produz dois hormônios: o folículo estimulante (FSH) e luteinizante (LH). O FSH é responsável pela maturação do ovócito primário em ovócito secundário, que será liberado para a trompa uterina. O pico de LH caracteriza a ovulação, momento em que o corpo lúteo será desenvolvido. • Nesse mesmo ponto, o estrogênio atua na proliferação celular e crescimento do endométrio. O corpo lúteo é responsável por produzir progesterona, que impede a perda do endométrio, bloqueia seu crescimento contínuo e estimula a diferenciação e secreção glandular, preparando o endométrio para receber o embrião . • Se houver não houver fertilização, o corpo lúteo será destruído, os níveis de estrogênio e progesterona serão diminuídos, e a mulher menstrua. Caso contrário, a gonadotrofina coriônica humana (hCG), produzida pelo trofoblasto, irá manter o corpo lúteo viável até a formação da placenta., que passará a produzir progesterona e estrogênio para que o endométrio se mantenha receptivo, resultando no desenvolvimento embrionário. • O blastocisto eclode da zona pelúcida antes da implantação, pela ação de enzimas que criam uma abertura na ZP, permitindo que o blastocisto se esprema através dela e, agora fora da ZP, interaja diretamente com o endométrio • Logo após a sua chegada ao útero, o blastocisto adere firmemente ao revestimento uterino. Com isso, as células adjacentes do estroma endometrial respondem a essa presença e à progesterona, se proliferando e diferenciando em células secretoras metabolicamente ativas, denominadas células deciduais. Essa resposta é denominada reação decidual. • O resultado é a formação de um tecido que morfológica e funcionalmente: é uma fonte de fatores de crescimento e metabólitos, nutre o embrião em implantação, impede a rejeição do embrião e regula o processo de placentação. Existem algumas hipóteses acerca da não rejeição do embrião → 1° o sistema imune do embrião ainda não se desenvolveu o suficiente para gerar uma resposta imune da mãe → 2º durante a gravidez, a mãe apresenta um sistema imune menos responsivo → 3º decidua impede a resposta imune local (vinda da mãe) • O contato com o endométrio uterino induz a proliferação do trofoblasto no polo embrionário. O trofoblasto é, então, diferenciado em duas camadas: → Citotrofoblasto: Células do trofoblasto que revestem a parede do blastocisto, retêm suas membranas celulares .Forma as estruturas extraembrionárias e a parte embrionária da placenta → Sinciciotrofoblasto: Células que perdem suas membranas celulares e se fundem para formar um sincício (uma massa de citoplasma que contém numerosos núcleos dispersos) denominadas sinciciotrofoblasto invasivo. Forma camada de células multinucleadas e é adjacente ao embrioblasto (polo embrionário). Produz hCG e dá início a circulação uteroplacentária. • A partir da 2º semana, o sincicio aumenta de volume, quando as células se destacam do citotrofoblasto em proliferação no polo embrionário e se fundem com o sincício. Enzimas proteolíticas, incluindo várias metaloproteases, secretadas pelo citotrofoblasto degradam a matriz extracelular entre as células endometriais. Processos digitiformes ativos se estendem do sinciciotrofoblasto, e penetram entre as células endometriais, empurrando o embrião para dentro da parede uterina. • No 9º dia, o embrião está completamente implantado no endométrio uterino. A cavidade amniótica está expandida, e as células do hipoblasto começaram a migrar para formar a membrana de Heuser. As lacunas trofoblásticas formam-se no sinciciotrofoblasto, que agora circunda completamente o embrião. O local de implantação é marcado por um tampão de coagulação temporário na superfície endometrial. • Antes de a implantação estar completa, ainda no 8º dia, as células do embrioblasto (massa celular interna) se diferenciam em duas camadas epiteliais: → Epiblasto (camada externa ou superior) - células cilíndricas que se relacionam com a cavidade amniótica, formando seu assoalho. Suas células dão origem ao âmnio. → Hipoblasto ou endoderma primitivo (camada interna ou inferior) - células cubóides adjacentes à cavidade exocelômica, formando seu teto. Suas células dão origem à membrana exocelômica e formarão o mesoderma extra-embrionário • Uma membrana basal extracelular é estabelecida entre as duas camadas quando elas se diferenciam. O embrioblasto de dupla camada é chamado de disco embrionário bilaminar e o eixo dorsal-ventral primitivo do embrião é definido (o epiblasto é dorsal, o hipoblasto é ventral). • A cavidade amniótica é a primeira cavidade a se formar na segunda semana. Ela surge no 8º dia, quando um líquido começa a se acumular entre as células do epiblasto e o trofoblasto sobrejacente. Embora a cavidade amniótica seja menor do que a cavidade blastocística, ela se expande continuamente. • O líquido amniótico tem sua composição alterada durante a gestação. Até a 20º semana, a composição do fluido é semelhante a dos fluidos fetais. A membrana amniótica secreta fluidos e componentes do soro materno passam através dela. • A partir da 20º semana, o líquido é composto por urina fetal, filtrado do sangue materno, filtrado dos vasos sanguíneos do cordão umbilical e placa coriônica. Volume normal (500ml a lL) - normohidrâmnio Volume excessivo (acima de 2L) - polidrâmnio, associado a múltiplas gravidezes, atresia esofágica ou anencefalia. Volume diminuído (abaixo de 500mL) - oligohidrâmnio, associado à agenesia renal. • Uma camada de células do epiblasto se expande em direção ao polo embrionário e se diferencia em uma fina membrana que separa a nova cavidade a partir do citotrofoblasto. Esta membrana é o revestimento do âmnio, uma das quatro membranas extraembrionárias. O âmnio sofre dobramentos que permitem a ele envolver todo o corpo do embrião, que passa a ficar suspenso no líquido amniótico. • Esse líquido protege o feto contra danos mecânicos, acomoda o crescimento, permite a movimentação do feto, protege o feto de “adesões” que poderiam afetar o desenvolvimento. A cavidade amniótica expande até a 33º ou 34º semana de gravidez. • A proliferação de células do hipoblasto é seguida por duas sequências sucessivas de migração celular. A primeira sequência de migração começa no 8º dia e forma o saco vitelínico primário (a membrana exocelômica ou membrana de Heuser), que se estende do hipoblasto para dentro da cavidade blastocística. • Simultaneamente, o mesoderma extraembrionário se forma, preenchendo o restante da cavidade blastocística com células dispersas. As lacunas trofoblásticas começam a se juntar com capilares maternos e se tornam repletas de sangue. • No 12º dia, o saco vitelínico primário é deslocado (e em seguida degenerado) pela segunda sequência de migração de células do hipoblasto, as quais formam o saco vitelínico definitivo. Esse saco vitelínico é o principal local de hematopoiese no embrião e também dá origem as células germinativas. Normalmente desaparece antes do nascimento, porém em raras ocasiões ele persiste na forma de uma anomalia do tubo digestório denominada divertículo de Meckel • No 12º e 13º dias, o mesoderma extraembrionário se expande entre o âmnio e o citotrofoblasto e, então, se divide em duas camadas: uma cobrindoo lado externo da membrana de Heuser e a outra revestindo o interior do citotrofoblasto. O espaço entre as duas camadas é a cavidade coriônica ou celoma extraembrionário. • O celoma extraembrionário separa o embrião, com seu âmnio e seu saco vitelínico, da parede externa do blastocisto, agora denominada córion. Com a divisão do mesoderma extraembrionário em duas camadas, o âmnio e o córion são considerados formados de ectoderma extraembrionário e mesoderma, enquanto o saco vitelínico é considerado formado de endoderma extraembrionário e mesoderma. Mesoderma somático extra-embrionário + trofoblasto = CÓRION. O córion forma a parede do saco coriônico (saco gestacional). •. No 13º dia, o disco embrionário com seu âmnio dorsal e o saco vitelínico ventral estão suspensos na cavidade coriônica unicamente por um espesso pedículo de mesoderma extraembrionário, denominado pedículo de conexão. • O alantóide surge, inicialmente, como uma projeção do endoderma do intestino posterior, revestida externamente por mesoderma extra-embrionário. Em humanos, é apenas vestigial. Em outros mamíferos, aves e répteis é um órgão respiratório e depósito de restos metabólicos. Sua função, em humanos, é assumida pelos vasos sanguíneos que se diferenciam de sua parede mesodérmica .Esses vasos sanguíneos fazem parte do arco circulatório umbilical que irrigam a placenta. - É incluído no cordão umbilical em desenvolvimento Problemas na implantação embrionária • Gravidez ectópica: Ocasionalmente um blastocisto se implanta na cavidade peritoneal, na superfície do ovário, dentro do oviduto ou em locais anormais no útero. O epitélio nesses locais anormais responde à implantação do blastocisto com um aumento da vascularização e outras alterações de suporte, o que faz com que o blastocisto esteja apto a sobreviver e a começar a se desenvolver. Essa gravidez ocorre em 95% a 98% nas tubas uterinas e geralmente ameaçam a vida da mãe, porque os vasos sanguíneos que se formam em locais anormais são propensos a sofrer rupturas como resultado do crescimento do embrião e da placenta. Uma mulher com gravidez tubária sinais e sintomas de gravidez. Tipicamente, a gravidez ectópica é revelada por sintomas de dor abdominal e/ou sangramento vaginal, além de sensibilidade por causa da distensão da tuba uterina. Normalmente, é necessário o uso de droga (metiltrexato, que bloqueia a divisão celular) ou intervenção cirúrgica para interromper a gravidez. • Gravidez desperdiçada: : Acredita-se que a taxa de abortamento espontâneo precoce seja em torno de 45%. Os abortamentos espontâneos ocorrem por várias razões, uma delas é a presença de anormalidades cromossômicas. → Aposição do blastocisto. → Adesão. → Penetração no epitélio e lâmina basal. → Invasão do estroma uterino
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