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Introdução à Epiderme

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Epiderme 
Introdução 
A pele é o maior órgão do organismo 
humano, representando 15% do peso corporal do 
indivíduo. Ela pode nos dar indicativos importantes no 
quesito sinais e sintomas (icterícia, cianose., etc). para 
hipóteses diagnósticas. A pele humana é formada 
por: 
1. Epiderme 
2. Derme 
3. Hipoderme (alguns autores) 
A hipoderme é uma camada fáscia superficial, 
teia subcutânea, constituída por tecido conjuntivo 
frouxo e tecido adiposo unilocular (adipócitos), além 
de glândulas sudoríparas. 
A pele possui anexos, que são: 
1. Glândulas sudoríparas 
2. Glândulas sebáceas 
3. Pelos 
4. Unhas 
Funções da pele 
1. Proteção contra ameaças externas, 
principalmente microbiológicas, desidratação 
e atrito 
2. Regulação da temperatura através da 
presença de vasos, glândulas e tecido 
adiposo 
3. Recepção de sensações por receptores 
sensoriais 
4. Excreção se sais por suor e sebo pelas 
glândulas sebáceas e absorção de água e 
substâncias antiinflamatórias e 
glicocorticóides 
5. Proteção contra raios UV pela presença da 
melanina 
6. Produção da vitamina D3 quando da 
exposição ao sol. 
Pele fina e pele grossa 
 Temos dois tipos de pele – que se dividem 
de acordo com diferenças na espessura. As regiões 
de pele grossa costumam sofrer mais atrito do que 
as regiões de pele fina. As papilas dérmicas são mais 
profundas e mais evidentes. Isso ocorre porque 
essas projeções da epiderme na derme e vice-versa 
ajudam a manter a adesão entre os dois tecidos. 
A pele grossa pode ter uma espessura de 
até 5 mm e a fina de 1 a 2 mm. Possuem, também, 
uma distribuição específica – a pele grossa é 
característica da palma da planta dos pés; as demais 
partes do corpo são geralmente recobertas por pele 
fina. Com relação à diferença no número de 
camadas ou extratos: A epiderme da pele grossa, 
assim como a camada córnea, é mais espessa. A 
epiderme da pele fina é mais delgada, com camada 
córnea menor. 
 
Corte histológico de região de pele fina 
 Como legenda da lâmina anterior, temos: 
1. Prega epitelial interpapilar 
2. Crista dérmica ou papila dérmica primária 
3. Papila dérmica secundária (subdivisão das 
papilas primárias) 
4. Crista epitelial 
 
Corte epitelial de região de pele grossa 
As cristas epiteliais se projetam de tal forma 
que há a formação de sulcos bem evidentes que 
são utilizadas para a identificação de indivíduos 
através de dermatóglifos ou impressão digital. As 
cristas dérmicas são subdivididas em papilas dérmicas 
secundárias. 
Epiderme 
 Formada por várias camadas, as quais mais 
superficiais são epitélio estratificado pavimentoso 
queratinizado, com camada córnea. É constituída por 
diversos tipos celulares: 
1. Queratinócitos – 80% 
2. Melanócitos – 13% 
3. Células de Langerhans (células 
apresentadoras de antígenos) – 4% 
4. Células de Merkel – 3% 
Os queratinócitos se dividem em 3 a 5 estratos 
ou camadas: camada germinativa, camada espinhosa, 
camada granulosa, camada lúcida e camada córnea. 
 
 Como o epitélio é uma região avascular, as 
papilas dérmicas podem ajudar na irrigação e 
nutrição deste através de vasos sanguíneos na 
forma de alças de capilares. 
 
Camada basal 
 Também chamada de camada germinativa. 
✓ Células cúbicas altas/prismáticas 
✓ Células tronco de reserva presentes junto da 
lâmina basal 
✓ Proliferação através da alta capacidade de 
mitose 
✓ Renovação do epitélio, que leva de 15 a 30 
dias a depender da região da pele 
✓ Acumulação de filamentos intermediários de 
queratina específicos de peso molecular 
característico 
✓ Encontramos células de Merkel, melanócitos 
e queratinócitos 
✓ Podemos marcar através de marcadores de 
células em proliferação celular (S, G2 e M), 
deixando-as com núcleo marrom após a 
precipitação do cromógeno utilizado 
✓ Podemos marcar a camada basal com uma 
reação histoquímica para detecção de 
citoqueratina do tipo 5 e 14, que 
caracteristicamente se expressam na 
camada basal 
 
Corte histológico de pele 
 
Camada espinhosa 
✓ Camada de Malpighi: termo que relaciona a 
junção da camada basal + camada espinhosa 
✓ Células arredondadas e achatadas quando 
próximas a camada granulosa 
✓ Pequenas projeções citoplasmáticas entre as 
células que formam estruturas em aspecto 
de pequenos espinhos 
✓ Grande quantidade de desmossomos na 
região das projeções citoplasmáticas 
(espinhos) 
✓ Células-tronco 
✓ Grande quantidade de filamentos de 
queratina, formando tonofilamentos 
✓ Alta coesão entre as células, dada a grande 
quantidade de desmossomos 
 
Corte histológico em grande aumento da camada espinhosa 
da epiderme 
 
Microscopia eletrônica de transmissão em grande aumento 
mostrando os desmossomos em disco e os tonofilamentos de 
queratina 
 
Microscopia eletrônica de transmissão mostrando os 
desmossomos em disco 
Camada granulosa 
✓ Mais evidente na pele fina 
✓ Células achatadas 
✓ Grânulos de querato-hialina (precursores da 
queratina madura), deixando a coloração 
mais basofílica. Visíveis na microscopia ótica 
convencional 
✓ Acúmulo de grânulos lamelares (corpos 
lamelares), com glicolipídio 
acilglicosilaceramida que faz um envelope 
lipídico ao redor dos queratinócitos da 
camada lúcida e córnea, conferindo 
impermeabilização da pele. Não são visíveis 
na microscopia ótica convencional, apenas na 
microscopia eletrônica de transmissão 
✓ Junções contendo claudinas tipo 1 e 4, 
característicos dessa região 
✓ Filamentos de queratina (citoqueratina) tipo 2 
e 9. 
 
Camada lúcida 
✓ Células claras, com organelas digeridas 
✓ Células em processo de queratinização e 
morte celular 
✓ Maior quantidade de filamentos de queratina 
e maior organização desses filamentos 
✓ Coloração mais clara em algumas 
preparações 
Camada córnea 
✓ Células achatadas e mortas 
✓ Citoplasma repleto de queratina 
✓ Alta organização da queratina em filamentos 
próximos a membrana celular dessas células 
através das filagrinas (filagrinas + queratinas) 
✓ Na camada lúcida/córnea há agregados de 
filamentos de queratina unidos por ligações 
cruzadas pela filagrina. 
✓ Na parte externa das células é formado um 
envoltório celular cornificado 
Tipos celulares da pele 
 Cada camada ou estrato da epiderme possui 
expressão gênica para queratina de peso molecular 
específico. Podemos usar marcadores específicos 
para identificar as diferentes camadas da epiderme. 
Impermeabilização da pele: Na camada 
espinhosa vemos corpos lamelares, que ficam mais 
evidentes no estrato espinhoso mais superficial. Os 
corpos ou grânulos lamelares fazem a eliminação de 
seu glicolipídio para o ambiente extracelular na 
camada granulosa por meio de um processo de 
exocitose. 
Esse conteúdo lipídico forma um envoltório 
protetor impermeabilizante na superfície externa 
dos queratinócitos. A filagrina compacta os filamentos 
de citoqueratina que ocupam espaço no interior da 
célula e ficam associados à membrana do 
queratinócito. A impermeabilização impede a perda 
de água ou, eventualmente, a entrada de água pela 
superfície epitelial. 
1. SPRs = proteínas pequenas ricas em prolina. 
2. Transglutaminases = ligações cruzadas. 
Esses complexos unem os filamentos de 
queratina ao envoltório lipídico externo, dando 
resistência a essa região e também a tornando 
impermeável à água. Os glicolipídios (ceramidas) se 
ligam covalentemente às involucrinas – existem 
proteínas específicas responsáveis por essa ligação; 
alterações nessas enzimas podem levar a doenças 
humanas específicas. 
O envoltório celular cornificado fica associado à 
membrana plasmática. Possui complexos de 
queratina – filagrina + involucrina + SPRs + loricrina. 
Esses compostos ficam interligados por ligações 
cruzadas desempenhadas por transglutaminases 
específicas que mantém a estrutura lipídica 
fortemente ligada à estrutura do envoltório celular 
cornificado, ondehá uma grande agregação de 
filamentos de queratina organizados (complexos de 
queratina). 
Esse esquema se localiza na região abaixo: 
 
✓ Em amarelo – cobertura lipídica, membrana 
plasmática e região rica em agregados de 
queratina. 
Representação da camada lúcida e córnea. As 
células achatadas são unidas por desmossomos e na 
parte mais externa, temos a camada lipídica de 
impermeabilização e proteção. 
 
Existem uma série de alterações nas 
transglutaminases que podem estar associadas a 
doenças humanas de pele. 
Melanócitos: presentes na camada basal. 
Produzem melanina pela enzima quirozinase no 
interior dos melanossomos. Jogam melanina para os 
queratinócitos da região basal e do início da camada 
espinhosa. A melanina é importante para proteger a 
camada basal dos raios UV, uma vez que eles são 
mutagênicos e podem afetar as células tronco em 
divisão. Possui prolongamentos citplasmáticos. 
 
As células de Merkel e os melanócitos são 
formados por precursores celulares que migram da 
crista neural. 
Células de Langerhans: Células 
encontradas no estrato espinhoso. São células com 
prolongamentos citplasmáticos que lembram 
dendritos, com núcleo denso e citoplasma claro. Os 
prolongamentos citoplasmáticos são importantes 
para aumentar a superfície de contato com 
antígenos. O melanócito não está aderido ao 
queratinócito adjacente por desmossomos, assim 
como a célula de Langerhans não está unida ao 
queratinócito adjacente por desmossomos. Esses 
dois tipos celulares podem se deslocar conforme 
estimuladas por antígenos específicos. 
Principalmente, a célula de Langerhans pode 
atravessar a camada basal e adentrar ao tecido 
conjuntivo subjacente, ganhando os vasos linfáticos 
através dos linfonodos e ativa linfócitos próximos a 
essas regiões, promovendo uma resposta imune. 
Elas são células apresentadoras de antígenos; possui 
atividade fagocítica (fagocitose de antígenos, 
processamento de antígenos e expressão de 
antígenos na superfície de membrana para ação de 
linfócitos na pele). As células de Langerhans 
diminuem após uma agressão por luz ultravioleta 
prolongada.; essa população perdida é repovoada 
novamente. As células precursoras das células de 
Langerhans são encontradas na medula óssea (saem 
da medula óssea e migram para o estrato espinhoso 
da epiderme). 
 
Alterações nas células de Langerhans podem 
levar à psoríase, doença que forma placas na pele. 
A ativação das células de Langerhans vão para 
linfonodos que ativam células T 
 
 
 
 
Microabscessos, hiperplasia de queratinócitos, falha de 
diferenciação importante (diferenciação incompleta), estrato 
córneo nucleado. 
Células de Merkel: Célula sensorial 
mecanorreceptora, com sensibilidade ao tato. 
Existem em grande quantidade nas pontas dos 
dedos das mãos e dos pés. Estão associadas a fibras 
nervosas sensitivas mielinizadas. Na porção final da 
fibra, há a formação de uma estrutura em placa 
desmielinizada, onde há uma ligação sináptica com a 
célula de Merkel. Possuem prolongamentos celulares 
e formam contatos sinápticos com nervos sensitivos 
mielinizados. 
 
 Podemos identificar as células de Merkel 
através de marcadores de citoqueratina 20, que é 
específica desse tipo celular. 
 
Corte histológico com destaque do cromógeno marrom para 
identificar e quantificar células de Merkel 
 
Microscopia eletrônica de transmissão de célula de Merkel 
contendi grânulos com neurotransmissores a serem liberados 
na fenda sináptica com as fibras nervosas para ativa-las 
A cor da pele é determinada pela quantidade 
de conteúdo da melanina (maior síntese) e caroteno 
e também pela quantidade de vasos sanguíneos 
capilares. A quantidade de melanócitos é diferente e 
cada região da pele e entre regiões de pele grossa 
e pele fina.

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