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RESUMO HISTOLOGIA - P1 CITOPLASMA DIFERENCIAÇÃO CELULAR Células são as unidades funcionais e estruturais dos seres vivos. Existem dois tipos básicos, as células eucariontes e procariontes. Durante a evolução, as células passaram a se especializar. Essa especialização é denominada diferenciação celular, uma sequência de mudanças bioquímicas, morfológicas e funcionais que transformam uma célula primitiva indiferenciada em uma célula capaz de executar funções com grande eficiência. PRINCIPAIS COMPONENTES DAS CÉLULAS 1. Citoplasma: • Membrana plasmática: limite entre o MIC E O MEC. - Contém proteínas denominadas integrinas, que se ligam a filamentos do citoesqueleto e macromoléculas extracelulares. Troca de influências nos dois sentidos - ME: estrutura trilaminar (bicamada fosfolipídica com grupamentos hidrofóbico voltados para dentro da membrana, e deposição de ósmio durante a preparação do corte) - Além dos fosfolipídios, as MPs contém outros lipídios como glicolipídios e colesterol - Moléculas proteicas se inserem parcial ou totalmente. Algumas funcionam como poros seletivos. Outras funcionam como receptores de hormônios ou outras moléculas sinalizadoras. - Proteínas integrais: diretamente incorporadas na estrutura da membrana. Apenas podem ser extraídas após a destruição da estrutura da membrana, geralmente por detergentes. - Proteínas periféricas: fracamente associadas e podem ser extraídas por meio de soluções salinas. - Proteínas transmembrana: proteínas integrais que atravessam inteiramente a membrana, formando saliência nas duas faces. Podem ser divididas em proteínas de passagem única ou de passagem múltipla. - Glicocálice: camada mal delimitada, que recobre a superfície externa, rica em carboidratos. Participa do reconhecimento entre as células e da união das células umas com as outras e com as moléculas extracelulares • Citoesqueleto • Organelas: - Mitocôndrias - Retículo endoplasmático - Aparelho de Golgi - Lisossomos - Peroxissomos • Depósitos/inclusões: geralmente temporários, de carboidratos, proteínas, lipídeos e pigmentos • Matriz citoplasmática = citosol: consistência variável, contém aminoácidos, proteínas, outras macromoléculas, nutrientes energéticos e íons. • A entrada de macromoléculas, a endocitose, ocorre em bloco, por meio de modificações visíveis na MP. A exocitose também ocorre dessa maneira. � de �1 10 - Pinocitose: endocitose de substâncias “líquidas”, fluidas. Formação de pequenas invaginações de membrana que envolvem o fluido. As vesículas formadas destacam-se da membrana pela atividade do citoesqueleto, são puxadas para dentro do citoplasma e, na maioria das vezes, se unem aos lisossomos. Nas células endoteliais dos capilares sanguíneos, as vesículas são levadas ao lado oposto da célula, e liberam seu conteúdo no MEC. - Endocitose mediada por receptores: a união do ligante com seu receptor ativa moléculas do citoesqueleto. Clatrina e proteínas associadas formam uma malha de hexágonos e pentágonos, e formam vesículas cobertas, que entram na célula. Depois, essas vesículas perdem o revestimento de clatrina (que volta para a MP, sendo reutilizado), e se fundem aos endossomos (sistema de vesículas e túbulos localizados no citoplasma), formando o compartimento endossomal. Os receptores se separam do CE, e voltam para a MP. Alguns ligantes, após fazerem sua função na célula, também podem voltar ao meio extracelular e se conectar a outras células. - Fagocitose: utilizada por macrófagos e leucócitos. Engloba e elimina bactérias, fungos, protozoários, células, lesionadas e moléculas que se tornaram desnecessárias do meio extracelular. Prolongamentos = pseudópodos. Vesícula formada = fagossomo. A fagocitose é um processo que depende da ligação da partícula com receptores da superfície celular. O ligante aderido ao receptor promove modificações na camada citoplasmático localizada logo abaixo da MP, a camada cortical. A camada cortical apresenta muitos filamentos de actina. O complexo ligante Ca2+ que ativa a proteína gelsolina, e transforma o gel cortical em um sol, tornando possível a formação de pseudópodos. Suas bordas se fundem e formam o fagossomo. - Exocitose: fusão de vesículas com a membrana plasmática e expulsão do conteúdo da vesícula para fora da célula, sem que haja ruptura da superfície celular. Deve ser mediada por proteínas específicas (fusogênicas), que permitem a fusão, já que todas as membranas têm carga negativa. - FLUXO DE MEMBRANA: as porções de membrana retiradas pela endocitose retornam pela exocitose. 2. Citoesqueleto • Rede complexa de microtúbulos, filamentos de actina (microfilamentos) e filamentos intermediários. • Influi na forma das células e, junto com proteínas motoras, possibilita movimento de organelas, vesículas, cromossomos e da célula inteira. • Microtúbulos: - Formados por um heterodímero (alfa e beta tubulina), são instáveis - Se organizam em espiral e são constituídos de 13 unidades - MTOC: centros organizadores de microtúbulos (centríolos, corpúsculos basais dos cílios e flagelos, centrômeros dos cromossomos…) - Presentes no citoplasma e em prolongamentos celulares. - Sua principal função é de movimento celular e na sustentação. Atuam como trilhos no deslocamento orientado de organelas e vesículas auxiliados pelas proteínas motoras cinesina e dineína. - 2 extremidades: 1. (+) Polimerização > despolimerização - MT crescem 2. (-) Polimerização < despolimerização - MT não crescem - Polimerização depende do Ca2+ no citosol e de proteínas associadas aos microtúbulos, MAP � de �2 10 - Colchicina: se liga à tubulina e impede a adição desta na extremidade positiva, impedindo a polimerização. Como a despolimerização continua, o citoesqueleto se desfaz e a mitose é interrompida. - Taxol: acelera a formação dos microtúbulos e os estabiliza. Como o movimento dos cromossomos depende do dinamismo dos microtúbulos, a mitose é interrompida em metáfase. - Vimblastina: despolimeriza microtúbulos e forma complexos paracristalinos com a tubulina. - Microtúbulos são substrato para os movimentos intracelulares, impulsionados por proteínas. - Centríolo: 9 trios. Na fase S, duplicam, e na mitose cada par vira MTOC - Cílios e flagelos são prolongamentos móveis • Filamentos de actina (microfilamentos) - Função de sustentação de de movimento celular (auxiliado pela proteína miosina e levam principalmente a deformações celulares, como contrações, formação de pseudópodos, microvilosidades, estereocílios, invaginação celular, citocinese, entre outros). - Actina é encontrada no músculo como filamentos finos, compostos de uma hélice de dois fios, associada com miosina (mais grossa) - Forma o córtex celular, camada fina próxima à MP. Participa da endocitose, exocitose e migração - Final da divisão celular: actina + miosina -> citocinese (anel de constrição que permite a separação das células filhas) • Filamentos intermediários - Pertencem a uma grande família de proteínas encontradas nas células de diferentes tecidos; ocorrem no citoplasma e no núcleo; ocorrem apenas nos organismos multicelulares - Estruturas estáveis relacionadas basicamente à sustentação da célula e não ao movimento - As principais doenças degenerativas das células, músculos e neurônios são causadas pelo rompimento dos filamentos intermediários ou de sua conexão com outras estruturas da célula. - Distribuídos por toda a célula, atenuam o efeito de forças aplicadas localmente, tornando a célula mais resistente a tensão mecânica e ao atrito. - Queratinas: células epiteliais e estruturas extracelulares - formação de desmossomas - Vimentina: fibroblastos; célula mesenquimal, pode copolimerizar com desmina e proteínas fibrilares ácidas da glia para formar filamentos mistos - Desmina: tecido muscular liso e linhas Z musculares (músculos esquelético e cardíaco) - Neurofilamentos: neurônios - Lâminas:núcleo celular 3. Depósitos citoplasmáticos • Reservas de nutrientes e outras substâncias (exemplos: gotículas de lipídeos, carboidratos, pigmentos, etc.) 4. Citosol • Malha microtrabecular (microfilamentos de actina, microtúbulos, subunidades proteicas, miosina, enzimas e outras moléculas) • Glicose, vitaminas e aminoácidos • Proteínas motoras que participam do transporte intracelular de organelas e vesículas • Fornece o substrato para a organização de moléculas enzimáticas em sequência. � de �3 10 TECIDO EPITELIAL Células poliédricas justapostas (pouca substância extracelular), em pequena quantidade, que revestem superfícies ou cavidades do corpo e algumas secretam substâncias. O núcleo dos vários tipos de células epiteliais tem forma característica, e geralmente acompanha o formato das células. Praticamente todos os epitélios estão apoiados sobre tecido conjuntivo. No caso de órgãos ocos, essa camada de tecido conjuntivo é chamada de lamina própria. A parte do tecido epitelial voltada para esse é chamada porção basal, enquanto a parte oposta, voltada para a luz, é chamada porção apical. A superfície desta é chamada de superfície livre. As superfícies que confrontam células adjacentes são denominadas superfícies laterais. LÂMINAS BASAIS E MEMBRANAS BASAIS Entre as células epiteliais e o tecido conjuntivo subjacente há uma delgada lâmina de moléculas chamada lâmina basal, apenas visível no microscópio eletrônico. Componentes principais: colágeno, laminina e entactina e proteoglicanos. A lâmina basal se prende ao tecido conjuntivo por meio de fibrilas de ancoragem constituídas por colágeno tipo VII. Laminas basais podem ocorrer não só em tecidos epiteliais, mas também em outras células que entram em contato com o tecido conjuntivo, como células musculares, adiposes e de Schwann. Nesses casos, a lamina basal forma uma barreira que limita ou controla a troca de macromoléculas entre essas células e o tecido conjuntivo As laminas basais são formadas por substancias secretadas pelas células epiteliais, musculares, adiposas e de Schwann. A lâmina reticular ocorre quando fibras reticulares são secretadas pelo conjuntivo e se associam à lamina basal. Funções: • Adesão das células epiteliais ao tecido conjuntivo • Filtro de moléculas • Influência na polaridade das células • Regulação da proliferação e da diferenciação celular (se ligam a fatores de crescimento) • Influencia no metabolismo celular • Organiza as proteínas nas membranas plasmáticas de células adjacentes, afetando a transdução de sinais através dessas membranas • Caminho e suporte para migração das células Membrana basal é a camada situada abaixo dos epitélios visível ao microscópio óptico. É mais espessa que a lamina basal pois inclui algumas das proteínas que se situam no tecido conjuntivo próximo à lamina basal. Membrana basal = lamina basal + lamina reticular � de �4 10 ESPECIALIZAÇÕES DA SUPERFÍCIE BASOLATERAL DAS CÉLULAS EPITELIAIS Contribuem para a coesão e comunicação entre as células Encontradas na maioria dos tecidos, mas muito abundantes em epitélios. Intensa adesão mútua, que necessita forças mecânicas grandes para separá-las, em parte devida à ação coesiva de cadeiras (glicoproteínas transmembrana). Estas podem perder sua adesividade na ausência de Ca2+. • Interdigitações: dobras nas membranas que se encaixam nas dobras das membranas de células adjacentes • Junções de oclusão: geralmente, as junções mais apicais. Forma uma faixa que circula completamente a célula e veda o espaço intracelular. Ocorre pela fusão dos folhetos externos de membranas adjacentes, feita entre locais salientes dos folhetos externos das membranas de células adjacentes • Junções de adesão: circunda toda a célula e contribui para a aderência entre células adjacentes. Trama terminal: rede de filamentos de actina, filamentos intermediários e espectrina, existente no citoplasma apical. Junto às junções de oclusão, forma o complexo unitivo • Desmossomos: (=mácula de adesão) estrutura complexa, em forma de disco, continua na superfície de uma célula. MPs nessa região são planas, paralelas e separadas por uma distância um pouco maior do que o normal. Dentro das células há a placa de ancoragem, composta de proteínas e filamentos de queratina, que se inserem nas placas de ancoragem da célula adjacente ou formam alças que retornam ao citoplasma da própria célula. Em células não epiteliais, os desmossomos não são constituídos de queratina, mas de outras proteínas, como desmina ou vimentina. • Hemidesmossomos: encontrados entre algumas células epiteliais e sua lamina basal. Contém principalmente integrinas, um conjunto de proteínas transmembrana que podem agir como receptores para macromoléculas da matriz extracelular, como laminina e colagens IV. • Junções comunicantes (gap): podem existir em qualquer lugar das membranas laterais. Se caracterizam pela grande proximidade das membranas. Formadas por porções de MP onde há agregados de partículas intramembranosas reunidas em forma de placa. Tornam possível a troca de moléculas como AMP e GMP cíclicos, íons e hormônios, possibilitando que os tecidos trabalhem de maneira coordenada, como por exemplo na contração do músculo cardíaco. ESPECIALIZAÇÕES DA SUPERFÍCIE APICAL DAS CÉLULAS EPITELIAIS Para aumentar a superfície de contato ou mover partículas • Microvilosidades: pequenas projeções do citoplasma em direção à luz do órgão, podem ser curtas ou longas. Presente em células que apresentam intensa atividade de absorção são as que mais apresentam microvilos, como o revestimento do intestino delgado e dos túbulos proibais dos rins. No seu interior, há feixes de filamentos de actina, que por meio de outras proteínas, mantêm ligações cruzadas entre si e ligações com a MP do microvilo. Nessas células, o glicocálice é mais espesso e o conjunto é visto na microscopia e chamado de borda em escova/borda estriada. � de �5 10 • Estereocílios: prolongamentos longos e imóveis, que na verdade são microvilos longos e ramificados. Aumentam a área de contato da célula, facilitando o movimento de moléculas para dentro e fora da célula. Comuns no epidídimo e no ducto deferente. • Cílios e flagelos: prolongamentos móveis (diferentemente dos microvilos e estereocílios). - Cílios: envolvidos por MP e formados por dois microtúbulos centrais, cercados por nove pares periféricos. Inseridos em corpúsculos basais, que ficam no ápice das células, abaixo da membrana. Sua estrutura é parecida com os centríolos. Movimento rápido e coordenado possibilita que uma corrente de fluido ou partículas seja impelida em uma direção ao longo da superfície. Sua fonte de energia é o ATP. - Flagelos: encontrados apenas em espermatozoides, semelhante aos cílios porém mais longos e limitados a um por célula. EPITÉLIOS DE REVESTIMENTO Classificados de acordo com o número de camadas de células que constituem esses folhetos e conforme as características morfológicas das suas células. Nos epitélios simples, o folheto epitelial é constituído por uma só camada de células, enquanto nos epitélios estratificados por mais de uma camada. O epitélio pseudo- estratificado ocorre quando uma camada tem núcleos de células em diferentes alturas, e todas as células se apoiam na lamina basal, mas nem todas alcançam a superfície, ocorre nas passagens respiratórias desde o nariz até os brônquios, e no epidídimo. De acordo com a forma das células, pode ser classificado em pavimentoso, quando a célula é alongada horizontalmente, cúbico ou colunar, quando a célula é alongada verticalmente, também podendo ser chamado de cilíndrico ou prismático. O núcleo das células acompanha seu formato. • Epitélio simples cúbico: encontrado na superfície externa do ovário e forma a parede de pequenos duetos excretores de muitas glândulas. • Epitélio estratificado cúbico: raro no organismo, encontrado em curtos trechos de ductosexcretores de glândulas. • Epitélio simples colunar: constitui o revestimento do intestino e da vesícula biliar. Alguns são ciliados, como na tuba uterina, o que ajuda o transporte de espermatozoides. • Epitélio estratificado colunar: raro, encontrado na conjuntiva do olho. • Epitélio simples pavimentoso: reveste o lúmen de vasos sanguíneos e linfáticos, constituindo o endotélio. Reveste também as grandes cavidades do corpo, como a pleura, pericárdio e peritônio, e os órgãos contidos nessas cavidades, sendo chamado então de mesotélio. • Epitélio estratificado pavimentoso: se distribui em várias camadas e a forma das células depende de onde se situam. Perto do conjuntivo, as células geralmente são cubicas ou colunares, são as células basais, que migram para a superfície do epitélio e mudam sua forma, se tornando gradativamente pavimentosas. Na superfície, essas celulas se descamam e são substituídas pelas células subjacentes. Esse epitélio reveste cavidades úmidas, como a boca, o esôfago, a vagina, sujeitas a atrito e forças mecânicas. Na pele, esse epitélio é queratinizado. As células superficiais morrem, perdem suas organelas e seu citoplasma é ocupado por grande quantidade de queratina. Essa camada confere proteção à pele e impede a perda de líquido. As células mortas descamam gradativamente da superfície. � de �6 10 • Epitélio de transição: reveste a bexiga urinária, o ureter e a porção inicial da uretra. É um epitélio estratificado onde a forma das células da camada mais superficial varia com o estado de distensão ou de relaxamento do órgão. Quando a bexiga está vazia, as células mais externas do epitélio são frequentemente globosas e de superfície convexa. Quando a bexiga está cheia, o número de camadas parece diminuir, o epitélio torna-se mais delgado e muitas células se tornam achatadas. EPITÉLIOS GLANDULARES Constituídos por células especializadas em secretar substancias. Essas células podem sintetizar, armazenar e eliminar proteínas, lipídios ou complexos de carboidrato e proteínas. O armazenamento ocorre em grânulos de secreção, vesículas envolvidas por uma membrana. • Glândulas geralmente são multicelulares, mas um exemplo de glândula unicelular é a célula caliciforme, encontrada no revestimento do intestino delgado ou do trato respiratório. • Glândulas propriamente ditas são formadas a partir de epitélios de revestimento cujas células proliferam e invadem o tecido conjuntivo subjacente. • Glândulas exócrinas: mantém sua conexão com o epitélio de origem, os ductos tubulares, através dos quais as secreções são eliminadas, alcançando a luz. - Glândulas simples: somente um ducto excretor não ramificado -> Podem ser tubulares, tubulares enoveladas, tubulares ramificadas ou acinosas, cuja porção secretora é esférica ou arredondada, ou alveolar (mais aberta que a acinosa) - Glândulas compostas: possuem ductos excretores ramificados -> Podem ser tubulares, acinosas ou mistas tubuloacinosas • Glândulas endócrinas: conexão com o epitélio é obliterada e reabsorvida. Assim, não têm ductos e eliminam as secreções no sangue, por onde são transportadas para o local de ação. - Cordonais: células formam cordões anastomosados, entremeados por capilares sanguíneos. Exemplos: adrenal, paratireoide, lóbulo anterior da hipófise. - Vesiculares: formação de vesículas ou folículos preenchidos de material secretado. exemplo: glândula tireoide. • Células que fazem a exocitose sem perda de outro material celular são chamadas de merócrinas. Holócrinas são as que a secreção é eliminada juntamente com toda a célula. Apócrina, um intermédio, como as glândulas mamárias, liberam parte de seu citoplasma juntamente com o produto de secreção. • Ácino seroso: formados por células colunares ou piramidais, com lúmen bastante reduzido. Núcleos arredondados, na porção basal das células. A porção apical é ocupada por grânulos de secreção. ROSA/ROXO • Túbulo mucoso: estruturas alongadas, tubulares, com lúmen dilatado. Células largas, geralmente piramidais. Núcleos geralmente “deitados" contra a base da célula. AZUL � de �7 10 TECIDO CONJUNTIVO INTRODUÇÃO • Responsável pelo estabelecimento e manutenção da forma do corpo • Principal componente é a matriz extracelular, uma combinação de proteínas fibrosas e de substância fundamental. As fibras, principalmente de colágeno, constituem tendões, aponeuroses, cápsulas, meninges, trabéculas e paredes de órgãos, formando o estroma (tecido de sustentação). As fibras elásticas, por sua vez, pode oferecer resistência ou elasticidade aos tecidos. CÉLULAS DO TECIDO CONJUNTIVO • Fibroblastos: sintetizam colágeno e elastina, glicosaminoglicanos, proteoglicanos e glicoproteínas que fazem parte da MEC. Além disso, produzem fatores de crescimento, que controlam a proliferação e a diferenciação celular. Quando reduzem seu metabolismo, parte do material genético se condensa e o fibroblasto passa a ser chamado de fibrócito. • Macrófagos: caracterizados pela capacidade de fagocitose. Contém um Golgi bem desenvolvido, muitos lisossomos e um REG proeminente. Derivam dos monócitos, oriundos de células precursoras da medula óssea. Quando os monócitos realizam a diapedese, saindo dos vasos e entrando no tecido conjuntivo, passam a adquirir características morfológicas e funcionais de macrófagos. • Mastócitos: abundantes na derme e nos tratos digestivo e respiratório. É uma célula globosa, grande e com citoplasma repleto de grânulos. Núcleo pequeno, esférico e central. Sua principal função é estocar mediadores químicos da resposta inflamatória, como a histamina que promove aumento da permeabilidade vascular. Além disso, ajudam em reações imunes e na inflamação, em reações alérgicas e infestações parasitárias. • Linfócito: linfócitos B, T e NK. Linfócito B dá origem ao plasmócito. Ativado pela citocina, ao sair dos vasos e entrar no conjuntivo. • Plasmócito: célula imunológica, sintetiza imunoglobulinas. Portanto, possui muito REG. Núcleo excêntrico granulado, vários nucléolos. MATRIZ EXTRACELULAR • Componente fibrilar: - Colágeno: oferece flexibilidade e resistência. Existem vários tipos de colágeno, devido à organização das cadeias α. Está sempre em renovação e presente em diversos lugares, mas principalmente em cartilagens, fibras reticulares e na lâmina basal. - Fibras elásticas: formam o sistema elástico, que ao ser perturbado, volta a seu estado original. Presente em artérias elásticas, pulmão e pele. - Fibra reticular: colágeno tipo III, glicoproteínas, proteoglicanos. Encontradas no músculo liso, em nervos, órgãos hematopoiéticos (medula óssea, timo, baço), no rim, no fígado e no útero. Sua função é de sustentação. • Substância intersticial: um gel hidratado, também chamado de substância fundamental. Composta de glicosaminoglicanos, proteoglicanos, glicoproteínas adesivas. Atua no equilíbrio da pressão osmótica, hidrostática e na drenagem linfática local. � de �8 10 CLASSIFICAÇÃO DO TECIDO CONJUNTIVO A classificação é feita com base em dois critérios: • Proporção de aparecimento dos elementos (células, SI e fibras) • Quando necessário, a organização das fibras • Tecido conjuntivo propriamente dito - Denso/Fibroso: fibras em maior quantidade 1. Células: ± 20% SI: ± 20% Fibras: ± 60% 2. Modelado: Fibras em paralelo - maior resistência (Exe.: tendões, ligamentos, cápsulas fibrosas) 3. Não modelado: fibras dispersas (em várias direções) - maior flexibilidade (Exe.: pele) - Frouxo - equivalência na quantidade de elementos (= córion = lâmina própria) 1. Células: ± 33% SI: ± 33% Fibras: ± 33% 2. Obs.: mucosa = associação do tecido epitelial com o tecido conjuntivo, revestindo uma cavidade única (Exe.: mucosa gástrica, mucosa respiratória e mucosa intestinal) • Tecido conjuntivo de propriedades especiais - Tecido Adiposo: predomina células adiposas - Tecido elástico: predomina fibra elástica(exe.: artérias elásticas) - Tecido reticular ou hematopoiético: forma a medula óssea e os órgãos linfoides (Timo, Baço, Linfonodo) - Tecido mucoso: Células: ± 10% Fibras ± 10% SI ± 80% (Exe.: cordão umbilical) • Tecido conjuntivo de sustentação ou suporte - Tecido cartilaginoso - Tecido ósseo SISTEMA TEGUMENTAR • Funções da pele: proteção contra raios UV e agentes externos, sensibilidade (é o maior órgão sensitivo do corpo), homeostase (regula a temperatura corporal e a perda de água), metabólica (síntese de vitamina D3), e atrativo sexual (textura e aspectos) Classificação: - Pele fina: pouca queratina na epiderme - Pele grossa: muito queratina na epiderme, sem glândulas sebáceas e pelos (palma da mão e planta do pé) • Epiderme: tecido epitelial - QUERATINÓCITOS (90%): responsáveis pela síntese de queratina A. Estrato basal: uma camada, com função de renovação B. Estrato espinhoso: apresenta filamentos intermediários (fixação). Com o estrato basal, forma o estrato de malphigi - Tonofilamentos - Início da síntese de corpos lamelares, lipídeos que impermeabilizam a pele C. Estrato granuloso: grânulos de querato-hialina D. Estrato lúcido: células começam a morrer (presente apenas na pele grossa) E. Estrato córneo: células mortas queratinizadas (descamam) • A diferenciação dos queratinócitos nos estratos ocorre pela expressão da queratina, e estão sujeitas a mutações que podem gerar doenças como a psoríase - Q5 e 14: camada basal; Q1 e Q10: espinhoso e granuloso; Q9: granuloso e córneo � de �9 10 - MELANÓCITOS: células responsáveis pela produção de melanina (proteína que protege contra raios UV); despejada sobre os queratinócitos - Síntese: tirosina --1 → dopa — 2 → dopa-quinona → melanina - 1 = tirosinase: sua ausência leva ao albinismo - Obs.: vitiligo = degeneração e desaparecimento dos melanócitos - CÉLULA DE LANGERHANS: célula de defesa imunológica, apresenta antígenos ao linfonodo, estimulando LTT. Presente em todos os estratos - CÉLULA DE MERKEL: é um mecanorreceptor (senso tátil), se encontra na camada basal Obs.: a epiderme é nutrida e oxigenada pela derme • Derme: tecido conjuntivo - Região papilar: composta por tecido conjuntivo frouxo (mobilidade celular) e apresenta papilas dérmicas (fixação) - Região reticular: composta por tecido conjuntivo denso Ambas as regiões apresentam fibras do sistema elástico (elastina), vasos sanguíneos e linfáticos e nervos Encontram-se também elementos derivados da epiderme, como as glândulas sebáceas, folículos pilosos e glândulas sudoríparas. Receptores sensoriais: mecanorreceptores - Corpúsculo de Meissner: nas papilas - Corpúsculo de Vater-Paccini: no profundo do conjuntivo � de �10 10