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Assistência de Enfermagem à Mulher durante o pré-natal

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LEITURA – CAPITULO 5 – ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM À MULHER DURANTE O PRÉ-NATAL
Gestação: conjunto de alterações dinâmicas biopsicossociais, que devem ser interpretadas como um fenômeno biológico / fisiológico que requer um acompanhamento qualificado. 
A realização do pré-natal tem papel fundamental na prevenção, detecção e intervenção das situações de risco tanto para a mão quanto para o feto. Quanto melhor a qualidade dos serviços oferecidos, maior impacto sobre a saúde materno-infantil e, portanto, menor a morbimortalidade nessas populações. 
Rede Cegonha: engloba ações para estruturar e organizar a atenção à saúde materno-infantil, assegurando o direito ao planejamento reprodutivo, atenção humanizada na gravidez, parto e puerpério e ao nascimento seguro, assim como crescimento e desenvolvimento da criança. 
Atribuições da enfermagem na assistência à mulher durante o Pré-natal:
· Consulta de pré-natal deve ser intercalada entre médico e enfermeiro, o pré-natal de risco habitual pode ser acompanhamento inteiramente pelo profissional enfermeiro. 
1. Acolher a mulher respeitando sua condição emocional em relação à atual gestação, esclarecer suas dúvidas, medos e angústias.
2. Orientar a gestante e família sobre a importância do acompanhamento pré-natal e rotina das consultas.
3. Cadastrar a gestante no Sistema de Informação do Pré-natal e fornecer o Cartão da Gestante devidamente preenchido, o qual deve ser verificado e atualizado a cada consulta.
4. Realizar a consulta de pré-natal de gestante de risco habitual intercalada com a consulta médica. 
5. Solicitar exames complementares de acordo com o protocolo de assistência pré-natal. 
6. Realizar testes rápidos: sífilis, HIV, hepatite B e C (sendo este último apenas realizado em situações de vulnerabilidade).
7. Prescrever medicamentos padronizados para o pré-natal, além dos medicamentos padronizados para o tratamento das ISTs, incluindo prescrição de penicilina para tratamento de sífilis congênita de acordo com o presente protocolo.
8. Orientar e realizar a vacinação das gestantes contra tétano, difteria e coqueluche (dTpa), hepatite B e influenza.
9. Encaminhar a gestante para atendimento odontológico e médico.
10. Referenciar a gestante para atendimento com psicólogos, nutricionistas ou assistente social, de acordo com a necessidade (equipe multiprofissional).
11. Identificar gestantes com fator de risco e encaminhá-la para consulta médica. No caso de dificuldades no agendamento, encaminhar diretamente ao serviço de referência.
12. Realizar exame físico geral e obstétrico.
13. Desenvolver atividades educativas, individuais e em grupos.
14. Orientar a gestante e a equipe quando aos fatores de risco e vulnerabilidades.
15. Orientar as gestantes sobre a periodicidade das consultas e realizar busca ativa das gestantes faltosas.
16. Realizar visitas domiciliares durante o período gestacional e puerperal, orientado e sanando todas as dúvidas (aleitamento materno, planejamento familiar entre outros.
Diagnóstico da gestação: deve ser mais precoce possível, no primeiro trimestre da gestação (12° semana), sendo importante a avaliação de riscos e necessidades de encaminhamento para outros serviços de saúde evitando graves complicações. 
Ministério da Saúde disponibiliza testes rápidos de gravidez nos exames de rotina, para ser realizado na unidade de saúde. 
Se o atraso menstrual for de mais de 15 dias, é realizado os exames de teste imunológico de gravidez (TIG) e o teste rápido de gravidez. Se caso for acima de 12 semanas, o diagnóstico é clínico e parte pelos sinais de presunção, probabilidade e certeza. 
Consulta de enfermagem no Pré-natal:
O objetivo é acolher a mulher e sua família desde o início da gestação, de forma humanizada, garantindo acesso ao serviço de qualidade, com ações que integram todos os níveis de atenção, assegurando o nascimento de uma criança saudável e garantindo o bem-estar da mãe e da criança. 
Podem ser realizadas na Unidade Básica de Saúde ou durante a visita domiciliar, intercalando consultas entre médico e enfermeiro, garantindo no mínimo 6 consultas até o final da gestação. 
Deve ser efetiva, classificando os riscos e adotando condutas adequadas. Deve seguir as seguines etapas:
· Histórico de enfermagem – valorização do interrogatório complementar.
· Exame físico geral e obstétrico – exame ginecológico e mamário. 
Primeira consulta de enfermagem:
Deve estar preparado para lidar com situações como mulheres que planejam ou não a gravidez, gestantes adolescentes, casais homoafetivos, etc.
É importante estabelecer vínculo e relação de confiança entre o profissional de enfermagem e a mulher gestante e sua família.
Coleta de exame colpocitopatológico na gestação:
Pode ser realizado pelo médico ou enfermeiro até o 7° mês de gestação, mas para fazer a coleta é necessário ponderar o riscos e benefícios. É recomendado realizar a coleta de colpocitologia oncótica no 1° trimestre (1° consulta de pré-natal).
Prescrição de medicamentos pelo enfermeiro:
· Ácido Fólico: 0,4 mg sendo dose única diária – prevenção de defeitos no tubo neural, devendo ser feito o uso pelo menos 30 dias antes da data em que se planeja engravidar até o final da gestação. 
· Sulfato Ferroso: 200 mg = 40 mg/dia, indicado no começo da gravidez até o 3° mês pós-parto, recomendando a ingestão da medicação com sucos cítricos, longe das refeições.

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