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IMUNIDADE ADQUIRIDA

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Matheus Malheiros – Medicina. 
IMUNIDADE ADQUIRIDA: 
 
Características da imunidade adquirida: 
1. Especificidade: Diferente da imunidade inata, aqui a resposta é especifica para 
determinado antígeno e por isso é tão poderosa. Ataca cada patógeno de maneira 
personalizada. 
2. Memória imunológica: Depois que a primeira infecção acabar, a imunidade adquirida 
vai ter uma resposta mais “forte” contra o patógeno. Nesse caso, o indivíduo não vai 
apresentar sintomas ou ter apenas sintomas leves. 
- Exemplo: Varicela (catapora): Algumas pessoas nunca tiveram varicela, mas foram 
vacinadas. A vacinação ativa a imunidade adquirida. Nesse caso, sendo as pessoas vacinas 
ou as que já contraíram a varicela alguma vez na vida, não vão desenvolver a doença. 
. Só existirá um tipo de célula na imunidade adquirida com vários subtipos: LINFÓCITO. 
. O linfócito é uma célula bem arredondada, citoplasma pequeno e núcleo grande. Não da 
pra diferenciar os linfócitos pela aparência e sim pelas proteínas expressas em sua 
superfície. 
 
Produção de linfócitos: 
1. Hemocitoblasto: Célula tronco pluripotente (tem a capacidade de se diferenciar em 
células diferentes, porém, por não ser totipotente, ela já estará comprometida com 
linhagens especificas). O hemocitoblasto dará origem a outras células sanguíneas e 
primeiramente a dois progenitores diferentes: Linhagem mieloide e linhagem linfoide. 
 
Matheus Malheiros – Medicina. 
2. Linhagem mieloide: Dará origem aos megacariócitos (posteriormente plaquetas); 
mieloblasto (posteriormente basófilo, monócito, eosinófilo e macrófago); mastócitos e 
eritrócitos. 
3. Linhagem linfoide: Dará origem as células NK e ao linfócito (linfócito T e linfócito B). 
 
 LINFÓCITOS: 
. Existem dois tipos principais de linfócitos: Linfócito T e linfócito B. 
. Os 2 terão processos de maturação e funções diferentes. 
1. Linfócito B: 
. Surge na medula óssea. 
. O processo de maturação também é na medula óssea. 
. Quando termina a maturação vai para os órgãos linfoides: baço, linfonodo. 
2. Linfócito T: 
. Surge na medula óssea. 
. O processo de maturação é no timo. 
. Depois de amadurecido migra para outros órgãos linfoides. 
XXXXXXXXXXXXXXXXXX LINFÓCITO B LINFÓCITO T 
PRODUÇÃO MEDULA ÓSSEA MEDULA ÓSSEA 
MATURAÇÃO MEDULA ÓSSEA TIMO 
MIGRA OUTROS ÓRGÃOS OUTROS ÓRGÃOS 
 
Processo de maturação dos linfócitos: 
. É na maturação que o linfócito T e o linfócito B vão receber o seu receptor DIFERENTES 
entre si. 
. Esse receptor faz o linfócito responder a um tipo específico de patógeno. 
. Nosso corpo faz o receptor “se valendo” de mais de 500 genes para codificar proteínas, 
combinar entre si e formar o receptor. 
. Dessa forma, os linfócitos combinam mais de 500 proteínas, varias vezes, durante toda 
sua vida, fabricando milhares de receptores diferentes, um para cada tipo de antígeno com 
o objetivo de responder a qualquer patógeno que invada. 
. Quando o linfócito amadurece (já tem receptor), migra para o órgão linfoide e não 
encontrou ainda o antígeno que vai ativa-lo é considerado um linfócito virgem. 
. Quando o linfócito encontra o antígeno e é ativado realiza a expansão clonal para 
produzir uma resposta imune adequada. 
 
 Processo de expansão clonal: 
Matheus Malheiros – Medicina. 
. Na expansão clonal (seja de células B ou células T) haverá uma diferenciação em dois grupos: 
a) Células efetoras: Células que vão ativamente combater o patógeno, seja qual for a 
função do linfócito. 
b) Células de memória: O motivo de existir memória imunológica. Torna-se necessário 
guardar células de memória, pois na defesa contra os patógenos, praticamente todas 
as células efetoras vão deixar de existir, portanto, se não guardássemos as células de 
memória com informação daquele agente, qualquer imunidade contra ele estaria 
perdida. As células de memória duram por muito tempo: resposta efetiva e adequada 
por muitas décadas. 
 
Linfócitos B: 
. Quando for ativado e realizar expansão clonal vai ser dividido em dois grupos: células de 
memória e plasmócitos (células efetoras). 
. O plasmócito (célula efetora) vai mediar a RESPOSTA HUMORAL da imunidade adquirida 
fabricando anticorpos. 
OBSERVAÇÃO: A imunidade celular é a parte da imunidade mediada por células e a 
imunidade humoral é a parte da imunidade mediada por substâncias (proteínas que tem 
atividade importante contra patógenos). 
OBSERVAÇÃO: Anticorpos são proteínas secretadas pelo plasmócito que fazem parte da 
imunidade humoral. Nesse caso, são específicas para determinado patógeno e terá algumas 
funções: 
1. Opsonização: Os anticorpos irão “marcar” os agentes invasores para que outras 
células do sistema imune “enxerguem” mais fácil o invasor e ataque. Trabalham em 
conjunto, nesse sentido, com o sistema complemento. 
2. Neutralização: Podem ocupar o receptor que um patógeno iria usar para infectar a 
célula. 
. Como é uma resposta da imunidade adquirida, existem diferentes anticorpos para diferentes 
antígenos. 
. O plasmócito é o linfócito B virgem especializado. É um pouco diferente, pois tem um grande 
retículo endoplasmático rugoso para fabricar proteínas (anticorpos). 
OBSERVAÇÃO: O receptor do linfócito B no processo de maturação é um anticorpo. Isso 
permite que ele reconheça diretamente um antígeno sem a necessidade das células 
apresentadoras de antígeno. 
. Linfócitos B produzem uma série de citocinas, algumas exclusivas. 
 
 Linfócitos T: 
. Igual aos linfócitos B, quando são ativados na presença de um antígeno vão se especializar 
em células efetoras e células de memória. 
. Vamos falar mais especificamente das células efetoras: 
 
 
Matheus Malheiros – Medicina. 
- CÉLULAS EFETORAS: 
1. Células T alpha/beta: Nesse grupo estarão situados o linfócito TCD8 e o linfócito TCD4. 
2. Células T gama/delta: São um grupo menor e menos importante de linfócitos. 
3. Linfócitos TNK: Vai expressar tanto proteínas do linfócito T como das células NK (hibrido). 
4. Linfócito t regulador: Na maturação do linfócito, pode ocorrer do receptor reconhecer 
antígeno do próprio corpo como estranho. Nesse caso, o linfócito T regulador destrói essa 
célula. Quando esse mecanismo não funciona surgem as doenças autoimune. 
 
LINFÓCITO T CD8: Conhecido também como Linfócito T citotóxico. 
- CONCEITOS: 
. MHC (HLA): É uma proteína de superfície de célula que ajuda na identificação da própria 
célula ou de outra estrutura. 
a) MHC CLASSE 1: É basicamente uma identidade da célula. Toda célula do corpo 
apresenta MHC 1 e ninguém no mundo apresenta um MHC 1 igual ao seu (só seria 
possível em caso de irmãos gêmeos idênticos ou clones). É por esse motivo que não dá 
para doar órgãos para qualquer pessoa, o MHC 1 tem que ser parecido até ser ponto e 
mesmo nesse caso, o indivíduo deverá tomar imunossupressor pro resto da vida para 
evitar que o sistema imune cause lesões no órgão. Pode doar sangue com mais 
facilidade, pois as únicas células que não apresentam MHC I são os eritrócitos. 
b) MHC CLASSE 2: Fabricado pelas células apresentadoras de antígenos. O fagocito 
fagocita algo que ela achou estranho. Posteriormente pega pedaços do antígeno 
fagocitado e expressa parte desse patógeno no MHC 2 e mostra pra outras células de 
defesa. 
. A função do linfócito TCD8 (T CITOTÓXICO) é combater as células infectadas por parasitas 
intracelulares. No caso, todos os vírus são combatidos pelo linfócito T citotóxico. 
. Outra função é combater células neoplásicas (potencialmente tumoral) 
. O linfócito Tcd8 irá diferenciar as células neoplásicas e infectadas das normais através do 
MHC 1, já que quando as células estão nessas condições, deixam de expressar MHC I da forma 
que deveria e o T citotóxico verifica isso. 
. Destrói as células com problemas por mecanismos diferentes: Vesículas no citoplasma com 
proteínas que fazem furos na célula e destroem). 
 
LINFÓCITO TCD4 (HELPER): 
. Coordenador de vários processos do sistema imune. 
. Pra ele ser ativado precisade APC e por isso ele reconhece MHC II. 
. Apresenta varias funções e por isso se divide em vários tipos: TH1; TH2; TH alfa/beta e TH17. 
- Linfócito tcd4 do tipo th1: 
 
 
Matheus Malheiros – Medicina. 
. O linfócito th1 irá atuar na imunidade celular, ativando linfócitos tcd8 e macrófagos com a 
produção e liberação de interleucinas. 
- Linfócito tcd4 do tipo th2: 
. O linfócito th2 irá atuar mais na imunidade humoral, pois tem uma atuação com o linfócito B 
que produz anticorpos: Pode trabalhar também com eosinófilos e mastócitos. Vai ser 
importante no combate de parasitas (o combate de parasitas não é por fagocitose e sim 
através de toxinas, por isso o combate de parasitas depende muito da imunidade humoral). 
. O linfócito tcd4 do tipo th2 produz interleucinas que o th1 não produz. 
. Pode suprimir o linfócito tcd4 do tipo th1, caso ache necessário. 
- Linfócito tcd4 do tipo th17: 
. Participa da patogênese de doenças crônicas autoimune: Doença de crohn, colite e 
esclerose. 
 
 
 Outros linfócitos T: 
1. GAMA/DELTA: Apresentam proteínas gama/delta em sua superfície. Não vão agir por 
reconhecimento de MHC e sim por outras estruturas das células. Vão atuar nas 
mucosas. 
 
 
 
OBSERVAÇÃO: CÉLULAS NK X LINFÓCITOS T. 
. As células NK não precisam ser ativadas (fazem parte da imunidade natural). 
. É um ótimo complemento pro linfócito TCD8, pois algumas células vão “driblar” o 
linfócito tcd8 por não apresentarem nada de estranho em sua superfície (apesar de ficar 
com níveis mais baixos de MHC I ou não ter). Já as células NK atacam esse tipo de célula. 
 
 
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