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Microbiologia Básica: estruturas, microbiota e conceitos

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1ª Prova de Microbiologia 	
Gabriela Picchioni Baêta | Turma 68 - A	
4º Período | Medicina	
 
Estrutura celular de Microrganismos, Fisiologia e Metabolismo 
1. Vírus 
• São as menores partículas infecciosas; 
• Possuem DNA ou RNA, contidos em envelope proteico com ou sem envelope membranoso lipídico; 
• São parasitas verdadeiros: dependem da célula para sua sobrevivência; 
• A infecção por vírus pode ter caráter rápido e abrupto, com alta taxa de replicação e consequente lise celular 
ou pode desenvolver uma relação crônica com o hospedeiro, podendo haver integração do genoma viral com 
o do hospedeiro. 
 
2. Bactérias 
• Podem ser encontradas em todos os ambientes terrestres; 
• São seres unicelulares, procariontes (organismos simples – não possuem 
membrana nuclear, RER, complexo de Golgi ou mitocôndria), realizam 
reprodução assexuada e podem formar colônias. 
• As bactérias possuem: 
o Um envoltório composto pela parede + membrana celular; 
o O citoplasma que contem seu acido nucleico empacotado em uma 
estrutura conhecida como nucleóide, ribossomos, DNA extra 
cromossômico e enzimas; 
o Podem possuir anexos como flagelos, fímbrias, pili e cápsula. 
 
DETALHADAMENTE: 
• Membrana Celular/Citoplasmática 
o Composta 70% de proteínas e 30% de lipídios (fosfolipídios), também sendo encontrados glicoproteínas e 
glicolipideos associados. 
o A maioria das bactérias não possuem esteróis em sua membrana, composto que confere fluidez à membrana 
dos organismos eucariotos. 
o É organizada na estrutura de bicamada lipídica 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
o Funções: 
§ Permeabilidade seletiva à forma uma barreira hidrofóbica; entretanto existem mecanismos de 
transporte como as proteínas de transporte (absorção de metabólitos e liberação de outras substâncias); 
§ Localização das enzimas (enzimas que hidrolisam macromoléculas e sintetizam fosfolipídios) 
§ Transporte de elétrons e produção de energia 
§ Localização dos receptores (quimioreceptores) 
 
• Parede Celular: trata-se de uma estrutura rígida que protege a membrana celular, constituída de peptideoglicano 
(mureína), um dissacarídeo repetitivo unido por polipeptídios para formar uma rede que circunda e protege toda 
a célula e confere rigidez. 
o Funções: 
§ Manutenção da forma bacteriana (peptideoglicano) 
§ Confere resistência contra a pressão osmótica 
§ Suporte de antígenos bacterianos 
§ Papel na divisão celular 
§ Contribui como fator de virulência em algumas espécies 
§ Local de ação de alguns antibióticos 
 1ª Prova de Microbiologia 	
Gabriela Picchioni Baêta | Turma 68 - A	
4º Período | Medicina	
 
o Sua composição química é utilizada para diferenciar os principais tipos de bactérias em dois grupos: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
§ Gram +: 
• 40 camadas de peptideoglicano; 
• 50% do material da parede celular; 
• Maior rigidez; 
• Parede composta por ácido teicoico, que faz ligação covalente com o 
peptideoglicano e o ácido lipoteicoico, que faz ligação covalente com o 
glicolipídeo da membrana; 
• Os componentes supracitados formam uma matriz que proporciona 
então elasticidade, porosidade e força tensional. 
 
 
 
§ Gram – : 
• 1 ou 2 camadas de peptideoglicano 
• 5 a 10% do material da parede celular 
• Menor rigidez 
• Contêm 3 componentes localizados fora da camada 
de peptideoglicano: 
• Membrana externa: 
o Serve como barreira seletiva que controla a 
passagem de algumas substâncias. 
o Tem estrutura de bicamada assimétrica com 
folheto interno (camada de fosfolipídios e 
lipoproteína, que está ancorada ao peptideoglicano - assemelha-se à membrana celular) e 
folheto externo à fosfolipídios contem uma camada de lipopolissacarídeo (LPS) 
o Possui porinas: canais que permitem a difusão de algumas substâncias, já que a membrana 
externa exclui tanto substancias hidrofóbicas quanto hidrofílicas (porina é para substancia 
hidrofílica) 
o As grandes moléculas de antibióticos penetram lentamente a membrana externa, 
contribuindo para a resistência das bactérias gram (-) 
• Lipoproteína 
o Conecta a membrana externa com a camada de peptideoglicano 
o Estabiliza a membrana externa e é a proteína mais abundante das bactérias gram (-) 
• Lipopolissacarídeo (LPS) 
o 3 segmentos ligados covalentemente: lipídeo A: encontra-se no folheto externo da 
membrana externa, ancorando o LPS + cerne do polissacarídeo (ácido 
cetodesoxioctanoico - KDO - e heptose) + antígeno O (cobre a superfície bacteriana) 
o Extremamente tóxico para os animais, é denominado endotoxina à toxicidade ligado ao 
lipídeo A 
o Por estar firmemente ligado à superfície celular, é liberado apenas quando as células sofrem 
lise. 
o Antígeno O é altamente imunogênico (varia entre as espécies) 
o Pode causar febre, hipotensão, destruição de hemácias e choque 
 1ª Prova de Microbiologia 	
Gabriela Picchioni Baêta | Turma 68 - A	
4º Período | Medicina	
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Cápsula/Glicocálice: trata-se de substância polissacarídica produzida no citoplasma e secretados para a superfície 
celular que circunda estreitamente a célula. 
o Funções: 
§ Contribuir para a capacidade de invasão das bactérias patogênicas. 
§ Impedir que a célula seja fagocitada por células de defesa do hospedeiro. 
§ Promover a adesão das bactérias a diferentes superfícies (dentes humanos, trato respiratório, mucosa 
intestinal, etc.) 
§ Proteger as bactérias contra desidratação e choques mecânicos. 
 
• Flagelos: responsáveis pela locomoção das bactérias 
o Estendem-se a partir da membrana celular, passam pela parede celular e atingem a região externa. 
o O número de flagelos é bastante variável entre as bactérias. 
§ Monotríquio à flagelo polar único 
§ Lofotríquio à inúmeros flagelos polares 
§ Peritríquio à distribuídos por toda a superfície 
o Formados por uma proteína denominada flagelina à o flagelo é formado pela agregação de subunidades, 
formando uma estrutura helicoidal. 
 
• Pili/Fímbrias: apêndices superficiais que se estendem da membrana plasmática passando pela parede celular e 
cápsula emergindo para o meio externo. Mais curtos e mais finos que os flagelos, podem ocorrer em toda a 
superfície da célula. 
o Funções: 
§ Responsáveis pelas propriedades de fixação. 
§ Aderência às células hospedeiras 
§ NÃO são usadas para motilidade 
o Pili sexual: normalmente são mais longos que as fímbrias, havendo um ou dois por célula. É responsável pela 
formação da ponte citoplasmática que permite a transferência de informação genética durante o processo de 
conjugação. 
 
• Plasmídeo: pequeno DNA extracromossômico que se replica independentemente. Possui cerca de 1 a 5% do 
tamanho do cromossomo bacteriano e pode conter genes para diversas atividades. 
o Principais funções dos plasmídeos: 
§ Apresentar genes que conferem resistência a diversos antibióticos. 
§ Apresentar genes responsáveis por síntese de toxinas. 
§ Apresentar genes que codificam enzimas que ativam a degradação de carboidratos. 
 
OBS: Endósporo à estruturas formadas no processo de esporulação (ciclo de diferenciação em resposta a condições 
ambientais). 
• Processo desencadeado próximo da depleção de algum nutriente (carbono, nitrogênio, fósforo). 
• Cada célula forma um único esporo interno, que é liberado quando a célula-mãe sofre autólise. 
• A esporulação envolve a produção de muitas estruturas, enzimas e metabólitos novos, juntamente com o 
desaparecimento de vários componentes celulares vegetativos. 
• Esporo = célula em repouso 
 
Coloração de Gram: 
 
É uma coloração diferencial, pois divide as células bacterianas em dois grandes 
grupos: Gram-positivo e Gram-negativo, o que torna esta técnica um instrumento 
essencial para classificação, identificação e caracterização de microrganismos. 
Gram (+) 
Os poros dos peptideoglicanos se contraem (tornando-os impermeáveis e o 
corante é retido 
Gram (-) 
O descorante dissolve a camada de lipídeos das membranas externas e o 
complexo cristal + iodo é removido. 
 
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GabrielaPicchioni Baêta | Turma 68 - A	
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MORFOLOGIA CELULAR 
 
• Cocos: bactérias ovais ou esféricas 
o Diplococos (2) 
o Tétrade (4) 
o Sarcina (8) 
o Estafilococos - cadeia 
o Estreptococos – agrupamento 
• Bacilos: cilíndricas ou formas de bastonetes 
o Diplobacilos 
o Estreptobacilos 
o Cocobacilos 
• Vibrios: bacilos curvos 
• Espirilos e espiroquetas: bactérias helicoidais 
 
 
NUTRIÇÃO MICROBIANA 
As necessidades nutricionais dos microrganismos são diversas, apesar de compartilharem algumas com os demais seres 
vivos (carbono, nitrogênio, água). Para caracterizar tais necessidades é preciso o cultivo em laboratório: 
• Cultivo in vitro: quando se conhece as exigências nutricionais; 
o Meios de cultura que simulam/melhoram as condições naturais 
o Elementos químicos principais: N, C, H, O, P, S. 
§ Hidrogênio: principal elemento dos compostos orgânicos e inorgânicos. Tem como função a 
manutenção do pH, formação de ligações de hidrogênio, fonte de energia nas reações de oxirredução na 
respiração celular. 
§ Oxigênio: elemento comum encontrado nas diversas moléculas biológicas (aa, nucleotídeos, 
glicerídeos...). É obtido a partir de proteínas e gorduras e é requerido para processos de geração de 
energia. 
§ Fosforo: importante na composição do ATP, DNA, coenzimas, parede celular... 
§ Enxofre: aminoácidos, proteínas. 
o São necessários também alguns outros macronutrientes: 
§ Potássio: ativador enzimático, regula pressão osmótica; 
§ Magnésio: cofator enzimático, estabiliza ribossomos e membranas; 
§ Cálcio: resistência ao calor do endósporo; 
§ Ferro: cofator de enzimas e proteínas; 
o E micronutrientes: 
§ Cobre e Manganês: co-fator de enzimas 
§ Cobalto: vitamina B12 
§ Zinco: presente na RNA/DNA polimerase 
§ Outros como Na, Bo... 
• Cultivo in vivo: quando exigências nutricionais específicas são desconhecidas. 
 
Existem alguns outros componentes que são necessários às células por razoes especificas, entre eles estão os fatores de 
crescimento: necessitam ser adicionados exogenamente aos meios de cultura uma vez que diversos microrganismos 
perderam, durante a evolução, a capacidade de sintetizá-los. Entre eles estão as vitaminas, aminoácidos, purinas e 
piramidinas, ácidos graxos e água (indispensável exceto para alguns protozoários). Sabe-se, entretanto, que além das 
condições químicas supracitadas, existem condições físicas para o cultivo de bactérias, como: 
• Temperatura 
 
 
 
 
 
 
 
 
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• pH: cada tipo de microrganismo possui um pH ótimo 
o Bactérias: 4 a 9 (melhor próximo a neutralidade) 
o Bolores e leveduras: ótimo de 5 a 6; 
o Protozoários: 6,7 a 7,7; 
o Algas: 4 a 8,5. 
o Procariotos que vivem em pH extremos parecem 
manter um pH interno próximo do neutro bombeando 
prótons para fora da célula 
 
 
• Atmosfera gasosa: O2 e CO2 são os principais gases que afetam o crescimento bacteriano. Tem-se dois principais 
tipos de MO’s: 
o Aeróbios 
§ Obrigatórios: necessitam de oxigênio para realizar a 
respiração aeróbica; 
§ Microaerófilos: necessitam de oxigênio, mas em níveis 
menores que a atmosfera, para realizar a respiração aeróbica. 
§ Condições de crescimento: meio de cultura, troca da 
Atmosfera (agitação de meios, troca de meio ou injeção de ar 
estéril por pressão) 
o Anaeróbios: 
§ Aerotolerantes: não necessitam do oxigênio, mas toleram sua 
presença – realizam fermentação 
§ Facultativos: não necessitam do oxigênio, mas crescem 
melhor em sua presença – realizam fermentação/respiração 
aeróbica) 
§ Obrigatórios: não toleram a presença de oxigênio – realizam fermentação/respiração anaeróbica 
§ Condições de crescimento: 
• Ausência de Superóxido Dismutase e/ou Catalase e/ou Peroxidase e ou catalase 
• Ausência de Oxigênio Livre (O2) 
• Adição de Tioglicolato de Sódio (redutor de O2); 
• Selamento de tubos 
• Manipulação em câmaras de anaerobiose 
• Jarras de anaerobiose 
§ Infecções anaeróbias = gangrena 
• Pressão osmótica 
 
 
CRESCIMENTO CELULAR: 
Em microbiologia crescimento geralmente é o aumento do número de células, o que pode levar de minutos até dias, 
dependendo da espécie e das condições ambientais. 
Psicrófilos: Temperatura ótima à 15°C; Encontrados em oceanos e regiões 
da Ártica; não causam problemas na preservação de alimentos; 
 
Psicotróficos: Temperatura ótima à 20 a 30°C; Crescem em temperatura 
de refrigeradores (4°C); encontrados em alimentos estragados; 
 
Mesófilos: Temperatura ótima à 28 a 37°C (mais encontrados); Corpo de 
animais (temperatura da pele); Bactérias patogênicas: temp. ótima 37°C; 
degradam alimentos e são patogênicos; 
 
Termófilos: Temperatura ótima à 50 a 60 °C; Ambiente de águas termais 
(não crescem em temp. <45°C); Material estocado (altas temp.) = 
compostagem. 
 
Classificação dos MO’s quanto o pH 
• Neutrófilos: crescem na faixa de pH entre 6 a 8 
• Acidófilos: crescem melhor em valores <5 
pH ótimo: 3 
• Alcalófilos: crescem melhor em valores >8 
pH ótimo:10,5 
 
 1ª Prova de Microbiologia 	
Gabriela Picchioni Baêta | Turma 68 - A	
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• Bactérias – fissão binária 
Fase 1: Lag (Adaptação) 
o Fase de adaptação metabólica ao novo ambiente; 
o Sintetizar as enzimas necessárias 
o O número de indivíduos não aumenta nesta fase, podendo até 
mesmo decrescer. 
o Reparação das células com danos. 
o Duração: depende das condições ambientais nas quais as 
células se encontravam anteriormente. 
Fase 2: Exponencial (Logarítmica) 
o Fase mais saudável das células onde todas estão se dividindo. 
o Número de células da população dobra a cada geração 
o Condições ambientais tornam-se desfavoráveis pela escassez 
de nutrientes essenciais, acúmulo de metabólitos tóxicos e 
limitação de espaço. 
o Procarióticos – crescem mais rapidamente que os eucarióticos 
o Eucarióticos menores crescem mais rapidamente que os maiores 
Fase 3: Estacionária 
o Fase em que a taxa de crescimento diminui significativamente e a taxa de divisão celular é muito próxima da 
taxa de morte celular 
o Mantém constante o número de células viáveis na população. 
o A curva de crescimento atinge um platô. 
o Pode ocorrer: metabolismo energético e produção de metabólitos secundários 
o A duração depende do balanço entre a taxa de divisão celular e o número de células que vão se tornando 
inviáveis (morte celular ou incapacidade de se dividir 
Fase 4: Declínio ou Morte 
o Fase de declínio exponencial do número de células viáveis 
o Taxa de morte celular (acompanhada da lise da célula) torna-se maior que a taxa de divisão. 
o O número de células viáveis entra em declínio progressivo até a completa extinção da população. 
o A manutenção de uma cultura nesse estado por longo tempo conduz as células ao processo de morte. 
• Leveduras – brotamento 
• Actinomicetos e bolores: alongamento das hifas 
 
Controle de Microrganismos e Agentes Microbianos 
O controle do supracitado crescimento microbiano é benéfico em certas situações e pode prevenir infecções, deterioração 
de alimentos, contaminação de medicamentos, cosméticos, água, meio ambiente entre outros. Sabe-se que a destruição ou 
remoção das formas de vida/vírus podem ser totais ou parciais. 
Conceitos básicos 
• Esterilização: destruição e remoção de todas as formas de vida à eliminação total (Ex.: autoclavagem). Caráter 
absoluto. 
• Desinfecção: inativação ou redução do número de microrganismos em objetos e superfícies (Ex.: higienização de 
superfícies com álcool, fervura de utensílios) à eliminação parcial, elimina a potencialidade infecciosa. 
• Antissepsia: inativação ou redução do número de microrganismos em tecidos vivos (Ex.: higienização das mãos com 
álcool, iodo) à eliminação parcial 
• Sanitização: tratamento que reduz a contagem de microrganismos em alimentos e utensílios (Ex.: Fervura de 
alimentos, pasteurização) 
o Pasteurização: utilizado na indústriaalimentícia, método de desinfecção de líquidos. Tem como objetivo 
destruir as células vegetativas patogênicas e a maioria dos microrganismos deteriorantes 
• Assepsia: ausência de contaminação significativa em áreas de trabalho (Ex.: mesa cirúrgica, bancada de laboratório). 
o Sepsia = presença de MO patogênico em tecido vivo ou sangue 
o Antissepsia: inativação ou redução do numero de MO’s presentes em um tecido com substâncias antissépticas 
• Bacteriostáticos: inibem o crescimento e multiplicação de bactérias. Uma vez removido o crescimento é retomado 
(dependem do estado imunológico do hospedeiro) 
• Bactericida: causam morte direta dos microrganismos à não é reversível 
• Preservação: prevenção da multiplicação de microrganismos em produtos formulados como alimentos 
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o Liofilização: submeter a célula à desidratação e congelamento 
• Morte microbiana: perda irreversível da capacidade de reprodução 
(crescimento e divisão), ausência de crescimento em qualquer meio de cultura 
à evento exponencial. Após uma rápida redução do número de MO’s, a taxa 
de morte pode tornar-se mais lenta devido à sobrevivência de células mais 
resistentes 
Sabe-se, ademais, que alguns microrganismos têm susceptibilidade maior à ação de 
desinfetantes, por exemplo. 
 
Condições que afetam a atividade microbiana: 
• Tamanho da população; 
• Intensidade ou concentração do agente microbicida; 
• Tempo de exposição ao agente; 
• Temperatura na qual os microrganismos são expostos ao agente 
microbicida; 
• Natureza do material contendo os microrganismos; 
• Características dos microrganismos; 
• Condições ambientais (pH, concentração de carboidratos, presença de matéria orgânica) 
 
Esterilização de Equipamentos e Meios por Métodos Físicos 
• Calor: um dos mais importantes à seguro, barato e não forma produtos tóxicos. 
o Promove a desnaturação de proteínas estruturais e enzimas, levando a perda da integridade celular e 
consequentemente a morte à função exponencial que ocorre a medida que a temperatura se eleva. 
o Calor seco: elimina por oxidação dos constituintes químicos. Requer maior tempo e tem menor eficiência, uma 
vez que a transferência do calor é mais lenta 
§ Forno Pasteur: tempo e temperatura maior, utilizado em vidrarias e materiais danificáveis pela umidade 
como metais ou óleos 
§ Flambagem: combustão completa de MO’s em alças e agulhas microbiológicas, esterilizando-as (300oC - 
600oC) 
§ Incineração: combustão completa para descontaminação de materiais de uso descartável (>1000oC) 
o Calor úmido: tem maior poder de penetração e elimina as formas vegetativas dos microrganismos. Causa 
desnaturação irreversível de proteínas 
§ Autoclave: calor na forma de vapor d’água sobre pressão (1ATM + 100oC) à utilizada no preparo de 
meio de cultivo e vidrarias 
• Radiação: age danificando/destruindo o DNA à caro, perigoso, rápido e eficiente 
o Radiação ionizante (Gama e Raio X): alto poder de penetração, destruição de DNA 
o Radiação não ionizante (UV): baixo poder de penetração, não atravessa vidro, filme sujo etc. 
• Filtração: esterilização de materiais termolábeis (soro, enzima, antibiótico) por filtros de materiais diversos como 
ésteres de celulose ou amianto. 
o Filtro HEPA: alta eficiência à retém partículas do ar encontrado o fluxo laminar 
 
Esterilização de Equipamentos e Meios por Métodos Químicos 
• Propriedades de um agente químico ideal: 
o Alta toxicidade para os microrganismos 
o Solúvel em água 
o Estabilidade elevada 
o Inócuo para o homem e animais 
o Ausência de afinidade por matéria orgânica estranha 
o Toxicidade para os microrganismos em temperatura ambiente 
o Capacidade de penetração 
o Não ser corrosivo nem manchar 
o Desodorante E Detergente 
• Fenol: alteração da estrutura de proteínas à coagulação; 1% antisséptico, 5% desinfetante, 89% cauterizante; 
também atua em membrana celular de conteúdo lipídico, micobactérias e vírus de envelope lipídico. 
o derivados do Fenol: Triclosan e Hexaclorofeno à destrói a parede precipitando proteínas porem não é rápido 
e contem efeito residual e carcinogênico 
• Halogênios: muito utilizados, são agentes oxidantes muito utilizados 
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o Acido hipocloroso: para desinfecção hospitalar e de água, tem permanência de atividade residual sem 
recontaminação 
o Ozônio: é um microbicida sem contaminantes, mas de alto custo, sem atividade residual 
o Iodo: age sobre esporos, fungos e vírus à complexação e inativação de proteínas 
§ O iodo combina com o AA tirosina e inibe suas funções, além de oxidar os grupos SH 
• Alquilantes: promovem a alquilação de enzimas, inativando-as 
o Formaldeido, lisoformio, glutaraldeido, oxido de etileno... 
• Antissépticos 
o Clorexidine: destrói a membrana celular e precipita os componentes internos da célula. Sua atividade não é 
afetada significativamente por matérias orgânicas, MAS não é eficiente para Pseudômonas e micobactérias 
o Álcool: desnatura as proteínas, desorganiza os lipídeos de membrana, desidrata, desinfeta e aumenta sua 
eficácia com o aumento das cadeias de carbono 
o Peróxido de Hidrogênio: antisséptico fraco a 3%, mas forte em concentrações mais altas, utilizado nas feridas 
pela liberação rápida de O2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Agentes Antimicrobianos e Mecanismos de Resistencia 
 
Antimicrobianos são qualquer substância química (fármaco) utilizada no tratamento de doenças infecciosas, inibindo ou 
destruindo patógenos in vivo 
• Antibióticos: metabólitos microbianos ou análogos sintéticos capazes de inibir processos vitais de outros organismos 
mesmo em concentrações diminutas, sem causar toxicidade 
ao hospedeiro. 
Panorama atual: o desenvolvimento desses fármacos 
decresceu de forma alarmante x o surgimento de cepas 
multirresistentes aumentou muito nos últimos 20 anos. Entre 
os motivos, tem-se: 
• O uso por curto período de tempo, politica de uso 
racional, incentivo a indicações restritas, 
desenvolvimento de resistência durante testes clínicos e 
etc. 
• O uso errôneo do antibiótico aumenta a pressão seletiva. 
O antibiótico deve matar bactéria afetando minimamente o 
hospedeiro 
• O melhor antibiótico é o que possui maior eficácia, menores 
efeitos colaterais, menor indução de resistência, atinge o maior número de espécies e tem o menor custo. 
• O antibiótico pode atuar na parede celular, no ribossomo do microrganismo (moléculas que formam os ribossomos 
são diferentes), pode interferir em vias metabólicas da bactéria (exemplo: síntese de acido fólico), no material 
genético ou na membrana celular. 
 
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• Inibidores de Parede Celular: os mais comuns agem interrompendo a síntese de peptideoglicanos 
§ Betalactâmicos: inibem seletivamente a parede celular bacteriana. São bactericidas mais efetivos contra 
Gram +. Se ligam em proteínas de ligação a penicilina e agem catalisando a rede reticular de 
peptideoglicanos por enzimas denominadas PBP. 
• OBS: Penicilinas Semissintéticas à Amoxicilina + Clavulanato (penicilina de amplo espectro) 
Acido Clavulânico + Amoxil 
- Produto de fermentação 
- Fraca atividade antibacteriana 
- Inibidor irreversível de B-lactamase 
Sulbactam 
- Síntese química a partir de penicilina 
- Oxidação do enxofre a sulfona (aumenta a potência) 
- Inibidor irreversível de B-lactamase 
• OBS.2: Penicilinas betalactamase resistentes à Oxacilina e Meticilina (ORSA e MRSA) à aí 
utiliza-se: 
§ Polipeptídeos: interrompe a síntese do peptideoglicano de bactérias em crescimento. 
Inativa para Gram - à Molécula grande = não passa na membrana externa 
• Uso restrito: Tóxico para humanos: neuro e nefrotoxicidade à CASOS GRAVES 
• Desorganização da estrutura das membranas à perdem semi-permeabilidade§ Lipopeptídeos 
 
 
 
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4º Período | Medicina	
 
 
 
• Inibidores de Síntese Proteica: interferem no reparo e crescimento celular, reprodução. Podem ser bacteriostáticos 
ou bactericidas 
§ Aminoglicosídeos: bactericidas, não penetram em estreptococos ou enterococos à necessário uso com 
inibidor da parede celular. Devem ser administrados IM ou IV uma vez que não são absorvidos no TGI. 
• Resistência: mutação no sítio de ligação do ribossomo é incomum, exceto para enterecocos 
§ Macrolídeos: baixa toxicidade e baixa alergenicidade 
§ Tetraciclinas: bacteriostacos de amplo espectro, fazem ligação reversível e inibe a introdução de novos 
aminoácidos 
§ Clorafenicol: causa discrasias sanguíneas graves 
 
 
• Inibidores da síntese de Ácidos Nucleicos 
§ Quinolonas: sintéticos, antigamente tinham espectro estreito, apenas para gram – 
§ Metronidazol 
 
• Antimetabólitos: associação 
sinérgica 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 1ª Prova de Microbiologia 	
Gabriela Picchioni Baêta | Turma 68 - A	
4º Período | Medicina	
 
• Associação de Antibióticos: 
o Sinergismo: quando a combinação de duas 
drogas potencializa a ação microbicida do 
tratamento; 
o Antagonismo: quando a combinação de duas 
drogas reduz a ação microbicida do 
tratamento; 
o Indiferença: a combinação de duas drogas tem 
a mesma ação microbicida de seus usos 
individuais. 
O melhor é sempre usar uma única e melhor droga sempre 
que possível, mas em alguns casos a combinação é 
necessária. 
 
Pressão Seletiva: condições ambientais favorecendo 
determinadas características em detrimento de outras. 
o O que é melhor utilizar: amplo espectro X 
estreito espectro? Depende do paciente, mas, quanto maior o espectro, maior a pressão seletiva e, logo, maiores 
as chances de resistência da população. 
 
Agentes quimioterápicos: substancias químicas que exercem ação seletiva sobre organismos ou células invasoras 
patogênicas. 
o Índice: dose máxima tolerada pelo hospedeiro/dose terapêutica mínima 
 
Microbiota 
Conceitos importantes: 
• Colonização: Aderência e multiplicação bacteriana ou fúngica em um hospedeiro sem causar dano tecidual ou 
comprometimento de funções 
• Infecção: a invasão de tecidos corporais de um organismo hospedeiro por parte de organismos capazes de provocar 
doenças; a multiplicação destes organismos; e a reação dos tecidos do hospedeiro a estes organismos e às toxinas 
por eles produzidas. 
O corpo humano é continuamente habitado por microrganismos diversos, principalmente bactérias, que à um individuo 
sadio e em condições normais, são inofensivas e até benéficas à um desiquilíbrio nessa flora cria oportunidades 
patogênicas. Cada sítio anatômico possui uma microbiota característica composta por microrganismos de gêneros e 
espécies diferentes, altamente adaptados às condições locais. A composição dessa flora varia quantitativamente e 
qualitativamente por fatores como idade, hormônios, hábitos alimentares, condições ambientais, profissão, higiene pessoal 
e uso de antimicrobianos. Alguns sítios anatômicos, entretanto, são estéreis, ou seja, normalmente não possuem nenhuma 
bactéria ou fungo. 
 
Microbiota Residente Humana: 
Criação: 
1. Útero gravídico saudável à ausência de microrganismos. 
2. Nascimento: colonização. 
o MO’s que se estabelecem primeiro são pioneiros à Escherichia coli e Enterococcus faecalis 
3. Sucessão ordenada à comunidade clímax (coleção estável de microrganismos adaptados a determinado ecossistema. 
4. Daí, a sequencia de colonização é relativamente constante, variando devido 
ao tipo de parto, alimentação e grau de exposição ao ambiente. 
5. Indivíduo demora cerca de 2 anos para formar uma flora completa. 
 
Os microrganismos que habitam os diversos sítios anatômicos do corpo humano e de animais sadios podem ser dispostos 
em dois grupos: 
• Microbiota indígena/residente/autóctone: MO’s relativamente fixos, encontrados com uma regularidade numa 
determinada área, em determinada condição fisiológica. Apresentam habilidade metabólica diversificada e permitem 
tanto sua colonização em determinados sítios quanto a coexistência uns com os outros. 
• Microbiota não indígena/transitória/alóctone: constituída de MO’s não patogênicos ou potencialmente patogênicos, 
encontrados em superfícies externas e internas durante algumas horas/dias/semanas. Tem pouca importância desde 
que a microbiota residente esteja em equilíbrio à em casa de desequilíbrio esses MO’s podem proliferar-se e 
produzir doença. 
Corpo humano: 1013 células 
Microbiota indígena: 1014 células 
 
 1ª Prova de Microbiologia 	
Gabriela Picchioni Baêta | Turma 68 - A	
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A microbiota nos principais sítios anatômicos: 
• Pele: microbiota bem desenvolvida, comumente bactérias gram + 
o As características de cada região influenciam a composição dessa microbiota 
§ Áreas secas expostas ou cobertas 
§ Áreas úmidas 
§ Áreas com pelos 
o Como a pele está em constante contato com o meio ambiente, há a presença de microrganismos transitórios 
§ Fatores de eliminação desses MO’s: PH baixo, ácidos graxos nas secreções sebáceas e presença de 
lisozima. 
o Flora residente é constante e bem definida 
o Microrganismos da flora normal: 
§ COCOS GRAM-POSITIVOS: 
Staphylococcus aureus (raro na pele normal e frequente na doente) à abcesso (boca) 
Staphylococcus epidermidis (+ comum) à infecções hospitalares, próteses, cirurgias cardíacas 
Streptococcus spp. (irregular) à impetigo, piodermatite, escarlatina, faringite 
§ BACILOS GRAM-POSITIVOS: 
Corynebacterium spp. (GRAM+) 
Propionibacterium acnes (GRAM+) 
§ Bactérias GRAM-negativas: 
Escherichia coli, Proteus, Acinetobacter 
§ Fungos: Malassezi, Candida albicans 
o Diferenças entre as regiões: axilas, períneo, região interdigital e mãos tem pH mais alto 
• Mucosa ocular: semelhante a pele 
o Estafilococos coagulase-negativos, estreptocos não-hemolíticos 
o Neisseria (cocos Gram -) e bacilos gram-negativos 
o Mecanismo de defesa: Lágrimas contendo lisozima 
• Boca: microbiota numerosa, predominantemente de bactérias anaeróbias e bactérias facultativas gram positivas 
(estreptococos alfa hemolíticos e difteróides) 
• Esôfago: microbiota pouco numerosa 
• Estômago: inexistem em jejum (pH muito baixo) à Lactobacilos e Helicobacter pylori (G-) 
• Intestino: microbiota abundante, com predomínio de anaeróbias estritas. Importantes para a síntese de vitaminas 
B e K, metabolismo de pigmentos biliares. Dividem-se em: 
o Dominantes (Bacteroides, Bifidobacterium) à estável ao longo do tempo, papel definido (anaeróbias 
obrigatórias) 
o Subdominantes (E. coli, Enterococcus) à relativamente estável, predomínio de anaeróbios facultativos. 
o Proporção de anaeróbios no I. grosso: 1000/1 facultativo 
• Fossas nasais e nasofaringe: microbiota reduzida devido a passagem de ar à ressecamento. Podem abrigar 
temporariamente bactérias patogênicas em um portador sadio. Majoritariamente anaeróbios, estreptococos e 
Haemophilus 
• Orofaringe: predomínio de gram + (estreptococos alfa hemolíticos e difteróides) e gram – e bactérias anaeróbias 
• Bronquíolos, brônquios e alvéolos: locais com ausência de microbiota residente 
• Trato geniturinário: 
o Bexiga, rim, ureteres e útero: isentos de microbiota residente 
o Uretra anterior: variada dos gêneros Lactobacillus, Streptococcus e Staphylococcus. 
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Gabriela Picchioni Baêta | Turma 68 - A	
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§ Neisseria gonorrhoeeae e C. trachomatis 
• Mucosa vaginal: influenciada pelos hormônios sexuais, contem grande quantidade de glicogênio, fonte de 
nutrientes para as bactérias do gênero Lactobacillus 
o Recém-nascidas até seis semanas (pH ácido): lactobacilos 
o Até a puberdade (pH básico): estafilococos, estreptococos e Enterobacteriaceae 
o Adulta (pH ácido): lactobacilos, cocos variados, anaeróbios,Candida 
o Menopausa (PH básico): estafilococos, estreptococos e Enterobacteriaceae 
o Como está próxima do anos pode ser colonizada por representantes da flora fecal (Ex.: infecções recorrentes 
por E. coli e Enterobacter) 
o Cerca de 15 a 20% das mulheres em idade de concepção têm estreptococos do grupo B (Streptococcus 
agalactiae) na vagina à relacionado a septicemia e meningite do recém-nascido (passagem pelo canal do 
parto) 
 
 
Benefícios da microbiota residente: 
• Resistência à colonização ou efeito de barreira microbiológica 
• Impede a instalação e multiplicação de microrganismos exógenos, potencialmente patogênicos ou não, em 
determinado ecossistema 
• Competição por sítios de adesão na mucosa, produção de substâncias antimicrobianas, outros 
• Fornece nutrientes (sintetizam ácidos graxos voláteis, vitaminas do complexo B e vitamina K) 
• Regula a fisiologia digestiva (estimulação da multiplicação e diferenciação células, controle pH) 
• Permite uma resposta mais rápida e adequada do sistema imunológico em caso de agressão infecciosa. 
 
Relação parasita-hospedeiro 
• Saprófitas – MO que sobrevivem sem danificar o hospedeiro 
• Patogênicos – MO que provocam lesões e doenças no hospedeiro 
• Oportunistas – MO saprófitos que se tornam patogênicos após uma queda de resistência 
• Patógenos obrigatórios – MO que SEMPRE causam doença ao entrar em contato com o hospedeiro. 
• Patogenicidade – Capacidade microbiana de causar doença 
• Virulência – Grau de patogenicidade microbiana 
• Exotoxinas – Proteínas secretadas pelas bactérias 
• Endotoxinas - Lipoproteínas liberadas após a morte das bactérias (G-) 
• Adesinas – Proteínas de superfície que ancoram os MO’s nas células dos hospedeiros. 
 
 
Principais estratégias de virulência em bactérias: Etapas do processo infeccioso: 
 
 
REVISÃO 
Sítios anatômicos isentos de microbiota: 
Ouvido médio e interno, seios nasais, globo ocular, ossos, músculos, glândulas, vísceras, aparelho circulatório, trato respiratório 
inferior, bexiga, ureter, rins, ovários, testículos, cérebro, medula espinhal. 
 
Fluidos corporais isentos de microbiota: 
sangue, líquor, urina (na bexiga), líquido sinovial.

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