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DIREITO PROCESSUAL CIVIL ESTUDO DIRIGIDO 1. É possível o início de um processo de execução sem que haja título executivo?. NULA A EXECUÇÃO SEM TÍTULO HÁBIL. O pressuposto primacial para o Estado-juiz impor a execução forçada é a existência de um título executivo (judicial ou extrajudicial), que contemple uma condenação. 2. Conceitue o princípio da máxima efetividade. O princípio da máxima efetividade das normas constitucionais (ou princípio da interpretação efetiva) consiste em atribuir na interpretação das normas oriundas da Constituição o sentido de maior eficácia, utilizando todas as suas potencialidades. 3. Como funciona o princípio do menor sacrifício? Existe relação entre o princípio do menor sacrifício e o princípio da máxima efetividade? Princípio do menor sacrifício possível do executado, previsto no artigo 620, do CPC, assegura que quando por vários meios o credor puder promover a execução, o magistrado mandará que se faça pelo modo menos gravoso para o executado. Atua como um contraponto ao princípio do menor sacrifício e o princípio da máxima efetividade do processo harmonizando o sistema. 4. O que é a regra da patrimonial idade? 5. O CPC determina que a execução recaia sobre coisas, sobre bens e não sobre pessoas. A única exceção no ordenamento jurídico brasileiro se dá ao devedor de alimentos. 6. Explique a atipicidade dos meios executivos. Princípio da atipicidade das medidas executivas pode o julgador, avaliando o caso concreto, criar e adotar técnicas executivas não previstas em lei que entenda mais adequadas para a efetivação da tutela específica ou a obtenção do resultado prático equivalente. 7. Conceitue a Especificidade da execução, e explique se é possível a conversão do procedimento de execução para entrega de coisa incerta para execução por quantia certa. Especificidade da execução Visa à obtenção de um bem jurídico diferente da quantia em dinheiro em favor do credor (ex. tantas toneladas de determinado produto). E possível a conversão da execução para entrega de coisa incerta em execução por quantia certa, quando entregue a coisa perseguida com atraso, desde que haja certeza e liquidez da obrigação. 8. Sobre a responsabilidade objetiva, o exequente depende da culpa para responder pelos danos causados ao executado? Responsabilidade objetiva do exequente. Se a sentença vier a ser reformada, o dever do exequente de reparar os danos sofridos pelo executado é impositivo, e independe de debate acerca de culpa ou dolo. 9. Cite e explique os três dispositivos que versam sobre a Boa-fé e probidade processual. Art. 5º , Art. 7º e Art. 77, ambos do CPC Estou apenas dando molde ao texto legislativo, pois aquele que de qualquer forma participa do processo deve comportar-se de acordo com a boa-fé, sendo asseguradas às partes paridade de tratamento em relação ao exercício de direitos e faculdades processuais, aos meios de defesa, aos ônus, aos deveres e à aplicação de sanções processuais, competindo ao juiz zelar pelo efetivo contraditório e além de outros previstos neste Código, são deveres das partes, de seus procuradores e de todos aqueles que de qualquer forma participem do processo. 10. É possível escolher entre o cumprimento de sentença ou da execução? Se sim, quem é responsável por essa decisão? Não. São diferentes no sentido prático, pois a finalidade da sentença é conhecer a quem de direito. No caso da execução, trata-se do cumprimento forçado de uma obrigação, afim de que o executado satisfaça a pretensão do credor. A competência para o julgamento do feito é do juiz. 11. Na disponibilidade da execução, é possível desistir? Se sim, em quais hipóteses? Assegura ao exequente, o direito de dispor, de desistir voluntariamente da execução ou de algumas de suas medidas executórias, a qualquer tempo sem precisar da autorização do seu executado. Não há necessidade de que o devedor aquiescer com eventual desistência integral ou parcial do direito de crédito por parte do credor, pois o crédito é de interesse unicamente do credor. Há desistência, não irá atingir os atos judiciais já operados no processo. Se houver alguma impugnação em sentido lato, à execução iniciada pelo credor, só será extinta juntamente com a execução, sem necessitar o executado concordar. 12. O que ocorre com os embargos à execução (ou a impugnação ao cumprimento de sentença) já propostos no caso de o credor desistir da execução? Em caso de desistência da ação de execução, serão extintas a impugnação e os embargos que versarem apenas sobre as questões processuais, devendo o exequente adimplir a custa processual e honorária advocatícia. 13. Indique três grupos de exequentes (ativo) e disserte brevemente sobre eles. I- o espólio, os herdeiros ou os sucessores do credor, sempre que, por morte deste, lhes for transmitido o direito resultante do título executivo; III - o cessionário, quando o direito resultante do título executivo lhe for transferido por ato entre vivos; Quem foi beneficiado com bens ou direitos que pertenciam a outrem. IV - o sub-rogado, nos casos de sub-rogação legal ou convencional. O pagamento com sub-rogação é o pagamento efetuado por terceiro ao credor original, desta forma o terceiro adquire o crédito e o devedor continua devendo, mas a quem extinguiu a obrigação anterior Cite e explique os três grupos de legitimidade passiva (executado). IV - o fiador do débito constante em título extrajudicial; V - o responsável titular do bem vinculado por garantia real ao pagamento do débito; A garantia real é o instituto por meio do qual o devedor destaca um bem específico que garantirá o ressarcimento do credor na hipótese de inadimplemento da dívida. VI - o responsável tributário, assim definido em lei. É um DEVEDOR“apenas com obrigação fundada em título especial” É um sujeito passivo da obrigação principal é a pessoa obrigada ao pagamento de tributo ou penalidade pecuniária 14. É possível ter litisconsórcio na execução? E na cumulação de demandas? É possível a formação de litisconsórcio na execução, seja ele ativo (mais de um exequente), passivo (mais de um executado) ou misto (mais de um exequente e mais de um executado). O exequente pode cumular várias execuções, ainda que fundadas em títulos diferentes, quando o executado for o mesmo e desde que para todas elas seja competente o mesmo juízo e idêntico o procedimento. 15. Quais as condições para se realizar várias execuções dentro de um único processo? . É lícita a cumulação, em um único processo, contra o mesmo réu, de vários pedidos, ainda que entre eles não haja conexão.São requisitos de admissibilidade da cumulação que: .os pedidos sejam compatíveis entre si, .seja competente para conhecer deles o mesmo juízo; .seja adequado para todos os pedidos o tipo de procedimento. É cabível intervenção de terceiros no processo de execução? Não são cabíveis no processo de execução a denunciação da lide, o chamamento ao processo, a nomeação à autoria e a oposição. Admite-se dois tipos de intervenção de terceiros no processo de execução: assistência e incidente de desconsideração da personalidade jurídica. 16. Discorra sobre a execução civil. O processo de conhecimento, em regra, transforma o fato em direito e o juiz no processo de conhecimento toma ciência de determinada situação, através de provas, deliberando em direito a uma das partes. O papel da execução civil é transformar este direito em satisfatividade, ou seja, direito em fato, entregando o bem pretendido. 17 Discorra sobre a execução fiscal. Execução fiscal consiste em um processo, de iniciativa da Fazenda Pública, em que há uma cobrança de certa quantia por – supostas – dívidas tributárias ou não tributárias. Sua regulamentação específica consta na Lei 6.830/80, mais conhecida como “Lei de Execuções Fiscais”, ou simplesmente “LEF”. 17. Discorra sobre a conexão. É um instituto muito recorrente, permite que as decisões sejam mais igualitárias, maisuniformes. Quando existe mais de uma ação relacionada ao mesmo caso concreto, no momento da distribuição das ações e demonstrada a conexão entre as ações. 18. O inadimplemento é uma situação de fato ou direito? Como ele é caracterizado? É uma situação de fato. É caracterizado pelo comprimento de uma obrigação, quer seja dar, fazer ou não fazer. 19. Quais são as duas situações previstas pelo Código de Processo Civil que afastam o inadimplemento? Não responde, por regra, em caso fortuito (inesperado) e força maior (inevitável). 20. Conceitue o título executivo e cite 4 exemplos. O título executivo é o ato jurídico capaz de legitimar a prática dos atos de agressão a serem praticados sobre os bens que integram um dado patrimônio, de forma a tornar viável sua utilização na satisfação de um crédito. A exigência de que exista um título executivo para que possa desenvolver-se a execução é um mecanismo de proteção do demandado. Não existisse esta exigência e qualquer pessoa que se dissesse credora de outra poderia demandar a execução forçada. Exigindo a lei, porém, que exista título executivo para que isto ocorra, protege-se o devedor, que só poderá ter seu patrimônio agredido se o demandante apresentar um título executivo. I – as decisões proferidas no processo civil que reconheçam a exigibilidade de obrigação de pagar quantia, de fazer, de não fazer ou de entregar coisa; II – a decisão homologatória de auto composição judicial; III – a decisão homologatória de auto composição extrajudicial de qualquer natureza; IV – o formal e a certidão de partilha, exclusivamente em relação ao inventariante, aos herdeiros e aos sucessores a título singular ou universa. 21. Cite os caracteres do título executivo, escolha um e explique. Exigibilidade, Liquidez e Certeza. Exigibilidade A característica da exigibilidade da obrigação determina que a prestação obrigacional não possa ser exigida enquanto pendente alguma situação que, ao se consumar, confira ao credor o poder de exigir do devedor que cumpra coercitivamente sua obrigação. 22. Aponte os títulos executivos extrajudiciais, e disserte sobre pelo menos dois deles. I- a letra de câmbio, a nota promissória, a duplicata, a debênture e o cheque; II - a escritura pública ou outro documento público assinado pelo devedor; III - o documento particular assinado pelo devedor e por 2 (duas) testemunhas; IV - o instrumento de transação referendado pelo Ministério Público, pela Defensoria Pública, pela Advocacia Pública, pelos advogados dos transatores ou por conciliador ou mediador credenciado por tribunal; V - o contrato garantido por hipoteca, penhor, anticrese ou outro direito real de garantia e aquele garantido por caução; VI - o contrato de seguro de vida em caso de morte; VII - o crédito decorrente de foro e laudêmio; VIII - o crédito, documentalmente comprovado, decorrente de aluguel de imóvel, bem como de encargos acessórios, tais como taxas e despesas de condomínio; IX - a certidão de dívida ativa da Fazenda Pública da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, correspondente aos créditos inscritos na forma da lei; X - o crédito referente às contribuições ordinárias ou extraordinárias de condomínio edilício, previstas na respectiva convenção ou aprovadas em assembleia geral, desde que documentalmente comprovadas; XI - a certidão expedida por serventia notarial ou de registro relativa a valores de emolumentos e demais despesas devidas pelos atos por ela praticados, fixados nas tabelas estabelecidas em lei; XII - todos os demais títulos aos quais, por disposição expressa, a lei atribuir força executiva. A letra de câmbio é um título de credito que possui ordem de pagamento, ela da origem a três situações: o sacador (credor) emite a ordem; o sacado (devedor) que é o responsável a efetuar o pagamento; e o tomador que é o beneficiário da ordem. Nota promissória é a promessa de pagamento de quantia em data certa pelo emitente em favor do beneficiário, no caso o credo. Não possui aceite, tem endosso, o aval em branco é dado ao emitente, o emitente é quem possui a obrigação principal. Possui as mesmas regras da letra de câmbio. 23. Quais são os requisitos da petição inicial? Segundo Art. 319. A petição inicial indicará quando. I-o juízo a que é dirigida; II-os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a profissão, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o endereço eletrônico, o domicílio e a residência do autor e do réu; III-o fato e os fundamentos jurídicos do pedido; IV- o pedido com as suas especificações; V-o valor da causa; VI-as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados; VII-a opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou de mediação 24. Qual é o recurso cabível contra o indeferimento? APELAÇÃO. 25. É possível a citação por carta no processo de execução? Art. 222. A citação será feita pelo correio, para qualquer comarca do País, exceto: 26. Nos processos de execução. 26. Quais as possíveis reações do executado? 1ª – Pagamento integral. O executado pode efetuar, no prazo de três dias, o pagamento da íntegra do que lhe está sendo cobrado. 2ª – Apresentação de embargos. O executado pode não pagar no prazo de três dias e, no prazo de quinze dias, contados na forma do art. 915 do CPC, opor-se à execução por meio de embargos, independentemente de penhora (CPC, art. 914, caput). 3ª – Pagamento parcial, com apresentação de embargos. O executado pode efetuar, no prazo de três dias, o pagamento parcial, relativamente ao valor que reconhece ser débito seu e, no prazo de quinze dias, contados na forma do art. 915 do CPC, opor-se ao restante da execução por meio de embargos (CPC, art. 914). 4ª – Requerimento de parcelamento. O executado pode não pagar no prazo de três dias e, no prazo para embargar, que é de quinze dias, contados na forma do art. 915 do CPC, em vez de apresentar embargos, reconhecer a existência da íntegra do crédito da parte exequente e requerer o parcelamento do pagamento (CPC, art. 916). 5ª – Pleito de invalidação da execução. O executado pode alegar, nos próprios autos da execução, independentemente da apresentação de embargos, de acordo com a permissão contida no art. 803, parágrafo único, do CPC, que a execução, por ser defeituosa, deve ser invalidada, em razão da ocorrência de qualquer das situações mencionadas no caput do mesmo art. 803. 6ª – Remição da execução. O executado pode promover, a qualquer tempo, na forma do art. 826 do CPC, a chamada remição da execução, desde que o faça antes de adjudicados ou alienados bens sobre os quais tenha recaído a penhora. 7ª – Inércia. O executado pode permanecer inerte: não pagar (CPC, art. 827, caput), não embargar (CPC, art. 814), não requerer o parcelamento do pagamento (CPC, art. 916), não alegar os defeitos a que se refere o art. 803, caput, do CPC e não promover a remição da execução (CPC, art. 826). Nesse caso, a execução terá prosseguimento livremente. 27. Os embargos à execução terão efeitos suspensivos? Os embargos à execução não terão efeito suspensivo. 28. Quais as hipóteses de extinção da execução? Indeferimento da petição inicial; Satisfação da obrigação; Extinção total da dívida do executado, por qualquer outro meio além da satisfação da obrigação; Renúncia do crédito; Prescrição intercorrente
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