Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
VASCULARIZAÇÃO INTESTINAL 1. Tronco celíaco a. Hepática comum i. Fígado ii. Vias biliares iii. Estômago iv. Porção proximal do duodeno b. Esplênica i. Baço ii. Pâncreas iii. Estômago c. Gástrica esquerda i. Estômago ii. Esôfago 2. Mesentérica superior a. Porção distal do duodeno b. Íleo c. Jejuno d. Ceco e. Apêndice f. Cólon ascendente g. Cólon transverso 3. Mesentérica inferior a. Porção distal do cólon transverso b. Cólon descendente c. Sigmoide Os ramos das mesentéricas superior e inferior formam arcos antes de penetrarem na parede intestinal. Assim, seus colaterais dificultam a isquemia secundária à oclusão crônica de uma de suas intercomunicações. As arcadas vasculares penetram na parede intestinal através de artérias retas. Embora haja colaterais, o mesmo não ocorre nestas, favorecendo o infarto segmentar no caso de uma oclusão seletiva. ISQUEMIA MESENTÉRICA AGUDA É a síndrome obstrutiva aguda dos vasos mesentéricos, principalmente o superior. O mecanismo básico da isquemia intestinal aguda é a queda abrupta do fluxo sanguíneo mesentérico – por oclusão aguda ou vasoconstrição prolongada dos vasos mesentéricos. As causas de isquemia mesentérica aguda são: 1. Trombose 2. Embolia 3. Isquemia não oclusiva ● Mortalidade de 60 a 93% (mesma de 70 anos atrás). ● Em condições patológicas, como, por exemplo, uma oclusão da artéria mesentérica superior, a vasodilatação do leito mesentérico não é acompanhada por aumento do fluxo sanguíneo. o O resultado é um desequilíbrio entre demanda e aporte sanguíneo, o que é conhecido como isquemia funcional. TRATAMENTO GERAL 1. Reanimação e tratamento suportivo 2. Correção da causa vascular a. Embolectomia b. Trombectomia c. Tto clínico, com infusão de vasodilatadores e otimização hemodinâmica 3. Ressecção do intestino necrosado EMBOLIA A embolia arterial é a causa mais comum de isquemia mesentérica aguda, com 50% dos casos. Os êmbolos mesentéricos quase sempre têm sua origem no coração. As causas de embolia cardiogênica são: 1. Fibrilação atrial 2. Infarto do miocárdio 3. Valvulopatia reumática (jovens) ● A trombose e a embolia possuem diferenças quanto ao local de oclusão: o Trombose: no óstio, proximal. ▪ Delgado e cólon isquemiados o Embolia: distalmente. ▪ Jejuno e parte do cólon poupados EXAMES 1. Leucocitose (75% dos pacientes) 2. Acidose metabólica 3. Lactato alto 4. CK alto 5. TC: atualmente método inicial a. Dilatação b. Espessamento de parede c. Falhas de enchimento arterial d. Oclusão e. Trombo f. Gás intramural 6. Angiografia mesentérica seletiva (GOLD) QUADRO CLÍNICO 1. Dor abdominal a. Súbita b. Em cólica c. Região periumbilical d. DESPROPORCIONAL AO EXAME FÍSICO 2. Náuseas e vômitos 3. Presença de cardiopatia embolígena 4. História pregressa de embolia em 30%. 5. TRÍADE a. Dor abdominal intensa de início abrupto b. Esvaziamento intestinal c. Doença cardíaca embolígena TRATAMENTO 1. Heparina 2. Corrigir a acidose (HCO3) 3. Reanimação volêmica 4. ATB profilático para translocação bacteriana 5. TTO DEFINITIVO: laparotomia + embolectomia TROMBOSE É geralmente uma isquemia mesentérica crônica que agudiza e a aterosclerose avançada é a principal causa. A trombose aguda em geral se instala em uma placa de ateroma no óstio da artéria mesentérica superior. O trombo se propaga, ocluindo ramos duodenais, jejunais e ileais. DOENÇAS RELACIONADAS À TROMBOSE AGUDA 1. Dissecção aguda de aorta 2. Poliarterite nodosa 3. LES 4. Púrpura de Henoch-Schonlein OUTRAS CAUSAS 1. Trauma 2. Sepse 3. Dissecção de aorta 4. Vasculite QUADRO CLÍNICO 1. Dor semelhante à embólica 2. Paciente geralmente idoso 3. Com manifestações clínicas a. Histórico de IAM b. AVE c. Aterosclerose 4. Inapetência, náuseas e vômitos 5. Manifestações sistêmicas progressivas a. Febre b. Leucocitose c. Acidose metabólica d. Paralisia e distensão abdominal EXAMES 1. Leucocitose importante (até 25000) 2. Hemoconcentração 3. Acidose metabólica 4. Elevação de amilase, mas em níveis mais baixos que pancreatite 5. Elevação de AST, ALT, LDH, CK e fosfatase TRATAMENTO 1. Mesmo da embólica 2. Definitivo: ressecção de áreas necrosadas ISQUEMIA MESENTÉRICA NÃO OCLUSIVA A obstrução do fluxo por esta é causada pela vasoconstrição funcional das pequenas artérias do mesentério. Não se observa oclusão mecânica. Em todas situações que ocorrem prejuízo do débito cardíaco, o fenômeno reflexo é a vasoconstrição intensa dos vasos mesentéricos. ● Um fator agravante é o uso de drogas que induzem vasoconstrição mesentérica, como os digitálicos e as drogas vasopressoras para tratamento de hipotensão. PATOLOGIA Na fase inicial da isquemia, a camada da parede intestinal mais afetada é a mucosa, o que causa prejuízo à função absortiva. Percebe-se, ainda, palidez das alças intestinais e edema da parede, além da perda de vilosidades. Clinicamente, inicialmente, a hipóxia se manifesta como aumento do peristaltismo e esvaziamento intestinal, seguido por paralisia e distensão das alças intestinais. À medida que a isquemia persiste, a mucosa se torna permeável às enzimas digestivas e às bactérias do lúmen intestinal, ocorrendo a translocação bacteriana, levando bactérias para a corrente circulatória (sepse) e cavidade peritoneal (peritonite). O sequestro maciço de plasma e fluidos na parede e na luz do intestino provoca hipovolemia e queda do débito, reforçando o ciclo hipovolemia-vasoconstrição-isquemia. ● Restabelecer o fluxo sanguíneo causa dano por reperfusão, quando os tecidos isquêmicos são inundados pelo fluxo de sangue oxigenado, o que provoca novos danos celulares pela liberação de radicais livres. CAUSAS 1. Hipotensão 2. Hipovolemia 3. Insuficiência cardíaca 4. Desidratação QUADRO CLÍNICO 1. Dor abdominal a. Não costuma ser intensa b. Hemorragia digestiva baixa 2. Histórico de cardiopatia grave a. Uso de digitálicos i. Mais de metade dos pacientes têm indícios de intoxicação pelo fármaco. 3. Comumente já internados por cardiopatia ou intercorrência grave EXAMES 1. Angiografia mesentérica 2. Hemograma, amilase/lipase, exames metabólicos, provas de função hepática, radiografias e USG para excluir causas mais comuns. a. Leucocitose acentuada b. Hematócrito elevado c. Amilase elevada, mas debas d. Acidose metabólicas e. CK, LDH e transaminases altas nas fases tardias 3. Exames laboratoriais específicos a. Dímero-D b. Fosfato sérico ISQUEMIA MESENTÉRICA CRÔNICA É a doença obstrutiva crônica das artérias que irrigam os intestinos, resultante da aterosclerose. QUADRO 1. Dor abdominal a. Cólicas b. Surge após refeições 2. Perda de peso 3. A TRÍADE a. Dor abdominal b. Medo de se alimentar c. Perda de peso
Compartilhar