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AULA 1 ESTOMATOLOGIA ( ESTAGIO I) INTRODUÇÃO À ESTOMATOLOGIA Sinonímia o Medicina bucal; o Diagnostico bucal e oral; o Semiologia odontológica (1970); o Estomatologia CFO (1992). Objetivos Consolidação das normas para procedimentos nos conselhos de odontologia (aprovada pela resolução CFO – 185/93). Seção XIV Estomatologia Art. 74. Estomatologia é a especialidade que tem como objetivo a prevenção, o diagnóstico, o prognóstico e o tratamento das doenças próprias da boca e suas estruturas anexas, das manifestações bucais de doenças sistêmicas, bem como o diagnóstico e a prevenção de doenças sistêmicas que possam eventualmente interferir no tratamento odontológico. “Elo de ligação entre o ciclo básico, com fulcro na patologia oral e o ciclo clinico, com ênfase no paciente para o diagnostico e tratamento das doenças que ocorrem na área de atuação do cirurgião- dentista”(Marcucci). Estomatologia Estomato = Boca Logia =Estudo da boca Interação Especialidades odontológicas; Especialidades Médicas CONSOLIDAÇÃO DAS NORMAS PARA PROCEDIMENTOS NOS CONSELHOS DE ODONTOLOGIA (aprovada pela Resolução CFO- 185/93) Art. 75. As áreas de competência para atuação do especialista em Estomatologia incluem: a) promoção e execução de procedimentos preventivos em nível individual e coletivo na área de saúde bucal; b) obtenção de informações necessárias à manutenção da saúde do paciente, visando à prevenção, ao diagnóstico, ao prognóstico e ao tratamento de alterações estruturais e funcionais da cavidade bucal e das estruturas anexas; e, c) realização ou solicitação de exames complementares, necessários ao esclarecimento do diagnóstico. Responsabilidade do Cirurgião-Dentista O estudo, diagnostico, prevenção e freqüentemente o tratamento nas seguintes áreas: o Doenças dos tecidos mineralizados e não mineralizados dos dentes; o Doenças dos tecidos de suporte e proteção dos dentes; o Doenças limitadas aos lábios, língua, mucosa bucal e glândulas salivares; o Lesões bucais e dos órgãos contidos na boca como parte de estados mórbidos generalizada. Semiologia Semiogênese – esmiúça o mecanismo de formação dos sinais e sintomas com bases fisiopatológicas. Semiotécnica: método de obtenção dos sinais e sintomas MANOBRAS SEMIOTÉCNICAS (olhar, fazer testes de percussão). Propedeutica Clinica: Realiza o estudo, a analise e interpretação dos dados coletados na semiotecnica. Manobras Semiotécnicas Clássicas – sentidos naturais de forma indireta; Inspiração (olhar observar), palpação, percussão, auscultação e olfação. Indiretas – sentidos naturais de forma indireta; Punção, diascopia (vitropressão), exploração, raspagem, fotografia e ordenha. Semeyon = sinal Logos= tratado, estudo Parte da medicina que estuda os métodos do exame clinico, pesquisa ou sinais e os sintomas e os interpreta, reunindo, desta forma, os elementos necessários para construir o diagnostico e presumir a evolução da enfermidade. Diascopia ou Vitopressao Punção A semiologia é desde que o paciente entra no consultório senta na cadeira, fazemos a entrevista, perguntando a queixa principal dele, o motivo da visita ao consultório, então observamos essa técnicas de observar, escutar, coletar esses dados interpretá-los para que possamos chegar a um diagnostico correto de uma determinada doença, para se chegar a um tratamento correto para assim ter sucesso na cura do paciente. ALGUNS CONCEITOS IMPORTANTES Sinal e Sintoma Sinal – Manifestação objetiva ( consegue ver) de uma doença ou alteração, que pode ser observado pelo clinico através dos sentidos naturais. o Exemplo – mancha, edema, exudato, tumefação, febre, paralisia, cicatriz... Sintoma – Manifestação subjetiva ( não consegui ver) de uma doença ou alteração. Em geral, é uma sensação referida pelo paciente. o A) Direto ou primário: queixa principal, motivo que trouxe à consulta; o B) Indiretos ou secundários: oriundo de alguma perturbação funcional. o Exemplo – dor, prurido, formigamento, parestesia, tontura, náuseas, queimação, ardência, dormência... SEMIOLOGIA Sinal ou Sintoma? Dor- Sintoma Febre- pode ser sinal ou sintoma Edema - Sinal Vesícula – Sinal Mancha - Sinal Náusea - Sintoma Sono - Sintoma Sobre a febre – hipertermia quando o paciente estiver com 40°C de febre, isso vai ser um sinal, se o paciente relata que estar com o corpo quente isso é um sintoma. A febre pode ser tanto Inal como sintoma, vai depender de que o paciente relatou. Se tiramos a temperatura do paciente vai ser um sinal, se for o paciente que relatar vai ser um sintoma. Conceitos Básicos Quadro Clínico – compreendido pelo conjunto de sinais e sintomas de uma doença. Síndrome – conjunto de sinais e sintomas que se apresentam para definir uma entidade mórbida e que se relacionam entre si por uma particularidade anatômica, física ou bioquímica. o Exemplo: Sindrome de Sjogren Ceratoconjuntivite seca, xerostomia, artrite reumatóide Zumbindo - Sintoma Prurido - Sintoma Paralisia - Sinal Parestesia - Sintoma Cicatriz - Sinal Tumefação - sinal Tontura - sinal Sinal e ou Sintoma Patognomonico – por si só define uma doença o Exemplos: o Vesículas em ramalhete: herpes labial recorrente; o Sinal de Bell: paralisia do nervo facial; o Papila invertida: GUNA; o Rigidez da nuca: meningite; o Dentes de Hutchinson: sífilis congênita; o Hemartrose: hemofílicos. Prodromico ou Preditivos – procede ao aparecimento de uma doença (sinal ou sintoma) o Exemplo: prurido, ardência, formigamento (herpes labial recorrente). Diagnostico O que é Diagnostico? Para um bom diagnostico temos que ter: - Ter humildade de reconhecer a impossibilidade de compreender e saber tudo; - As doenças podem ser semelhantes, mais os pacientes nunca são exatamente iguais. Dia = através de, em meio de Gnosis = conhecimento Diagnostico = discernir pelo conhecimento Diagnostico é a arte de identificar uma doença, através de seus sinais e sintomas. Conhecimento Curiosidade Intuição Interesse Paciência Humildade Evoluir o erro Médico - Negligência: não fazer o que deveria ser feito; o EX: Paciente com carie e ulceração, mais dentista só cuida da carie. - Imperícia: fazer mal o que deveria ser bem feito; o EX: em uma restauração simples o dentista perfura a polpa. - Imprudência: fazer o que não deveria ser feito. o EX: Paciente com dor em um dente o dentista arranca outro dente que não tava com dor. Diagnostico Não seja demasiado sagaz; Não tenha pressa; Não tenha predileções; Não diagnostique raridades; Não tome um rotulo por diagnostico; Não tenha prevenções; Não seja demasiado seguro de si; Não diagnostique simultaneamente duas doenças; Não hesite em rever o seu diagnostico, de tempo em tempo, nos casos crônicos. Tipos de Diagnósticos Diagnostico Diferencial: hipóteses de diagnostico; o Manchas ou lesões, varias características clinicas. Diagnostico clinico ou provável: analise de todas as informações clinicas (exame clinica e complementares ambulatoriais); o Todas as informações que buscamos na clinica de estomatologia aonde chegaremos a um diagnostico clinico ou provável. Diagnostico Definitivo: exames clínicos e complementares específicos (ambulatoriais e laboratoriais). EXAMES COMPLEMENTARES Exame clínico bem realizado precede os exames complementares, ou seja, o exame complementar só vem depois do exame clínico. Importância: Auxilio ao diagnostico; Determinação prognostico; Acompanhamento tratamento Proservação paciente Classificação: Específicos Fornecem diagnostico final; - anatomopatológico, exames sorológicos. Semi-especificos Sugerem possibilidades diagnosticas - RX periapical – radiolucidez periapical Inespecíficos Fornece indícios de diagnostico - Hemograma Prognóstico - evolução Principais dados que fundamentam o prognostico:o que vai influenciar em um prognostico legal ou um prognostico bom ou sofrido. Tipo de doença – ex: câncer vai ter um prognostico diferente de uma carie. Leito anatômico – ex: determinadas doenças em ma posição anatomia vai ter um prognostico diferente Dano anatômico e funcional – ex: é a extensão da lesão Efetividade dos recursos terapêuticos disponíveis – ex: se o tratamento é de fácil utilização ou não. Condições orgânicas do paciente – ex: paciente totalmente debilitado ou paciente com doença simples Condições psíquicas do paciente – ex: paciente com problemas psíquicos tem tratamento diferente. Colaboração do paciente- ex: paciente que não colabora tem um prognostico desfavorável. Condições financeiras do paciente . Tratamento Tipos de Tratamento Tipos de tratamento: Tratamento de suporte: EX: repouso, dieta adequada, compressa; Tratamento sintomático: EX: analgésico (dor), antipirético (febre) – trata só os sintomas Tratamento específico: EX: ATB para infecção, remoção cirúrgica da patologia – trata a doença de maneira direta. A resposta ao tratamento determinará a identificação do processo Prognóstico é a previsão que se faz sobre a evolução de uma determinada doença. O tratamento estará de acordo com o diagnostico final: Será realizado por um doente especifico, acometido por uma determinada doença; Qual será o comportamento de uma terapia aplica a um determinado paciente? PROVA TERAPEUTICA Quando o profissional dispõe de um diagnostico provisório e ministra tratamento especifico para aquela patologia. Proservação – Follow-Up É o acompanhamento do profissional após o tratamento. Resultado Final da Proservação Cura completa da doença com ou sem seqüelas; Controle Clínico; Morte. Cura Clinica – após um determinado período de tempo, que dependerá da doença, não são observados sinais ou sintomas da mesma. Sobrevida – tempo de vida após o diagnostico da patologia. Pratica estomatologia Fluxograma Buscamos os sinais de sintomas atrás da semiotécnica, através disso chegamos ao quadro clinico do paciente, aonde fazemos a interpretação desse quadro clinico através da procura de outra clinica , chegamos a hipótese de um diagnostico, se necessário solicitamos exames complementares ai sim chegamos a um diagnostico final. Se necessário faz outros tipos de exames complementares para ai sim definirmos os prognostico dessa doença. Através disso fazemos o tratamento depois a proservação, onde o paciente vai estar curado ou não. Proservação é o acompanhamento clinico e, eventualmente, laboratorial periódico do paciente, ao longo de um determinado tempo indicado pela doença.
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