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Caracterização das Lesões Celulares e suas Causas (Resumo)

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Lesão Celular e suas Principais Causas – Eike Gabriel (Resumo)
> Caracterização da lesão celular
A lesão celular ocorre quando as células são estressadas tão excessivamente que não são mais capazes de se adaptar ou quando são expostas a agentes lesivos à sua natureza ou são prejudicadas por anomalias intrínsecas. A lesão pode progredir de um estágio reversível e culminar em morte celular.
- Lesão celular reversível: nos estágios iniciais ou nas formas leves de lesão, as alterações morfológicas e funcionais são reversíveis, se o estímulo nocivo for removido. Os principais marcos da lesão reversível são a redução da fosforilação oxidativa, com consequentes depleção do armazenamento de energia na forma de ATP e tumefação celular causada por alterações da concentração de íons e influxo de água (falência das bombas de íons nas membranas). Além disso, várias organelas intracelulares, como mitocôndrias e o citoesqueleto, podem mostrar alterações.
- Morte celular: com a persistência do dano, a lesão torna-se irreversível e com o tempo a célula não pode se recuperar e morre. Existem dois principais tipos de morte celular, a necrose e a apoptose, diferentes em sua morfologia, mecanismos e papéis na fisiologia e na doença.
	Necrose: Quando o dano às membranas é acentuado, as enzimas lisossômicas extravasam para o citoplasma e digerem a célula, e o conteúdo celular escapa, resultando em necrose.
	Apoptose: Em situações em que o DNA ou as proteínas celulares são lesados de modo irreparável, a célula se suicida por apoptose, uma forma de morte celular caracterizada pela dissolução nuclear, fragmentação da célula sem perda da integridade da membrana, e rápida remoção dos restos celulares. 
“Enquanto a necrose é sempre um processo patológico, a apoptose auxilia muitas funções normais e não é, necessariamente, associada à lesão celular”.
> Causas de lesão celular
As causas de lesão celular variam desde a violência física externa grosseira de um acidente automobilístico a anomalias internas sutis, como uma mutação genética causando perda de uma enzima vital que compromete a função metabólica normal. A maioria dos estímulos nocivos pode ser agrupada nas seguintes características gerais:
- Privação de oxigênio:
Também chamado de hipóxia, interfere na respiração oxidativa. Difere de isquemia pois a primeira refere à diminuição de oxigênio, enquanto a última é a pouca irrigação sanguínea de um tecido, seja por impedimento de fluxo arterial, seja por redução à drenagem venosa.
- Agentes químicos:
Substâncias em excesso podem causar lesões. Sejam as substâncias conhecidas como lesivas, como inseticidas, poluentes do ar, CO, álcool, seja por substâncias não nocivas em quantidades exageradas, como água, glicose e sal. Os agentes conhecidos como venenos causam severos danos ao nível celular por alterarem a permeabilidade da membrana, a homeostasia osmótica ou a integralidade de uma enzima ou um cofator.
- Agentes infecciosos:
Variam de vírus a nematoides. Entre os dois extremos estão as riquétsias, bactérias, fungos e formas superiores de parasitos.
- Reações imunológicas:
Reações autoimunes e reações alérgicas à substâncias ambientais.
- Defeitos genéticos:
Podem ser alterações grosseiras ou sutis. Defeitos genéticos causam lesões devido a deficiência de proteínas essenciais, como ocorre nos erros inatos do metabolismo, disparando a morte celular quando não reparados.
- Desequilíbrio nutricional:
Deficiências proteico calóricas em populações pobres. Excesso nutricional e falta de vitaminas em países desenvolvidos. Dietas ricas em gordura animal causam uma maior chance de desenvolver diabetes, câncer e aterosclerose.
- Agentes físicos:
Traumas, mudanças de temperatura, radiação, choque elétrico, mudanças bruscas de pressão.
- Envelhecimento:
Alterações nas habilidades replicativas de reparo de células e tecidos.
Fonte: Patologia – Robbins e Cotran (8 Ed.)

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