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ATIVIDADE DISCURIVA DIREITO NOTARIAL

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Haja vista que a realização do divórcio extrajudicial, regulamentado pela Lei 11.441/2007, se dá por meio da lavratura de escritura pública, necessário se faz a observância dos requisitos previstos na Lei n° 7.433/1985, bem como no Decreto n.º 93.240, de 1986, os quais estabelecem a documentação hábil para lavratura do documento público. Nesse sentido, deverá ser apresentado ao tabelião, cuja declaração possui fé pública, os documentos de identificação das partes e das pessoas que estiverem vinculadas ao ato e que irão constar na escritura pública como, por exemplo, carteira de identidade, CPF, certidão de nascimento (o divórcio não poderá ser realizado caso existam filhos menores), certidão de casamento ou óbito (comprovação de estado civil) e, caso haja, o pacto antinupcial. Além disso, o comprovante de pagamento referente ao Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis (ITBI) quando necessário ao ato, salvo disposição em contrário na lei. As certidões de natureza fiscal em relação aos imóveis urbanos, bem como de imóveis rurais, com os respectivos comprovantes de adimplemento, a exemplo do IPTU e do ITR, respectivamente. Por último, deverá ser apresentada a certidão de matrícula e ações reais e pessoas reipersecutórias, relativas ao imóvel, e a de ônus reais, expedidas pelo Registro de Imóveis competente, sendo que o prazo de validade, nessa circunstância, é de 30 (trinta) dias, além de outros documentos e certidões exigidas por lei. Com relação à competência do tabelião, é necessário utilizar o entendimento do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) sobre a temática. Com o objetivo de disciplinar acerca da lavratura dos atos notarias previstos na Lei 11.441/2007, em 24 de abril de 2007, o referido órgão do Poder Judiciário expediu a Resolução n. 35 na qual consta que é livre a escolha do tabelião de notas, não sendo aplicáveis as regras relativas à competência previstas no CPC. Por fim, ressalta-se que, embora o procedimento extrajudicial seja dotado de menos formalidades, o art. 8º da citada Resolução preconiza que o ato deverá ser realizado na presença de advogado ou defensor público, devendo constar o nome do profissional e o registro na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

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