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Aula 02
Biologia e Anatomia humana p/ PC-RJ
(Auxiliar de Necropsia) Com videoaulas -
AOCP
Autor:
André Vieira Peixoto Davila
Aula 02
24 de Março de 2020
14171528771 - ANDREY MOREIRA DE CARVALHO SILVA
 
 
 
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1 – Introdução .................................................................................................................................................... 3 
2 – Revisão de temas importantes ...................................................................................................................... 4 
3 – O sistema esquelético ................................................................................................................................... 5 
4 – As cartilagens ............................................................................................................................................... 7 
5- Os ossos ......................................................................................................................................................... 8 
5.1 Células do tecido ósseo .......................................................................................................................... 12 
5.2 A formação dos ossos ............................................................................................................................. 15 
5.3 Dinamismo ósseo ................................................................................................................................... 15 
6 - O esqueleto axial ......................................................................................................................................... 17 
6.1 Os ossos da cabeça ................................................................................................................................. 19 
6.2 A coluna vertebral .................................................................................................................................. 28 
6.3 As costelas .............................................................................................................................................. 43 
6.4 O esterno ................................................................................................................................................ 44 
7 - O esqueleto apendicular .............................................................................................................................. 47 
7.1 A cintura escapular ou cintura peitoral. ................................................................................................. 47 
7.2 Os membros superiores – braços, antebraços e mãos. ........................................................................... 51 
7.3 Ossos do carpo ....................................................................................................................................... 56 
7.4 Ossos do metacarpo e das falanges ........................................................................................................ 57 
7.5 A cintura pélvica .................................................................................................................................... 58 
7.6 Os membros inferiores ........................................................................................................................... 63 
8- Exercícios..................................................................................................................................................... 72 
9 – Resolução dos exercícios ........................................................................................................................... 97 
10- Resumo da aula ........................................................................................................................................ 104 
André Vieira Peixoto Davila
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11 – Bibliografia ............................................................................................................................................ 106 
 
 
André Vieira Peixoto Davila
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1 – INTRODUÇÃO 
 
 Caros alunos, bem vindos à terceira aula de nosso curso. Apresento a vocês um livro bastante 
completo, no qual vocês encontraram conteúdo superior ao exigido na sua prova. Como conhecimento 
nunca é demais e se guarda para a vida, fico feliz em compartilhar este material que, certamente, poderá ser 
utilizado para consulta em outros concursos ou provas que você eventualmente aplique. 
 Lembrando que para esta aula, alguns conceitos estudados na aula anterior serão essenciais. 
Devemos nos lembrar sempre do conceito de célula e de seu funcionamento, além da sua organização em 
tecidos que compõem o corpo. Por falar em corpo, devemos nos lembrar dos termos que aprendemos na 
aula passada para nos referir a pontos anatômicos de interesse. Este conhecimento será muito importante 
para o entendimento da anatomia dos ossos e dos músculos, tema desta aula. 
 Não se esqueça de atentar para os termos em negrito, importantes conceitos que nós já grifamos 
para você! 
 Não fique com dúvidas! Entre em contato com o professor sempre que necessário! 
 Vamos aos estudos! 
Prof. MSc. André D’Ávila 
Biólogo, Perito Criminal 
 periciahd 
 
 
 
 
 
André Vieira Peixoto Davila
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2 – REVISÃO DE TEMAS IMPORTANTES 
 
 Prezado aluno, para esta aula é importantíssimo que você se recorde das definições de alguns tecidos 
do corpo. Estudaremos aqui estruturas que são formadas basicamente por tecido conjuntivo como os ossos. 
Este tipo de tecido será encontrado também no outro sistema que será abordado, o sistema muscular. 
Dentre as características importantes, devemos nos lembrar de que o tecido conjuntivo consiste de células 
especializadas, ou seja, diferenciadas, com funções específicas, embebidas em uma matriz, um “gel” 
composto por água, açucares e proteínas. Imagine uma gelatina com frutas no meio. O tecido conjuntivo 
seria algo parecido com isso. 
 Importante lembrar que células tronco especiais chamadas de células mesenquimais dão origem por 
mitose às células deste tecido. 
 Um tipo especial de tecido conjuntivo que estudaremos é o tecido ósseo. Sua matriz é altamente 
mineralizada, contendo praticamente 90% do cálcio de todo o corpo, o que o torna um tecido duro e 
resistente, e que sustenta todo o peso do corpo. Imagine-se sem os seus ossos! Os músculos são estruturas 
moles apesar da capacidade de contração; eles se ligam aos ossos para gerar e sustentação para o corpo. 
Sem os ossos, seriamos como um pedaço de carne caído no piso de um açougue. 
 Os ossos originam-se e apresentam em algumas regiões capas de cartilagens (hialina, branca e 
fibrocartilagem amarela). Retorne a aula anterior e relembre o que são as cartilagens! Elas apresentam 
células especializadas chamadas condrócitos. Estes são originados de condroblastos pouco ativos e que não 
mais se dividem, ficando no interior das lacunas – se lembra delas? Eles secretam a matriz da cartilagem que 
pode conter elastina e/ou colágeno. 
 Vamos nos recordando aos poucos no decorrer desta aula também. Por isso, tenha calma e foco nos 
estudos! 
 Iniciaremos nossos estudos com o sistema esquelético. 
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3 – O SISTEMA ESQUELÉTICO 
 
 O sistema esquelético (fig 1), composto por ossos e cartilagens, tem como principais funções: 
 
Suporte 
 
 A coluna vertebral gera suporte para todo o peso do corpo. Como dito anteriormente, caso não 
tivéssemos ossos, seriamos uma massa amorfa, mole, com movimentação limitadíssima. 
 
Armazenamento de minerais e lipídios 
 
A matriz óssea é riquíssima em minerais, principalmente o cálcio, sendo considerada uma grande 
reserva corpórea deste mineral. 
 
Produção de células do sangue 
 
 No interior dos ossos, em especial dos ossos longos, temos a medula óssea, que produz células 
sanguíneas. 
 
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Proteção 
 
 A organização óssea das costelas e cinturas do corpo protegem os órgãos internos de choques 
mecânicos. 
 
Base para movimentação 
 
 A ligação dos músculos aos ossos é o que gera o movimento corpóreo. 
 O estudo deste sistema deve se iniciar pelo conhecimento das cartilagens, pois estas são estruturas 
que dão origem aos ossos. Portanto, para entender a anatomia dos ossos, é necessário começar pela sua 
origem, a cartilagem. 
 
 
Figura 1: O esqueleto humano, em esquema. 
 
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4 – AS CARTILAGENS 
 
 O tecido cartilaginoso compõe totalmente o sistema esquelético humano na sua fase fetal, ou seja, 
quando ainda estamos em desenvolvimento no útero materno. Ele é substituído por ossos no adulto. Alguns 
destes ossos tendem a se fundir na vida adulta, como veremos à frente. 
No entanto, algumas cartilagens ainda persistem no nosso organismo como: nas articulações sinoviais 
(que são aquelas presentes no joelho e entre ossos longos), nas paredes da laringe e da epiglote, na 
traqueia, nos brônquios, no nariz e nas orelhas. 
 
A cartilagem é composta por tecido conjuntivo, ou seja, tem células especializadas e 
matriz gelatinosa não vascularizada. Os nutrientes chegam aos condrócitos por difusão 
a partir do pericôndrio que é vascularizado. 
 
Na prática, o fato da cartilagem não ser vascularizada faz com que ela seja pouco espessa podendo 
apresentar alguns milímetros de largura máxima nas porções do corpo onde se encontra. 
As cartilagens podem ser de diferentes tipos: Hialina, fibrosa e elástica. 
A cartilagem hialina é clara com aspecto homogêneo e vítreo. Está na região costal (das costelas), no 
nariz, na laringe, na região traqueobronquial (traqueia e brônquios) e na maioria das articulações. Ela se 
degenera com o tempo e com o uso. Basta verificarmos a quantidade de corredores profissionais e outros 
atletas que apresentam problemas nas articulações. Em parte, estes problemas podem estar relacionados a 
desgaste das cartilagens que recobrem os ossos nas “juntas” (articulações) gerando atrito entre eles e muita 
dor. 
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A cartilagem fibrosa é densa, fasciculada (ramificada) e opaca. Contém fibroblastos e condrócitos. Está 
presente, por exemplo, nos discos intervertebrais. Ela é resistente à degeneração. Apresenta grande 
quantidade de colágeno. 
A cartilagem elástica ocorre no pavilhão auricular (orelha). Apresenta muitas fibras de elastina na 
matriz o que lhe confere a elasticidade. 
As cartilagens são formadas a partir de células mesenquimais embrionárias. Estas células podem 
formar fibroblastos ou condroblastos por diferenciação. Este tecido cresce de duas formas: intersticial, ou 
seja, em meio ao tecido, em especial em cartilagens jovens, com as suas células de dividindo e secretando a 
matriz, e/ou de forma aposicional, quando há proliferação celular sob o pericôndrio (camada de células que 
recobre o tecido), próximo da superfície da cartilagem. Ela ocorre em geral em cartilagens mais velhas. 
 
5- OS OSSOS 
 
Os ossos são estruturas formadas por tecido conjuntivo ósseo, altamente vascularizado, cuja 
principal característica é a presença de matriz altamente mineralizada. O osso não é uma estrutura estática 
como se imagina, ao compará-lo com a estrutura de um edifício ou de uma casa! O osso é uma estrutura 
dinâmica, que tem a capacidade de se regenerar. Ele está constantemente construindo e consumindo a sua 
matriz para se adaptar às necessidades do corpo. 
Os ossos não podem ser vistos ainda como estruturas secas e mortas. Pelo contrário. São estruturas 
vivas e muito bem irrigadas por vasos sanguíneos. Neste contexto temos a irrigação dos ossos ocorrendo 
por canais formados na matriz, chamados de canais de Volkman e Canais de Havers, que se organizam 
perpendicularmente um ao outro, comunicando-se por uma rede de canais menores. 
 
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Os canais de Haver são, em geral, paralelos a superfície do osso e por ele passam vasos 
e nervos. 
 
 
Os Canais de Volkman ou canais de perfuração são perpendiculares aos canais de Haver 
e à superfície do osso. Eles levam nutrientes pelos capilares para os osteons mais internos 
e para a medula. 
 
 
Curiosidade: Os ossos são uma verdadeira reserva de cálcio do organismo – mais de 90% 
do cálcio do corpo está nos ossos – o que gera uma massa de quase 2kg de cálcio. 
Variações de até 30% na quantidade de cálcio, para menos, podem tornar os neurônios 
superexcitados, gerando convulsões. O cálcio é importante para a contração muscular 
como veremos a frente. 
 
Os ossos podem se apresentar de diversas formas no organismo. Podem ser longos e “duros como 
marfim” (compactos), ou chatos, podendo apresentar seu interior com cavidades preenchidas por ar (ossos 
trabeculares). 
Os ossos compactos apresentam uma cavidade interior chamada de cavidade medular que pode 
conter medula vermelha produtora de células do sangue ou medula amarela, que serve como reserva de 
lipídios. 
Os ossos cancelares ou trabeculares apresentam morfologia semelhante a treliças de tecido. Eles são 
em geral preenchidos com ar ou medula. Um mesmo tipo de osso pode apresentar partes compactas e partes 
trabeculares, como veremos. 
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Vejamos abaixo alguns tipos de classificação de ossos de acordo com a forma. 
 Ossos longos - apresentam uma região medular que contém a medula óssea produtora de células do 
sangue, situada num canal situado em seu interior. Tem comprimento maior do que a largura. São 
compostos por duas Epífises que consistem de tecido esponjoso ósseo (trabecular), localizadas nas 
extremidades dos ossos longos; a metáfise que consiste da região entre a diáfise e a epífise; a diáfise 
consiste na haste alongada situada na região medial do osso, composta por osso compacto (fig2). 
Exemplos: fêmur, rádio, tíbia, ulna, fíbula, úmero. 
 Ossos curtos - são compactos quando de formatos cúbicos; podem ser formados por tecido ósseo 
esponjoso ou trabecular no interior e compacto na superfície. Exemplo: ossos do carpo presentes nas 
mãos, ossos do tarso. 
 Ossos sesamiodes – de tamanho pequeno, são encontrados no interior de tecidosconjuntivos 
densos. Exemplo: as patelas. Curiosidade: Sesamum é o gênero do gergelim. Estes ossos levam este 
nome, pois apresentam formato semelhante à semente. 
 Ossos laminares – são finos e achatados, com duas camadas de tecido compacto margeando e 
cobrindo uma camada de tecido esponjoso entre elas; representam grandes áreas para inserção de 
músculos. Exemplo: osso frontal do crânio. 
 Ossos irregulares – formas complexas, com prolongamentos e bases como os ossos das vértebras da 
coluna. 
 Ossos pneumáticos – são ocos, apresentando as cavidades preenchidas com ar e com mucosas. 
Exemplo: osso esfenoide que forma a porção anterior medial da face. 
 Ossos alongados – são as costelas. De formatos longos e chatos, podem não conter canal medular. 
 
Os ossos apresentam marcas secundárias que aparecem com o amadurecimento do corpo. São 
depressões, protrusões, áreas lisas e rugosidades. Estas marcações têm nomes específicos, por exemplo: 
pequenos furos nos ossos são chamados forames. É importante conhecer estes termos, pois são muito 
utilizados no estudo anatômico dos ossos. Verifique abaixo alguns deles. 
 Elevações e projeções ósseas: Processo = projeções; Ramus ou ramo = extensão de osso em 
determinado ângulo. 
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 Aberturas: Sinus = cavidade no interior de osso; forâmen = aberturas (perfurações) redondas por 
onde passam vasos e/ou nervos; fissura = fenda ou sulco; Canal = ducto. 
 Depressões: sulcus ou fossa. 
 Processos onde há ligação de tendões ou ligamentos: Trocanter = grande projeção; Crista = cume 
proeminente. 
 Processos onde há articulações: cabeça, faceta, côndilo = processo redondo articular. 
 
 
Figura 2: um esquema de osso longo. 
 
Região 
preenchida 
por osso 
trabecular 
Região 
preenchida por 
medula 
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Há partes dos ossos onde não se encontram marcações, sendo observada uma superfície lisa com alguns 
foramens, em geral nestas partes há inserção de músculos diretamente nos ossos. Diferentemente, os 
tendões são em geral ligados a regiões rugosas dos ossos. 
 
 
5.1 Células do tecido ósseo 
 
São células especializadas do tecido conjuntivo ósseo: osteoblastos, osteócitos e 
osteoclastos. 
 
 Osteoblastos são formados a partir de células tronco mesenquimais, assim como os demais 
tipos de tecido conjuntivo. São células com características citológicas típicas de células 
secretoras de proteínas. Eles secretam a matriz do osso. Quando estão embebidos na matriz, 
eles se tornam osteócitos. 
 
 Osteócitos estão espalhados na matriz do osso, interligando-se por projeções dendríticas 
(formadas por dendritos que são prolongamentos do citoplasma em varias direções) formando 
uma verdadeira rede de células, comunicando-se com elas metabolicamente. Eles não se 
dividem como os condrócitos das cartilagens. O crescimento dos ossos é aposicional, ou seja, 
somente ocorre sobre superfície de osso preexistente. Osteócitos presos na matriz não 
secretam mais matriz, tornam-se inativos. Isso ocorre, pois a matriz é mineralizada e muito 
rígida. Os corpos celulares dos osteócitos estão em lacunas de onde emergem os dendritos, 
estes formando canais pequenos chamados de “canaliculis” (ou canalículos). Estes canais são 
as vias por onde os nutrientes difundem para os osteócitos a partir dos vasos sanguíneos. Os 
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osteócitos mantêm os níveis de proteína e minerais da matriz que os circula. Eles auxiliam na 
regeneração dos ossos. A morte dos osteócitos leva a reabsorção da matriz pelos osteoclastos. 
 
 Osteoclastos atuam na remoção de matriz óssea durante o crescimento (processo conhecido 
como desmineralização), no remodelamento de osteons e da superfície do osso. Osteoblastos 
e osteoclastos estão constantemente produzindo e retirando matriz óssea, o que torna o osso 
uma estrutura dinâmica. Cerca de 10% do esqueleto adulto é remodelado por ano. 
 
 
A unidade de organização das células dos ossos é chamada de Osteon ou sistema de Haver (fig3). 
Consistem de organizações concêntricas de lamelas contendo células ao redor de canais neurovasculares. 
Os osteons são a unidade básica do osso compacto. Cada osteon apresenta canalículos dos seus osteócitos 
residentes, por onde ocorre a comunicação metabólica entre as células. Seu diâmetro máximo impede que 
as células dos ossos não estejam a mais do que 200 micrometros de distância de algum vaso sanguíneo. 
 
 
Figura 3: à esquerda uma micrografia de osso compacto longo com seta indicando um osteon. À direita um esquema de osteon, com seus 
componentes indicados. 
Canal de Haver 
Osteócito canaliculi 
Osteon 
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Nos ossos trabeculares ou esponjosos não há organização em osteons. A matriz destes ossos se 
organiza em forma de uma malha de grupos de fibras, chamadas de trabéculas. Na matriz não há vasos. Os 
nutrientes chegam às células por meio dos canaliculi (ou canalículos) que se abrem na superfície das 
trabéculas. Entre as trabéculas há preenchimento por medula óssea, esta sim, vascularizada, de onde os 
nutrientes são retirados. Anatomicamente, podemos observar isto nas epífises de ossos longos, como o 
fêmur. Em outras localidades, a medula pode conter tecido medular amarelo, um tecido adiposo que serve 
como reserva energética do corpo. Estes ossos apresentam organização irregular com bastante espaçamento 
entre as porções de matriz. 
 Os ossos apresentam-se recobertos por camadas de tecido conjuntivo chamadas de periósteo e 
endósteo. 
 
Periósteo é uma camada de tecido conjuntivo fibrocolagenoso denso que recobre o osso, 
exceto nas cavidades das articulações. Muito ativo na formação dos ossos no 
desenvolvimento fetal, quando produz muitos osteoblastos. É importante para a 
recuperação de fraturas. Ele isola o osso dos tecidos que o circulam e serve como uma 
rota (uma via, uma guia) para o desenvolvimento de nervos e vasos. 
 
Endósteo é uma camada celular que recobre a porção interna das cavidades ósseas 
como os canais de Haver e a cavidade medular, além da superfície das trabéculas. Forma 
um reservatório de células novas para remodelas e regenerar. 
 
A circulação sanguínea nos ossos longos ocorre por vasos que o acessam por perfurações na diáfise 
(forames), levando os vasos para a região medular, mais interna e central dos ossos. As regiões das 
extremidades dos ossos longos apresentam mais vasos arteriais do que a diáfise. 
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Os ossos são enervados por neurônios cujos axônios percorrem os canais de Haver. 
 
5.2 A formação dos ossos 
 
A formação dos ossos pode ocorrer de duas formas: 
 Endocondral – a partir de uma camada de cartilagem preexistente, nos ossos longos, ocorre de 
forma centrifuga na região mediana da diáfise. Há entrada de capilares e início da mineralização da 
matriz. 
 Intramembranar – a partir de uma membrana celular preexistente, a matriz eas células são 
formadas para baixo, no sentido dos tecidos internos do corpo. Os ossos do crânio se formam assim. 
 
Importante: Ossos sofrem desenvolvimento aposicional. Ou seja, células do periósteo 
mais próximas da superfície do osso secretam matriz e se diferenciam em osteoblastos. 
Quando elas ficam totalmente envolvidas pela matriz elas se diferenciam em osteócitos. 
 
 
5.3 Dinamismo ósseo 
 
Quais os efeitos de exercícios, hormônios e nutrição sobre os ossos? 
 
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5.3.1 Exercícios e os ossos. 
 
Quanto mais estresse uma região óssea sofre, mais estímulos são gerados para que os osteoblastos 
migrem para aquela região, secretando mais matriz e aumentando o osso localmente. Esse estresse pode 
ser gerado pela inserção de músculos. Ou seja, quando praticamos exercício, estamos fortalecendo não só a 
musculatura, mas também os ossos. 
 
5.3.2 Nutrição e os ossos. 
 
Os ossos precisam de cálcio para se mater. Logo, este íon deve estar presente na alimentação, mas não 
somente. É necessário que o corpo absorva satisfatoriamente o cálcio consumido na dieta. Neste caso, 
teremos a ação do calcitriol, produzido nos rins a partir de vitamina D3. Lembra-se de onde vem esta 
vitamina? Ela é produzida pela pele! 
 
5.3.3 Hormônios e os ossos. 
 
O hormônio de crescimento, estrógenos e andrógenos e a tiroxina estimulam o crescimento ósseo. 
 
5.3.4 Recuperação óssea – lesões. 
 
Quando uma fratura ocorre, imediatamente há sangramento local, gerando um hematoma. Este 
ocasiona a morte dos osteócitos. Caso ainda haja vasos sanguíneos ativos e o endósteo e periósteo sejam 
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preservados, haverá intensa divisão celular destes tecidos, com células filhas migrando para a região 
fraturada regenerando o osso. Inicialmente as células secretam cartilagem que isola a região danificada. 
Osteoblastos substituem a cartilagem por ossos trabeculares, preenchendo e unido as extremidades da 
fratura. Com o tempo a região danificada será remodelada pelos osteoclastos e pelos osteoblastos. 
 
 
 
 
 6 - O ESQUELETO AXIAL 
 
 
 
 O esqueleto do corpo, para fins de estudo, pode ser dividido em axial e em apendicular. O esqueleto 
axial é representado pela cabeça e ossos do crânio, coluna vertebral e tórax (fig.4). Ele apresenta 80 ossos 
representando 40% do total de ossos do corpo. 
Podemos indiretamente associar as seguintes funções a esta divisão do sistema esquelético, quando 
somados à musculatura ligada a ele: 
 
Ajustar a posição da cabeça, pescoço e tronco; permitir a movimentação da respiração; 
suportar e estabilizar o esqueleto apendicular. 
 
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Figura 4: em azul, esquema do esqueleto axial. 
Crânio 
Coluna vertebral 
Costelas 
Esterno 
Sacro 
Cóccix 
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6.1 Os ossos da cabeça 
 
Consiste essa divisão em 8 ossos do crânio, 14 ossos da face, 6 ossos relacionados a audição (três 
em cada ouvido – martelo, estribo e bidorna – fig 11) e o um osso hioide. 
Os oito ossos do crânio formam a cavidade craniana (fig5 a 10). A área interna do crânio apresenta 
marcações secundárias por onde passam vasos e nervos associados ao cérebro. Na superfície externa temos 
majoritariamente a inserção de músculos responsáveis pela movimentação da cabeça, dos olhos e da 
mandíbula, como veremos mais à frente. São os ossos do crânio: occipital, frontal, parietal (duas placas), 
temporal (duas placas), esfenoide e etmoide. No occipital, em sua base, encontra-se o forame magno, uma 
grande abertura por onde passa a medula oblongada. O osso etmoide apresenta aberturas por onde passam 
nervos olfatórios. O esfenoide apresenta aberturas em sua porção superior onde passam nervos ópticos, 
nervos maxilares e nervos mandibulares. Na base do osso temporal temos aberturas que permitem a 
passagem de nervos relacionados a audição. 
Alguns dos ossos do crânio apresentam cavidades cheias de ar, chamadas de sinus ou seios. Eles são 
encontrados principalmente na região anterior, próximo ao complexo nasal (na região medial dos ossos 
frontal, etmoide, esfenoide e maxilar), chamados de sinus ou seios paranasais. Eles têm como função: 
 Deixar o osso mais leve; 
 Produzir muco a partir de uma membrana que recobre seu interior para limpar o ar que 
acessa o corpo; 
 Servir como câmaras de ressonância para a fala; 
 
A membrana ciliada que recobre o interior dos seios paranasais tem como função encaminhar muco 
e partículas por meio do movimento ciliar para a região da garganta onde serão engolidas ou expelidas por 
meio da tosse. Este tecido mucoso aquece e umidifica o ar e protege as vias respiratórias. 
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O complexo nasal é formado majoritariamente pelos ossos: frontal, etmoide, esfenoide e maxilar. 
Os ossos da face separam as cavidades nasais da cavidade oral e servem para a inserção de 
músculos que auxiliam na mastigação, além, obviamente, de proteger as entradas dos tratos digestivo e 
respiratório. São eles: maxilares, palatinos, nasais, conchas nasais inferiores, zigomáticos, lacrimais, vômer 
e mandíbula (fig5 a 10). 
Os ossos do crânio se ligam por tecido conjuntivo fibroso em regiões chamadas suturas. Há quatro 
suturas que devemos conhecer: sutura escamosa, sutura lambdoide, sutura coronal e sutura sagital. 
 
A sutura lambdoide tem esse nome devido a seu formato que se assemelha ao da letra 
grega lambda. Ela se encontra na porção posterior do crânio, ligando o osso occipital aos 
dois ossos parietais. 
 
A sutura sagital se estende do osso frontal ao occipital, ligando os ossos parietais. 
 
A sutura escamosa liga o osso temporal ao osso parietal nas laterais do crânio. 
 
A sutura coronal liga os ossos parietais ao frontal, situando-se na região fronto medial do 
crânio. 
 
Sete dos ossos craniais formam os complexos orbitais, onde se encaixam os olhos (fig12). A porção 
superior da cavidade orbital é composta por parte do osso frontal. O assoalho é composto pelo maxilar e 
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parte do zigomático. A porção posterior é formada por parte do esfenoide. A região medial voltada para o 
alinhamento nasal é formada pelo lacrimal, palatino e etmoide. 
 Abaixo temos figuras que indicam os nomes dos ossos que foram o crânio. Estude-as com atenção. 
 
Figura 5: esquema de crânio humano visto de frente. Os nomes dos ossos são indicados ao lado. 
Osso frontal 
 Osso nasal 
 Osso parietal 
 Osso temporal 
 Osso esfenoide 
 
Osso lacrimal 
 Osso zigomático 
 Osso etmoide 
 Osso maxilar 
 Osso mandibular 
 
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Figura 6: Esquema de crânio visto na lateral esquerda com nomes dos ossos e algumas marcações. 
 
Frontal 
Parietal 
Occipital 
Temporal 
Processo 
mastoide Meato acústico externo 
esfenoide 
Nasal 
Zigomático 
Maxilar 
Mandíbular 
Arco zigomático 
Sutura 
escamosa 
Sutura coronal 
Sutura 
lambdoide 
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Figura 7: a base do crânio. Aqui temos a vista de um crânio cortado horizontalmente. Note a presença de furos nos ossos. Por estes furos 
passam nervos e vasos sanguíneos. 
Forame Magno 
Região onde está o 
osso esfenoide 
Região onde está o 
osso frontal 
Região onde está o 
osso etmoide 
Região onde 
estão os 
ossos 
temporais 
Região onde está o 
osso occipital 
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Figura 8: modelo de crânio humano visto de baixo. Atente para os nomes e posições dos ossos. 
Osso palatino 
Osso vomer 
Osso mandibular 
Osso maxilar 
Osso frontal 
Osso zigomático 
Osso temporal 
Arco zigomático 
Osso esfenoide 
Osso parietal 
Osso occipital Forame magno 
Ossos parietais 
vistos através do 
forame magno 
Ossos nasais 
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Figura 9: modelo de crânio humano visto de trás. Atente para os nomes e posições dos ossos. 
 
Osso parietal 
esquerdo 
Osso parietal 
direito 
Sutura sagital 
Sutura 
lambdoide 
Osso occipital 
Sutura escamosa 
Osso temporal 
direito 
Osso temporal 
esquerdo 
Processo 
estiloide Processo 
mastoide 
Mandíbula 
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Figura 10: modelo de crânio visto de cima. Atente para os nomes e posições dos ossos e suturas. 
 
Osso frontal 
Ossos nasais 
Sutura coronal 
Osso parietal 
Sutura sagital 
Sutura 
lambdoide 
Osso occipital 
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Figura 11: ossos do ouvido interno. 
 
 
 
Figura 12: Esquema mostra ossos que foram o complexo orbital dos olhos. 
Martelo Bigorna Estribo 
Osso frontal 
Osso zigomático 
Osso esfenoide 
Osso maxilar 
Osso etmoide 
Osso lacrimal 
Entalhe supraorbital 
Osso palatino 
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 Um osso curvado em forma de ferradura encontra-se na porção anterior do pescoço, chamado osso 
hioide. Ele não se articula com o esqueleto, sendo suportado somente por músculos do pescoço. Nele se 
ligam músculos da laringe e da faringe. Ele suporta alguns músculos que sustentam a língua. 
 
6.2 A coluna vertebral 
 
A coluna vertebral é formada por 24 vértebras, pelo sacro e pelo cóccix (fig.13). 
Tem como função suportar o peso da cabeça e pescoço, além de servir de base para o esqueleto 
apendicular. 
 
Figura 13: a coluna vertebral El secção transversal, vista à direita. Note a curvatura que ela apresenta e os tamanhos diferentes das 
vértebras. 
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A coluna apresenta quatro curvas espinhais (no sentido crânio caudal): cervical, 
torácica, lombar e sacral. 
 
 
As curvas torácica e sacral são chamadas de curvas primárias, pois aparecem no inicio do 
desenvolvimento humano. As curvas lombar e cervical aparecem mais tarde no desenvolvimento, sendo 
denominadas curvas secundárias. Eles aparecem permitindo o desenvolvimento da postura ereta do corpo. 
O peso do corpo ao adotar a postura ereta, se distribui na cintura pélvica e nas pernas através da coluna 
vertebral. Esta é a função básica das suas curvaturas. Equilibrar o peso do corpo que é majoritariamente 
anterior à coluna. 
 
 
Atenção! 
Função das curvaturas da coluna: Equilibrar o peso do corpo. 
 
 
Anomalias podem alterar os ossos, músculos e tendões que mantém o desenvolvimento da coluna, 
gerando curvas adicionais ou exageros nas curvaturas normais. As seguintes condições podem ocorrer: 
 Cifose: consiste no aumento da curvatura da região torácica, projetando a região dorsal para 
trás e o tórax para frente, formando o que chamamos de corcunda. 
 Lordose: consiste num aumento anterior da curvatura lombar, projetando o abdômen e as 
nádegas para trás. 
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 Escoliose: é uma lateralização da coluna em uma ou mais vértebras, podendo atingir qualquer 
região. 
 
6.2.1 As vértebras. 
 
 
A coluna é formada por ossos irregulares chamados vértebras (fig14). Cada vértebra pode ser dividida 
em três partes: o corpo vertebral, o arco vertebral e os processos articulares. As vértebras são interligadas 
por ligamentos e separadas entre si por discos de fibrocartilagem. 
O corpo vertebral estabelece a base sobre a qual será distribuído o peso do corpo. 
O arco vertebral apresenta um furo central chamado de forame vertebral, que alinhado às demais 
vértebras que formam a coluna geram um canal por onde passa a medula espinhal. Nas laterais dos arcos 
encontram-se os processos transversais que se projetam dorsolateralmente (lembre-se que processos são 
nomes dados a projeções ósseas). Eles são locais de ligação de músculos e articulação com as costelas. 
Os processos articulares se projetam para cima e para baixo da vértebra, formando o processo 
superior e o inferior. Eles se articulam com as vértebras adjacentes. A organização estrutural das vértebras 
forma uma abertura chamada forame intervertebral por onde passam nervos que são originados ou que 
terminam na medula espinhal. 
 
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Figura 14: esquema de uma vértebra da coluna. 
 
6.2.2 As divisões da coluna vertebral. 
 
 A coluna se divide em cinco regiões vertebrais: cervical, torácica, lombar, sacral e coccígea. 
 As vértebras de cada região apresentam características distintas (fig 15). A transição entre estas 
regiões não ocorre abruptamente, mas sim de forma gradual, de modo que a ultima vértebra de cada região 
é semelhante morfologicamente à primeira vértebra da região subsequente. 
Há sete vértebras que formam a região cervical, doze que formam a região torácica, cinco que 
formam a região lombar. Por convenção elas são nomeadas com uma letra maiúscula que representa a 
Processo espinhoso 
Forame transverso 
Processo transversal 
Corpo vertebral 
Forame vertebral 
Arco vertebral 
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primeira letra do nome da região da coluna onde está, seguida de um número que é dado sequencialmente 
no sentido crânio caudal (da cabeça para os pés). Ou seja, a vértebra C1 se encontra na região cervical, na 
primeira posição, logo abaixo do crânio, a vértebra T6 se encontra na sexta posição ou no meio da região 
torácica. 
O sacro consiste de cinco vértebras fundidas que no inicio do desenvolvimento se encontram 
separadas, estando complemente unidas entre os 25-30 anos de idade. 
O cóccix é formado por três a cinco vértebras cuja porção distal se funde quando o indivíduo chega 
próximo à idade da puberdade. 
 
 
 
 
Figura 15: exemplos de vértebras da região cervical, torácica e lombar. Note as diferenças entre as vértebras. Fonte Frederik, 2015. 
 
 
 
CERVICAL TORÁCICA 
LOMBAR 
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6.2.2.1 Vértebras cervicais. 
 
São as menores da coluna (fig16). O seu corpo vertebral é pequeno se comparado com as demais 
vértebras já que a região cervical sustenta somente o peso da cabeça. O forame vertebral é relativamente 
grande, já que a medula espinhal é bastante calibrosa (de grande diâmetro) nesta região, onde contém 
grande parte dos axônios de neurônios que se conectam com o cérebro. Estas vértebras apresentam fusão 
dos processos costais e transversos, formando uma foramina transversa (uma abertura) por onde passam 
vasos arteriais e venosos que servem o cérebro. O processo espinhoso (uma projeção óssea para a porção 
posterior do corpo) apresenta a ponta bifurcada. 
 É importante notar que algumas vértebras cervicais apresentam nomenclatura própria: a vértebra 
C1 é chamada de Atlas. Ela não apresenta corpo vertebral ou processo espinhoso e apresenta um grande e 
circular forame vertebral. Ela se articula com o côndilo occipital do crânio o que permite a movimentação da 
cabeça para cima e para baixo, gerando o movimento de concordar com a cabeça (fazer “sim”). Ela também 
articula com a segunda vértebra C2 chamada de Axis. 
A Axis articula com a Atlas, permitindo a movimentação rotacional da cabeça. O corpo vertebral da 
Atlas e da Axis se fundem com o desenvolvimento do indivíduo, formando um processo chamado de “Dens” 
que as conecta por meio de um ligamento transverso. 
A última vértebra da cervical, a C7 é chamada de vértebra proeminente ou vértebra prominens. Ela 
apresenta um prolongamento do processo espinhoso que pode ser sentido ao tato na base posterior do 
pescoço. Um ligamento resistente chamado de ligamento nucal se estende desta vértebra até a crista 
occipital do crânio. Este ligamento auxilia na estabilização da cabeça. 
 
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Figura 16: esquema de esqueleto humano. Em vermelho as sete vértebras cervicais. Repare no tamanho do processo espinhoso da C7. 
 
 
 
 
 
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6.2.2.2 Vértebras torácicas. 
 
Apresentam o corpo vertebral com formato próximo ao de um coração, sendo bastante maciças 
(fig17 e 18). A sua região inferior, próximo à lombar, em geral suporta grandes pesos. Devido a isso, as últimas 
vértebras torácicas se assemelham bastante com as primeiras vértebras lombares. 
Em casos de quedas, essa região é em geral bastante castigada. Cada vértebra torácica se articula 
com a cabeça de uma costela em sua porção dorsolateral em regiões chamadas de facetas costais (fig19). As 
vértebras T1 a T8 articulam dois pares de costelas, enquanto vértebras T9 a T12 tem somente uma faceta 
costal de cada lado, articulando com um par de costelas. 
 
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Figura 17: As 12 vértebras torácicas em vermelho, vistas de trás. Repare que os processos espinhosos apontam para baixo. 
 
 
 
 
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Figura 18: As 12 vértebras torácicas em vermelho, vistas de frente, atrás da costela. 
 
 
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Figura 19: Esquema mostrando disposição das vértebras torácicas. 
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6.2.2.3 Vértebras lombares. 
 
São as maiores do corpo e apresentam corpo vertebral ovalar (fig20). Apresentam o forame em 
formato triangular. O processo articular superior aponta para a região medial do corpo e o inferior aponta 
para baixo e para as laterais. Elas apresentam um processo espinhoso maciço para ligação de músculos da 
região lombar (fig21). Essa região suporta o maior peso do corpo em relação ao restante da coluna. 
 
 
 
Figura 20: em vermelho as vértebras lombares. 
 
 
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Figura 21: modelos das cinco vértebras torácicas, em diferentes vistas. Repare nos largos e maciços processos espinhosos e no tamanho 
alargado do corpo vertebral. 
 
 
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6.2.2.4 Vértebras do sacro. 
 
O sacro consiste de cinco vértebras fundidas (fig22). Ele protege os órgãos reprodutivos, urinários 
e digestivos e se liga aos ossos da cintura pélvica. A curva do sacro é mais pronunciada em homens do que 
em mulheres. O sacro apresenta cristas na sua superfície dorsal onde se inserem músculos que estabilizam 
os quadris. Nele encontram-se oito foramens formados pela fusão das vértebras (fig23). 
Uma proeminência presente na porção anterior da base do sacro chamada de promontório sacral é 
importante marca para mulheres durante exames pélvicos e trabalho de parto. A região mais afilada e 
inferior do sacro é chamada de apêndice e se articula com o cóccix. 
 
 
 
Figura 22: o sacro visto na pélvis. 
 
 
Sacro 
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6.2.2.5 Vértebras do cóccix. 
 
O Cóccix consiste em geral de quatro vértebras fundidas que são região de ligação de músculos que 
constringem a abertura anal (fig23). Elas se fundem no decorrer do desenvolvimento. 
Em idosos, o cóccix pode se fundir ao sacro. 
 
 
Figura 23: modelo do sacro e do cóccix(em vermelho). Note os forames formados nas laterais do sacro. 
 
 
 
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6.3 As costelas 
 
As costelas formam, em conjunto com o esterno, uma gaiola óssea que protege o coração, os 
pulmões, o timo e demais estruturas corporais que se encontram no interior da cavidade torácica (fig24 e 
25). 
Nosso corpo tem vinte e quatro costelas, organizadas em doze pares laterais, classificadas como: 
 Costelas verdadeiras ou vertebroesternais: se projetam anteriormente até o esterno onde 
se ligam por cartilagens costais, consistindo das primeiras sete costelas; 
 Costelas falsas: as costelas 8 a 10 chamadas de vertebrocondrais se ligam a cartilagem costal 
da costela 7; as costelas 11 e 12 que não se ligam ao esterno, sendo chamadas de costelas 
flutuantes (sendo também conhecidas como costelas vertebrais por se ligarem somente às 
vértebras da coluna). 
 
As costelas são ossos chatos e curvados, que apresentam na porção que articula com a coluna uma 
região chamada de cabeça, que se liga a uma região chamada tubérculo por meio de um pescoço. A cabeça 
e o tubérculo articulam com as vértebras da região torácica da coluna. 
As costelas apresentam-se de tal forma que possibilita movimentação gerada pelos músculos 
intercostais que nelas se ligam, o que gera parte da pressão necessária para que o ocorra a respiração. 
 
 
 
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6.4 O esterno 
 
O esterno consiste de três placas ósseas achatadas que se formam na porção anterior do tronco, 
onde se ligam às costelas 1 a 10 (fig24 e 25). 
O manúbrio consiste de um osso de formato triangular situado na porção superior do esterno (em 
direção cranial), articulando-se com as clavículas e com as primeiras costelas. 
O corpo do esterno consiste de um osso chato e alongado, semelhante a uma língua, onde se ligam 
por cartilagens as costelas 2 a 7. Consiste no maior osso do esterno situado na sua porção media. 
O processo xifoide situa-se na porção inferior do corpo do esterno. Ele consiste de um pequeno osso 
onde se ligam o diafragma e o músculo reto abdominal. 
O esterno somente se ossifica completamente depois dos 25 anos de idade. Até essa idade ele 
consiste basicamente de osso e cartilagem. 
 
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Figura 24: a gaiola torácica vista de frente. Apontados os ossos que a compõe. 
Costela 1 
Costela 7 
Costela 10 
Costela 11 
Costela 12 
Processo xifoide 
Manúbrio 
Corpo do esterno 
Cartilagens costais 
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Figura 25: As costelas vistas pelo lado direito do corpo. 
 
Costela 1 
Costela 12 
Esterno 
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7 - O ESQUELETO APENDICULAR 
 
 O esqueleto apendicular (fig26) é bastante familiar para nós. Ele permite a exploração do ambiente 
que nos cerca pelos movimentos que habilita. Consiste da cintura escapular, cintura pélvica e dos membros 
inferiores e superiores. 
 Vamos estudar cada parte deste esqueleto separadamente. 
 
7.1 A cintura escapular ou cintura peitoral. 
 
A cintura escapular é formada por um par de ossos em forma de “S” chamados de clavículas e por 
um par de ossos achatados chamados de escapulas. Cada membro superior forma uma articulação com a 
cintura escapular (fig27). 
 Importante saber que a única ligação entre a cintura escapular e o esqueleto axial se dá na 
articulação que ocorre entre as clavículas e o manúbrio, na porção medial anterior do tronco, chamada de 
articulação esternoclavicular. A cintura escapular é sustentada por músculos, o que lhe confere muita 
mobilidade, mas pouca força. Aliás, esta relação “força VS mobilidade” é interessante, veremos mais adiante 
que quanto maior a mobilidade permitida por uma articulação, menor a força e estabilidade dela e, 
portanto, mais músculos são necessários para firma-la. 
A clavícula apresenta-se em forma de S, sendo articulada em uma extremidade com o esterno e na 
outra com uma região da escapula chamada acrômio. 
 
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Figura 26: esquema em azul mostrando os ossos que formam o esqueleto apendicular. 
Clavícula 
Úmero 
Rádio 
Ulna 
Metacarpos 
Carpos 
Escápula 
Pelve 
Falanges 
Fêmur 
Tíbia 
Fíbula 
Tarsos 
Metatarsos 
Falanges 
Patela 
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A escápula é um osso chato em formato de triangulo situado na região posterior e superior do tronco. 
Ela apresenta um processo (uma projeção) na sua porção lateral superior voltada para os braços, onde se 
encontra uma cavidade chamada de cavidade glenóide. Nesta cavidade, forma-se a articulação 
glenohumeral, que liga o úmero, osso do braço, à cintura escapular. A escápula apresenta cristas laterais 
onde se ligam músculos. O processo ao qual nos referimos anteriormente se divide em duas protuberâncias, 
sendo uma o acrômio, que formara a articulação acromioclavicular que já estudamos e a outra chamada de 
processo coracóide. Ambos estes processos se ligam a tendões e ligamentos associados à articulação do 
ombro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Figura 27: esquema mostrando posição da clavícula e da escápula, com suas marcações. 
 
 
Visão anterior 
Clavícula 
Escápula 
Acrômio 
Processo 
coracoide 
Cavidade 
Glenoide 
Articulação 
esternoclavicular 
Articulação 
acromioclavicular 
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7.2 Os membros superiores – braços, antebraços e mãos. 
 
Os membros superiores consistem do braço, antebraço, pulsos e mãos. Veja que anatomicamente, 
nos referimos ao braço somente como a porção proximal do membro superior. 
O Úmero (fig28) é o único osso do braço. Em sua porção proximal, ele apresenta uma cabeça que se 
articula com a escapula. Imediatamente abaixo da cabeça há uma depressão chamada de pescoço 
anatômico que marca a região onde acaba a capsula que forma a articulação do ombro. Há ainda dois 
tubérculos chamados de tubérculo maior e tubérculo menor, os quais estabilizam o ombro por meio da 
ligação de músculos. Entre eles há um sulco chamado de sulco intertuberular por onde passa um grande 
tendão. 
Na lateral da haste do úmero, encontra-se uma elevação chamada de tuberosidadedeltoide, onde se 
liga o músculo deltoide. Este elevação termina na face posterior do úmero onde há um sulco por onde corre 
o nervo radial, importante para capacidade sensorial e motora do músculo que endireita o ombro. 
Na porção distal do osso, encontram-se dois processos chamados de epicôndilos, que se projetam 
próximo da articulação. O nervo ulnar atravessa um destes epicôndilos. 
O Úmero articula com o Rádio e a Ulna em uma região chamada de côndilo. 
 
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Figura 28: o úmero representado em esquema, mostrando suas marcações. 
 
Tuberosidade 
deltoide 
Tubérculo 
menor 
Cabeça do 
úmero 
Fossa oleacrana 
Epicôndilo lateral 
Epicôndilo medial 
tróclea 
Pescoço 
anatômico 
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A Ulna consiste do osso situado na porção medial em relação ao corpo em posição anatômica. Na 
articulação com o úmero ela apresenta um processo chamado olecrano, que consiste na ponta do cotovelo 
(o olecrano é sempre castigado quando batemos o cotovelo!). Nesta região do osso, em sua superfície 
anterior, encontra-se o entalhe troclear, que se articula com a tróclea do úmero. 
Na região distal da ulna, encontra-se a sua cabeça e um prolongamento chamado de processo 
estiloide. Este tipo de prolongamento também ocorre no rádio (outro osso longo que forma o antebraço). 
Ele marca uma região onde há uma cartilagem de formato triangular que separa a cabeça da ulna dos ossos 
do pulso. 
Uma camada fibrosa chamada de membrana interóssea conecta a ulna ao rádio lateralmente. 
O rádio encontra-se lateralmente em relação à ulna. A cabeça do rádio articula com o úmero. Nesta 
região encontra-se uma tuberosidade no rádio onde se liga o bíceps, músculo que move o cotovelo, como 
veremos à frente. Na sua porção distal encontra-se o entalhe ulnar onde ocorre a articulação com a ulna 
(fig29 e 30). 
 
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Figura 29: o rádio e a ulna. Algumas marcações importantes são mostradas. 
 
Ulna 
Radio 
Olecrano e entalhe 
troclear 
Processo 
coronoide 
Tuberosidade 
Ulnar 
Cabeça da 
Ulna, região 
do processo 
estiloide 
Cabeça do 
Radio 
Tuberosidade 
radial 
Processo 
estiloide do 
radio 
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Figura 30: articulação e organização dos ossos do braço e antebraço. 
ulna 
radio 
Úmero 
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7.3 Ossos do carpo 
 
Consistem de oito ossos arranjados em duas linhas que contém quatro ossos cada (fig31). 
Na linha proximal, próxima da articulação com a ulna e o rádio teremos: osso escafoide, osso 
semilunar ou lunato, osso triquetum ou piramidal e osso pisiforme. Os três primeiros formam articulação 
com o radio e com a ulna. Na linha distal, mais afastada da articulação com o antebraço, teremos os ossos: 
trapézio, trapezoide, capitato e hamato. O capitato é o maior osso do carpo. O trapézio e o trapezoide 
articulam com o escafoide. 
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Figura 31: em diferentes cores, modelo representa os ossos do carpo. 
 
7.4 Ossos do metacarpo e das falanges 
 
Cinco ossos articulam com os ossos distais do carpo (fig32). Eles são nomeados com números 
romanos, iniciando a contagem a partir do dedo polegar. Os ossos do metacarpo se articulam com os ossos 
dos dedos. Temos 14 ossos nos dedos chamados de falanges e que são nomeadas de acordo com a distância 
do corpo, assim teremos falanges proximais, medias e distais (lembre-se na aula passada que estudamos os 
escafoide 
hamato 
capitato 
trapezoide 
trapézio 
lunato 
piramidal 
pisiforme 
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termos anatômicos – proximal: próximo ao centro do corpo; distal: distante do centro do corpo ou do 
membro). Apenas o dedo polegar apresenta somente duas falanges: a distal e a proximal. 
 
 
Figura 32: esquema mostrando os ossos da mão esquerda, vistos de frente. Em vermelho, os metacarpos. 
 
7.5 A cintura pélvica 
 
A cintura pélvica consiste de dois ossos chamados de ossos pélvicos ou ossos do quadril. Cada osso 
é formado pela fusão de três ossos: ílio, ísquio e púbis (fig33 a 35). 
Falange 
proximal 
Falange 
distal 
Falange distal 
Falange medial 
Falange 
proximal 
metacarpo 
carpos 
ulna 
radio 
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O ílio apresenta uma articulação que liga o esqueleto axial à cintura pélvica. 
Uma tira de fibrocartilagem une os ossos da cintura pélvica na porção anterior medial do corpo, 
formando uma articulação chamada de sínfise púbica. 
Cada osso do quadril apresenta em sua lateral um acetábulo que é a região onde ocorre a articulação 
com a cabeça do fêmur. Nesta região ocorre o encontro dos três ossos que formam cada osso da cintura 
pélvica. 
Acima do acetábulo temos um osso largo de superfície curvada, o Ílio. Ele serve como superfície de 
ligação de tendões ligamentos e músculos. O ílio apresenta cristas e entalhes por onde passam nervos e onde 
se ligam músculos como o glúteo e o nervo ciático, este último, passando através de uma região chamada o 
grande entalhe ciático. 
O ísquio forma a porção posterior e inferior do osso. Quando nos sentamos, nos apoiamos em uma 
região dele chamada de tuberosidade isquial. 
O osso púbico (púbis) se encontra com o osso ísquio por meio de prolongamentos ou “ramus”, que 
formam uma abertura chamada de forame obturador. Esta abertura é coberta por tecido conjuntivo que 
serve de base para músculos do quadril. 
O ílio apresenta uma crista superior e uma crista em sua porção mediana que se desenvolve de cima 
para baixo e de trás para frente em relação à pélvis em direção ao osso púbis. Entre estas marcas encontra-
se uma cavidade chamada de fossa ilíaca, cujo formato auxilia no suporte de órgãos do abdômen. 
A pélvis (ou pelve) completa é formada pelos ossos do quadril, unidos ao sacro e ao cóccix. Estes 
ossos se ligam por uma grande rede de ligamentos que conectam as laterais do sacro à crista ilíaca, à 
tuberosidade isquial, à espinha esquial e à linha do arcute. Outros ligamentos conectam o ílio à região 
posterior de vértebras da lombar. 
A pelve verdadeira consiste no espaço formado entre os ossos ísquio, púbis e sacro. Ela é delimitada 
superiormente pela linha de arcute, estendendo-se inferiormente até o cóccix. A região compreendida entre 
os ílios é chamada de falsa pélvis. A cavidade pélvica do abdômen (que vimos na aula anterior) é formadaAndré Vieira Peixoto Davila
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pela verdadeira pélvis. A superfície que é limitada pelas bordas inferiores da pélvis se chama períneo, onde 
encontramos músculos que suportam os órgãos da cavidade pélvica (verdadeira pélvis). 
A pélvis dos homens é levemente diferente da das mulheres. A pélvis feminina em geral é mais leve 
e apresenta menos marcações (para inserção de músculos) do que a pélvis masculina. Ademais a pélvis 
feminina reage ao hormônio relaxina que é produzido na gravidez e que solta a sínfise púbica, e os ligamentos 
sacroiliacos, permitindo aumento da cavidade pélvica. Outra diferença é que o ângulo do púbis (ou arco 
púbico) é maior nas mulheres, podendo apresentar mais do que 100° de abertura, diferente dos homens nos 
quais não passa de 90°. 
 
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Figura 33: ossos da pélvis. 
 
Ossos do quadril 
ílio 
púbis 
ísquio 
cóccix 
sacro 
Vista posterior 
Vista anterior 
sacro 
púbis 
ísquio 
Sínfise púbica 
ílio 
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Figura 34: os ossos da pelve. 
 
 
Figura 35: esquema mostra o quadril completo. 
 
acetábulo 
ílio 
púbis 
ísquio 
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7.6 Os membros inferiores 
 
 
O esqueleto de cada membro inferior consiste dos seguintes ossos: fêmur, patela, tíbia, fíbula, ossos 
do tarso, metatarso e falanges dos pés. 
Anatomicamente, lembre-se de que o termo perna se refere somente a porção inferior do membro. 
A porção superior (proximal), chamamos de coxa. 
Os membros inferiores suportam todo o peso do corpo e o estabilizam na posição bípede. 
O fêmur é o maior e mais pesado osso do corpo. Apresenta uma região chamada de cabeça, que se 
articula com o quadril no acetábulo. Nesta região temos duas projeções chamadas de trocanters onde se 
ligam tendões. Entre os trocanters há uma região chamada de linha entretrocantérica que marca o limite da 
capsula articular do fêmur com o quadril. O fêmur apresenta cristas e regiões na haste onde se prendem 
músculos da coxa. Há projeções na sua extremidade distal chamadas de epicôndilos que se formam a partir 
de projeções das referidas cristas. Os epicôndilos se opõem a côndilos que são projeções da extremidade 
distal do fêmur. Nesta região entre os côndilos, encontra-se a superfície patelar, onde estará inserida a 
patela. 
 
 
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Fêmur 
Patela 
Fíbula 
Tíbia 
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Figura 36: esqueleto do membro inferior. 
 
Figura 37: articulação do fêmur no acetábulo do quadril. 
 
Pelve 
Sacro e cóccix 
Acetábulo 
 
 
Cabeça do fêmur 
Pescoço do fêmur 
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Figura 38: em vermelho, fêmur em vista posterior (esq) e anterior (dir). 
 
 
 
A patela é um grande osso sesamoide (relembre acima, quando classificamos os ossos de acordo 
com seus formatos) que se desenvolve no interior do tendão do quadríceps, músculo cuja contração estica 
o joelho. Ele apresenta na porção anterior e inferior uma região rugosa onde se conecta o ligamento patelar. 
A região posterior da patela apresenta duas concavidades onde se encaixam o côndilo lateral e medial 
do fêmur. 
 
Trocanter maior 
Trocanter menor 
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Figura 39: modelo indica posição da patela. 
 
A tíbia assim como o fêmur apresenta processos na porção superior chamados de côndilos, que 
articulam com os côndilos lateral e medial daquele osso. 
Na porção anterior da tíbia encontra-se uma projeção chamada de tuberosidade tibial, que se pode 
sentir sob a pele na região abaixo do joelho. Nela, conecta-se o ligamento patelar. 
Na sua porção inferior, a tíbia apresenta uma projeção para a porção medial do corpo, chamada de 
maléolo tibial ou maléolo medial. Este processo corresponde à elevação interna do tornozelo, que também 
podemos sentir sob a pele, próximo ao pé, na região interna da perna. 
Na porção externa da tíbia, presa a sua haste, encontra-se uma membrana de tecido chamada 
membrana interóssea, semelhante àquela que liga a ulna ao rádio. Ela liga a tíbia à fíbula. 
A fíbula é um osso mais delgado que se liga à tíbia, articulando com ela na sua região de cabeça, 
proximal em relação ao corpo. Devido à sua massa, ela não é suficiente para suportar o peso do corpo, mas 
configura uma importante superfície para ligação de músculos que movimentam o pé e seus dedos. Assim 
como a tíbia, apresenta um prolongamento inferior chamado de maléolo lateral, que dá suporte aos ossos 
do tornozelo. 
patela patela 
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Figura 40: modelo com vista posterior indicando posição da fíbula e da tíbia. 
 
O tornozelo (tarsus) consiste de sete ossos tarsais. Vamos conhecê-los? 
O talus transmite o peso da tíbia para o pé (fig 41 e 42). 
O osso do calcanhar ou calcâneo situa-se posteriormente em relação aos demais e é o maior dos 
ossos do tarsais. Ele apresenta uma projeção posterior onde se conecta o tendão calcaneal ou tendão de 
Aquiles. Este osso recebe o peso do corpo transmitido pelo talus. 
fíbula 
fíbula 
tíbia 
fêmur 
Côndilo medial 
Côndilo lateral 
Côndilo 
medial 
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Anteriormente ao calcâneo encontra-se o cuboide e anteriormente ao talus encontra-se o navicular. 
Este último articula-se com três ossos chamados de cuneiformes, que se organizam alinhados sendo 
nomeados de acordo com suas posições: lateral, intermediário e medial. Lembrando sempre que o termo 
medial se refere à linha media do corpo. 
 
A porção distal dos ossos cuneiformes e do cuboide se articula com os metatarsos. Estes, assim 
como os metacarpos das mãos, são nomeados com números romanos, iniciando-se a contagem a partir da 
região medial. Assim sendo o metatarso I seria o osso relacionado ao dedão do pé. 
Assim como nas mãos, o primeiro metatarso se articula com duas falanges. Este dedo é também 
conhecido como “alux”. Os demais metatarsos se articulam com três falanges nomeadas da mesmaforma 
que nas mãos: proximal, media e distal, totalizando 14 falanges nos dedos dos pés. 
 
 
 
Curiosidade: Antropologia forense - o estudo do esqueleto que pode trazer informações 
sobre o sexo da vítima, sua compleição física muscular, estado nutricional e sua idade. 
Um ramo das ciências forenses que auxilia a justiça ao revelar características do indivíduo 
a partir de seu esqueleto! 
 
 
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Figura 41: vista superior dos ossos do tarso. 
 
 
talus 
calcâneo 
cuboide 
cuboide 
navicular 
cuneiformes 
metatarsos 
falanges 
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Figura 42: vista posterior dos ossos do pé, mostrando apoio no calcâneo. 
 
 
 
 
 
tíbia 
fíbula 
talus 
calcâneo 
navicular 
Maléolo lateral 
Maléolo medial ou 
maléolo tibial 
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8- EXERCÍCIOS 
 
1. O sistema esquelético é composto por: 
a) Ossos e músculos. 
b) Cartilagens e músculos. 
c) Ossos e ligamentos. 
d) Ossos e tendões. 
e) Ossos e cartilagens. 
 
 
 
2. Observe a figura abaixo. 
 
 
1 
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As indicações numeradas são identificadas como: 
a) 1 – osteócito ; 2- canaliculi; 3- canal de Volksman. 
b) 1- osteon ; 2 – canaliculi; 3 – osteócito. 
c) 1 – canal de Haver; 2 – osteócito; 3 – canaliculi. 
d) 1 - canal de Haver; 2 – canal de Volksman; 3 – canaliculi. 
e) 1 - canal de Haver; 2 – canal de Volksman; 3 – osteócito. 
 
 
 
 
3. O periósteo, tecido que reveste ossos, consiste de: 
a) Uma camada de tecido epitelial especializado. 
b) Tecido conjuntivo denso fibrocartilaginoso. 
c) Tecido conjuntivo frouxo rico em elastina. 
d) Tecido muscular com células ósseas. 
e) Cartilagem hialina. 
 
 
 
4. A respeito da unidade básica de um osso compacto, é correto afirmar: 
a) Consiste de uma estrutura elipsoide que se organiza ao redor de vasos sanguíneos e nervos, 
composta por osteoclastos. 
b) Está presente em todos os tipos de ossos. 
c) Os canais que surgem a partir dos osteócitos servem para nutrição e comunicação celular. 
d) Podem apresentar grandes diâmetros devido à rica irrigação sanguínea. 
e) São formados por tecido epitelial ricamente irrigado. 
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5. Em relação aos ossos, é incorreto afirmar: 
a) São estruturas vivas e dinâmicas. 
b) O dinamismo se relaciona com a atividade antagônica dos osteoblastos e dos osteoclastos. 
c) São estruturas mortas e extremamente resistentes. 
d) São reserva mineral do corpo. 
e) Têm alta capacidade regenerativa. 
 
 
 
6. São funções do sistema esquelético: 
a) Proteção de órgãos, gerar calor, sustentar o corpo. 
b) Reserva mineral, proteção dos órgãos, produção de gordura. 
c) Sustentar o corpo, gerar calor, produção de gordura. 
d) Sustentar o corpo, proteger os órgãos, reserva mineral. 
e) Preservar o sistema imune, proteger o corpo, sustentar os órgãos. 
 
 
 
 
7. São exemplos de ossos longos do corpo: 
a) Fêmur e patela. 
b) Tíbia e rádio. 
c) Frontal e escápula. 
d) Fíbula e trapézio. 
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e) Úmero e ílio. 
 
 
 
8. Quais ossos abaixo elencados não fazem parte do esqueleto axial? 
a) Vértebras, mandíbula, manúbrio. 
b) Costelas, atlas, sacro. 
c) Úmero, rádio, ulna. 
d) Frontal, parietal, esfenoide. 
e) Esterno, costela, occipital. 
 
 
9 . Os ossos que formam o crânio são unidos por articulações chamadas: 
a) Sínfises. 
b) Suturas. 
c) Gonfoses. 
d) Sindesmoses. 
e) Sinoviais. 
 
 
10. Um lutador de Muay Tay, após um combate, reclamou ao médico de fortes dores na canela. O 
médico não encontrou lesões musculares ou articulares, suspeitando portanto de fratura óssea. O osso 
lesionado, possivelmente era: 
a) O fêmur. 
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b) A fíbula. 
c) O úmero. 
d) O cóccix. 
e) A tíbia. 
 
 
11. As vértebras da coluna não são iguais. Elas apresentam diferenças devido a desigual distribuição de forças 
do peso do corpo. Relacionado a isto, podemos afirmar: 
a) As vértebras torácicas apresentam processo espinhoso bifurcado na extremidade. 
b) O corpo vertebral das vértebras cervicais é o maior de todas as vértebras. 
c) O forame vertebral das vértebras cervicais é pequeno se comparado ao das vértebras lombares. 
d) O corpo vertebral das vértebras lombares é o menor de todas as vértebras. 
e) O processo espinhoso das vértebras lombares é maciço e largo para a inserção de músculos. 
 
 
12. Em relação ao sacro e ao cóccix, é incorreto afirmar: 
a) São formados por vértebras separadas e altamente articuladas. 
b) Formam a cintura pélvica com os ossos do quadril. 
c) Encontram-se na porção distal da coluna vertebral. 
d) São parte do esqueleto axial. 
e) São importantes para proteger órgãos excretores. 
 
13. Atlas e Axis são: 
a) Costelas. 
b) Ossos do crânio. 
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c) Vértebras lombares. 
d) Ossos da cintura pélvica. 
e) Vértebras cervicais. 
 
14. Ao analisarmos um crânio de cabeça para baixo, na base do osso occipital, encontraremos uma grande 
abertura. Esta abertura chama-se: 
a) Forame omines. 
b) Forame magno. 
c) Foramina de haver. 
d) Canal da carótida. 
e) Forame jugular. 
 
 
 
15. O osso esfenoide forma a porção mediana da base do crânio. Nesta região, encontramos ao menos cinco 
perfurações que permitem a passagem de nervos que irão contralar a região óptica maxilar e mandibular. 
Quais os outros ossos que formam a base do crânio? 
a) Frontal, etmoide, temporal e occipital. 
b) Frontal, maxilar, temporal e occipital. 
c) Frontal, etmoide, mandibular e occipital. 
d) lacrimal, etmoide, temporal e occipital. 
e) Frontal, etmoide, nasal e occipital. 
 
 
 
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16. (PCSP –2014) O sistema esquelético é importante na sustentação e proteção dos órgãos vitais do corpo 
humano. 
 
 
Na ilustração apresentada, as estruturas apontadas em 1, 2 e 3 correspondem, correta e respectivamente, 
aos seguintes ossos: 
a) Rádio, ulna, ísquio. 
b) Úmero, radio e tíbia. 
c) Úmero, ílio e fíbula. 
d) Metacarpo, fíbula e ílio. 
e) Tarso, metatarso e fíbula. 
 
17.

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