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Aula 02 Biologia e Anatomia humana p/ PC-RJ (Auxiliar de Necropsia) Com videoaulas - AOCP Autor: André Vieira Peixoto Davila Aula 02 24 de Março de 2020 14171528771 - ANDREY MOREIRA DE CARVALHO SILVA 1 1 1 – Introdução .................................................................................................................................................... 3 2 – Revisão de temas importantes ...................................................................................................................... 4 3 – O sistema esquelético ................................................................................................................................... 5 4 – As cartilagens ............................................................................................................................................... 7 5- Os ossos ......................................................................................................................................................... 8 5.1 Células do tecido ósseo .......................................................................................................................... 12 5.2 A formação dos ossos ............................................................................................................................. 15 5.3 Dinamismo ósseo ................................................................................................................................... 15 6 - O esqueleto axial ......................................................................................................................................... 17 6.1 Os ossos da cabeça ................................................................................................................................. 19 6.2 A coluna vertebral .................................................................................................................................. 28 6.3 As costelas .............................................................................................................................................. 43 6.4 O esterno ................................................................................................................................................ 44 7 - O esqueleto apendicular .............................................................................................................................. 47 7.1 A cintura escapular ou cintura peitoral. ................................................................................................. 47 7.2 Os membros superiores – braços, antebraços e mãos. ........................................................................... 51 7.3 Ossos do carpo ....................................................................................................................................... 56 7.4 Ossos do metacarpo e das falanges ........................................................................................................ 57 7.5 A cintura pélvica .................................................................................................................................... 58 7.6 Os membros inferiores ........................................................................................................................... 63 8- Exercícios..................................................................................................................................................... 72 9 – Resolução dos exercícios ........................................................................................................................... 97 10- Resumo da aula ........................................................................................................................................ 104 André Vieira Peixoto Davila Aula 02 Biologia e Anatomia humana p/ PC-RJ (Auxiliar de Necropsia) Com videoaulas - AOCP www.estrategiaconcursos.com.br 1447429 14171528771 - ANDREY MOREIRA DE CARVALHO SILVA 2 2 11 – Bibliografia ............................................................................................................................................ 106 André Vieira Peixoto Davila Aula 02 Biologia e Anatomia humana p/ PC-RJ (Auxiliar de Necropsia) Com videoaulas - AOCP www.estrategiaconcursos.com.br 1447429 14171528771 - ANDREY MOREIRA DE CARVALHO SILVA 3 3 1 – INTRODUÇÃO Caros alunos, bem vindos à terceira aula de nosso curso. Apresento a vocês um livro bastante completo, no qual vocês encontraram conteúdo superior ao exigido na sua prova. Como conhecimento nunca é demais e se guarda para a vida, fico feliz em compartilhar este material que, certamente, poderá ser utilizado para consulta em outros concursos ou provas que você eventualmente aplique. Lembrando que para esta aula, alguns conceitos estudados na aula anterior serão essenciais. Devemos nos lembrar sempre do conceito de célula e de seu funcionamento, além da sua organização em tecidos que compõem o corpo. Por falar em corpo, devemos nos lembrar dos termos que aprendemos na aula passada para nos referir a pontos anatômicos de interesse. Este conhecimento será muito importante para o entendimento da anatomia dos ossos e dos músculos, tema desta aula. Não se esqueça de atentar para os termos em negrito, importantes conceitos que nós já grifamos para você! Não fique com dúvidas! Entre em contato com o professor sempre que necessário! Vamos aos estudos! Prof. MSc. André D’Ávila Biólogo, Perito Criminal periciahd André Vieira Peixoto Davila Aula 02 Biologia e Anatomia humana p/ PC-RJ (Auxiliar de Necropsia) Com videoaulas - AOCP www.estrategiaconcursos.com.br 1447429 14171528771 - ANDREY MOREIRA DE CARVALHO SILVA 4 4 2 – REVISÃO DE TEMAS IMPORTANTES Prezado aluno, para esta aula é importantíssimo que você se recorde das definições de alguns tecidos do corpo. Estudaremos aqui estruturas que são formadas basicamente por tecido conjuntivo como os ossos. Este tipo de tecido será encontrado também no outro sistema que será abordado, o sistema muscular. Dentre as características importantes, devemos nos lembrar de que o tecido conjuntivo consiste de células especializadas, ou seja, diferenciadas, com funções específicas, embebidas em uma matriz, um “gel” composto por água, açucares e proteínas. Imagine uma gelatina com frutas no meio. O tecido conjuntivo seria algo parecido com isso. Importante lembrar que células tronco especiais chamadas de células mesenquimais dão origem por mitose às células deste tecido. Um tipo especial de tecido conjuntivo que estudaremos é o tecido ósseo. Sua matriz é altamente mineralizada, contendo praticamente 90% do cálcio de todo o corpo, o que o torna um tecido duro e resistente, e que sustenta todo o peso do corpo. Imagine-se sem os seus ossos! Os músculos são estruturas moles apesar da capacidade de contração; eles se ligam aos ossos para gerar e sustentação para o corpo. Sem os ossos, seriamos como um pedaço de carne caído no piso de um açougue. Os ossos originam-se e apresentam em algumas regiões capas de cartilagens (hialina, branca e fibrocartilagem amarela). Retorne a aula anterior e relembre o que são as cartilagens! Elas apresentam células especializadas chamadas condrócitos. Estes são originados de condroblastos pouco ativos e que não mais se dividem, ficando no interior das lacunas – se lembra delas? Eles secretam a matriz da cartilagem que pode conter elastina e/ou colágeno. Vamos nos recordando aos poucos no decorrer desta aula também. Por isso, tenha calma e foco nos estudos! Iniciaremos nossos estudos com o sistema esquelético. André Vieira Peixoto Davila Aula 02 Biologia e Anatomia humana p/ PC-RJ (Auxiliar de Necropsia) Com videoaulas - AOCP www.estrategiaconcursos.com.br 144742914171528771 - ANDREY MOREIRA DE CARVALHO SILVA 5 5 3 – O SISTEMA ESQUELÉTICO O sistema esquelético (fig 1), composto por ossos e cartilagens, tem como principais funções: Suporte A coluna vertebral gera suporte para todo o peso do corpo. Como dito anteriormente, caso não tivéssemos ossos, seriamos uma massa amorfa, mole, com movimentação limitadíssima. Armazenamento de minerais e lipídios A matriz óssea é riquíssima em minerais, principalmente o cálcio, sendo considerada uma grande reserva corpórea deste mineral. Produção de células do sangue No interior dos ossos, em especial dos ossos longos, temos a medula óssea, que produz células sanguíneas. André Vieira Peixoto Davila Aula 02 Biologia e Anatomia humana p/ PC-RJ (Auxiliar de Necropsia) Com videoaulas - AOCP www.estrategiaconcursos.com.br 1447429 14171528771 - ANDREY MOREIRA DE CARVALHO SILVA 6 6 Proteção A organização óssea das costelas e cinturas do corpo protegem os órgãos internos de choques mecânicos. Base para movimentação A ligação dos músculos aos ossos é o que gera o movimento corpóreo. O estudo deste sistema deve se iniciar pelo conhecimento das cartilagens, pois estas são estruturas que dão origem aos ossos. Portanto, para entender a anatomia dos ossos, é necessário começar pela sua origem, a cartilagem. Figura 1: O esqueleto humano, em esquema. André Vieira Peixoto Davila Aula 02 Biologia e Anatomia humana p/ PC-RJ (Auxiliar de Necropsia) Com videoaulas - AOCP www.estrategiaconcursos.com.br 1447429 14171528771 - ANDREY MOREIRA DE CARVALHO SILVA 7 7 4 – AS CARTILAGENS O tecido cartilaginoso compõe totalmente o sistema esquelético humano na sua fase fetal, ou seja, quando ainda estamos em desenvolvimento no útero materno. Ele é substituído por ossos no adulto. Alguns destes ossos tendem a se fundir na vida adulta, como veremos à frente. No entanto, algumas cartilagens ainda persistem no nosso organismo como: nas articulações sinoviais (que são aquelas presentes no joelho e entre ossos longos), nas paredes da laringe e da epiglote, na traqueia, nos brônquios, no nariz e nas orelhas. A cartilagem é composta por tecido conjuntivo, ou seja, tem células especializadas e matriz gelatinosa não vascularizada. Os nutrientes chegam aos condrócitos por difusão a partir do pericôndrio que é vascularizado. Na prática, o fato da cartilagem não ser vascularizada faz com que ela seja pouco espessa podendo apresentar alguns milímetros de largura máxima nas porções do corpo onde se encontra. As cartilagens podem ser de diferentes tipos: Hialina, fibrosa e elástica. A cartilagem hialina é clara com aspecto homogêneo e vítreo. Está na região costal (das costelas), no nariz, na laringe, na região traqueobronquial (traqueia e brônquios) e na maioria das articulações. Ela se degenera com o tempo e com o uso. Basta verificarmos a quantidade de corredores profissionais e outros atletas que apresentam problemas nas articulações. Em parte, estes problemas podem estar relacionados a desgaste das cartilagens que recobrem os ossos nas “juntas” (articulações) gerando atrito entre eles e muita dor. André Vieira Peixoto Davila Aula 02 Biologia e Anatomia humana p/ PC-RJ (Auxiliar de Necropsia) Com videoaulas - AOCP www.estrategiaconcursos.com.br 1447429 14171528771 - ANDREY MOREIRA DE CARVALHO SILVA 8 8 A cartilagem fibrosa é densa, fasciculada (ramificada) e opaca. Contém fibroblastos e condrócitos. Está presente, por exemplo, nos discos intervertebrais. Ela é resistente à degeneração. Apresenta grande quantidade de colágeno. A cartilagem elástica ocorre no pavilhão auricular (orelha). Apresenta muitas fibras de elastina na matriz o que lhe confere a elasticidade. As cartilagens são formadas a partir de células mesenquimais embrionárias. Estas células podem formar fibroblastos ou condroblastos por diferenciação. Este tecido cresce de duas formas: intersticial, ou seja, em meio ao tecido, em especial em cartilagens jovens, com as suas células de dividindo e secretando a matriz, e/ou de forma aposicional, quando há proliferação celular sob o pericôndrio (camada de células que recobre o tecido), próximo da superfície da cartilagem. Ela ocorre em geral em cartilagens mais velhas. 5- OS OSSOS Os ossos são estruturas formadas por tecido conjuntivo ósseo, altamente vascularizado, cuja principal característica é a presença de matriz altamente mineralizada. O osso não é uma estrutura estática como se imagina, ao compará-lo com a estrutura de um edifício ou de uma casa! O osso é uma estrutura dinâmica, que tem a capacidade de se regenerar. Ele está constantemente construindo e consumindo a sua matriz para se adaptar às necessidades do corpo. Os ossos não podem ser vistos ainda como estruturas secas e mortas. Pelo contrário. São estruturas vivas e muito bem irrigadas por vasos sanguíneos. Neste contexto temos a irrigação dos ossos ocorrendo por canais formados na matriz, chamados de canais de Volkman e Canais de Havers, que se organizam perpendicularmente um ao outro, comunicando-se por uma rede de canais menores. André Vieira Peixoto Davila Aula 02 Biologia e Anatomia humana p/ PC-RJ (Auxiliar de Necropsia) Com videoaulas - AOCP www.estrategiaconcursos.com.br 1447429 14171528771 - ANDREY MOREIRA DE CARVALHO SILVA 9 9 Os canais de Haver são, em geral, paralelos a superfície do osso e por ele passam vasos e nervos. Os Canais de Volkman ou canais de perfuração são perpendiculares aos canais de Haver e à superfície do osso. Eles levam nutrientes pelos capilares para os osteons mais internos e para a medula. Curiosidade: Os ossos são uma verdadeira reserva de cálcio do organismo – mais de 90% do cálcio do corpo está nos ossos – o que gera uma massa de quase 2kg de cálcio. Variações de até 30% na quantidade de cálcio, para menos, podem tornar os neurônios superexcitados, gerando convulsões. O cálcio é importante para a contração muscular como veremos a frente. Os ossos podem se apresentar de diversas formas no organismo. Podem ser longos e “duros como marfim” (compactos), ou chatos, podendo apresentar seu interior com cavidades preenchidas por ar (ossos trabeculares). Os ossos compactos apresentam uma cavidade interior chamada de cavidade medular que pode conter medula vermelha produtora de células do sangue ou medula amarela, que serve como reserva de lipídios. Os ossos cancelares ou trabeculares apresentam morfologia semelhante a treliças de tecido. Eles são em geral preenchidos com ar ou medula. Um mesmo tipo de osso pode apresentar partes compactas e partes trabeculares, como veremos. André Vieira Peixoto Davila Aula 02 Biologia e Anatomia humana p/ PC-RJ (Auxiliar de Necropsia) Com videoaulas - AOCP www.estrategiaconcursos.com.br 1447429 14171528771 - ANDREY MOREIRA DE CARVALHO SILVA 10 10 Vejamos abaixo alguns tipos de classificação de ossos de acordo com a forma. Ossos longos - apresentam uma região medular que contém a medula óssea produtora de células do sangue, situada num canal situado em seu interior. Tem comprimento maior do que a largura. São compostos por duas Epífises que consistem de tecido esponjoso ósseo (trabecular), localizadas nas extremidades dos ossos longos; a metáfise que consiste da região entre a diáfise e a epífise; a diáfise consiste na haste alongada situada na região medial do osso, composta por osso compacto (fig2). Exemplos: fêmur, rádio, tíbia, ulna, fíbula, úmero. Ossos curtos - são compactos quando de formatos cúbicos; podem ser formados por tecido ósseo esponjoso ou trabecular no interior e compacto na superfície. Exemplo: ossos do carpo presentes nas mãos, ossos do tarso. Ossos sesamiodes – de tamanho pequeno, são encontrados no interior de tecidosconjuntivos densos. Exemplo: as patelas. Curiosidade: Sesamum é o gênero do gergelim. Estes ossos levam este nome, pois apresentam formato semelhante à semente. Ossos laminares – são finos e achatados, com duas camadas de tecido compacto margeando e cobrindo uma camada de tecido esponjoso entre elas; representam grandes áreas para inserção de músculos. Exemplo: osso frontal do crânio. Ossos irregulares – formas complexas, com prolongamentos e bases como os ossos das vértebras da coluna. Ossos pneumáticos – são ocos, apresentando as cavidades preenchidas com ar e com mucosas. Exemplo: osso esfenoide que forma a porção anterior medial da face. Ossos alongados – são as costelas. De formatos longos e chatos, podem não conter canal medular. Os ossos apresentam marcas secundárias que aparecem com o amadurecimento do corpo. São depressões, protrusões, áreas lisas e rugosidades. Estas marcações têm nomes específicos, por exemplo: pequenos furos nos ossos são chamados forames. É importante conhecer estes termos, pois são muito utilizados no estudo anatômico dos ossos. Verifique abaixo alguns deles. Elevações e projeções ósseas: Processo = projeções; Ramus ou ramo = extensão de osso em determinado ângulo. André Vieira Peixoto Davila Aula 02 Biologia e Anatomia humana p/ PC-RJ (Auxiliar de Necropsia) Com videoaulas - AOCP www.estrategiaconcursos.com.br 1447429 14171528771 - ANDREY MOREIRA DE CARVALHO SILVA 11 11 Aberturas: Sinus = cavidade no interior de osso; forâmen = aberturas (perfurações) redondas por onde passam vasos e/ou nervos; fissura = fenda ou sulco; Canal = ducto. Depressões: sulcus ou fossa. Processos onde há ligação de tendões ou ligamentos: Trocanter = grande projeção; Crista = cume proeminente. Processos onde há articulações: cabeça, faceta, côndilo = processo redondo articular. Figura 2: um esquema de osso longo. Região preenchida por osso trabecular Região preenchida por medula André Vieira Peixoto Davila Aula 02 Biologia e Anatomia humana p/ PC-RJ (Auxiliar de Necropsia) Com videoaulas - AOCP www.estrategiaconcursos.com.br 1447429 14171528771 - ANDREY MOREIRA DE CARVALHO SILVA 12 12 Há partes dos ossos onde não se encontram marcações, sendo observada uma superfície lisa com alguns foramens, em geral nestas partes há inserção de músculos diretamente nos ossos. Diferentemente, os tendões são em geral ligados a regiões rugosas dos ossos. 5.1 Células do tecido ósseo São células especializadas do tecido conjuntivo ósseo: osteoblastos, osteócitos e osteoclastos. Osteoblastos são formados a partir de células tronco mesenquimais, assim como os demais tipos de tecido conjuntivo. São células com características citológicas típicas de células secretoras de proteínas. Eles secretam a matriz do osso. Quando estão embebidos na matriz, eles se tornam osteócitos. Osteócitos estão espalhados na matriz do osso, interligando-se por projeções dendríticas (formadas por dendritos que são prolongamentos do citoplasma em varias direções) formando uma verdadeira rede de células, comunicando-se com elas metabolicamente. Eles não se dividem como os condrócitos das cartilagens. O crescimento dos ossos é aposicional, ou seja, somente ocorre sobre superfície de osso preexistente. Osteócitos presos na matriz não secretam mais matriz, tornam-se inativos. Isso ocorre, pois a matriz é mineralizada e muito rígida. Os corpos celulares dos osteócitos estão em lacunas de onde emergem os dendritos, estes formando canais pequenos chamados de “canaliculis” (ou canalículos). Estes canais são as vias por onde os nutrientes difundem para os osteócitos a partir dos vasos sanguíneos. Os André Vieira Peixoto Davila Aula 02 Biologia e Anatomia humana p/ PC-RJ (Auxiliar de Necropsia) Com videoaulas - AOCP www.estrategiaconcursos.com.br 1447429 14171528771 - ANDREY MOREIRA DE CARVALHO SILVA 13 13 osteócitos mantêm os níveis de proteína e minerais da matriz que os circula. Eles auxiliam na regeneração dos ossos. A morte dos osteócitos leva a reabsorção da matriz pelos osteoclastos. Osteoclastos atuam na remoção de matriz óssea durante o crescimento (processo conhecido como desmineralização), no remodelamento de osteons e da superfície do osso. Osteoblastos e osteoclastos estão constantemente produzindo e retirando matriz óssea, o que torna o osso uma estrutura dinâmica. Cerca de 10% do esqueleto adulto é remodelado por ano. A unidade de organização das células dos ossos é chamada de Osteon ou sistema de Haver (fig3). Consistem de organizações concêntricas de lamelas contendo células ao redor de canais neurovasculares. Os osteons são a unidade básica do osso compacto. Cada osteon apresenta canalículos dos seus osteócitos residentes, por onde ocorre a comunicação metabólica entre as células. Seu diâmetro máximo impede que as células dos ossos não estejam a mais do que 200 micrometros de distância de algum vaso sanguíneo. Figura 3: à esquerda uma micrografia de osso compacto longo com seta indicando um osteon. À direita um esquema de osteon, com seus componentes indicados. Canal de Haver Osteócito canaliculi Osteon André Vieira Peixoto Davila Aula 02 Biologia e Anatomia humana p/ PC-RJ (Auxiliar de Necropsia) Com videoaulas - AOCP www.estrategiaconcursos.com.br 1447429 14171528771 - ANDREY MOREIRA DE CARVALHO SILVA 14 14 Nos ossos trabeculares ou esponjosos não há organização em osteons. A matriz destes ossos se organiza em forma de uma malha de grupos de fibras, chamadas de trabéculas. Na matriz não há vasos. Os nutrientes chegam às células por meio dos canaliculi (ou canalículos) que se abrem na superfície das trabéculas. Entre as trabéculas há preenchimento por medula óssea, esta sim, vascularizada, de onde os nutrientes são retirados. Anatomicamente, podemos observar isto nas epífises de ossos longos, como o fêmur. Em outras localidades, a medula pode conter tecido medular amarelo, um tecido adiposo que serve como reserva energética do corpo. Estes ossos apresentam organização irregular com bastante espaçamento entre as porções de matriz. Os ossos apresentam-se recobertos por camadas de tecido conjuntivo chamadas de periósteo e endósteo. Periósteo é uma camada de tecido conjuntivo fibrocolagenoso denso que recobre o osso, exceto nas cavidades das articulações. Muito ativo na formação dos ossos no desenvolvimento fetal, quando produz muitos osteoblastos. É importante para a recuperação de fraturas. Ele isola o osso dos tecidos que o circulam e serve como uma rota (uma via, uma guia) para o desenvolvimento de nervos e vasos. Endósteo é uma camada celular que recobre a porção interna das cavidades ósseas como os canais de Haver e a cavidade medular, além da superfície das trabéculas. Forma um reservatório de células novas para remodelas e regenerar. A circulação sanguínea nos ossos longos ocorre por vasos que o acessam por perfurações na diáfise (forames), levando os vasos para a região medular, mais interna e central dos ossos. As regiões das extremidades dos ossos longos apresentam mais vasos arteriais do que a diáfise. André Vieira Peixoto Davila Aula 02 Biologia e Anatomia humana p/ PC-RJ (Auxiliar de Necropsia) Com videoaulas - AOCP www.estrategiaconcursos.com.br 1447429 14171528771 - ANDREY MOREIRA DE CARVALHO SILVA 15 15 Os ossos são enervados por neurônios cujos axônios percorrem os canais de Haver. 5.2 A formação dos ossos A formação dos ossos pode ocorrer de duas formas: Endocondral – a partir de uma camada de cartilagem preexistente, nos ossos longos, ocorre de forma centrifuga na região mediana da diáfise. Há entrada de capilares e início da mineralização da matriz. Intramembranar – a partir de uma membrana celular preexistente, a matriz eas células são formadas para baixo, no sentido dos tecidos internos do corpo. Os ossos do crânio se formam assim. Importante: Ossos sofrem desenvolvimento aposicional. Ou seja, células do periósteo mais próximas da superfície do osso secretam matriz e se diferenciam em osteoblastos. Quando elas ficam totalmente envolvidas pela matriz elas se diferenciam em osteócitos. 5.3 Dinamismo ósseo Quais os efeitos de exercícios, hormônios e nutrição sobre os ossos? André Vieira Peixoto Davila Aula 02 Biologia e Anatomia humana p/ PC-RJ (Auxiliar de Necropsia) Com videoaulas - AOCP www.estrategiaconcursos.com.br 1447429 14171528771 - ANDREY MOREIRA DE CARVALHO SILVA 16 16 5.3.1 Exercícios e os ossos. Quanto mais estresse uma região óssea sofre, mais estímulos são gerados para que os osteoblastos migrem para aquela região, secretando mais matriz e aumentando o osso localmente. Esse estresse pode ser gerado pela inserção de músculos. Ou seja, quando praticamos exercício, estamos fortalecendo não só a musculatura, mas também os ossos. 5.3.2 Nutrição e os ossos. Os ossos precisam de cálcio para se mater. Logo, este íon deve estar presente na alimentação, mas não somente. É necessário que o corpo absorva satisfatoriamente o cálcio consumido na dieta. Neste caso, teremos a ação do calcitriol, produzido nos rins a partir de vitamina D3. Lembra-se de onde vem esta vitamina? Ela é produzida pela pele! 5.3.3 Hormônios e os ossos. O hormônio de crescimento, estrógenos e andrógenos e a tiroxina estimulam o crescimento ósseo. 5.3.4 Recuperação óssea – lesões. Quando uma fratura ocorre, imediatamente há sangramento local, gerando um hematoma. Este ocasiona a morte dos osteócitos. Caso ainda haja vasos sanguíneos ativos e o endósteo e periósteo sejam André Vieira Peixoto Davila Aula 02 Biologia e Anatomia humana p/ PC-RJ (Auxiliar de Necropsia) Com videoaulas - AOCP www.estrategiaconcursos.com.br 1447429 14171528771 - ANDREY MOREIRA DE CARVALHO SILVA 17 17 preservados, haverá intensa divisão celular destes tecidos, com células filhas migrando para a região fraturada regenerando o osso. Inicialmente as células secretam cartilagem que isola a região danificada. Osteoblastos substituem a cartilagem por ossos trabeculares, preenchendo e unido as extremidades da fratura. Com o tempo a região danificada será remodelada pelos osteoclastos e pelos osteoblastos. 6 - O ESQUELETO AXIAL O esqueleto do corpo, para fins de estudo, pode ser dividido em axial e em apendicular. O esqueleto axial é representado pela cabeça e ossos do crânio, coluna vertebral e tórax (fig.4). Ele apresenta 80 ossos representando 40% do total de ossos do corpo. Podemos indiretamente associar as seguintes funções a esta divisão do sistema esquelético, quando somados à musculatura ligada a ele: Ajustar a posição da cabeça, pescoço e tronco; permitir a movimentação da respiração; suportar e estabilizar o esqueleto apendicular. André Vieira Peixoto Davila Aula 02 Biologia e Anatomia humana p/ PC-RJ (Auxiliar de Necropsia) Com videoaulas - AOCP www.estrategiaconcursos.com.br 1447429 14171528771 - ANDREY MOREIRA DE CARVALHO SILVA 18 18 Figura 4: em azul, esquema do esqueleto axial. Crânio Coluna vertebral Costelas Esterno Sacro Cóccix André Vieira Peixoto Davila Aula 02 Biologia e Anatomia humana p/ PC-RJ (Auxiliar de Necropsia) Com videoaulas - AOCP www.estrategiaconcursos.com.br 1447429 14171528771 - ANDREY MOREIRA DE CARVALHO SILVA 19 19 6.1 Os ossos da cabeça Consiste essa divisão em 8 ossos do crânio, 14 ossos da face, 6 ossos relacionados a audição (três em cada ouvido – martelo, estribo e bidorna – fig 11) e o um osso hioide. Os oito ossos do crânio formam a cavidade craniana (fig5 a 10). A área interna do crânio apresenta marcações secundárias por onde passam vasos e nervos associados ao cérebro. Na superfície externa temos majoritariamente a inserção de músculos responsáveis pela movimentação da cabeça, dos olhos e da mandíbula, como veremos mais à frente. São os ossos do crânio: occipital, frontal, parietal (duas placas), temporal (duas placas), esfenoide e etmoide. No occipital, em sua base, encontra-se o forame magno, uma grande abertura por onde passa a medula oblongada. O osso etmoide apresenta aberturas por onde passam nervos olfatórios. O esfenoide apresenta aberturas em sua porção superior onde passam nervos ópticos, nervos maxilares e nervos mandibulares. Na base do osso temporal temos aberturas que permitem a passagem de nervos relacionados a audição. Alguns dos ossos do crânio apresentam cavidades cheias de ar, chamadas de sinus ou seios. Eles são encontrados principalmente na região anterior, próximo ao complexo nasal (na região medial dos ossos frontal, etmoide, esfenoide e maxilar), chamados de sinus ou seios paranasais. Eles têm como função: Deixar o osso mais leve; Produzir muco a partir de uma membrana que recobre seu interior para limpar o ar que acessa o corpo; Servir como câmaras de ressonância para a fala; A membrana ciliada que recobre o interior dos seios paranasais tem como função encaminhar muco e partículas por meio do movimento ciliar para a região da garganta onde serão engolidas ou expelidas por meio da tosse. Este tecido mucoso aquece e umidifica o ar e protege as vias respiratórias. André Vieira Peixoto Davila Aula 02 Biologia e Anatomia humana p/ PC-RJ (Auxiliar de Necropsia) Com videoaulas - AOCP www.estrategiaconcursos.com.br 1447429 14171528771 - ANDREY MOREIRA DE CARVALHO SILVA 20 20 O complexo nasal é formado majoritariamente pelos ossos: frontal, etmoide, esfenoide e maxilar. Os ossos da face separam as cavidades nasais da cavidade oral e servem para a inserção de músculos que auxiliam na mastigação, além, obviamente, de proteger as entradas dos tratos digestivo e respiratório. São eles: maxilares, palatinos, nasais, conchas nasais inferiores, zigomáticos, lacrimais, vômer e mandíbula (fig5 a 10). Os ossos do crânio se ligam por tecido conjuntivo fibroso em regiões chamadas suturas. Há quatro suturas que devemos conhecer: sutura escamosa, sutura lambdoide, sutura coronal e sutura sagital. A sutura lambdoide tem esse nome devido a seu formato que se assemelha ao da letra grega lambda. Ela se encontra na porção posterior do crânio, ligando o osso occipital aos dois ossos parietais. A sutura sagital se estende do osso frontal ao occipital, ligando os ossos parietais. A sutura escamosa liga o osso temporal ao osso parietal nas laterais do crânio. A sutura coronal liga os ossos parietais ao frontal, situando-se na região fronto medial do crânio. Sete dos ossos craniais formam os complexos orbitais, onde se encaixam os olhos (fig12). A porção superior da cavidade orbital é composta por parte do osso frontal. O assoalho é composto pelo maxilar e André Vieira Peixoto Davila Aula 02 Biologia e Anatomia humana p/ PC-RJ (Auxiliar de Necropsia) Com videoaulas - AOCP www.estrategiaconcursos.com.br 1447429 14171528771 - ANDREY MOREIRA DE CARVALHO SILVA 21 21 parte do zigomático. A porção posterior é formada por parte do esfenoide. A região medial voltada para o alinhamento nasal é formada pelo lacrimal, palatino e etmoide. Abaixo temos figuras que indicam os nomes dos ossos que foram o crânio. Estude-as com atenção. Figura 5: esquema de crânio humano visto de frente. Os nomes dos ossos são indicados ao lado. Osso frontal Osso nasal Osso parietal Osso temporal Osso esfenoide Osso lacrimal Osso zigomático Osso etmoide Osso maxilar Osso mandibular André Vieira Peixoto Davila Aula 02 Biologia e Anatomia humana p/ PC-RJ (Auxiliar de Necropsia) Com videoaulas - AOCP www.estrategiaconcursos.com.br1447429 14171528771 - ANDREY MOREIRA DE CARVALHO SILVA 22 22 Figura 6: Esquema de crânio visto na lateral esquerda com nomes dos ossos e algumas marcações. Frontal Parietal Occipital Temporal Processo mastoide Meato acústico externo esfenoide Nasal Zigomático Maxilar Mandíbular Arco zigomático Sutura escamosa Sutura coronal Sutura lambdoide André Vieira Peixoto Davila Aula 02 Biologia e Anatomia humana p/ PC-RJ (Auxiliar de Necropsia) Com videoaulas - AOCP www.estrategiaconcursos.com.br 1447429 14171528771 - ANDREY MOREIRA DE CARVALHO SILVA 23 23 Figura 7: a base do crânio. Aqui temos a vista de um crânio cortado horizontalmente. Note a presença de furos nos ossos. Por estes furos passam nervos e vasos sanguíneos. Forame Magno Região onde está o osso esfenoide Região onde está o osso frontal Região onde está o osso etmoide Região onde estão os ossos temporais Região onde está o osso occipital André Vieira Peixoto Davila Aula 02 Biologia e Anatomia humana p/ PC-RJ (Auxiliar de Necropsia) Com videoaulas - AOCP www.estrategiaconcursos.com.br 1447429 14171528771 - ANDREY MOREIRA DE CARVALHO SILVA 24 24 Figura 8: modelo de crânio humano visto de baixo. Atente para os nomes e posições dos ossos. Osso palatino Osso vomer Osso mandibular Osso maxilar Osso frontal Osso zigomático Osso temporal Arco zigomático Osso esfenoide Osso parietal Osso occipital Forame magno Ossos parietais vistos através do forame magno Ossos nasais André Vieira Peixoto Davila Aula 02 Biologia e Anatomia humana p/ PC-RJ (Auxiliar de Necropsia) Com videoaulas - AOCP www.estrategiaconcursos.com.br 1447429 14171528771 - ANDREY MOREIRA DE CARVALHO SILVA 25 25 Figura 9: modelo de crânio humano visto de trás. Atente para os nomes e posições dos ossos. Osso parietal esquerdo Osso parietal direito Sutura sagital Sutura lambdoide Osso occipital Sutura escamosa Osso temporal direito Osso temporal esquerdo Processo estiloide Processo mastoide Mandíbula André Vieira Peixoto Davila Aula 02 Biologia e Anatomia humana p/ PC-RJ (Auxiliar de Necropsia) Com videoaulas - AOCP www.estrategiaconcursos.com.br 1447429 14171528771 - ANDREY MOREIRA DE CARVALHO SILVA 26 26 Figura 10: modelo de crânio visto de cima. Atente para os nomes e posições dos ossos e suturas. Osso frontal Ossos nasais Sutura coronal Osso parietal Sutura sagital Sutura lambdoide Osso occipital André Vieira Peixoto Davila Aula 02 Biologia e Anatomia humana p/ PC-RJ (Auxiliar de Necropsia) Com videoaulas - AOCP www.estrategiaconcursos.com.br 1447429 14171528771 - ANDREY MOREIRA DE CARVALHO SILVA 27 27 Figura 11: ossos do ouvido interno. Figura 12: Esquema mostra ossos que foram o complexo orbital dos olhos. Martelo Bigorna Estribo Osso frontal Osso zigomático Osso esfenoide Osso maxilar Osso etmoide Osso lacrimal Entalhe supraorbital Osso palatino André Vieira Peixoto Davila Aula 02 Biologia e Anatomia humana p/ PC-RJ (Auxiliar de Necropsia) Com videoaulas - AOCP www.estrategiaconcursos.com.br 1447429 14171528771 - ANDREY MOREIRA DE CARVALHO SILVA 28 28 Um osso curvado em forma de ferradura encontra-se na porção anterior do pescoço, chamado osso hioide. Ele não se articula com o esqueleto, sendo suportado somente por músculos do pescoço. Nele se ligam músculos da laringe e da faringe. Ele suporta alguns músculos que sustentam a língua. 6.2 A coluna vertebral A coluna vertebral é formada por 24 vértebras, pelo sacro e pelo cóccix (fig.13). Tem como função suportar o peso da cabeça e pescoço, além de servir de base para o esqueleto apendicular. Figura 13: a coluna vertebral El secção transversal, vista à direita. Note a curvatura que ela apresenta e os tamanhos diferentes das vértebras. André Vieira Peixoto Davila Aula 02 Biologia e Anatomia humana p/ PC-RJ (Auxiliar de Necropsia) Com videoaulas - AOCP www.estrategiaconcursos.com.br 1447429 14171528771 - ANDREY MOREIRA DE CARVALHO SILVA 29 29 A coluna apresenta quatro curvas espinhais (no sentido crânio caudal): cervical, torácica, lombar e sacral. As curvas torácica e sacral são chamadas de curvas primárias, pois aparecem no inicio do desenvolvimento humano. As curvas lombar e cervical aparecem mais tarde no desenvolvimento, sendo denominadas curvas secundárias. Eles aparecem permitindo o desenvolvimento da postura ereta do corpo. O peso do corpo ao adotar a postura ereta, se distribui na cintura pélvica e nas pernas através da coluna vertebral. Esta é a função básica das suas curvaturas. Equilibrar o peso do corpo que é majoritariamente anterior à coluna. Atenção! Função das curvaturas da coluna: Equilibrar o peso do corpo. Anomalias podem alterar os ossos, músculos e tendões que mantém o desenvolvimento da coluna, gerando curvas adicionais ou exageros nas curvaturas normais. As seguintes condições podem ocorrer: Cifose: consiste no aumento da curvatura da região torácica, projetando a região dorsal para trás e o tórax para frente, formando o que chamamos de corcunda. Lordose: consiste num aumento anterior da curvatura lombar, projetando o abdômen e as nádegas para trás. André Vieira Peixoto Davila Aula 02 Biologia e Anatomia humana p/ PC-RJ (Auxiliar de Necropsia) Com videoaulas - AOCP www.estrategiaconcursos.com.br 1447429 14171528771 - ANDREY MOREIRA DE CARVALHO SILVA 30 30 Escoliose: é uma lateralização da coluna em uma ou mais vértebras, podendo atingir qualquer região. 6.2.1 As vértebras. A coluna é formada por ossos irregulares chamados vértebras (fig14). Cada vértebra pode ser dividida em três partes: o corpo vertebral, o arco vertebral e os processos articulares. As vértebras são interligadas por ligamentos e separadas entre si por discos de fibrocartilagem. O corpo vertebral estabelece a base sobre a qual será distribuído o peso do corpo. O arco vertebral apresenta um furo central chamado de forame vertebral, que alinhado às demais vértebras que formam a coluna geram um canal por onde passa a medula espinhal. Nas laterais dos arcos encontram-se os processos transversais que se projetam dorsolateralmente (lembre-se que processos são nomes dados a projeções ósseas). Eles são locais de ligação de músculos e articulação com as costelas. Os processos articulares se projetam para cima e para baixo da vértebra, formando o processo superior e o inferior. Eles se articulam com as vértebras adjacentes. A organização estrutural das vértebras forma uma abertura chamada forame intervertebral por onde passam nervos que são originados ou que terminam na medula espinhal. André Vieira Peixoto Davila Aula 02 Biologia e Anatomia humana p/ PC-RJ (Auxiliar de Necropsia) Com videoaulas - AOCP www.estrategiaconcursos.com.br 1447429 14171528771 - ANDREY MOREIRA DE CARVALHO SILVA 31 31 Figura 14: esquema de uma vértebra da coluna. 6.2.2 As divisões da coluna vertebral. A coluna se divide em cinco regiões vertebrais: cervical, torácica, lombar, sacral e coccígea. As vértebras de cada região apresentam características distintas (fig 15). A transição entre estas regiões não ocorre abruptamente, mas sim de forma gradual, de modo que a ultima vértebra de cada região é semelhante morfologicamente à primeira vértebra da região subsequente. Há sete vértebras que formam a região cervical, doze que formam a região torácica, cinco que formam a região lombar. Por convenção elas são nomeadas com uma letra maiúscula que representa a Processo espinhoso Forame transverso Processo transversal Corpo vertebral Forame vertebral Arco vertebral André Vieira Peixoto Davila Aula 02 Biologia e Anatomiahumana p/ PC-RJ (Auxiliar de Necropsia) Com videoaulas - AOCP www.estrategiaconcursos.com.br 1447429 14171528771 - ANDREY MOREIRA DE CARVALHO SILVA 32 32 primeira letra do nome da região da coluna onde está, seguida de um número que é dado sequencialmente no sentido crânio caudal (da cabeça para os pés). Ou seja, a vértebra C1 se encontra na região cervical, na primeira posição, logo abaixo do crânio, a vértebra T6 se encontra na sexta posição ou no meio da região torácica. O sacro consiste de cinco vértebras fundidas que no inicio do desenvolvimento se encontram separadas, estando complemente unidas entre os 25-30 anos de idade. O cóccix é formado por três a cinco vértebras cuja porção distal se funde quando o indivíduo chega próximo à idade da puberdade. Figura 15: exemplos de vértebras da região cervical, torácica e lombar. Note as diferenças entre as vértebras. Fonte Frederik, 2015. CERVICAL TORÁCICA LOMBAR André Vieira Peixoto Davila Aula 02 Biologia e Anatomia humana p/ PC-RJ (Auxiliar de Necropsia) Com videoaulas - AOCP www.estrategiaconcursos.com.br 1447429 14171528771 - ANDREY MOREIRA DE CARVALHO SILVA 33 33 6.2.2.1 Vértebras cervicais. São as menores da coluna (fig16). O seu corpo vertebral é pequeno se comparado com as demais vértebras já que a região cervical sustenta somente o peso da cabeça. O forame vertebral é relativamente grande, já que a medula espinhal é bastante calibrosa (de grande diâmetro) nesta região, onde contém grande parte dos axônios de neurônios que se conectam com o cérebro. Estas vértebras apresentam fusão dos processos costais e transversos, formando uma foramina transversa (uma abertura) por onde passam vasos arteriais e venosos que servem o cérebro. O processo espinhoso (uma projeção óssea para a porção posterior do corpo) apresenta a ponta bifurcada. É importante notar que algumas vértebras cervicais apresentam nomenclatura própria: a vértebra C1 é chamada de Atlas. Ela não apresenta corpo vertebral ou processo espinhoso e apresenta um grande e circular forame vertebral. Ela se articula com o côndilo occipital do crânio o que permite a movimentação da cabeça para cima e para baixo, gerando o movimento de concordar com a cabeça (fazer “sim”). Ela também articula com a segunda vértebra C2 chamada de Axis. A Axis articula com a Atlas, permitindo a movimentação rotacional da cabeça. O corpo vertebral da Atlas e da Axis se fundem com o desenvolvimento do indivíduo, formando um processo chamado de “Dens” que as conecta por meio de um ligamento transverso. A última vértebra da cervical, a C7 é chamada de vértebra proeminente ou vértebra prominens. Ela apresenta um prolongamento do processo espinhoso que pode ser sentido ao tato na base posterior do pescoço. Um ligamento resistente chamado de ligamento nucal se estende desta vértebra até a crista occipital do crânio. Este ligamento auxilia na estabilização da cabeça. André Vieira Peixoto Davila Aula 02 Biologia e Anatomia humana p/ PC-RJ (Auxiliar de Necropsia) Com videoaulas - AOCP www.estrategiaconcursos.com.br 1447429 14171528771 - ANDREY MOREIRA DE CARVALHO SILVA 34 34 Figura 16: esquema de esqueleto humano. Em vermelho as sete vértebras cervicais. Repare no tamanho do processo espinhoso da C7. André Vieira Peixoto Davila Aula 02 Biologia e Anatomia humana p/ PC-RJ (Auxiliar de Necropsia) Com videoaulas - AOCP www.estrategiaconcursos.com.br 1447429 14171528771 - ANDREY MOREIRA DE CARVALHO SILVA 35 35 6.2.2.2 Vértebras torácicas. Apresentam o corpo vertebral com formato próximo ao de um coração, sendo bastante maciças (fig17 e 18). A sua região inferior, próximo à lombar, em geral suporta grandes pesos. Devido a isso, as últimas vértebras torácicas se assemelham bastante com as primeiras vértebras lombares. Em casos de quedas, essa região é em geral bastante castigada. Cada vértebra torácica se articula com a cabeça de uma costela em sua porção dorsolateral em regiões chamadas de facetas costais (fig19). As vértebras T1 a T8 articulam dois pares de costelas, enquanto vértebras T9 a T12 tem somente uma faceta costal de cada lado, articulando com um par de costelas. André Vieira Peixoto Davila Aula 02 Biologia e Anatomia humana p/ PC-RJ (Auxiliar de Necropsia) Com videoaulas - AOCP www.estrategiaconcursos.com.br 1447429 14171528771 - ANDREY MOREIRA DE CARVALHO SILVA 36 36 Figura 17: As 12 vértebras torácicas em vermelho, vistas de trás. Repare que os processos espinhosos apontam para baixo. André Vieira Peixoto Davila Aula 02 Biologia e Anatomia humana p/ PC-RJ (Auxiliar de Necropsia) Com videoaulas - AOCP www.estrategiaconcursos.com.br 1447429 14171528771 - ANDREY MOREIRA DE CARVALHO SILVA 37 37 Figura 18: As 12 vértebras torácicas em vermelho, vistas de frente, atrás da costela. André Vieira Peixoto Davila Aula 02 Biologia e Anatomia humana p/ PC-RJ (Auxiliar de Necropsia) Com videoaulas - AOCP www.estrategiaconcursos.com.br 1447429 14171528771 - ANDREY MOREIRA DE CARVALHO SILVA 38 38 Figura 19: Esquema mostrando disposição das vértebras torácicas. André Vieira Peixoto Davila Aula 02 Biologia e Anatomia humana p/ PC-RJ (Auxiliar de Necropsia) Com videoaulas - AOCP www.estrategiaconcursos.com.br 1447429 14171528771 - ANDREY MOREIRA DE CARVALHO SILVA 39 39 6.2.2.3 Vértebras lombares. São as maiores do corpo e apresentam corpo vertebral ovalar (fig20). Apresentam o forame em formato triangular. O processo articular superior aponta para a região medial do corpo e o inferior aponta para baixo e para as laterais. Elas apresentam um processo espinhoso maciço para ligação de músculos da região lombar (fig21). Essa região suporta o maior peso do corpo em relação ao restante da coluna. Figura 20: em vermelho as vértebras lombares. André Vieira Peixoto Davila Aula 02 Biologia e Anatomia humana p/ PC-RJ (Auxiliar de Necropsia) Com videoaulas - AOCP www.estrategiaconcursos.com.br 1447429 14171528771 - ANDREY MOREIRA DE CARVALHO SILVA 40 40 Figura 21: modelos das cinco vértebras torácicas, em diferentes vistas. Repare nos largos e maciços processos espinhosos e no tamanho alargado do corpo vertebral. André Vieira Peixoto Davila Aula 02 Biologia e Anatomia humana p/ PC-RJ (Auxiliar de Necropsia) Com videoaulas - AOCP www.estrategiaconcursos.com.br 1447429 14171528771 - ANDREY MOREIRA DE CARVALHO SILVA 41 41 6.2.2.4 Vértebras do sacro. O sacro consiste de cinco vértebras fundidas (fig22). Ele protege os órgãos reprodutivos, urinários e digestivos e se liga aos ossos da cintura pélvica. A curva do sacro é mais pronunciada em homens do que em mulheres. O sacro apresenta cristas na sua superfície dorsal onde se inserem músculos que estabilizam os quadris. Nele encontram-se oito foramens formados pela fusão das vértebras (fig23). Uma proeminência presente na porção anterior da base do sacro chamada de promontório sacral é importante marca para mulheres durante exames pélvicos e trabalho de parto. A região mais afilada e inferior do sacro é chamada de apêndice e se articula com o cóccix. Figura 22: o sacro visto na pélvis. Sacro André Vieira Peixoto Davila Aula 02 Biologia e Anatomia humana p/ PC-RJ (Auxiliar de Necropsia) Com videoaulas - AOCP www.estrategiaconcursos.com.br 1447429 14171528771 - ANDREY MOREIRA DE CARVALHO SILVA 42 42 6.2.2.5 Vértebras do cóccix. O Cóccix consiste em geral de quatro vértebras fundidas que são região de ligação de músculos que constringem a abertura anal (fig23). Elas se fundem no decorrer do desenvolvimento. Em idosos, o cóccix pode se fundir ao sacro. Figura 23: modelo do sacro e do cóccix(em vermelho). Note os forames formados nas laterais do sacro. André Vieira Peixoto Davila Aula 02 Biologia e Anatomia humana p/ PC-RJ (Auxiliar de Necropsia) Com videoaulas - AOCP www.estrategiaconcursos.com.br 1447429 14171528771 - ANDREY MOREIRA DE CARVALHO SILVA 43 43 6.3 As costelas As costelas formam, em conjunto com o esterno, uma gaiola óssea que protege o coração, os pulmões, o timo e demais estruturas corporais que se encontram no interior da cavidade torácica (fig24 e 25). Nosso corpo tem vinte e quatro costelas, organizadas em doze pares laterais, classificadas como: Costelas verdadeiras ou vertebroesternais: se projetam anteriormente até o esterno onde se ligam por cartilagens costais, consistindo das primeiras sete costelas; Costelas falsas: as costelas 8 a 10 chamadas de vertebrocondrais se ligam a cartilagem costal da costela 7; as costelas 11 e 12 que não se ligam ao esterno, sendo chamadas de costelas flutuantes (sendo também conhecidas como costelas vertebrais por se ligarem somente às vértebras da coluna). As costelas são ossos chatos e curvados, que apresentam na porção que articula com a coluna uma região chamada de cabeça, que se liga a uma região chamada tubérculo por meio de um pescoço. A cabeça e o tubérculo articulam com as vértebras da região torácica da coluna. As costelas apresentam-se de tal forma que possibilita movimentação gerada pelos músculos intercostais que nelas se ligam, o que gera parte da pressão necessária para que o ocorra a respiração. André Vieira Peixoto Davila Aula 02 Biologia e Anatomia humana p/ PC-RJ (Auxiliar de Necropsia) Com videoaulas - AOCP www.estrategiaconcursos.com.br 1447429 14171528771 - ANDREY MOREIRA DE CARVALHO SILVA 44 44 6.4 O esterno O esterno consiste de três placas ósseas achatadas que se formam na porção anterior do tronco, onde se ligam às costelas 1 a 10 (fig24 e 25). O manúbrio consiste de um osso de formato triangular situado na porção superior do esterno (em direção cranial), articulando-se com as clavículas e com as primeiras costelas. O corpo do esterno consiste de um osso chato e alongado, semelhante a uma língua, onde se ligam por cartilagens as costelas 2 a 7. Consiste no maior osso do esterno situado na sua porção media. O processo xifoide situa-se na porção inferior do corpo do esterno. Ele consiste de um pequeno osso onde se ligam o diafragma e o músculo reto abdominal. O esterno somente se ossifica completamente depois dos 25 anos de idade. Até essa idade ele consiste basicamente de osso e cartilagem. André Vieira Peixoto Davila Aula 02 Biologia e Anatomia humana p/ PC-RJ (Auxiliar de Necropsia) Com videoaulas - AOCP www.estrategiaconcursos.com.br 1447429 14171528771 - ANDREY MOREIRA DE CARVALHO SILVA 45 45 Figura 24: a gaiola torácica vista de frente. Apontados os ossos que a compõe. Costela 1 Costela 7 Costela 10 Costela 11 Costela 12 Processo xifoide Manúbrio Corpo do esterno Cartilagens costais André Vieira Peixoto Davila Aula 02 Biologia e Anatomia humana p/ PC-RJ (Auxiliar de Necropsia) Com videoaulas - AOCP www.estrategiaconcursos.com.br 1447429 14171528771 - ANDREY MOREIRA DE CARVALHO SILVA 46 46 Figura 25: As costelas vistas pelo lado direito do corpo. Costela 1 Costela 12 Esterno André Vieira Peixoto Davila Aula 02 Biologia e Anatomia humana p/ PC-RJ (Auxiliar de Necropsia) Com videoaulas - AOCP www.estrategiaconcursos.com.br 1447429 14171528771 - ANDREY MOREIRA DE CARVALHO SILVA 47 47 7 - O ESQUELETO APENDICULAR O esqueleto apendicular (fig26) é bastante familiar para nós. Ele permite a exploração do ambiente que nos cerca pelos movimentos que habilita. Consiste da cintura escapular, cintura pélvica e dos membros inferiores e superiores. Vamos estudar cada parte deste esqueleto separadamente. 7.1 A cintura escapular ou cintura peitoral. A cintura escapular é formada por um par de ossos em forma de “S” chamados de clavículas e por um par de ossos achatados chamados de escapulas. Cada membro superior forma uma articulação com a cintura escapular (fig27). Importante saber que a única ligação entre a cintura escapular e o esqueleto axial se dá na articulação que ocorre entre as clavículas e o manúbrio, na porção medial anterior do tronco, chamada de articulação esternoclavicular. A cintura escapular é sustentada por músculos, o que lhe confere muita mobilidade, mas pouca força. Aliás, esta relação “força VS mobilidade” é interessante, veremos mais adiante que quanto maior a mobilidade permitida por uma articulação, menor a força e estabilidade dela e, portanto, mais músculos são necessários para firma-la. A clavícula apresenta-se em forma de S, sendo articulada em uma extremidade com o esterno e na outra com uma região da escapula chamada acrômio. André Vieira Peixoto Davila Aula 02 Biologia e Anatomia humana p/ PC-RJ (Auxiliar de Necropsia) Com videoaulas - AOCP www.estrategiaconcursos.com.br 1447429 14171528771 - ANDREY MOREIRA DE CARVALHO SILVA 48 48 Figura 26: esquema em azul mostrando os ossos que formam o esqueleto apendicular. Clavícula Úmero Rádio Ulna Metacarpos Carpos Escápula Pelve Falanges Fêmur Tíbia Fíbula Tarsos Metatarsos Falanges Patela André Vieira Peixoto Davila Aula 02 Biologia e Anatomia humana p/ PC-RJ (Auxiliar de Necropsia) Com videoaulas - AOCP www.estrategiaconcursos.com.br 1447429 14171528771 - ANDREY MOREIRA DE CARVALHO SILVA 49 49 A escápula é um osso chato em formato de triangulo situado na região posterior e superior do tronco. Ela apresenta um processo (uma projeção) na sua porção lateral superior voltada para os braços, onde se encontra uma cavidade chamada de cavidade glenóide. Nesta cavidade, forma-se a articulação glenohumeral, que liga o úmero, osso do braço, à cintura escapular. A escápula apresenta cristas laterais onde se ligam músculos. O processo ao qual nos referimos anteriormente se divide em duas protuberâncias, sendo uma o acrômio, que formara a articulação acromioclavicular que já estudamos e a outra chamada de processo coracóide. Ambos estes processos se ligam a tendões e ligamentos associados à articulação do ombro. André Vieira Peixoto Davila Aula 02 Biologia e Anatomia humana p/ PC-RJ (Auxiliar de Necropsia) Com videoaulas - AOCP www.estrategiaconcursos.com.br 1447429 14171528771 - ANDREY MOREIRA DE CARVALHO SILVA 50 50 Figura 27: esquema mostrando posição da clavícula e da escápula, com suas marcações. Visão anterior Clavícula Escápula Acrômio Processo coracoide Cavidade Glenoide Articulação esternoclavicular Articulação acromioclavicular André Vieira Peixoto Davila Aula 02 Biologia e Anatomia humana p/ PC-RJ (Auxiliar de Necropsia) Com videoaulas - AOCP www.estrategiaconcursos.com.br 1447429 14171528771 - ANDREY MOREIRA DE CARVALHO SILVA 51 51 7.2 Os membros superiores – braços, antebraços e mãos. Os membros superiores consistem do braço, antebraço, pulsos e mãos. Veja que anatomicamente, nos referimos ao braço somente como a porção proximal do membro superior. O Úmero (fig28) é o único osso do braço. Em sua porção proximal, ele apresenta uma cabeça que se articula com a escapula. Imediatamente abaixo da cabeça há uma depressão chamada de pescoço anatômico que marca a região onde acaba a capsula que forma a articulação do ombro. Há ainda dois tubérculos chamados de tubérculo maior e tubérculo menor, os quais estabilizam o ombro por meio da ligação de músculos. Entre eles há um sulco chamado de sulco intertuberular por onde passa um grande tendão. Na lateral da haste do úmero, encontra-se uma elevação chamada de tuberosidadedeltoide, onde se liga o músculo deltoide. Este elevação termina na face posterior do úmero onde há um sulco por onde corre o nervo radial, importante para capacidade sensorial e motora do músculo que endireita o ombro. Na porção distal do osso, encontram-se dois processos chamados de epicôndilos, que se projetam próximo da articulação. O nervo ulnar atravessa um destes epicôndilos. O Úmero articula com o Rádio e a Ulna em uma região chamada de côndilo. André Vieira Peixoto Davila Aula 02 Biologia e Anatomia humana p/ PC-RJ (Auxiliar de Necropsia) Com videoaulas - AOCP www.estrategiaconcursos.com.br 1447429 14171528771 - ANDREY MOREIRA DE CARVALHO SILVA 52 52 Figura 28: o úmero representado em esquema, mostrando suas marcações. Tuberosidade deltoide Tubérculo menor Cabeça do úmero Fossa oleacrana Epicôndilo lateral Epicôndilo medial tróclea Pescoço anatômico André Vieira Peixoto Davila Aula 02 Biologia e Anatomia humana p/ PC-RJ (Auxiliar de Necropsia) Com videoaulas - AOCP www.estrategiaconcursos.com.br 1447429 14171528771 - ANDREY MOREIRA DE CARVALHO SILVA 53 53 A Ulna consiste do osso situado na porção medial em relação ao corpo em posição anatômica. Na articulação com o úmero ela apresenta um processo chamado olecrano, que consiste na ponta do cotovelo (o olecrano é sempre castigado quando batemos o cotovelo!). Nesta região do osso, em sua superfície anterior, encontra-se o entalhe troclear, que se articula com a tróclea do úmero. Na região distal da ulna, encontra-se a sua cabeça e um prolongamento chamado de processo estiloide. Este tipo de prolongamento também ocorre no rádio (outro osso longo que forma o antebraço). Ele marca uma região onde há uma cartilagem de formato triangular que separa a cabeça da ulna dos ossos do pulso. Uma camada fibrosa chamada de membrana interóssea conecta a ulna ao rádio lateralmente. O rádio encontra-se lateralmente em relação à ulna. A cabeça do rádio articula com o úmero. Nesta região encontra-se uma tuberosidade no rádio onde se liga o bíceps, músculo que move o cotovelo, como veremos à frente. Na sua porção distal encontra-se o entalhe ulnar onde ocorre a articulação com a ulna (fig29 e 30). André Vieira Peixoto Davila Aula 02 Biologia e Anatomia humana p/ PC-RJ (Auxiliar de Necropsia) Com videoaulas - AOCP www.estrategiaconcursos.com.br 1447429 14171528771 - ANDREY MOREIRA DE CARVALHO SILVA 54 54 Figura 29: o rádio e a ulna. Algumas marcações importantes são mostradas. Ulna Radio Olecrano e entalhe troclear Processo coronoide Tuberosidade Ulnar Cabeça da Ulna, região do processo estiloide Cabeça do Radio Tuberosidade radial Processo estiloide do radio André Vieira Peixoto Davila Aula 02 Biologia e Anatomia humana p/ PC-RJ (Auxiliar de Necropsia) Com videoaulas - AOCP www.estrategiaconcursos.com.br 1447429 14171528771 - ANDREY MOREIRA DE CARVALHO SILVA 55 55 Figura 30: articulação e organização dos ossos do braço e antebraço. ulna radio Úmero André Vieira Peixoto Davila Aula 02 Biologia e Anatomia humana p/ PC-RJ (Auxiliar de Necropsia) Com videoaulas - AOCP www.estrategiaconcursos.com.br 1447429 14171528771 - ANDREY MOREIRA DE CARVALHO SILVA 56 56 7.3 Ossos do carpo Consistem de oito ossos arranjados em duas linhas que contém quatro ossos cada (fig31). Na linha proximal, próxima da articulação com a ulna e o rádio teremos: osso escafoide, osso semilunar ou lunato, osso triquetum ou piramidal e osso pisiforme. Os três primeiros formam articulação com o radio e com a ulna. Na linha distal, mais afastada da articulação com o antebraço, teremos os ossos: trapézio, trapezoide, capitato e hamato. O capitato é o maior osso do carpo. O trapézio e o trapezoide articulam com o escafoide. André Vieira Peixoto Davila Aula 02 Biologia e Anatomia humana p/ PC-RJ (Auxiliar de Necropsia) Com videoaulas - AOCP www.estrategiaconcursos.com.br 1447429 14171528771 - ANDREY MOREIRA DE CARVALHO SILVA 57 57 Figura 31: em diferentes cores, modelo representa os ossos do carpo. 7.4 Ossos do metacarpo e das falanges Cinco ossos articulam com os ossos distais do carpo (fig32). Eles são nomeados com números romanos, iniciando a contagem a partir do dedo polegar. Os ossos do metacarpo se articulam com os ossos dos dedos. Temos 14 ossos nos dedos chamados de falanges e que são nomeadas de acordo com a distância do corpo, assim teremos falanges proximais, medias e distais (lembre-se na aula passada que estudamos os escafoide hamato capitato trapezoide trapézio lunato piramidal pisiforme André Vieira Peixoto Davila Aula 02 Biologia e Anatomia humana p/ PC-RJ (Auxiliar de Necropsia) Com videoaulas - AOCP www.estrategiaconcursos.com.br 1447429 14171528771 - ANDREY MOREIRA DE CARVALHO SILVA 58 58 termos anatômicos – proximal: próximo ao centro do corpo; distal: distante do centro do corpo ou do membro). Apenas o dedo polegar apresenta somente duas falanges: a distal e a proximal. Figura 32: esquema mostrando os ossos da mão esquerda, vistos de frente. Em vermelho, os metacarpos. 7.5 A cintura pélvica A cintura pélvica consiste de dois ossos chamados de ossos pélvicos ou ossos do quadril. Cada osso é formado pela fusão de três ossos: ílio, ísquio e púbis (fig33 a 35). Falange proximal Falange distal Falange distal Falange medial Falange proximal metacarpo carpos ulna radio André Vieira Peixoto Davila Aula 02 Biologia e Anatomia humana p/ PC-RJ (Auxiliar de Necropsia) Com videoaulas - AOCP www.estrategiaconcursos.com.br 1447429 14171528771 - ANDREY MOREIRA DE CARVALHO SILVA 59 59 O ílio apresenta uma articulação que liga o esqueleto axial à cintura pélvica. Uma tira de fibrocartilagem une os ossos da cintura pélvica na porção anterior medial do corpo, formando uma articulação chamada de sínfise púbica. Cada osso do quadril apresenta em sua lateral um acetábulo que é a região onde ocorre a articulação com a cabeça do fêmur. Nesta região ocorre o encontro dos três ossos que formam cada osso da cintura pélvica. Acima do acetábulo temos um osso largo de superfície curvada, o Ílio. Ele serve como superfície de ligação de tendões ligamentos e músculos. O ílio apresenta cristas e entalhes por onde passam nervos e onde se ligam músculos como o glúteo e o nervo ciático, este último, passando através de uma região chamada o grande entalhe ciático. O ísquio forma a porção posterior e inferior do osso. Quando nos sentamos, nos apoiamos em uma região dele chamada de tuberosidade isquial. O osso púbico (púbis) se encontra com o osso ísquio por meio de prolongamentos ou “ramus”, que formam uma abertura chamada de forame obturador. Esta abertura é coberta por tecido conjuntivo que serve de base para músculos do quadril. O ílio apresenta uma crista superior e uma crista em sua porção mediana que se desenvolve de cima para baixo e de trás para frente em relação à pélvis em direção ao osso púbis. Entre estas marcas encontra- se uma cavidade chamada de fossa ilíaca, cujo formato auxilia no suporte de órgãos do abdômen. A pélvis (ou pelve) completa é formada pelos ossos do quadril, unidos ao sacro e ao cóccix. Estes ossos se ligam por uma grande rede de ligamentos que conectam as laterais do sacro à crista ilíaca, à tuberosidade isquial, à espinha esquial e à linha do arcute. Outros ligamentos conectam o ílio à região posterior de vértebras da lombar. A pelve verdadeira consiste no espaço formado entre os ossos ísquio, púbis e sacro. Ela é delimitada superiormente pela linha de arcute, estendendo-se inferiormente até o cóccix. A região compreendida entre os ílios é chamada de falsa pélvis. A cavidade pélvica do abdômen (que vimos na aula anterior) é formadaAndré Vieira Peixoto Davila Aula 02 Biologia e Anatomia humana p/ PC-RJ (Auxiliar de Necropsia) Com videoaulas - AOCP www.estrategiaconcursos.com.br 1447429 14171528771 - ANDREY MOREIRA DE CARVALHO SILVA 60 60 pela verdadeira pélvis. A superfície que é limitada pelas bordas inferiores da pélvis se chama períneo, onde encontramos músculos que suportam os órgãos da cavidade pélvica (verdadeira pélvis). A pélvis dos homens é levemente diferente da das mulheres. A pélvis feminina em geral é mais leve e apresenta menos marcações (para inserção de músculos) do que a pélvis masculina. Ademais a pélvis feminina reage ao hormônio relaxina que é produzido na gravidez e que solta a sínfise púbica, e os ligamentos sacroiliacos, permitindo aumento da cavidade pélvica. Outra diferença é que o ângulo do púbis (ou arco púbico) é maior nas mulheres, podendo apresentar mais do que 100° de abertura, diferente dos homens nos quais não passa de 90°. André Vieira Peixoto Davila Aula 02 Biologia e Anatomia humana p/ PC-RJ (Auxiliar de Necropsia) Com videoaulas - AOCP www.estrategiaconcursos.com.br 1447429 14171528771 - ANDREY MOREIRA DE CARVALHO SILVA 61 61 Figura 33: ossos da pélvis. Ossos do quadril ílio púbis ísquio cóccix sacro Vista posterior Vista anterior sacro púbis ísquio Sínfise púbica ílio André Vieira Peixoto Davila Aula 02 Biologia e Anatomia humana p/ PC-RJ (Auxiliar de Necropsia) Com videoaulas - AOCP www.estrategiaconcursos.com.br 1447429 14171528771 - ANDREY MOREIRA DE CARVALHO SILVA 62 62 Figura 34: os ossos da pelve. Figura 35: esquema mostra o quadril completo. acetábulo ílio púbis ísquio André Vieira Peixoto Davila Aula 02 Biologia e Anatomia humana p/ PC-RJ (Auxiliar de Necropsia) Com videoaulas - AOCP www.estrategiaconcursos.com.br 1447429 14171528771 - ANDREY MOREIRA DE CARVALHO SILVA ==161605== 63 63 7.6 Os membros inferiores O esqueleto de cada membro inferior consiste dos seguintes ossos: fêmur, patela, tíbia, fíbula, ossos do tarso, metatarso e falanges dos pés. Anatomicamente, lembre-se de que o termo perna se refere somente a porção inferior do membro. A porção superior (proximal), chamamos de coxa. Os membros inferiores suportam todo o peso do corpo e o estabilizam na posição bípede. O fêmur é o maior e mais pesado osso do corpo. Apresenta uma região chamada de cabeça, que se articula com o quadril no acetábulo. Nesta região temos duas projeções chamadas de trocanters onde se ligam tendões. Entre os trocanters há uma região chamada de linha entretrocantérica que marca o limite da capsula articular do fêmur com o quadril. O fêmur apresenta cristas e regiões na haste onde se prendem músculos da coxa. Há projeções na sua extremidade distal chamadas de epicôndilos que se formam a partir de projeções das referidas cristas. Os epicôndilos se opõem a côndilos que são projeções da extremidade distal do fêmur. Nesta região entre os côndilos, encontra-se a superfície patelar, onde estará inserida a patela. André Vieira Peixoto Davila Aula 02 Biologia e Anatomia humana p/ PC-RJ (Auxiliar de Necropsia) Com videoaulas - AOCP www.estrategiaconcursos.com.br 1447429 14171528771 - ANDREY MOREIRA DE CARVALHO SILVA 64 64 Fêmur Patela Fíbula Tíbia André Vieira Peixoto Davila Aula 02 Biologia e Anatomia humana p/ PC-RJ (Auxiliar de Necropsia) Com videoaulas - AOCP www.estrategiaconcursos.com.br 1447429 14171528771 - ANDREY MOREIRA DE CARVALHO SILVA 65 65 Figura 36: esqueleto do membro inferior. Figura 37: articulação do fêmur no acetábulo do quadril. Pelve Sacro e cóccix Acetábulo Cabeça do fêmur Pescoço do fêmur André Vieira Peixoto Davila Aula 02 Biologia e Anatomia humana p/ PC-RJ (Auxiliar de Necropsia) Com videoaulas - AOCP www.estrategiaconcursos.com.br 1447429 14171528771 - ANDREY MOREIRA DE CARVALHO SILVA 66 66 Figura 38: em vermelho, fêmur em vista posterior (esq) e anterior (dir). A patela é um grande osso sesamoide (relembre acima, quando classificamos os ossos de acordo com seus formatos) que se desenvolve no interior do tendão do quadríceps, músculo cuja contração estica o joelho. Ele apresenta na porção anterior e inferior uma região rugosa onde se conecta o ligamento patelar. A região posterior da patela apresenta duas concavidades onde se encaixam o côndilo lateral e medial do fêmur. Trocanter maior Trocanter menor André Vieira Peixoto Davila Aula 02 Biologia e Anatomia humana p/ PC-RJ (Auxiliar de Necropsia) Com videoaulas - AOCP www.estrategiaconcursos.com.br 1447429 14171528771 - ANDREY MOREIRA DE CARVALHO SILVA 67 67 Figura 39: modelo indica posição da patela. A tíbia assim como o fêmur apresenta processos na porção superior chamados de côndilos, que articulam com os côndilos lateral e medial daquele osso. Na porção anterior da tíbia encontra-se uma projeção chamada de tuberosidade tibial, que se pode sentir sob a pele na região abaixo do joelho. Nela, conecta-se o ligamento patelar. Na sua porção inferior, a tíbia apresenta uma projeção para a porção medial do corpo, chamada de maléolo tibial ou maléolo medial. Este processo corresponde à elevação interna do tornozelo, que também podemos sentir sob a pele, próximo ao pé, na região interna da perna. Na porção externa da tíbia, presa a sua haste, encontra-se uma membrana de tecido chamada membrana interóssea, semelhante àquela que liga a ulna ao rádio. Ela liga a tíbia à fíbula. A fíbula é um osso mais delgado que se liga à tíbia, articulando com ela na sua região de cabeça, proximal em relação ao corpo. Devido à sua massa, ela não é suficiente para suportar o peso do corpo, mas configura uma importante superfície para ligação de músculos que movimentam o pé e seus dedos. Assim como a tíbia, apresenta um prolongamento inferior chamado de maléolo lateral, que dá suporte aos ossos do tornozelo. patela patela André Vieira Peixoto Davila Aula 02 Biologia e Anatomia humana p/ PC-RJ (Auxiliar de Necropsia) Com videoaulas - AOCP www.estrategiaconcursos.com.br 1447429 14171528771 - ANDREY MOREIRA DE CARVALHO SILVA 68 68 Figura 40: modelo com vista posterior indicando posição da fíbula e da tíbia. O tornozelo (tarsus) consiste de sete ossos tarsais. Vamos conhecê-los? O talus transmite o peso da tíbia para o pé (fig 41 e 42). O osso do calcanhar ou calcâneo situa-se posteriormente em relação aos demais e é o maior dos ossos do tarsais. Ele apresenta uma projeção posterior onde se conecta o tendão calcaneal ou tendão de Aquiles. Este osso recebe o peso do corpo transmitido pelo talus. fíbula fíbula tíbia fêmur Côndilo medial Côndilo lateral Côndilo medial André Vieira Peixoto Davila Aula 02 Biologia e Anatomia humana p/ PC-RJ (Auxiliar de Necropsia) Com videoaulas - AOCP www.estrategiaconcursos.com.br 1447429 14171528771 - ANDREY MOREIRA DE CARVALHO SILVA 69 69 Anteriormente ao calcâneo encontra-se o cuboide e anteriormente ao talus encontra-se o navicular. Este último articula-se com três ossos chamados de cuneiformes, que se organizam alinhados sendo nomeados de acordo com suas posições: lateral, intermediário e medial. Lembrando sempre que o termo medial se refere à linha media do corpo. A porção distal dos ossos cuneiformes e do cuboide se articula com os metatarsos. Estes, assim como os metacarpos das mãos, são nomeados com números romanos, iniciando-se a contagem a partir da região medial. Assim sendo o metatarso I seria o osso relacionado ao dedão do pé. Assim como nas mãos, o primeiro metatarso se articula com duas falanges. Este dedo é também conhecido como “alux”. Os demais metatarsos se articulam com três falanges nomeadas da mesmaforma que nas mãos: proximal, media e distal, totalizando 14 falanges nos dedos dos pés. Curiosidade: Antropologia forense - o estudo do esqueleto que pode trazer informações sobre o sexo da vítima, sua compleição física muscular, estado nutricional e sua idade. Um ramo das ciências forenses que auxilia a justiça ao revelar características do indivíduo a partir de seu esqueleto! André Vieira Peixoto Davila Aula 02 Biologia e Anatomia humana p/ PC-RJ (Auxiliar de Necropsia) Com videoaulas - AOCP www.estrategiaconcursos.com.br 1447429 14171528771 - ANDREY MOREIRA DE CARVALHO SILVA 70 70 Figura 41: vista superior dos ossos do tarso. talus calcâneo cuboide cuboide navicular cuneiformes metatarsos falanges André Vieira Peixoto Davila Aula 02 Biologia e Anatomia humana p/ PC-RJ (Auxiliar de Necropsia) Com videoaulas - AOCP www.estrategiaconcursos.com.br 1447429 14171528771 - ANDREY MOREIRA DE CARVALHO SILVA 71 71 Figura 42: vista posterior dos ossos do pé, mostrando apoio no calcâneo. tíbia fíbula talus calcâneo navicular Maléolo lateral Maléolo medial ou maléolo tibial André Vieira Peixoto Davila Aula 02 Biologia e Anatomia humana p/ PC-RJ (Auxiliar de Necropsia) Com videoaulas - AOCP www.estrategiaconcursos.com.br 1447429 14171528771 - ANDREY MOREIRA DE CARVALHO SILVA 72 72 8- EXERCÍCIOS 1. O sistema esquelético é composto por: a) Ossos e músculos. b) Cartilagens e músculos. c) Ossos e ligamentos. d) Ossos e tendões. e) Ossos e cartilagens. 2. Observe a figura abaixo. 1 2 André Vieira Peixoto Davila Aula 02 Biologia e Anatomia humana p/ PC-RJ (Auxiliar de Necropsia) Com videoaulas - AOCP www.estrategiaconcursos.com.br 1447429 14171528771 - ANDREY MOREIRA DE CARVALHO SILVA 73 73 As indicações numeradas são identificadas como: a) 1 – osteócito ; 2- canaliculi; 3- canal de Volksman. b) 1- osteon ; 2 – canaliculi; 3 – osteócito. c) 1 – canal de Haver; 2 – osteócito; 3 – canaliculi. d) 1 - canal de Haver; 2 – canal de Volksman; 3 – canaliculi. e) 1 - canal de Haver; 2 – canal de Volksman; 3 – osteócito. 3. O periósteo, tecido que reveste ossos, consiste de: a) Uma camada de tecido epitelial especializado. b) Tecido conjuntivo denso fibrocartilaginoso. c) Tecido conjuntivo frouxo rico em elastina. d) Tecido muscular com células ósseas. e) Cartilagem hialina. 4. A respeito da unidade básica de um osso compacto, é correto afirmar: a) Consiste de uma estrutura elipsoide que se organiza ao redor de vasos sanguíneos e nervos, composta por osteoclastos. b) Está presente em todos os tipos de ossos. c) Os canais que surgem a partir dos osteócitos servem para nutrição e comunicação celular. d) Podem apresentar grandes diâmetros devido à rica irrigação sanguínea. e) São formados por tecido epitelial ricamente irrigado. 3 André Vieira Peixoto Davila Aula 02 Biologia e Anatomia humana p/ PC-RJ (Auxiliar de Necropsia) Com videoaulas - AOCP www.estrategiaconcursos.com.br 1447429 14171528771 - ANDREY MOREIRA DE CARVALHO SILVA 74 74 5. Em relação aos ossos, é incorreto afirmar: a) São estruturas vivas e dinâmicas. b) O dinamismo se relaciona com a atividade antagônica dos osteoblastos e dos osteoclastos. c) São estruturas mortas e extremamente resistentes. d) São reserva mineral do corpo. e) Têm alta capacidade regenerativa. 6. São funções do sistema esquelético: a) Proteção de órgãos, gerar calor, sustentar o corpo. b) Reserva mineral, proteção dos órgãos, produção de gordura. c) Sustentar o corpo, gerar calor, produção de gordura. d) Sustentar o corpo, proteger os órgãos, reserva mineral. e) Preservar o sistema imune, proteger o corpo, sustentar os órgãos. 7. São exemplos de ossos longos do corpo: a) Fêmur e patela. b) Tíbia e rádio. c) Frontal e escápula. d) Fíbula e trapézio. André Vieira Peixoto Davila Aula 02 Biologia e Anatomia humana p/ PC-RJ (Auxiliar de Necropsia) Com videoaulas - AOCP www.estrategiaconcursos.com.br 1447429 14171528771 - ANDREY MOREIRA DE CARVALHO SILVA 75 75 e) Úmero e ílio. 8. Quais ossos abaixo elencados não fazem parte do esqueleto axial? a) Vértebras, mandíbula, manúbrio. b) Costelas, atlas, sacro. c) Úmero, rádio, ulna. d) Frontal, parietal, esfenoide. e) Esterno, costela, occipital. 9 . Os ossos que formam o crânio são unidos por articulações chamadas: a) Sínfises. b) Suturas. c) Gonfoses. d) Sindesmoses. e) Sinoviais. 10. Um lutador de Muay Tay, após um combate, reclamou ao médico de fortes dores na canela. O médico não encontrou lesões musculares ou articulares, suspeitando portanto de fratura óssea. O osso lesionado, possivelmente era: a) O fêmur. André Vieira Peixoto Davila Aula 02 Biologia e Anatomia humana p/ PC-RJ (Auxiliar de Necropsia) Com videoaulas - AOCP www.estrategiaconcursos.com.br 1447429 14171528771 - ANDREY MOREIRA DE CARVALHO SILVA 76 76 b) A fíbula. c) O úmero. d) O cóccix. e) A tíbia. 11. As vértebras da coluna não são iguais. Elas apresentam diferenças devido a desigual distribuição de forças do peso do corpo. Relacionado a isto, podemos afirmar: a) As vértebras torácicas apresentam processo espinhoso bifurcado na extremidade. b) O corpo vertebral das vértebras cervicais é o maior de todas as vértebras. c) O forame vertebral das vértebras cervicais é pequeno se comparado ao das vértebras lombares. d) O corpo vertebral das vértebras lombares é o menor de todas as vértebras. e) O processo espinhoso das vértebras lombares é maciço e largo para a inserção de músculos. 12. Em relação ao sacro e ao cóccix, é incorreto afirmar: a) São formados por vértebras separadas e altamente articuladas. b) Formam a cintura pélvica com os ossos do quadril. c) Encontram-se na porção distal da coluna vertebral. d) São parte do esqueleto axial. e) São importantes para proteger órgãos excretores. 13. Atlas e Axis são: a) Costelas. b) Ossos do crânio. André Vieira Peixoto Davila Aula 02 Biologia e Anatomia humana p/ PC-RJ (Auxiliar de Necropsia) Com videoaulas - AOCP www.estrategiaconcursos.com.br 1447429 14171528771 - ANDREY MOREIRA DE CARVALHO SILVA 77 77 c) Vértebras lombares. d) Ossos da cintura pélvica. e) Vértebras cervicais. 14. Ao analisarmos um crânio de cabeça para baixo, na base do osso occipital, encontraremos uma grande abertura. Esta abertura chama-se: a) Forame omines. b) Forame magno. c) Foramina de haver. d) Canal da carótida. e) Forame jugular. 15. O osso esfenoide forma a porção mediana da base do crânio. Nesta região, encontramos ao menos cinco perfurações que permitem a passagem de nervos que irão contralar a região óptica maxilar e mandibular. Quais os outros ossos que formam a base do crânio? a) Frontal, etmoide, temporal e occipital. b) Frontal, maxilar, temporal e occipital. c) Frontal, etmoide, mandibular e occipital. d) lacrimal, etmoide, temporal e occipital. e) Frontal, etmoide, nasal e occipital. André Vieira Peixoto Davila Aula 02 Biologia e Anatomia humana p/ PC-RJ (Auxiliar de Necropsia) Com videoaulas - AOCP www.estrategiaconcursos.com.br 1447429 14171528771 - ANDREY MOREIRA DE CARVALHO SILVA 78 78 16. (PCSP –2014) O sistema esquelético é importante na sustentação e proteção dos órgãos vitais do corpo humano. Na ilustração apresentada, as estruturas apontadas em 1, 2 e 3 correspondem, correta e respectivamente, aos seguintes ossos: a) Rádio, ulna, ísquio. b) Úmero, radio e tíbia. c) Úmero, ílio e fíbula. d) Metacarpo, fíbula e ílio. e) Tarso, metatarso e fíbula. 17.
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