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A EVOLUÇÃO DO TRATAMENTO ONCOLÓGICO

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FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS 
 
 
 
 
 
 
 
IGOR MACIEL DA SILVA 
JOÃO ANTONIO DOS SANTOS SILVA 
 
 
 
 
 
A EVOLUÇÃO DO TRATAMENTO ONCOLÓGICO 
O AVANÇO DAS DIFERENTES FORMAS DE TRATAMENTO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÃO PAULO 
2020 
IGOR MACIEL DA SILVA 
JOÃO ANTONIO DO SANTOS SILVA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A EVOLUÇÃO DO TRATAMENTO ONCOLÓGICO 
O AVANÇO DAS DIFERENTES FORMAS DE TRATAMENTO 
 
 
 
 
Monografia apresentada à Banca 
Examinadora do Centro Universitário 
das Faculdades Metropolitanas 
Unidas, como exigência parcial para a 
obtenção de título de Bacharel em 
Farmácia generalista sob a orientação 
da Profª. Ms. Eliana Rodrigues de 
Araújo. 
 
 
 
 
 
 
 
SÃO PAULO 
2020 
IGOR MACIEL DA SILVA 
JOÃO ANTÔNIO DOS SANTOS SILVA 
 
 
A EVOLUÇÃO DO TRATAMENTO ONCOLÓGICO 
O AVANÇO DAS DIFERENTES FORMAS DE TRATAMENTO 
 
 
 
Monografia apresentada à Banca 
Examinadora do Centro Universitário 
das Faculdades Metropolitanas 
Unidas, como exigência parcial para a 
obtenção de título de Bacharel em 
Farmácia generalista sob a orientação 
da Profª. Ms. Eliana Rodrigues de 
Araújo. 
 
 
Data da aprovação: 
__ / __ / __ 
 
Banca Examinadora: 
 
___________________________________________ 
Prof. 
FMU 
___________________________________________ 
 
Prof. 
FMU 
 
 
 
 
SÃO PAULO 
2020 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedicamos este trabalho de conclusão de 
curso ao nossos pais e familiares que 
sempre nos apoiaram nos momentos de 
dificuldade, nos incentivando a atingir os 
nossos objetivos. Em especial, à Izabella e 
Nailza (pessoas especiais em nossas 
vidas) pelo incentivo, carinho e 
compreensão em todos os momentos. 
A inspiração para realizar este trabalho 
veio de duas pessoas, Euvaldo Marques 
que atualmente luta contra uma doença 
oncológica e Nelson Barbosa que lutou 
bravamente. 
AGRADECIMENTOS 
 
 A Deus por ter sempre nos guiado iluminando nossos caminhos para que nós 
pudéssemos concluir mais uma das etapas de nossas vidas. 
 Aos nossos pais que sempre nos incentivaram a entregar o nosso melhor e 
superar todos os desafios que esta etapa nos promoveu, por meio de palavras e 
exemplos de vida, onde tiramos forças para superar cada obstáculo e chegar até este 
momento tão esperado e tão especial. 
 Aos nossos irmãos que sempre se fizeram presente, demonstrando todo 
carinho e confiança em nosso potencial. 
 A Izabella e Nailza, pessoas excepcionais que sempre nos apoiaram em todas 
as nossas escolhas, nos incentivando para juntos alcançarmos esta vitória. 
 A nossa orientadora Ms. Eliana Araújo, por toda dedicação, carinho, atenção, 
todos os conselhos para que conseguíssemos concretizar esta etapa com êxito. 
 A todos os docentes da Faculdades Metropolitanos Unidas, pelos 
ensinamentos, conselhos, networking e formação pessoal e profissional durante esses 
4 anos. 
 A todos que de forma direta ou indireta contribuíram para nossa formação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Quando não houver saída 
Quando não houver mais solução 
Ainda há de haver saída 
Nenhuma ideia vale uma vida 
Quando não houver esperança 
Quando não restar nem ilusão 
Ainda há de haver esperança 
Em cada um de nós 
Algo de uma criança 
Enquanto houver sol 
Enquanto houver sol 
Ainda haverá 
Enquanto houver sol 
Enquanto houver sol 
Quando não houver caminho 
Mesmo sem amor, sem direção 
A sós ninguém está sozinho 
É caminhando 
Que se faz o caminho 
Quando não houver desejo 
Quando não restar nem mesmo dor 
Ainda há de haver desejo 
Em cada um de nós 
Aonde Deus colocou 
Enquanto houver sol 
Enquanto houver sol 
Ainda haverá 
Enquanto houver sol 
Enquanto houver sol”. 
 
- Titãs 
RESUMO 
 
Esta revisão bibliográfica tem como objetivo analisar a evolução do tratamento 
oncológico desde suas primeiras formas de tratamento, até os dias atuais. As formas 
de tratamento abordadas foram: Radioterapia, Quimioterapia, antineoplásicos orais, 
Anticorpos monoclonais e terapia gênica. Observamos que um dos primeiros relatos 
onde foram apontados experimentos que se viu a possibilidade de tratamento com 
regressão ou controle do Câncer, foi a Radioterapia em 1904, onde a utilização de 
uma cápsula de elemento radioativo para uma ferida, abriu a possibilidade de utilizá-
la no tratamento contra o Câncer, cinco décadas depois, foi criada a primeira unidade 
de tratamento “Bombas de 60Co”, evoluindo até os dias atuais com formas diversas 
para a aplicação de radiação ionizante. Estudos realizados em soldados que foram 
expostos a bombardeios de gás mostarda durante a segunda guerra mundial 
identificam a mielosupressão, e com essa mielossupressão foi observada a redução 
de proliferação de células malignas e saudáveis. Ao longo do tempo, com diversos 
estudos, foram descobertas diversas classes de quimioterápicos, capazes de realizar 
o tratamento. Devido muitos efeitos adversos e dificuldade na adesão ao tratamento, 
percebe-se a necessidade de desenvolver um tratamento menos tóxico que possibilite 
um maior sucesso na terapia. Sendo assim, foram desenvolvidos os antineoplásicos 
orais, que vieram para trazer uma maior segurança ao tratamento por não ser invasivo 
como a quimioterapia, onde o paciente possui maior independência sobre o seu 
tratamento, oferecendo maior segurança ao paciente imunossuprimido que não será 
exposto às infecções hospitalares. O Grande diferencial desta terapia, é a retomada 
da qualidade de vida do paciente, que pode realizar o tratamento sem paralisar a 
rotina. A imunoterapia, por meio dos anticorpos monoclonais, é um tratamento 
inovador, que diferente dos tratamentos citados anteriormente, é baseado na 
seletividade, onde apenas a célula tumoral, será afetada, garantindo ao paciente, uma 
maior qualidade de vida pelos baixos efeitos colaterais, e com uma maior possibilidade 
de cura, para uma doença que é tão temida quanto o câncer. Estes anticorpos 
monoclonais, são desenvolvidos por meio de engenharia genética, produzindo uma 
célula híbrida que irá secretar o anticorpo desejado para um antígeno específico. 
Seguindo o caminho da terapia biológica, existem muitos estudos apontando a 
eficácia da terapia gênica, tratamento este que é baseado na inserção de genes 
específicos em células para que seja realizada a sua atividade terapêutica. Nos dias 
de hoje, a terapia gênica é considerada uma das formas de tratamento mais 
promissoras, porém necessita ainda de muita pesquisa e desenvolvimento para o 
sucesso e liberação deste tratamento. 
 
Palavras-Chave: Tratamento, Oncologia, Evolução, Medicação e Neoplasia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
Figura 1 - Área delimitada em tinta vermelha para sinalizar a região ser tratada...... 18 
Figura 2 - Sementes radioativas que são inseridas por agulhas ou cateteres nos 
pacientes oncológicos. .............................................................................................. 19 
Figura 3 - Os quimioterápicos nas células. ............................................................... 21 
Figura 4 - Aplicação da quimioterapia ....................................................................... 22 
Figura 5 - Ação dos quimioterápicos no ciclo celular ................................................ 23 
Figura 6 - Antineoplásicos orais ................................................................................ 27 
Figura 7 - Partição de medicamentos ........................................................................ 29 
Figura 8 - Produção de anticorpos monoclonais pela técnica de hibridoma, união de 
Linfócito B com célula de mieloma resultando em um Hibrdoma capaz de secretar o 
AC. ............................................................................................................................33 
Figura 9 - Tipos de anticorpos: 1- Murinos, 2- Quimérico, 3- Humanizado e 4- 
totalmente humano. ................................................................................................... 34 
Figura 10 - A diferença na nomenclatura e a redução da toxicidade conforme o tipo 
de anticorpo monoclonal. .......................................................................................... 36 
Figura 11 - Ilustração do desenvolvimento do gene terapêutico até o paciente. ....... 37 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 11 
2. OBJETIVO ............................................................................................................ 13 
3. METODOLOGIA ................................................................................................... 14 
4. DESENVOLVIMENTO .......................................................................................... 15 
4.1. SOBRE O CÂNCER ........................................................................................... 15 
5. RADIOTERAPIA .................................................................................................. 16 
5.1. A RADIAÇÃO IONIZANTE/ MECANISMO DE AÇÃO ........................................ 16 
5.2. FORMAS DE APLICAÇÃO ................................................................................. 17 
5.2.1. Teleterapia ..................................................................................................... 17 
5.2.2. Braquiterapia ................................................................................................. 18 
5.3. DOSES DE APLICAÇÃO ................................................................................... 19 
5.4. EFEITOS COLATERAIS .................................................................................... 19 
6. QUÍMIOTERAPIA ................................................................................................. 20 
6.1. TRATAMENTO COM QUIMIOTERAPIA ............................................................ 21 
6.2. O PAPEL DO FARMACÊUTICO NA QUÍMIOTERAPIA ..................................... 21 
6.3. APLICAÇÃO DA QUÍMIOTERAPIA ................................................................... 22 
6.4. CLASSIFICAÇÕES DA QUÍMIOTERAPIA ......................................................... 23 
6.5. CLASSES E MECANISMOS DE AÇÕES: .......................................................... 24 
6.5.1. Alquilantes ..................................................................................................... 24 
6.5.2. Antimetabólitos ............................................................................................. 24 
6.5.3. Antibióticos .................................................................................................... 24 
6.5.4. Inibidores mitóticos ...................................................................................... 24 
6.5.5. Resistência aos quimioterápicos ................................................................. 25 
6.5.6. Reações adversas e toxicidade ................................................................... 25 
7. ANTINEOPLÁSICO ORAL ................................................................................... 26 
7.1. FARMACÊUTICOS NO USO DO ANTINEOPLÁSICO ORAL ............................ 27 
7.2. DROGAS ANTINEOPLÁSICAS ORAIS ............................................................. 27 
7.2.1. Capesitabina .................................................................................................. 28 
7.2.2. Hidroxiuréia ................................................................................................... 28 
7.3. TRATAMENTO COM ANTINEOPLÁSICO ORAL .............................................. 28 
7.4. MANEJO COM ANTINEOPLÁSICOS ORAIS .................................................... 28 
7.5. VANTAGENS NO TRATAMENTO ANTINEOPLÁSICO ORAL .......................... 29 
7.6. DESVANTAGENS NO TRATAMENTO ANTINEOPLÁSICO ORAL ................... 30 
7.7. ADESÃO AO TRATAMENTO ............................................................................. 30 
7.8. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS ................................................................. 31 
7.9. EFEITOS ADVERSOS E TOXICIDADE ............................................................. 31 
8. ANTICORPOS MONOCLONAIS .......................................................................... 31 
8.1. TIPOS DE ANTICORPOS MONOCLONAIS ...................................................... 33 
8.2. MECANISMO DE AÇÃO .................................................................................... 34 
8.3. EFEITOS COLATERAIS .................................................................................... 35 
9. O QUE VEM POR AÍ? UMA BREVE INTRODUÇÃO SOBRE A TERAPIA 
GÊNICA .................................................................................................................... 36 
9.1. MECANISMO DE AÇÃO DA TERAPIA GÊNICA NO TRATAMENTO 
ONCOLÓGICO .......................................................................................................... 37 
9.2. EFEITOS COLATERAIS .................................................................................... 38 
10. CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................ 39 
11. REFERÊNCIAS ................................................................................................... 40 
 
 
 
11 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
O Câncer é conhecido como uma enfermidade crônica de múltiplas-causas, 
caracterizada por um crescimento descontrolado e disseminação das células 
anormais, que são responsáveis pela produção de uma massa de tecido conhecida 
como tumor. Segundo a OMS em 2009, o câncer era a segunda maior causa de morte 
por enfermidades, ficando atrás apenas das doenças Cardiovasculares (TARTARI; 
BUSNELLO; NUNES, 2009). 
Por ser considerado um problema de saúde pública mundial, essa patologia 
vem merecendo pesquisas focadas em desenvolver tratamentos de qualidade com 
seletividade aos pacientes que possuam essa enfermidade. (MANSANO-
SCHLOSSER; CEOLIM, 2012). 
Os primeiros relatos de tratamentos quimioterápicos surgiram na década de 40, 
durante a segunda guerra mundial, onde um ataque aéreo alemão destruiu um 
depósito americano de mostarda, um gás que causou mielodepreessão nos indivíduos 
expostos. Pesquisas importantes durante a segunda guerra mundial constataram que 
células com altas taxas de proliferação eram mais susceptíveis e que o câncer 
também apresentava alta taxa de proliferação sendo assim, susceptíveis também a 
estes agentes. (FERDINANDI; FERREIRA, 2010) 
A Quimioterapia é baseada em medicamentos aplicados de forma intravenosa 
que controlam ou curam essa doença, atuando na destruição das células tumorais, 
impedindo a formação do seu DNA, interrompendo assim a sua replicação e 
multiplicação das células cancerígenas e causando por consequência efeitos 
colaterais ao corpo (TARTARI; BUSNELLO; NUNES, 2009). 
A utilização da Radioterapia se inicia com a primeira unidade de terapia na 
década de 50 no Canadá por H.E. Johns que utilizou Cobalto 60 onde foram produzidos 
feixes de radiação ionizante (GUIMARÃES, 2011). 
 Essa forma de tratamento utiliza radiação ionizante produzida por aparelhos, 
geralmente raios X em ambiente hospitalar. Sua aplicação tem como função inibir o 
crescimento de células cancerígenas e normais, pelo fato de as células cancerígenas 
crescerem rapidamente, elas estão se dividindo e se tornando até mais susceptíveis 
à radiação que as células normais que também sofrem os efeitos desta exposição 
(LORENCETTI; SIMONETTI; PESSUTO, 2005). 
12 
 
Visando uma maior seletividade no tratamento oncológico, em meados de 
1954 surgiram relatos da existência de uma quimioterapiaaplicada de forma oral, 
aumentando assim a adesão ao tratamento que não seria realizado de forma 
invasiva (BATLLE et al, 2004). 
Os antineoplásicos administrados de forma oral representam atualmente 
cerca de 5% dos medicamentos que circulam no mercado internacional, possuindo 
grandes vantagens aos pacientes como a exclusão da necessidade de ser aplicado 
em ambiente médico e ainda uma menor associação de efeitos colaterais, elevando 
assim a qualidade de vida dos pacientes. (MARQUES, PIERIN, 2008) 
Embora exista relatos de produção de Anticorpos monoclonais em 1975, o 
primeiro anticorpo monoclonal aprovado pelo FDA para o tratamento do câncer, 
ocorreu em 1997 sendo conhecido como Rituximabe (CARVALHO, 2013). 
A indústria farmacêutica por meio da biotecnologia e sua maior compreensão 
do câncer possibilitaram o desenvolvimento de opções de biofármacos, efetivos no 
quesito seletividade, pois ao atacar apenas as células tumorais, muitos efeitos 
colaterais são evitados, possibilitando uma maior qualidade de vida ao paciente e 
assim uma maior chance de sucesso durante o tratamento (CORDEIRO et al, 2014). 
Embora existam diversas formas de tratamento oncológico estabelecidas, 
existe uma forma de tratamento que poderá ser utilizada na oncologia e está em 
desenvolvimento, a terapia gênica. Esta terapêutica é baseada na correção dos genes 
de pacientes que são multados com a aplicação de pontuais modificações nos 
genomas humanos, a maioria dos ensaios são realizados nos Estados Unidos e 
Austrália, e possui como alvo, doenças derivadas de desordens genéticas, sendo 
umas delas o Câncer (GONÇALVES; PAIVA, 2017). 
Contudo este trabalho de conclusão de curso tem por objetivo avaliar a 
evolução do tratamento oncológico com as diferentes formas de terapias atuais como: 
quimioterapia, radioterapia, Antineoplásicos orais e Imunoterapia, observando os 
benefícios oferecidos aos pacientes que podem optar por formas de tratamento que 
lhe ofereçam maior adesão e também introduzir a terapia gênica que é uma forma de 
tratamento que está em desenvolvimento e poderá ser mais uma das terapêuticas 
disponível aos pacientes. 
 
 
 
13 
 
2. OBJETIVO 
 
 Avaliar a evolução dos métodos de tratamentos oncológicos, que já são 
utilizados como: Quimioterapia, Radioterapia, Antineoplásicos orais e Anticorpos 
monoclonais por meio de uma análise cronológica com a finalidade de destacar 
terapias ou associações mais assertivas com demais métodos ao passar dos anos, e 
também fornece uma breve introdução sobre um método de tratamento que está em 
desenvolvimento, a Terapia Gênica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
3. METODOLOGIA 
 
 Este trabalho de conclusão de curso tem como metodologia a revisão 
bibliográfica descritiva qualitativa da literatura com critérios baseados em dados que 
possam servir de base para analisar e evidenciar dentre as formas de tratamento 
oncológico, a “Evolução do tratamento oncológico” com as seguintes bases de dados 
online: Scielo, Pubmed e Inca, Google acadêmico, utilizando a língua portuguesa com 
os dados presentes em um intervalo de tempo de até 20 anos. 
 
Palavras-Chave: Tratamento, Oncologia, Evolução, Medicação e Neoplasia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
4. DESENVOLVIMENTO 
 
4.1 . SOBRE O CÂNCER 
 
O organismo humano é constituído de diversas células, quando sua homeostase 
é comprometida podem ocasionar problemas oncológicos que na maioria das vezes 
está ligado a divisão celular ou apoptose, devido a esse desequilíbrio o corpo produz 
células de forma descontroladas, temos vários fatores para essa variação no 
organismo desde o uso de drogas, como cigarro, excesso de álcool, exposição à luz 
solar, má alimentação, estilo de vida ou até mesmo genética (FERNANDEZ; MELLO, 
2008). 
Problemas oncológicos representam uma das maiores causas de morte no 
mundo e com isso o diagnóstico de uma de suas mais de 100 variações é motivo de 
muito medo e preocupação para os pacientes e seus familiares, essa é uma notícia 
que deixa qualquer família triste e as vezes sem perspectivas de vida, pois o primeiro 
pensamento que vem à mente é um futuro incerto e com grandes etapas a serem 
vencidas (SALCI; MARCON, 2011). 
Ao passar dos anos foram ocorrendo diversas evoluções na forma de tratamento 
das doenças oncológicas que serão abordadas nesse trabalho, mas uma mudança 
significativa foi a RDC nº 220 decretada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária 
(ANVISA), onde estabelece que, onde ocorrer qualquer tipo de tratamento oncológico 
seja no âmbito particular ou público deve haver o profissional farmacêutico presente 
na equipe multiprofissional, para manusear todos os medicamentos destinados aquele 
tratamento (BRAZIL, 2011). 
Atualmente existem diversas formas de tratamento oncológico, desde o 
farmacológico até os não farmacológicos, fato esse pelo qual muitas famílias 
estão comemorando a cura ou o aumento da expectativa de vida de suas famílias. 
Quando diagnosticado de maneira precoce e a depender da área do organismo que 
acomete, temos até 99% de cura. As doenças oncológicas são degenerativas e 
crônicas causando muito sofrimento aos seus pacientes e por consequência 
desestabilidade em toda família, nessa revisão bibliografia vamos abordar a evolução 
de quatro tratamentos fundamentais para doenças oncológicas: quimioterapia, 
antineoplásicos oral, radioterapia, Imunoterapia e terapia gênica. 
16 
 
5. RADIOTERAPIA 
 
 A radioterapia é uma das formas de tratamento para o câncer, tratamento esse 
que possui uma forma de aplicação diferenciada, a emissão de radiação ionizante por 
equipamentos. Essa modalidade terapêutica é utilizada com o intuito de destruir ou 
controlar o crescimento de células tumorais, a fim de aliviar os sintomas do paciente 
(FERNANDES; PINHAL, 2015). 
 Um dos primeiros relatos de utilização da radioterapia aconteceu em 1904, 
quando Madame Curie em sua tese de doutorado descreveu um experimento 
biológico baseado na aplicação de uma cápsula com elemento radioativo na pele de 
seu marido em uma ferida que precisaria de um mês para sarar, e apresentou 
resultado positivo antes do previsto. Logo em seguida, foi aberta a possibilidade da 
utilização da rádio para destruir o câncer (FERNANDES; PINHAL, 2015). 
 Nas décadas seguintes os estudos para a aplicação da radiação ionizante na 
medicina tomaram forma e não demorou muito para o desenvolvimento de 
equipamentos capazes de realizar tal aplicação. Em 1951 H.E. Johns desenvolveu a 
primeira unidade de terapia baseada na utilização do elemento 60Co, tal unidade ficou 
conhecida como “Bombas de 60Co” onde a mesma era capaz de produzir feixes de 
radiação ionizante com uma média de 1,25 MeV. Ao realizar a utilização do acelerador 
linear de elétrons, em 1953, identificou-se a necessidade de estudos sobre a 
funcionalidade do equipamento para realizar um controle das radiações emitidas. Por 
se tratar de um tratamento baseado em radiação, que pode causar diversos efeitos 
ao corpo humano, nos últimos 40 anos, os aceleradores lineares passaram por muitas 
mudanças tornando-se máquinas extremamente sofisticadas e contemporâneas, 
muito diferentes daquelas inicialmente desenvolvidas (GUIMARÃES, 2011) 
 
5.1. A RADIAÇÃO IONIZANTE/ MECANISMO DE AÇÃO 
 
 A radioterapia é baseada na radiação ionizante, no corpo humano o meio iônico 
fica ionizado, o que o torna eletricamente instável. As células cancerígenas são 
células que possuem um alto poder de multiplicação, tornando assim o DNA das 
células neoplásicas mais vulneráveis, pois durante a mitose as células com alta 
17 
 
atividade mitótica ficam mais radiossensíveis que as demais tornando-as susceptíveis 
à radiação (FREITAS et al, 2011) 
 Essa radiação terá sua ação sobre o DNA nuclear, o que irá levar a perda da 
capacidadede sua reprodução, ou até mesmo a sua morte, e isso é muito importante 
para o sucesso do tratamento dos pacientes (FREITAS et al, 2011). 
 
5.2. FORMAS DE APLICAÇÃO 
 
Dentre as formas de aplicação da Radioterapia, destacam-se dois tipos, a 
Radioterapia externa (teleterapia) e a Radioterapia interna (Braquiterapia), onde sua 
fonte de radiação é colocada no interior do paciente ou é aplicada diretamente na 
superfície a ser tratada do corpo do paciente. As formas de aplicação podem variar 
conforme as regiões do corpo, outro fator muito importante para a sua escolha, é o 
volume da massa tumoral. Cerca de 80% dos pacientes que foram direcionados a 
radioterapia são tratados com a teleterapia, e de 10 a 20% dos pacientes utilizam 
como forma de tratamento a braquiterapia (FERNANDES; PINHAL, 2015). 
 
5.2.1. Teleterapia 
 
 A Teleterapia ou Radioterapia externa é uma forma de tratamento que utiliza 
equipamentos responsáveis pela emissão à distância de raios X, feixes de elétron e 
raios Gama (Co). A região que será tratada do paciente, fica marcada por uma tinta 
que irá delimitar a área a ser tratada, uma observação importante é que essa tinta não 
pode ser removida durante o tratamento, pois para o seu sucesso, é necessário a 
certeza de que em todas as sessões a área tratada é a mesma. Com isso, será 
possível definir o local do corpo em que os raios serão direcionados, além do tamanho 
de sua área (FERNANDES; PINHAL, 2015). 
 
18 
 
Figura 1: Área delimitada em tinta vermelha para sinalizar a região ser tratada. 
 
Fonte: Inca.1 
 
5.2.2. Braquiterapia 
 
 A Radioterapia interna ou também Braquiterapia é baseada na aplicação em 
uma área muito próxima ou diretamente ao tumor. Essas fontes de radiação podem 
ser aplicadas de forma temporária ou permanente, esse fator depende do tipo do 
câncer de cada paciente. Na aplicação intracavitária, o tratamento é baseado na 
utilização de aplicadores que são inseridos em canais como os retais, vaginais e 
intraurinários. Na aplicação superficial, os moldes dos aplicadores se adaptam à 
superfície a ser irradiada, muito próxima ao tumor, enquanto na intersticial as fontes 
de radiação penetram o corpo em cateteres, agulhas e também em sementes, que 
são espécies de sementes radioativas que ficam permanentemente no corpo humano, 
perdendo seu efeito com o passar do tempo (FERNANDES; PINHAL, 2015). 
 
 
1 <https://www.inca.gov.br/tratamento/radioterapia>. Acesso em: 14 de agosto de 2020. 
19 
 
Figura 2: Sementes radioativas que são inseridas por agulhas ou cateteres nos pacientes 
oncológicos. 
 
Fonte: Fapesp.2 
 
5.3. DOSES DE APLICAÇÃO 
 
A dose necessária de radiação utilizada no tratamento pode variar conforme a 
malignitude do câncer, sendo que o tratamento ainda pode ser realizado concomitante 
à outra modalidade, sendo elas cirurgia, quimioterapia entre outras. A maioria dos 
pacientes que tratam tumores na cabeça, por exemplo, utilizam doses que variam 
entre 50 a 70 Gy (gray), a aplicação é fracionada, ou seja, os pacientes realizam 
sessões de 5 a 7 semanas, onde cerca de 2 gy são aplicados diariamente até que a 
dose seja completada (SILVA et al, 2011). 
Dentre os estudos realizados, foi possível observar que pacientes expostos a 
35 gy possuíram perda de paladar, demonstrando que doses abaixo da média 
utilizada também podem ser nocivas ao tecido humano, embora a perda de paladar 
possa se tornar permanente, é possível que o paciente possa recupera-la em volta de 
20 a 60 dias após a conclusão da sessão (SILVA et al, 2011). 
 
5.4. EFEITOS COLATERAIS 
 
Por não ser uma forma de tratamento específica onde apenas as células 
tumorais são afetadas, os tecidos saudáveis também apresentam os efeitos da 
radiação, essa forma de tratamento pode causar efeitos colaterais nocivos 
dependendo do indivíduo e da quantidade de radiação aplicada. Os efeitos mais 
 
2 <https://revistapesquisa.fapesp.br/versao-nacional/>. Acesso em 14 de agosto 2020. 
20 
 
comuns são: fadiga, dor, confusão mental, xerostomia (boca seca), perda de 
autoestima entre outros (LORENCETTI; SIMONETTI; PESSUTO, 2005). 
Além dos efeitos colaterais temporários, dependendo da quantidade de 
radiação aplicada também é possível que exista efeitos colaterais tardios e 
permanentes sendo a xerostomia pós radiação um dos exemplos de efeitos colaterais 
permanentes que podem acometer o paciente. A cabeça e pescoço, são regiões que 
podem sofrer uma série de efeitos colaterais pelo fato de possuírem regiões 
complexas que são compostas por muitas estruturas não similares, podendo assim, 
cada uma destas regiões reagirem de uma forma diferente à radiação aplicada, sendo 
essas regiões as mucosas, pele, tecidos subcutâneos, dentes, cartilagem, ossos e até 
o decido glandular salivar. Estes tecidos podem sofrer diversas injúrias como 
mucosite, descamação da pele, perda de paladar, perda de dente e injúrias tardias 
como fibrose. A ulceração da mucosa pode acontecer de forma tardia (SAWADA; 
DIAS; ZAGO, 2005). 
 Todos esses tipos de efeitos colaterais como os tardios, permanentes ou 
temporários afetam na qualidade de vida dos pacientes, causando desconfortos que 
impossibilitam a realização de atividades do cotidiano, podendo desencadear a perda 
de autoestima que pode afetar diretamente no sucesso do tratamento (SAWADA; 
DIAS; ZAGO, 2005). 
 
6. QUÍMIOTERAPIA 
 
Durante a segunda guerra mundial os soldados ficaram expostos ao gás 
mostarda utilizado nas batalhas daquela guerra. Estudos revelaram que esse gás 
causava hipoplásia medular e linfoide. Devido a esses efeitos produzidos pelo gás 
foram realizados vários testes em camundongos, e posteriormente testado em 
pacientes em tratamento oncológico, dando origem a mecloretamina, primeiro 
fármaco quimioterápico (FERNANDES; MELLO, 2008). 
21 
 
Figura 3 - Os quimioterápicos nas células. 
 
Fonte: Revista abril.3 
 
6.1. TRATAMENTO COM QUIMIOTERAPIA 
 
O tratamento quimioterápico compreende a utilização de agentes químico de 
forma individual ou com associações a outros tratamentos, para combater células 
malignas, denominadas agentes biológicos. Por vezes a quimioterapia é usada para 
diminuir o agente tumoral, ou auxiliar no tratamento por intervenção cirúrgica com 
associações a outras formas de combate à doença, consistindo em um dos principais 
tratamentos oncológicos existentes (LARCEDA, 2001). 
 
6.2. O PAPEL DO FARMACÊUTICO NA QUÍMIOTERAPIA 
 
Dentre os profissionais envolvidos com a quimioterapia, destaca-se o profissional 
farmacêutico, que auxilia a equipe multiprofissional tanto na prescrição e suas 
possíveis intercorrências como também em ações de educação voltadas para os 
profissionais, pacientes e cuidadores. Sendo todos os medicamentos preparados 
 
3 <https://super.abril.com.br/mundo-estranho/como-funciona-a-quimioterapia-2/>. Acesso em 19 de 
setembro de 2020. 
22 
 
pelo farmacêutico, desta forma torna-se indispensável a presença desse profissional 
para assegurar um tratamento sem nenhum tipo de interações, (OLIBONI; 
CAMARGO, 2009). 
Os quimioterápicos representam uma das primeiras opções no tratamento 
oncológicos, possui uma linha de mais de trinta fármacos disponíveis para realização 
da quimioterapia, alguns usados na monoterapia e outros com associações. Essa 
opção de tratamento fica a critério da equipe multidisciplinar, levando muito em 
consideração o estágio em que a doença se encontra. Os quimioterápicos são 
agentes não seletivos ao fazer o combate das células neoplásicas, comprometendo 
também às células boas causando diversos efeitos ao corpo humano, dificultando a 
adesão ao tratamento pelo paciente (SCANDIUZZI; SILVA 2008). 
 
Figura 4 - Aplicação da quimioterapia. 
 
Fonte: Site coisas que tenho aprendido.4 
 
6.3. APLICAÇÃO DA QUÍMIOTERAPIA 
 
A equipe multidisciplinar deve escolher a melhor forma de realizar as aplicações, 
as opções para administraçãodos quimioterápicos são endovenosas, geralmente usa-
se uma veia periférica ou um cateter. Para as aplicações temos disponíveis as vias 
 
4 <https://dascoisasquetenhoaprendido.com.br/2017/12/01/cateter-para-a-quimioterapia/>. Acesso em 
15 de setembro de 2020. 
23 
 
intramusculares, podendo ser nos braços ou nas pernas; subcutânea, podendo ser 
aplicadas na região abdominal ou nas colchas ou via oral. Algo importante nesse 
processo é sempre respeitar o intervalo de uma aplicação para outra, pois a 
quimioterapia afetar todas as células do organismo, então deve obedecer a uma 
pausa para que as células boas se recuperarem nesse processo e que as células 
malignas afetadas e destruídas, isso ocorre pelo processo metabólico das duas 
células (SCANDIUZZI; SILVA, 2008). 
A maioria das drogas usadas na quimioterapia age no DNA, interferindo no 
processo de sintetização celular, impedindo as enzimas de realizarem suas 
atividades, por consequência a célula terá suas funções inativada, uma vez que a 
enzima é responsável pelas atividades celulares e interromperá sua proliferação 
desenvolvimento celular (FERNANDES; MELLO, 2008). 
 
Figura 5 - Ação dos quimioterápicos no ciclo celular 
 
Fonte: Quimica Nova - Câncer e agentes antineoplásicos, ciclo celular específicos e ciclp-celular não 
específicos que interagem com o DNA: uma introdução, de Almeida et al, 2005. 
 
6.4. CLASSIFICAÇÕES DA QUÍMIOTERAPIA 
 
Segundo Azevedo, de Barros e Müeller (2004), a quimioterapia antineoplásica 
pode ser classificada em quatro tipos: curativa, adjuvante, neoadjuvante e paliativa. A 
curativa é escolhida com proposito de controlar o agente tumoral; adjuvante que é 
24 
 
sempre usada no pós-cirúrgico, para aniquilar resíduos tumorais; a neoadjuvante 
usada com associações a outros tratamentos na redução tumoral; e a paliativa usada 
quando a doença está no estágio elevado, apenas para aumento da sobrevida do 
paciente (OLIVEIRA, 2015). 
 
6.5. CLASSES E MECANISMOS DE AÇÕES: 
 
Os quimioterápicos possuem quatro classes mais utilizadas no tratamento 
oncológico: Alquilantes, antimetabólitos, Antibióticos, Inibidores mitóticos 
(FERNANDES; MELLO, 2008). 
 
6.5.1. Alquilantes 
 
Fazem uma ligação ao DNA onde impede a separação dos filamentos, 
impossibilitando a replicação e ocasionando a morte celular, são capazes de substituir 
um átomo de hidrogênio em outra molécula. São os quimioterápicos mais usados, vale 
ressaltar que é bastante utilizada em associação a outra droga para uma maior 
eficácia (SILVA, 2006). 
 
6.5.2. Antimetabólitos 
 
Eles são responsáveis pela inibição da biossíntese celular, com ação no DNA e por 
consequência afetando o RNA, realizando interrupções no desenvolvimento celular, 
dificultando os processos de mitose, bloqueando também os processos de síntese 
celular (FERNANDES; MELLO, 2008). 
 
6.5.3. Antibióticos 
 
São compostos constituídos de anéis insaturados, tem uma estrutura química 
bastante variada, não atuam de forma exclusiva em uma etapa do ciclo celular, podem 
apresentar outros grupos funcionais, mas atuam no DNA causando dificuldade no 
desenvolvimento da célula até a morte celular (FERNANDES; MELLO, 2008). 
 
6.5.4. Inibidores mitóticos 
25 
 
 
Agem na paralisação da mitose celular na etapa da metáfase, tendo sua ação 
focada na proteína tubulina, devido aos seus mecanismos de ação bem específicos. 
Para termos uma adesão satisfatória e maior sucesso no tratamento é recomendado 
o uso desse agente com associações (CALABRESI; CHABNER, 2005). 
 
6.5.5. Resistência aos quimioterápicos 
 
Existem diversos motivos que podem ocasionar a resistência dos 
quimioterápicos, um deles pode ser a mutação das células cancerígenas gerando 
resistência a droga, adesão ao tratamento, irregularidades no período de aplicação. A 
dose da medicação deve ser exata e precisa para garanti o efeito terapêutico. A 
eficácia do tratamento está muito ligada ao estágio da doença, o quanto antes for 
descoberto maior as chances de cura (SOUZA et al, 2013). 
 
6.5.6. Reações adversas e toxicidade 
 
As drogas usadas durante a quimioterapia não só atingem as células ruins, mas 
afeta as células boa, causando reações e toxicidade. As partes do corpo humano 
bastante afetas nesse processo são os pelos, medula óssea, mucosas do tubo 
digestivos. Devido a essas reações as sessões do processo de quimioterapia devem 
respeitar uma pausa para que o organismo recupere as partes atingidas 
(FERNANDES; MELLO 2008). 
Um dos grandes desafio e adesão ao tratamento oncológico envolve as reações 
adversas e toxicidade causadas pelo uso dos quimioterápicos. São diversos sintomas 
que levam o paciente a abandonar o tratamento. Algumas das reações são: a 
mielossupressão, náuseas, vômitos, anemia, trombocitopenia, leucopenia. Quando 
ocorre a leucopenia temos a mielossupressão, e isso é um risco grave ao paciente 
deixando-o suscetível a infecções, o paciente fica imunossuprimido (FERDINANDI; 
FERREIRA, 2008). 
Devido o tratamento ser bastante delicado é necessária uma atenção maior com 
e em especial ao público idoso, administrando doses iniciais menores e a medida que 
o tratamento evolui é conhecida a dose toxica (FERNANDES; MELLO, 2008). 
26 
 
Uma alteração logo notada é a neutropenia, pois os neutrófilos possui uma meia 
vida curta, outra é a trombocitopenia as plaquetas tem uma meia vida curta também 
e se aproxima com a neutrófilo, uma que é bastante evidente a médio prazo é a 
anemia, essa última contribui muito para que paciente venha a óbito (FERDINANDI; 
FERREIRA, 2008). 
Uma das áreas que mais sofre reações pela quimioterapia é a boca e suas 
mucosas, antes de iniciar um tratamento quimioterápico o paciente deve procura um 
dentista para realizar tratamento de prevenção aos dentes e mucosas da boca, lesões 
nessa região podem ocasionar danos irreparáveis, e com a prevenção esses danos 
são evitados (PAIVA et al, 2010). 
Na atualidade temos drogas que não causam tantos efeitos adversos e a notícia 
boa é que a taxa de adesão ao tratamento aumenta e por consequência garante a 
sobrevida do paciente ou a cura, porém esses novos medicamentos não é de fácil 
acesso, pois os custos são altos, dificultando o acesso à população (FERDINANDI; 
FERREIRA, 2008). 
 
7. ANTINEOPLÁSICO ORAL 
 
Com o avanço das tecnologias e de diversos estudos realizados ao longo dos 
anos a indústria farmacêutica começa a desenvolver os antineoplásicos orais. Esses 
medicamentos causaram uma revolução no tratamento contra as doenças 
oncológicas, pois o paciente poderá tomar os medicamentos em casa sem 
necessidade de uma intervenção endovenosa que causa muita dor e desconforto ao 
paciente (MARQUES, 2006). 
O antineoplásico oral é uma droga de fácil manejo onde pode ser administrada 
em casa possibilitando ao paciente uma melhor qualidade de vida e sem a 
preocupação de ter que ausentar em seus compromissos para fazer a aplicação dos 
medicamentos em um ambiente hospitalar (PIERIN et al, 2008). 
As drogas antineoplásicos orais representa 25% dos medicamentos para 
tratamento das doenças oncológicas, o grande marco no surgimentos desses 
medicamentos está exatamente na eliminação das punções, esse tratamento é 
simples se torna mais econômico, visto que não tem a necessidade de gastos com 
materiais e equipamentos hospitalares (MARQUES, 2006). 
27 
 
 
Figura 6 - Antineoplásicos orais. 
 
Fonte: Site vencer o Câncer.5 
 
7.1. FARMACÊUTICOS NO USO DO ANTINEOPLÁSICO ORAL 
 
O grande desafio da equipe multidisciplinar no tratamento com antineoplásico 
oral é garantir a segurança e adesão. Dessa forma, vale ressaltar a importância do 
papel do farmacêutico, uma vez que o esse paciente irá administrar o medicamento 
fora do ambiente hospitalar e precisa de orientações sobre os cuidados, a atenção e 
assistência, e essas informações são adquiridas nas consultas farmacêuticas, pois 
são profissionaisque tem conhecimento do fármaco para garantir que o paciente 
também conheça o medicamento, compreenda seu uso, e esclarecendo questões 
sobre os efeitos toxico e adversos que podem surgir. O mais importante papel desse 
profissional nesse tratamento está em fazer com que o paciente tome as medicações 
nos horários com o máximo de segurança possível (MESQUITA et al, 2018). 
 
7.2. DROGAS ANTINEOPLÁSICAS ORAIS 
 
 
5< https://vencerocancer.org.br/cancer/noticias/os-desafios-dos-antineoplasicos-orais/>. Acesso em 
18 de setembro de 2020. 
28 
 
De acordo com pesquisa realizada dos pacientes que utilizam as drogas 
antineoplásicas orais 68% são mulheres e 32% são homens. As mulheres são 
maiorias, pois um dos antineoplásicos oral mais usada é para tratar o câncer de mama 
e nos homens o câncer de próstata. Atualmente existem diversas drogas 
antineoplásicas orais, vale destacar as duas que são as mais usadas: Capecitabina, 
Hidroxiuréia (ARRUDA, 2018). 
 
7.2.1. Capesitabina 
 
É uma droga usada no tratamento de doenças oncológicas como mama, cólon 
e reto, antes da utilização desse medicamento é feito uma avaliação clínica para 
habilitar o paciente ao tratamento. É um antineoplásico antimetabólitos, onde agem 
no bloqueio dos processos celulares, possuem diversos efeitos colaterais como baixas 
de células vermelhas, diarreia, náuseas vômitos (ARRUDA, 2018). 
 
7.2.2. Hidroxiuréia 
 
Esse fármaco é usado no tratamento de leucemia, tem como alvo em sua ação 
principal a fase S do ciclo celular bloqueando a síntese de DNA, impedindo a divisão 
celular, e por consequência a proliferação das células malignas. Das reações mais 
significativas estão a mielossupressão, desconfortos gastrointestinais e enxaqueca 
(SILVA, 2017). 
 
7.3. TRATAMENTO COM ANTINEOPLÁSICO ORAL 
 
Esses medicamentos são bastante seguros, durante o tratamento podem ser 
associados a outras terapias. Os antineoplásicos orais demoram mais tempo, para 
desenvolver a cura. Alguns fatores podem prejudicar a eficácia dos medicamentos 
orais, dois deles são a idade e o grau de conhecimento do paciente, esses fatores 
podem contribuir para uma possível desistência ou não eficácia da droga, pois é o 
paciente quem faz toda administração do medicamento (SILVA, 2017). 
 
7.4. MANEJO COM ANTINEOPLÁSICOS ORAIS 
 
29 
 
Os medicamentos na maioria das vezes são substâncias citotóxicas e por serem 
partidos em casa sem nenhuma segurança esses fármacos podem ser expostos a 
poeira e prejudicar a biodisponibilidade, estabilidade e a precisão da dosagem da 
medicação. A divisão de medicamentos é muito comum em pacientes pediátricos para 
ajuste de doses (TESSMAN, 2020). 
O armazenamento desses medicamentos é algo que preocupa muito, uma vez 
que o paciente leva essa medicação para sua residência ele fica responsável pelo seu 
acondicionamento e manejo. Algo que deve ser bem feito por parte dos profissionais 
da farmácia em especial do farmacêutico é ter atenção e garantir uma boa orientação 
ao paciente, pois um medicamento mal armazenado poderá comprometer todo o 
tratamento (TESSMAN, 2020). 
Existe algumas orientações que são fundamentais que o paciente saiba e tenha 
conhecimento para armazenar e fazer administração desse medicamentos em casa, 
como verificar o rótulo, realizar anotações diárias sobre qualquer eventualidade sinais 
e sintomas que venha apresentar durante o tratamento, evitar que outros indivíduos 
tenha contato com a medicação e descartar a medicação em local correto, quando for 
necessário esse descarte (MENDES, 2006). 
 
Figura 7 - Partição de medicamentos. 
 
Fonte: Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). 
 
7.5. VANTAGENS NO TRATAMENTO ANTINEOPLÁSICO ORAL 
 
A facilidade em administrar o medicamento é o ponto principal. Os pacientes 
gostam mais deste tratamento, visto que os mesmos não precisam se deslocar até a 
30 
 
unidade hospitalar e nem precisam ser internados para tomarem a medicação. Outro 
ponto bem relevante é que não precisa usar cateter, uma vez que a colocação desse 
meio é por intervenção cirúrgica podendo causar complicações como infecções. Os 
antineoplásicos não atrapalham a vida social do paciente e com isso aumenta a 
adesão ao tratamento (BATISTA, 2012). 
 
7.6. DESVANTAGENS NO TRATAMENTO ANTINEOPLÁSICO ORAL 
 
Por ser um tratamento onde o paciente que conduz a administração da droga 
podem surgir problemas na utilização dessa medicação, outro ponto e mais importante 
seria a biodisponibilidade e aqui está a maior desvantagem nesse tratamento, pois 
fármacos administrados por via oral não tem total absorção o que deixa uma janela 
terapêutica pequena e por consequência as vezes são usados dosagem maiores 
nessa forma de tratamento para compensar a perda na sua absorção, um outro ponto 
é a falta da supervisão da equipe deixando por muitas vezes o doente sem assistência 
ideal (BATISTA, 2012). 
 
7.7. ADESÃO AO TRATAMENTO 
 
De todos os tratamentos para doenças oncológicas a que mais causa 
preocupação a adesão é exatamente a que utiliza antineoplásico orais, pois são vários 
fatores um deles está ligando o quanto o doente irá seguir as recomendações da 
equipe multidisciplinar. Outros fatores relevantes são questões como demografia, 
idade, condições sociais. Ocorre muitas doses perdidas ou pelo esquecimento do 
horário ou pela perda por falta de cuidado ou mal armazenamento. Com as novas 
tecnologias tem melhorando essa adesão, visto que o profissional da saúde consegue 
falar com paciente a distância, mas aqui temos um outro impasse, o paciente dever 
dispor das tecnologias existente para essa comunicação e nem sempre isso é possível 
(BATISTA, 2012). 
Na adesão ao tratamento a orientação da equipe multidisciplinar tem um papel 
de protagonista, pois garantir que esse paciente não venha abandonar o tratamento 
envolve orientar e acompanhar esse paciente e fazer com que sua família participe 
desse processo, pois com a participação da família as chances de êxito no tratamento 
são maiores (MENDES, 2016). 
31 
 
 
7.8. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS 
 
No tratamento com antineoplásicos orais o risco é grande visto que paciente é o 
responsável pela administração da medicação e do tratamento. E por um período de 
tempo longo, o uso desses medicamentos com alguma interação pode causar a 
diminuição ou aumento da ação farmacológica da droga administrada. As interações 
mais comuns são como: outros medicamentos devido a polimedicação, uso de álcool, 
tabagismo, alimentação, plantas. Essa última está associada aos fitoterápicos que 
muitos pacientes fazem uso. Essas interações irão afetar diretamente na resposta do 
tratamento (MENDES, 2016). 
 
7.9. EFEITOS ADVERSOS E TOXICIDADE 
 
A farmacêutico desenvolve o papel de educador, pois irá conversar com o 
paciente e familiares sobre os efeitos adversos, pois, uma superdosagem pode ser 
fatal. Os sintomas são bastante parecidos com a quimioterapia convencional são 
vômitos, estomatite, costuma ter retenção de líquidos, desenvolve a síndrome da 
mão–pé, fadiga, diarreia, alopecia (MENDES, 2016). 
 
8. ANTICORPOS MONOCLONAIS 
 
 Os anticorpos são proteínas que possuem duas regiões distintas, a região FAB 
que é responsável pelo reconhecimento do antígeno e a região FC que possui funções 
citotóxicas mediada por células, os anticorpos são responsáveis por se fixarem aos 
antígenos (corpos estranhos). Os anticorpos em si não conseguem eliminar os 
antígenos, mas ao se conectarem a eles podem sinalizar para as células de defesa a 
presença de corpos estranhos, ativando mecanismos que são capazes de impedir o 
seu crescimento ou até a sua morte (CARNEIRO et al, 2013). 
 O sistema imunológico é composto pela imunidade inata e adaptativa. A 
imunidade inata tem como sua característica, a resposta rápida e sem especificidade 
com um grande número de agentes como por exemplo, neutrófilos, basófilos e 
eosinófilos,enquanto a imunidade adaptativa, é composta pelos anticorpos para 
32 
 
serem ativados, dependem do contato com o imunógeno para se ativar as células 
especificas, gerado reconhecimento e respostas especializadas (COSTA, 2019). 
 Os anticorpos monoclonais ou mAbs (monoclonal Antibodies) são proteínas de 
uma única especificidade, que são derivadas de um clone de linfócitos B e que é 
correspondente à um único epítopo de antígeno, por isso, possui sua especificidade 
única (CARVALHO, 2013). 
 O conceito de utilização de anticorpos contra tumores foi proposto pela primeira 
vez em 1897 por Paul Ehrlich, que apontava a utilização de vacinas como terapia para 
infecções. Esse conceito foi ganhando forma até que em 1960, Burnet que trabalhou 
na observação imunológica do câncer, percebeu a formação de neoplasias quando os 
linfócitos falhavam no reconhecimento das células com transformações neoplásicas 
(CARVALHO, 2013). 
Os Anticorpos monoclonais, são em grande parte, das subclasses IgM que é 
produzido na presença da patologia e IgG que é responsável pela imunização do 
paciente em diversas doenças, podendo ser utilizados isolados ou conjugados à 
outros agentes terapêuticos (DEL DEBBIO; TONON; SECOLI, 2007). 
 No ano de 1975, Georges Köhler e Cesar Milstein foram responsáveis pelo 
desenvolvimento de uma técnica chamada “Hibridização”, onde eles utilizaram 
Linfócitos B responsáveis pela produção de anticorpos que já haviam sido imunizadas 
fundidas à células de mieloma (Câncer), unindo assim, as características genéticas 
de ambas as células, formando então os hibridomas. Esses hibridomas, são células 
que possuem a capacidade de se reproduzir de forma contínua e de secretar o 
anticorpo contra o antígeno em que foi gerado uma imunização. Esses anticorpos são 
denominados como anticorpos monoclonais por serem gerados a partir de um único 
clone (COSTA, 2019). 
 
 
 
 
 
33 
 
Figura 8 - Produção de anticorpos monoclonais pela técnica de hibridoma, união de Linfócito B com 
célula de mieloma resultando em um hibridoma capaz de secretar o AC. 
 
Fonte: Slideshare.6 
 
8.1. TIPOS DE ANTICORPOS MONOCLONAIS 
 
 Existem 4 tipos de anticorpos monoclonais, sendo eles: murinos, quiméricos, 
humanizados e humanos, esse desenvolvimento se deu pela necessidade de se evitar 
a imunogenicidade que o primeiro tipo de anticorpo monoclonal poderia causar, sendo 
ele o murinho (VIDAL; FIGUEIREDO; PEPE, 2018). 
Os anticorpos monoclonais derivados do camundongo são denominados 
“murinos” por serem 100% de origem murínica. Ao entrar em contato com o organismo 
humano eles podem ser vistos como corpos estranhos pelo sistema imune, e como 
resposta imunogênica o organismo produz HAMA (anticorpos humanos anticorpos de 
camundongos), causando uma rápida eliminação e lesão nos rins. Surgindo assim a 
necessidade de se produzir anticorpos monoclonais mais humanizados a fim de se 
diminuir as reações do organismo do paciente (CORDEIRO et al, 2014). 
 
6 <www.slideshare.net/seixalcity/biologia-12-biotecnologia-diagnostico-de-doencas-fallingstar>. 
Acesso em 14 de agosto de 2020. 
34 
 
 Com o avanço da engenharia genética, foi possível desenvolver técnicas para 
a manipulação dos anticorpos de forma que diminuísse a imunogenicidade do corpo 
humano, assim, surgindo os anticorpos quiméricos, humanizados, com fragmentos ou 
totalmente humanos, porém sem a perda da reatividade específica. Esses anticorpos 
com porções humanas, refinaram cada vez mais o tratamento do paciente, trazendo 
uma maior diminuição da imunogenicidade ao tratamento. A origem do anticorpo 
quimérico é 70% do Camundongo e 30% Humana, o anticorpo humanizado tem 85% 
de fragmentos humanos e 15% dos camundongos enquanto o humano, como já diz o 
nome, é totalmente humano (COSTA, 2019). 
 
Figura 9 - Tipos de anticorpos: 1- Murinos, 2- Quimérico, 3- Humanizado e 4- totalmente humano. 
 
Fonte: Comum rcaap.7 
 
8.2. MECANISMO DE AÇÃO 
 
 Os anticorpos monoclonais são responsáveis por exercerem efeitos 
terapêuticos específico e controlado sobre o seu alvo. Uma vez selecionado o seu 
alvo, é possível atingir apenas as células responsáveis pelo tumor, e por isso esse 
tipo de tratamento se mostra promissor ao acarretar menos efeitos adversos ao 
paciente oncológico, aumentando sua qualidade de vida (BRUNETO et al, 2019). 
 Eles são proteínas que possuem duas regiões diferentes, sendo a região FAB 
que é conhecida por variável, responsável pela complementariedade ao antígeno e a 
região FC que é conhecida como constante, sendo responsável pela ligação com as 
proteínas séricas, como o complemento ou outras células. Os anticorpos 
 
7 <https://comum.rcaap.pt/bitstream/10400.26/13065/1/Carnall%2c%20Madalena%20Sousa.pdf>. 
Acesso em 14 de agosto de 2020. 
35 
 
individualmente, não possuem capacidade de destruir uma célula, mas com a ligação 
à outras células, elas conseguem ativar mecanismos imunológicos que são capazes 
de promoverem a morte ou a inibição do crescimento das células tumorais 
cancerígenas (CARNEIRO et al, 2013). 
 Os anticorpos monoclonais, possuem ao menos dois mecanismos de ação 
capazes de realizar a citotoxicidade das células cancerígenas, sendo o primeiro, 
baseado na ligação específica da região FAB com o antígeno que se encontra na 
superfície da célula tumoral, produzindo então, uma modificação na região FC, se 
fixando e ativando o complemento, gerando assim o CAM (Complexo de Ataque a 
Membrana) que é responsável pela produção de poros na superfície celular, causando 
a sua morte, mecanismo esse que é conhecido como CDC (Citotoxicidade 
Dependente do Complemento). Já o segundo mecanismo, que é conhecido como 
ADCC (Citotoxicidade Dependente de Anticorpo), ocorre na ligação do anticorpo ao 
antígeno do tumor realizando assim, uma ligação entre a célula tumoral e as células 
imunocompetentes que são recrutadas, sendo elas os linfócitos T citotóxicos 
(LT/CD8+) produzindo então a morte das células tumorais (CARNEIRO et al, 2013). 
 
8.3. EFEITOS COLATERAIS 
 
 Como dito anteriormente, os anticorpos monoclonais são específicos e bem 
tolerados, porém mesmo assim, podem apresentar efeitos que estão associados à 
sua utilização. Esses efeitos podem ser os resultados de sua promoção ou de sua 
inibição de atividade terapêutica em seus alvos. Pode também ocorres efeitos 
relacionados à interação dos anticorpos com moléculas de outros tecidos. Alguns 
desses efeitos podem ser: dor de cabeça, calafrios, tremores, prurido e febre, também 
podendo ter ansiedade, e rash cutâneo que acontece devido a administração contínua 
que podem ter uma variação conforme o medicamento (BRUNETO et al, 2019). 
 Por conta da produção de HAMA (Anticorpos Humanos Anticorpos de 
Camundongos) na utilização dos Anticorpos Murinos, responsável pela redução da 
efetividade do medicamento, se deu a necessidade de produzir outros tipos de 
anticorpos que diminuíssem a resposta do corpo humano contra eles. O primeiro 
anticorpo desenvolvido com esse intuito foi o anticorpo quimérico, que em sua 
estrutura possui uma fusão na região FAB do anticorpo com a região FC humana, 
diminuindo os efeitos colaterais. Em sequência, foram desenvolvidos os anticorpos 
36 
 
monoclonais humanizados e humanos, onde se foi perdendo fragmentos do 
camundongo e acrescentando porções humanas à fim de diminuir ainda mais os 
efeitos colaterais (CARVALHO, 2013). 
 
Figura 10 - A diferença na nomenclatura e a redução da toxicidade conforme o tipo de anticorpo 
monoclonal. 
 
Fonte: Repositório uniceub.8 
 
9. O QUE VEM POR AÍ? UMA BREVE INTRODUÇÃO SOBRE A TERAPIA GÊNICA 
 
 A terapia gênica, utiliza o material genético para inserir nas células de um 
paciente com finalidade terapêutica (PAIVA, 2017). 
 Esse tratamento ou sua tentativa é direcionado a doenças hereditárias, 
genéticas e adquiridas. A cópia do gene que é inserido no paciente, é introduzida emcélulas específicas para sua atividade terapêutica. As causas das doenças genéticas 
estão relacionadas com a mutação nos genes, que é uma sequência ordenada de 
nucleotídeos que estão localizados em posições específicas de cromossomos que 
codificam funções específicas. Sendo assim, os genes são segmentos de DNA que 
possuem instruções capazes de realizar a codificação de proteínas (FÉCCHIO; 
MACEDO; RICCI, 2014). 
 
8 <https://repositorio.uniceub.br/jspui/bitstream/prefix/13642/1/21302810.pdf>. Acesso em 14 de 
agosto de 2020. 
37 
 
No ano de 1990, ocorreu a primeira aplicação da terapia gênica, onde foi 
realizado o tratamento de um paciente que possuía imunodeficiência grave, que era 
ocasionada pela mutação do gene da enzima adenosina deaminase (ADA), ocorrendo 
uma deficiência ou uma baixa das células de defesa, sendo elas os linfócitos B,T ou 
NK. Durante o tratamento foram retiradas células do organismo do paciente, para que 
fossem transferidos os genes da ADA. Após a transferência do gene ADA, as células 
foram inseridas novamente no corpo do paciente e a atividade imunológica foi 
melhorando, assim, o paciente pode ter células de defasas funcionais com a produção 
da enzima ADA (PAIVA, 2017). 
 
Figura 11 - Ilustração do desenvolvimento do gene terapêutico até o paciente. 
Fonte: Nanocell.9 
 
9.1. MECANISMO DE AÇÃO DA TERAPIA GÊNICA NO TRATAMENTO 
ONCOLÓGICO 
 
 
9 <https://www.nanocell.org.br/terapia-genica-metodologias-aplicacoes-clinicas-e-perspectivas-
futuras/>. Acesso em 14 de agosto de 2020. 
38 
 
 O efeito esperado neste tratamento, é a morte seletiva das células tumorais, 
que se multiplicam rapidamente, explicando assim, o crescimento dos tumores. Para 
o tratamento do câncer, o ideal é apenas atingir as células tumorais, pois o tratamento 
sem especificidade causa muitos efeitos colaterais, com a terapia gênica, os tumores 
sólidos conseguem ser tratados de forma localizada, e muitas estratégias estão em 
desenvolvimento para esta finalidade (LINDEN, 2010). 
 Uma das estratégias para o tratamento oncológico, é chamada de “Técnica de 
genes suicidas”, onde ocorre a introdução de genes que não existem no genoma 
humano que codificam a enzima timidina cinase. Com a presença desta enzima, em 
uma célula humana, ocorre a morte da célula tumoral na presença de um 
medicamento chamado Genciclovir, pelo fato da timidina cinase transformar o 
Genciclovir em uma toxina que só ataca as células que se multiplicam, eliminando as 
células do câncer (LINDEN, 2010). 
 
9.2. EFEITOS COLATERAIS 
 
 Em 1990, foi realizado um protocolo clínico nos EUA sob autorização do FDA, 
que foi destinado para o tratamento da imunodeficiência, onde este protocolo foi 
considerado bem-sucedido sem a apresentação de efeitos colaterais, e com o 
paciente considerado curado da anomalia. Porém, em 1999, houve a morte de um 
paciente, com 4 dias de tratamento onde o objetivo era tratar uma deficiência chamada 
de ornitina transcarboxilase, a morte ocorreu devido uma falência múltipla dos órgãos 
que provavelmente foi originada pela resposta do sistema imunológico ao vetor 
utilizado na terapia (PAIXAO, 2019). 
O uso de vetores como veículos dos genes que possuem efeitos terapêuticos 
até o seu local de ação específico, possui como umas das suas principais 
características, a eficiência, porém, também podem demonstrar limitações como a 
ativação de respostas imunológicas, que as vezes podem ser causados pelo fato do 
vetor ser de origem viral (LUSTOSA, 2019). 
 
 
 
 
 
39 
 
10. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 Tendo em vista os dados expostos nesta revisão, concluímos que a evolução 
do tratamento oncológico possui suma importância no combate de uma das doenças 
com maior índice de letalidade. Essa evolução proporciona, como visto uma maior 
qualidade de vida e uma melhor aceitação do tratamento, tendo em consideração que 
o diagnóstico das doenças oncológicas, traz muito medo aos pacientes e seus 
familiares devido seus efeitos tóxicos, dificultando a adesão dos enfermos. Porém, 
com a evolução evidenciada desta terapêutica, os pacientes conseguem ter uma 
maior adesão possibilitando maiores chances de sucesso no tratamento. 
 Observando, as possibilidades de tratamentos para doenças oncológicas a um 
século atrás, onde não existiam muitas opções estabelecidas, nota-se que atualmente 
a equipe multidisciplinar junto com o paciente, podem definir estratégias que 
possibilitem maior efetividade no combate as doenças oncológicas, devido as opções 
terapêuticas descritas neste trabalho que estão disponíveis para sua utilização, o que 
demonstra a importância das descobertas passadas, atuais e futuras garantindo ao 
paciente a possibilidade de êxito no enfrentamento desta doença. 
 Vale destacar que um profissional indispensável para a condução do 
tratamento, com maior eficácia e segurança é o farmacêutico, assim, garantindo a 
assistência farmacêutica junto ao paciente e sua família no monitoramento e 
acompanhamento desde o ambiente hospitalar ao cotidiano do paciente, além disso, 
os profissionais farmacêuticos, também podem atuar no desenvolvimento de novas 
drogas oncológicas até na produção das mesmas. 
 Portanto, conclui-se que, uma doença multifatorial como as oncológicas, 
necessitam de constantes estudos para garantir a evolução de seus tratamentos visto 
que esta é uma das maiores causas de morte do mundo. O tratamento nem sempre é 
efetivo, em casos de descobertas tardias, o tratamento paliativo pode aumentar a 
expectativa de vida relativa à sobrevida do paciente, com possíveis diminuições dos 
efeitos tóxicos à sua saúde. 
 
 
 
 
 
40 
 
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