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Prévia do material em texto

DIREITO CIVIL
Parte Geral e Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro
ALYNE RIBEIRETE PELISSON
2
O que vamos estudar?
 Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro –
Decreto-Lei 4657/42
Código Civil - Lei 10406/02 (artigos 1º a 232)
- http://www.planalto.gov.br/
3
Que materiais posso utilizar?
 Lei Seca
 TARTUCE, Flávio. Direito civil: lei de introdução e parte
geral . 16. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2020.
GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito civil brasileiro -
Parte geral . Vol.1.18. ed. – São Paulo : Saraiva, 2020
4
Onde posso encontrar livros para o meu estudo?
 Acesse a sua biblioteca virtual pelo link: 
https://biblioteca-virtual.com/
5
Vídeo Explicativo
Lei de Introdução às 
normas do Direito 
Brasileiro – LINDB
Decreto-Lei 4.657/42
REGULAMENTAÇÃO
NOMENCLATURA
CONTEÚDO
6
Conteúdo das normas
 Vigência (art. 1º e 2º) e obrigatoriedade (art. 3º) das normas
 Fontes do Direito
 Formas de interpretação das normas jurídicas (art. 5º)
 Formas de integração das normas jurídicas (art. 4°)
 Regras de aplicação das normas jurídicas no tempo (art. 6º)
 Regras de aplicação das normas jurídicas no espaço (art. 7° a 19)
- Regras de direito internacional privado
 Regras de Direito Público (incluídas pela lei 13615/18) – (arts. 20
a 30)
Por que a mudança de nome?
- Porque a LINDB é uma lei introdutória, dirigida a todos os
ramos do Direito
- A LINDB nunca representou um diploma introdutório ao
Código Civil
- A LINDB não apresenta qualquer ligação direta com o
Código Civil. É autônoma e independente
9
Regulamentação
 Decreto 4657/42
 Lei 12.376/10 – alteração do nome de Lei de Introdução ao
Código Civil – LICC - para Lei de Introdução às normas do
Direito Brasileiro (LINDB)
 Lei 13.615/18 – incluiu 10 novos artigos na LINDB, tratando
de regras sobre segurança jurídica e eficiência na criação e na
aplicação do direito Público
 Decreto 9.830/2019 regulamenta as alterações trazidas pela
Lei 13.615/18
10
Mas afinal do que se trata a LINDB?
 Trata-se de um diploma legal multidisciplinar que se
aplica a qualquer ramo do direito
 É um código geral sobre a elaboração, vigência e
aplicação e das normas jurídicas
Trata-se de “norma sobre norma” (Lex lecum), “norma de
sobredireito”
É um código de normas.
A quem se destina?
 Não se destina ao cidadão comum. As leis se destinam mais ao legislador
e ao aplicador do direito
Exemplos:
Art. 4o Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a
analogia, os costumes e os princípios gerais de direito.
Art. 5o Na aplicação da lei, o juiz atenderá aos fins sociais a que ela se dirige
e às exigências do bem comum.
Lei de Introdução às 
normas do Direito 
Brasileiro – LINDB
Decreto-Lei 4.657/42
VIGÊNCIA DAS NORMAS
12
VIGÊNCIA X EXISTÊNCIA 
 Vigência e Existência são conceitos diferentes
 A existência ocorre no momento da promulgação, mas
neste momento ela não tem coercibilidade.
 É preciso um prazo para que as pessoas possam conhecer
a lei antes de ela ter força obrigatória. Esse prazo é
chamado de vacatio legis.
Vigência = Dia da publicação + prazo de vacatio legis
Prazo de Vacatio legis – Art 1º LINDB e 8° LC 95/98
 SALVO disposição em contrário, depois de elaborada e
imediatamente após oficialmente publicada, a lei entra
em vigor em 45 dias no território nacional ou em 3
meses nos estados estrangeiros onde valer
Atenção: a lei pode prever outro prazo (inclusive no
próprio dia da publicação se trata de leis de pequena
repercussão)
VIGÊNCIA
Art. 1o , LINDB Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo
o país quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada.
§ 1o Nos Estados, estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira,
quando admitida, se inicia três meses depois de oficialmente publicada
------------------------------------------------------------------------------------------------
Art. 8°, LC 95/98 A vigência da lei será indicada de forma expressa e de
modo a contemplar prazo razoável para que dela se tenha amplo
conhecimento, reservada a cláusula "entra em vigor na data de sua
publicação" para as leis de pequena repercussão
Promulgação X Publicação
Promulgação: nascimento da lei em sentido amplo
(atesta a existência da lei)
Publicação: Exigência necessária para entrada em vigor
(dá ciência a todos)
UMA LEI PUBLICADA OFICIALMENTE NO DIA 
18/02/2021, ESTIPULANDO QUE ENTRARIA 
EM VIGOR NO PRAZO DE 30 DIAS PASSARÁ 
A SER EXIGIDA QUANDO?
E SE ELA PRECISAR SER CORRIGIDA E FOR 
MODIFICADA EM 26/02/2021?
17
ATIVIDADE
PRÁTICA 1
18
PARA AJUDAR
 Ler Art. 8°, § 1° LC 95/98 e art. 1º § 3° e 4° LINDB
19
Resposta
Art. 8º, LC 95/98
§ 1º - A contagem do prazo para entrada em vigor das leis que estabeleçam
período de vacância far-se-á com a inclusão da data da publicação e do
último dia do prazo, entrando em vigor no dia subsequente à sua
consumação integral
-----------------------------------------------------------------------------------
art. 1º , LINDB
- § 3° Se, antes de entrar a lei em vigor, ocorrer nova publicação de seu
texto, destinada a correção, o prazo deste artigo e dos parágrafos anteriores
começará a correr da nova publicação.
§ 4o As correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei nova.
20
Resposta
 Uma lei publicada oficialmente no dia 18/02/2021, estipulando 
que entraria em vigor no prazo de 30 dias passará a ser exigida 
quando? DIA 20
 E se ela precisar ser corrigida e for modificada e republicada em 
26/02/2021? Dia 28/03
21
Contagem do prazo da Vacatio Legis
 inclui-se o dia da publicação e o dia da consumação do 
prazo, entrando em vigor na data subsequente, ainda 
que seja um feriado ou dia sem expediente forense
Em caso de norma corretiva, interrompe-se o prazo e 
recomeça a contagem.
 Se a correção for parcial, o prazo recomeça apenas para 
os dispositivos republicados.
22
Atenção
Após o prazo de Vacatio e início da vigência, as correções 
representarão lei nova, com novo processo, novo prazo, 
novo número.
FIM DA VIGÊNCIA - REVOGAÇÃO
Art. 2o Não se destinando à vigência temporária, a lei
terá vigor até que outra a modifique ou revogue.
(PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE OU PERMANÊNCIA)
§ 1º A lei posterior revoga a anterior quando
expressamente o declare, quando seja com ela
incompatível ou quando regule inteiramente a matéria de
que tratava a lei anterior.
24
Exceção ao Princípio da Continuidade
 Leis de vigência temporária: São criadas para um fim 
determinado e extinguem-se quando expirado seu prazo 
(temporárias) ou cumprido seu objetivo (excepcionais)
REVOGAÇÃO – CONCEITO E CLASSIFICAÇÃO
 Tornar uma norma (ou parte dela) sem efeito; retirada
da vigência da norma. Classifica-se:
1) Quanto ao modo:
a) EXPRESSA: vem expressa na norma posterior
b) TÁCITA: nova lei trata da mesma matéria que a lei
anterior ou se mostra incompatível
REVOGAÇÃO - CLASSIFICAÇÃO
2) Quanto à extensão:
a) ABROGAÇÃO: revogação total
b) DERROGAÇÃO: revogação parcial
Art. 2.045, CC. Revogam-se a Lei no 3.071, de 1o de
janeiro de 1916 - Código Civil e a Parte Primeira do
Código Comercial, Lei no 556, de 25 de junho de 1850.
Lei com conteúdo complementar NÃO revoga 
disposições anteriores sobre o tema 
Art. 2º,§ 2o , LINDB - A lei nova, que estabeleça 
disposições gerais ou especiais a par das já existentes, 
não revoga nem modifica a lei anterior.
Ex: Lei de alimentos gravídicos, não revogou o CC quanto 
aos alimentos
Existe outra forma?
Embora não mencionada na LINDB, inconstitucionalidade
também tira a vigência.
É possível haver repristinação? 
 Repristinar = restaurar. 
Em regra uma lei anterior não volta a valer quando a 
norma que a revogou (norma revogadora) perde sua 
vigência ou é revogada 
NÃO EXISTE REPRISTINAÇÃO TÁCITA
Art. 2º § 3o Salvo disposição em contrário, a lei revogada 
não se restaura por ter a lei revogadora perdido a 
vigência. 
30
É possível haver efeito repristinatório?
 Sim. Pela própria redação. É possível que nova leivigente 
expressamente retome os efeitos de uma lei anterior.
Lei de Introdução às 
normas do Direito 
Brasileiro – LINDB
Decreto-Lei 4.657/42
OBRIGATORIEDADE DAS 
NORMAS
31
32
Obrigatoriedade das Normas 
Art. 3o Ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando 
que não a conhece.
- Presunção de conhecimento da norma por todos. No 
entanto essa obrigatoriedade tem sido mitigada nos 
casos de erros de direito.
33
Exemplos:
Art. 21, CP - O desconhecimento da lei é inescusável. O erro sobre a 
ilicitude do fato, se inevitável, isenta de pena; se evitável, poderá 
diminuí-la de um sexto a um terço.
Art. 65, CP - São circunstâncias que sempre atenuam a pena: 
II – o desconhecimento da lei
Art. 8º Lei das Contravenções - No caso de ignorância ou de errada 
compreensão da lei, quando escusáveis, a pena pode deixar de ser 
aplicada.
34
Exemplos:
Art. 1561, CC - Embora anulável ou mesmo nulo, se contraído de
boa-fé por ambos os cônjuges, o casamento, em relação a estes
como aos filhos, produz todos os efeitos até o dia da sentença
anulatória
art. 139, CC - O erro é substancial quando:
III - sendo de direito e não implicando recusa à aplicação da lei, for
o motivo único ou principal do negócio jurídico.
Lei de Introdução às 
normas do Direito 
Brasileiro – LINDB
Decreto-Lei 4.657/42
INTERPRETAÇÃO DAS 
NORMAS
35
36
Interpretação
Buscar o sentido e o alcance de uma norma 
existente - o fim almejado pelo legislador
 interpretação sociológica/teleológica/finalista
Atividade hermenêutica que antecede a aplicação
Art. 5o Na aplicação da lei, o juiz atenderá aos fins 
sociais a que ela se dirige e às exigências do bem 
comum.
Lei de Introdução às 
normas do Direito 
Brasileiro – LINDB
Decreto-Lei 4.657/42
APLICAÇÃO DA LEI NO 
TEMPO
37
TEMPO DA LEI – IRRETROATIVIDADE COMO REGRA
 As normas, em regra, têm vigência para os fatos presentes e para o futuro. 
 Vigência geral: a lei entra em vigor em todos os locais ao mesmo tempo
Art. 6º, LINDB - A Lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o ato 
jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada. 
Art. 5º, XXXVI, CRFB, a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico 
perfeito e a coisa julgada
39
Quais os requisitos para que ela possa retroagir?
 As leis só retroagem com previsão legal e se respeitarem a 
coisa julgada, o ato jurídico perfeito e o direito adquirido.
Coisa Julgada - Decisão judicial da qual não cabe mais recurso
Ato Jurídico Perfeito - Manifestação da vontade realizada de 
modo lícito e já consolidado
Direito adquirido - Direito já incorporado ao patrimônio jurídico 
de alguém
40
Ultratividade
Comum no direito penal, é quando uma lei, já 
revogada, produz efeitos, mesmo após a sua 
revogação
Súmula 112, STF → o imposto de transmissão 
"causa mortis" é devido pela alíquota vigente ao 
tempo da abertura da sucessão
Lei de Introdução às 
normas do Direito 
Brasileiro – LINDB
Decreto-Lei 4.657/42
APLICAÇÃO DA LEI NO 
ESPAÇO 
41
42
APLICAÇÃO DA LEI NO ESPAÇO
 Regulação do ART. 7º A 19, LINDB – princípio da territorialidade mitigada/
Em regra, dentro do território brasileiro, aplica-se a lei brasileira, porém por
vezes admite-se a aplicação de leis e sentenças de outros estados em seu
território
Art. 17. As leis, atos e sentenças de outro país, bem como quaisquer
declarações de vontade, não terão eficácia no Brasil, quando ofenderem a
soberania nacional, a ordem pública e os bons costumes.
QUE TAL RESPONDER AS SEGUINTES 
PERGUNTAS?
43
ATIVIDADE
PRÁTICA 2
44
CAIU NA PROVA!!!
1- A lei nova que estabelecer disposições gerais:
(A) a par de leis especiais já existentes a estas não revoga;
(B) sempre revogará as leis especiais anteriores sobre a mesma 
matéria;
(C) somente pode revogar a lei geral anterior, continuando 
vigentes todas as leis especiais;
(D) apenas revoga as leis especiais às quais expressamente se 
referiu.
45
2 - (MP/SE – CESPE – 2010) Considere que a Lei A, de vigência temporária, revogue 
expressamente a Lei B. Nesse caso, quando a lei A perder a vigência
(A) a lei B será automaticamente restaurada, já que a lei A é temporária e os seus 
efeitos, apenas suspensivos.
(B) a lei B será automaticamente restaurada, já que não pode haver vácuo normativo.
(C) a lei B não será restaurada, já que não se admite antinomia real.
(D) a lei B não será restaurada, salvo disposição expressa nesse sentido.
(E) a revogação será tida como ineficaz, porque não pode ser determinada por lei de 
vigência temporária
46
3 - (Promotor de Justiça/MPE/PE – FCC/2014) Publicada uma lei 
considerada de ordem pública, se, durante o período de sua vacatio, 
realizar-se negócio jurídico que por ela foi proibido, ele será
(A) inexistente, por contrariar a ordem pública.
(B) anulável, por configurar dolo bilateral.
(C) nulo, por fraudar lei imperativa.
(D) válido, porque a lei nova ainda não está em vigor.
(E) ineficaz, por caracterizar abuso do direito.
47
GABARITO
1- a
2 - d
 3 -d
4 – 45, oficialmente publicada - c
48
Complete e responda
 Uma lei foi elaborada, promulgada e publicada, sem constar 
período de vigência, então considera-se o período de vacatio
de __________, contados a partir de ___________ Supondo 
que a contagem desses dias caiu na sexta-feira da paixão , dia 
02 de abril. Que dia ela entrará em vigor?
a) Sexta, dia 2
b) Segunda, dia 5
c) Sábado, dia 3
d) Quinta, dia 1
Lei de Introdução às 
normas do Direito 
Brasileiro – LINDB
Decreto-Lei 4.657/42
FORMAS DE 
INTEGRAÇÃO E FONTES 
DO DIREITO
49
FONTES DO DIREITO
De onde vem e como o direito se manifesta ?
FONTES DO 
DIREITO
FONTES 
FORMAIS
FONTES 
PRIMÁRIAS
FONTES 
SECUNDÁRIAS
FONTES 
INFORMAIS
FONTES FORMAIS
Constam da lei
1) Fontes formais primárias: é a própria lei
2) Fontes formais secundárias: são aplicadas na falta da lei.
Na existência de lacuna normativa
Formas de lacuna
- Lacuna normativa: não há norma
- ontológica: há norma, mas ela não tem eficácia social
- axiologica: há norma, mas o comando é insatisfatório ou
injusto
- Conflito ou antinomia: mais de uma norma conflitante
Proibição do “non liquet”
 Art. 140, CPC - O juiz não se exime de decidir sob a alegação
de lacuna ou obscuridade do ordenamento jurídico.
Quando não há lei, o juiz deve utilizar os meios de integração
(colmotação ou autointegração)
 Art. 4º Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de
acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de
direito
54
Exceção ao “non liquet”
Art. 376. A parte que alegar direito municipal, estadual, 
estrangeiro ou consuetudinário provar-lhe-á o teor e a 
vigência, se assim o juiz determinar.
SUBSUNÇÃO X INTEGRAÇÃO
FATO
Tem 
lei?
SIM
Aplicação 
direta = 
SUBSUNÇÃO
NÃO
INTEGRAÇÃO 
56
INTEGRAÇÃO
colmatar, preencher lacunas. 
é a atividade pela qual o juiz complementa a norma. 
A lacuna nunca irá se referir ao ordenamento, mas 
sim à lei
 Maria Helena Diniz diz que as fontes formais secundárias 
são “ferramentas de correção do sistema”. 
FONTES DO DIREITO
Fontes
Fontes 
Formais
Fontes 
primárias 1- Lei 
Fontes 
secundárias 
2- Analogia
3- Costumes
4- Princípios
gerais do 
DireitoFontes 
Não-
formais
5-
Doutrina
6-
Jurisprudênci
a
7-
Equidade
1- LEI
 É norma jurídica (tem obrigatoriedade de ser cumprida) que
emana de uma autoridade competente e é dirigida a todos
 As principais características são:
a)Generalidade
b) Imperatividade
c) Permanência
d) Competência
e) Autorizante
Art. 3º Ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando que
não a conhece.
2- ANALOGIA - Classificação
- Analogia legis: compara-se um caso não previsto com
outro já previsto
- Analogia iuris: a comparação do caso se dá com o
sistema como um todo.
2- ANALOGIA
- O aplicador de direito se vale de uma outra norma
semelhante para aplicar ao caso concreto
- Preenchimento por comparação
- Fundamenta-se na norma jurídica
Exemplo: todas as normas de união estável heretoafetiva
se aplicam àunião homoafetiva
61
ANALOGIA x INTERPRETAÇÃO EXTENSIVA
Analogia: aplica-
se uma outra 
norma à situação
Interpretação 
extensiva: amplia 
o sentido da 
norma existente
3- COSTUME
Práticas e usos reiterados com conteúdo lícito e
relevância jurídica. Dividem-se em:
COSTUME É SEMPRE 
FORMA DE INTEGRAÇÃO 
DO ORDENAMENTO 
JURÍDICO?
Para 
pensar...
64
Classificação
 Costume segundo a lei (secundum legem)
 Costume na falta da lei (praeter legem)
Costume contra a lei (Contra legem)
3.1. Costume segundo a lei (Secundum legem):
 a lei traz a expressão “costume”.
Art. 187, CC. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao
exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim
econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes
Art. 17, LINDB. As leis, atos e sentenças de outro país, bem como quaisquer
declarações de vontade, não terão eficácia no Brasil, quando ofenderem a
soberania nacional, a ordem pública e os bons costumes
art 113, CC - Os negócios jurídicos devem ser interpretados conforme a boa-
fé e os usos do lugar de sua celebração
3.2 Costume na falta da lei (praeter legem)
- Há omissão da lei 
Exemplo: Cheque pós datado
O cheque é uma ordem de pagamento à vista (art.32 da lei 
do cheque), mas criou-se o cheque pós datado
3.3 Costume contra a lei (contra legem)
- Não é admitido no direito. Se contrariar os bons 
costumes comete ato ilícito 
A utilização de costume é sempre forma de 
integração?
Não. Quando falamos de costume segundo a lei não há 
lacuna, mas opção legislativa em aplicar os costumes, de 
modo que a norma fique sempre aberta e atualizada. 
Nesse caso está aplicando diretamente a lei, então 
estamos diante de subsunção e não integração. 
4.PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO
- Regramento básico aplicáveis a determinado instituto 
jurídico.
- Postulados universais
- Podem estar expressos ou não
- Ex: função social do contrato
- Modernamente, segundo Paulo Bonavides, eles podem 
ser aplicados mesmo havendo lei para o caso concreto. 
A ORDEM DE 
INTEGRAÇÃO PREVISTA 
NO ARTIGO DEVE SER 
RESPEITADA?
Para 
pensar...
A ordem de integração prevista no artigo deve 
ser respeitada?
Contemporaneamente, entende-se majoritariamente que 
não. 
Os princípios têm prioridade de aplicação, inclusive há
rejeição de leis que sejam contrárias a eles. São
considerados no ordenamento mesmo quando não há
lacuna.
FONTES DO DIREITO
Fontes
Fontes 
Formais
Fontes 
primárias 1- Lei 
Fontes 
secundárias 
2- Analogia
3- Costumes
4- Princípios
gerais do 
DireitoFontes 
Não-
formais
5-
Doutrina
6-
Jurisprudênci
a
7-
Equidade
FONTES DO DIREITO
FONTES FORMAIS: Constam da lei
FONTES NÃO FORMAIS: Não constam da lei
 2.1 Doutrina
 2.2 Jurisprudência
 2.3 Equidade*
5 -DOUTRINA
- É a interpretação do Direito feita pelos estudiosos.
 - Exemplo: livros, manuais, teses de doutorado,
enunciados..)
6 - JURISPRUDÊNCIA
- É a interpretação do Direito feita pelos tribunais
- Exemplo: sumulas dos Tribunais
- Tem ganhado ainda mais força com o novo CPC –
tendência ao Commow law
JURISPRUDÊNCIA
- Artigo 927 – ordem para o juiz observar sumulas e
decisões dos tribunais superiores
- Ex: art.332, §1º - improcedência se o pedido contrariar
sumula ou jurisprudência já consolidada
- Artigo 926 – unificar jurisprudência para que o
ordenamento fique mais estável e coerente
EQUIDADE
- Justiça do caso concreto – Aristoteles
- Uso do bom senso, adaptação do razoável para abranger um caso concreto
Art. 140. O juiz não se exime de decidir sob a alegação de lacuna ou obscuridade do ordenamento
jurídico.
 Parágrafo único. O juiz só decidirá por equidade nos casos previstos em lei.
- É fonte ou não ?
- Visão clássica: não 
- Visão contemporânea (prevalente): sim 
 A própria LINDB faria menção indireta:
EQUIDADE
- art. 5o LINDB Na aplicação da lei, o juiz atenderá aos fins
sociais a que ela se dirige e às exigências do bem comum
Nosso sistema jurídico é aberto, cheio de cláusulas gerais
e conceitos legais indeterminados, sendo possível
socorrer-se da equidade para definir a justiça no caso
concreto
EQUIDADE
- O que é função social do contrato?
- O que é função social da propriedade?
- O que é atividade de risco?
- O que é boa fé?
Atenção! Alguns ramos do direito fazem menção 
expressa ao uso, nesse caso pode ser considerada fonte 
formal (art 8º, CLT, art 7º, CDC)
ONDE SE ENCAIXARIA A 
SÚMULA VINCULANTE?
Para 
pensar...
Para ajudar...
Art. 103-A. O Supremo Tribunal Federal poderá, de ofício ou por
provocação, mediante decisão de dois terços dos seus membros,
após reiteradas decisões sobre matéria constitucional, aprovar
súmula que, a partir de sua publicação na imprensa oficial, terá
efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário
e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal,
estadual e municipal, bem como proceder à sua revisão ou
cancelamento, na forma estabelecida em lei
SÚMULA VINCULANTE - Resposta
- É uma fonte formal com previsão constitucional
- É obrigatória
- Não é lei, mas também não é fonte secundária, então 
estaria numa posição intermediária (natureza sui 
generis)
Encerramento
83
84
O que vimos hoje?
 FONTES DO DIREITO
VIGENCIA, INICIO E REVOGAÇÃO DA LEI
OBRIGATORIEDADE DAS LEIS
 INTEGRAÇÃO DAS NORMAS JURÍDICAS
APLICAÇÃO E INTERPRETAÇÃO DAS NORMAS JURÍDICAS
CONFLITOS DE LEI NO TEMPO E EFICÁCIA DA LEI NO 
ESPAÇO
85
Na próxima aula...
Efetivamente daremos início ao estudo do Direito Civil... 
86
REFERÊNCIAS 
GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito civil brasileiro -
Parte geral . Vol.1.18. ed. São Paulo : Saraiva, 2020
 JANKOVIC, Elaine Karina. Direito Civil: pessoas e Bens. 
Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2015.
TARTUCE, Flávio. Direito civil: lei de introdução e parte 
geral . 16. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2020.

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