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Módulo 01 - Príncipios Gerais de Primeiros Socorros - Turma R

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1 
 
COLÉGIO TERESINA 
TÉCNICO EM ENFERMAGEM 
DISCIPLINA: PRIMEIROS SOCORROS 
PROF. ESP. HARRYSON KLEYN 
TURMA R 
 
MÓDULO 01 – PRÍNCIPIOS GERAIS DE PRIMEIROS SOCORROS 
 
 CONCEITOS FUNDAMENTAIS 
Os acidentes e as situações de doença súbita podem, em alguns casos, serem 
evitados por meio da adoção de medidas preventivas ou pela simples mudança de hábitos 
de vida. Contudo, a possibilidade destes ocorrerem é sempre uma realidade presente. 
Assim, a forma mais eficaz de eliminar ou reduzir nas vítimas as sequelas que resultam 
destes incidentes, é por meio do socorro prestado nos primeiros minutos que sucedem ao 
agravo. A eficácia deste primeiro socorro será tanto maior quanto maior for a formação 
do socorrista1. 
Para tanto, denomina-se primeiros socorros, de forma elementar, o tratamento 
aplicado ao acidentado ou portador de mal súbito, antes da chegada do serviço 
especializado. Assim como, chama-se de socorrista a pessoa que está habilitada à prática 
dos primeiros socorros, utilizando-se dos conhecimentos básicos e treinamentos técnicos 
que o capacitaram para esse desempenho5. 
Portanto define-se, de modo mais elaborado, primeiros socorros como sendo os 
cuidados imediatos que devem ser prestados rapidamente a uma pessoa, vítima de 
acidentes ou de mal súbito, cujo estado físico põe em perigo a sua vida, com a finalidade 
de manter as funções vitais e evitar o agravamento de suas condições, aplicando medidas 
e procedimentos até a chegada de assistência qualificada2. 
Qualquer pessoa treinada poderá prestar os primeiros socorros, conduzindo-se 
com serenidade, compreensão e confiança. Vale ressaltar que, manter a calma e o próprio 
controle, além do controle de outras pessoas é de extrema importância. Convém salientar 
ainda que, ações valem mais que as palavras, portanto, muitas vezes o ato de informar ao 
acidentado sobre seu estado, sua evolução ou mesmo sobre a situação em que se encontra 
deve ser avaliado com ponderação para não causar ansiedade ou medo desnecessários. 
Neste caso, o tom de voz tranquilo e confortante dará à vítima sensação de confiança na 
pessoa que o está socorrendo2. 
As características básicas a um socorrista são: 
• Ter espírito de liderança; 
• Ter bom senso, compreensão, tolerância e paciência; 
• Ser um líder, na concepção da palavra; 
• Saber planejar e executar suas ações; 
• Saber promover e improvisar com segurança; 
• Ter iniciativa e atitudes firmes; 
• Ter acima de tudo, o espírito de solidariedade5. 
 OMISSÃO DE SOCORRO E PRESTAÇÃO DE SOCORRO 
Quando a pessoa omite socorro a outra pessoa, ela além de causar mal a vítima 
também prejudica a si mesma, pois socorrer não significa apenas ser solidário com o 
próximo, mas é um dever jurídico social. De acordo com o Código Penal Brasileiro (CPB) 
instituído pelo Decreto-Lei N° 2.848/1940, deixar de prestar socorro é considerado crime, 
pois qualquer pessoa mesmo leiga de conhecimentos e habilidades na área de saúde tem 
dever de ajudar ao próximo quando for necessário, é justamente o que está descrito no 
Artigo de Lei abaixo3. 
 
2 
 
Art. 135 - Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco 
pessoal, à criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao 
desamparo ou em grave e iminente perigo; ou não pedir, nesses casos, o socorro 
da autoridade pública: Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa. Parágrafo 
único - A pena é aumentada de metade, se da omissão resulta lesão corporal de 
natureza grave, e triplicada, se resulta a morte. 
Vale frisar que, a principal causa de óbitos fora de ambientes hospitalares é 
resultante da falta de atendimento imediato e a segunda causa é o socorro inadequado, 
pois cada acidente é diferente do outro, por isso deve receber atendimento de acordo com 
a situação da vítima e devido à ausência ou inadequação do atendimento muitos 
acidentados chegam a unidade hospitalar quase sem chances de recuperação, o que 
poderia ser evitado se recebesse o socorro precoce. Afinal de contas, a pessoa diante de 
um acidente deve ser útil, contudo, se não sabe como agir, pelo menos não prejudique, 
peça ajuda a outras pessoas que se demonstrem mais cientes ao assunto. Pois muitos 
indivíduos acabam sendo vítimas de traumas graves devido à ausência de socorro 
imediato ou pela aplicação de técnicas inadequadas ou exageradas3. 
É sabido que existem alguns serviços de urgência e emergência no Brasil 
disponíveis 24 horas, cujos telefones devem ser amplamente conhecidos, como Corpo de 
Bombeiros (193), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência - SAMU (192), Polícia 
Militar (190), Polícia Rodoviária Federal (191). Por exemplo, ao discar o número 192, o 
cidadão ligará para uma central de regulação do SAMU, que conta com profissionais 
treinados para realizar o atendimento e médicos que darão as orientações de primeiros 
socorros por telefone. São estes profissionais que definem o tipo de atendimento, o tipo 
de ambulância e equipe adequada a cada caso. Há situações em que basta somente uma 
orientação por telefone. O SAMU/192 atende pacientes na residência, no local de 
trabalho, na via pública, ou seja, por meio do telefone 192 o atendimento chega ao usuário 
onde ele estiver4. 
De acordo com a situação do paciente, o médico regulador do SAMU pode: 
a) Orientar a pessoa a procurar uma unidade de atendimento (centro de saúde, 
ambulatório de convênio, etc) ou Unidade de Pronto Atendimento (UPA), por meios 
próprios; 
b) Atender à solicitação, enviando ao local uma ambulância com Técnico de 
Enfermagem e Condutor Socorrista; 
c) Em casos graves, será enviada uma USA (Unidade de Suporte Avançado), com 
Médico, Enfermeiro, Técnico de Enfermagem e Condutor Socorrista. Ao tempo em que 
será avisado ao hospital público mais próximo, para que o tratamento tenha continuidade 
com mais rapidez6. 
Mas é válido pontuar que o socorro especializado só deve ser solicitado quando 
realmente for necessário, haja vista que a ocupação indevida deste meio pode custar a 
vida de alguém. Assim sendo, quando se efetua um pedido de socorro a um dos órgãos 
citados acima devem ser adoptadas as seguintes recomendações: 
• Manter a calma; 
• Informar corretamente o local onde se encontra; 
• Indicar o número de telefone a partir do qual se está a ligar, para que se possa 
ser contactado em caso de dúvida; 
• Descrever corretamente qual a situação e responder às perguntas que a central 
de emergência faz (mesmo que isso possa parecer perda de tempo); 
• Respeitar as indicações dadas; 
• Desligar o telefone somente quando a central de emergência indicar1. 
 
 
3 
 
 CAIXA DE PRIMEIROS SOCORROS 
Na NR Nº 07 há um item sobre primeiros socorros, onde existe a obrigatoriedade 
de cada empresa ter uma caixa de primeiros socorros e uma pessoa treinada para isso. 
Essa obrigação legal da caixa de primeiros socorros é, em termos, fantasiosa. Na 
realidade, para uma empresa ter uma caixa de primeiros socorros, teria que ser um 
armário, pois levando em consideração um espaço que contenha tudo que atenda às 
necessidades de acidentes e incidentes teria que montar uma “mini ambulância” com 
equipamento de resgate, onde haveria diversos tamanhos de colar cervical, de talas, de 
macas, faixas e ataduras. Nesse caso a caixa foge da realidade convencional4. 
Outro fato curioso é que o socorrista nunca deve esperar encontrar perto dele uma 
caixa de emergência. Ele tem que utilizar a criatividade, pois esta deve ser uma das suas 
habilidades. Pode até ter uma caixa montada, que fica em determinado lugar, mas o 
acidente pode acontecer do outro lado da instituição. Nesse caso não haverá tempo para 
buscar a caixa, portanto o primeiro atendimento deverá ser prestado sem demora. Em 
grande parte dos países existe uma padronização definida por lei acerca do conteúdo 
mínimo de uma unidade de Primeiros Socorros, que também é aplicado a muitos locais 
públicos como estaçõesrodoviárias, ferroviárias, de metrô ou mesmo em veículos para 
transporte de massa. De qualquer forma, este material deverá ser guardado em pequenos 
armários ou caixas de madeira ou metal, bem protegidos da poeira e da umidade, fixados 
a parede ou sobre a superfície de alguma mesa, porém sempre em local bem visível e de 
fácil acesso e sinalizados de tal forma que permitam um pronto reconhecimento de sua 
finalidade (caixas brancas estampadas com uma cruz vermelha, por exemplo)4. 
Além dessas caixas ou armários, pode ser necessário, em algumas situações o uso 
dos chamados Kits de Primeiros Socorros, que seriam unidades móveis, bastante leves e 
com grande facilidade de serem transportadas para algum local de onde um paciente não 
possa ser removido e não possa haver uma unidade fixa. Isto ocorre, por exemplo, em 
plataformas com grande altitude do solo na construção civil, em minas e em outras áreas 
de confinamento parcial. As mochilas e similares prestam-se muito bem para este fim. 
Nas empresas de grande porte onde existem vários setores de produção, organizam-se os 
chamados “pontos de emergência”. Esses pontos são locais pré-estabelecidos nos 
diferentes setores para onde os socorristas se deslocariam dentro da empresa para prestar 
um atendimento mais adequado a vítima que já recebeu os primeiros socorros no local do 
seu infortúnio, reduzindo o tempo e facilitando o acesso, para resolução da emergência 
ou remoção da vítima. Esses pontos seriam claramente identificados, teriam localização 
equidistante dos diferentes setores e seriam equipados com caixas de primeiros socorros 
e equipamentos necessários a remoção das vítimas até a unidade hospitalar4. 
Portanto, toda empresa, tendo ou não ambulatório médico, deve possuir uma caixa 
de primeiros socorros que contenha, no mínimo, os equipamentos e os medicamentos 
essenciais ao adequado atendimento dos seus trabalhadores. A caixa de primeiros 
socorros deve ficar sob a responsabilidade de uma pessoa adequadamente treinada, que 
fará a sua manutenção periódica e reposição de conteúdo sempre que necessário, 
mantendo seus equipamentos e componentes em condições ideais de funcionamento, em 
ordem e organizados de tal forma que facilitem a ação do socorrista quando de sua 
utilização. Este material deve ter a capacidade de atender as necessidades básicas das 
ocorrências mais comuns e aos riscos específicos de cada local de trabalho4. 
São considerados como materiais e medicamentos essenciais os abaixo listados: 
1. Algodão hidrófilo; 
2. Ataduras de gaze e crepom; 
3. Esparadrapo e fita adesiva; 
4. Gaze esterilizada e gaze comum; 
 
4 
 
5. Álcool medicinal; 
6. Antisséptico; 
7. Analgésico, antitérmico, antiemético, anti-inflamatório e antiespasmódico; 
8. Colírio antisséptico e anestésico; 
9. Bolsa de borracha, ou similar, para calor ou frio; 
10. Creme protetor, adstringente, antialérgico e anestésico; 
11. Pinças e tesouras cirúrgicas; 
12. Garrotes de borracha; 
13. Estetoscópio e esfigmomanômetro; 
14. Jogo de talas, colar cervical e outros materiais para imobilização; 
15. Maca dobrável4. 
De fato, o kit de primeiros socorros consiste em uma caixa ou maleta com 
materiais utilizados em curativos e atendimentos iniciais de emergência. Sua montagem 
deverá ser realizada de acordo com a finalidade para a qual se destina e precisa sempre 
estar completa e em local acessível. A montagem deverá levar em consideração o custo-
benefício, associado ao conhecimento técnico do profissional, portanto, não adianta 
adquirir materiais ou equipamentos se não souber usá-los5. 
Kit Básico de Primeiros Socorros (Sugestão): 
03 (três) pares de luvas de látex; 
04 (quatro) ataduras de crepe 15 cm; 
06 (seis) pacotes de gaze; 
03 (três) talas de 50 cm de comprimento; 
01 (um) rolo de esparadrapo; 
01 (um) rolo de micropore; 
01 (uma) tesoura de ponta romba (tesoura de paramédico); 
01 (uma) compressa bandagem triangula 1m x 1m; 
01 (um) cobertor isolante térmico; 
01 (um) frasco de soro fisiológico; 
02 (dois) sacos plásticos com zíper (zipbag); 
01 (uma) bolsa de gelo químico; 
01 (uma) lanterna tipo caneta; 
01 (um) termômetro digital; 
01 (um) tensiômetro digital; 
01 (um) colar cervical tamanho médio; 
01 (um) pinceta com álcool a 70%5. 
Nesse contexto, a caixa de primeiros socorros deve conter uma série de 
instrumentos, medicamentos, soluções e é preciso que sejam bem acondicionados, 
organizados, para facilitar o uso, no caso de uma emergência. 
Todos os frascos devem estar rotulados, os instrumentos pontiagudos como pinças e 
tesouras, embalados de forma adequada, assim como as ampolas. 
Os medicamentos devem ser sempre vistoriados, para verificar o prazo de sua validade. 
Os que tiverem os prazos vencidos serão inutilizados e substituídos por outros novos2. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
 
Devemos ter em casa uma caixa de primeiros socorros contendo os seguintes itens: 
Itens da caixa de primeiros socorros 
Instrumentos Termômetro 
Tesoura 
Pinça 
Conta-gotas 
Material para curativo Algodão hidrófilo 
Gaze esterilizada 
Esparadrapo 
Ataduras de crepe 
Caixa de curativo adesivo 
Antissépticos Solução de iodo 
Água oxigenada – 10 volumes 
Álcool 
Éter 
Água boricada 
Medicamentos 
 
Analgésicos em gotas/comprimidos 
Antiespasmódicos em gotas/comprimidos 
Colírio neutro 
Soro fisiológico 
(BRASIL, 2003). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
1. BAPTISTA, N. T. Manual de Primeiros Socorros. 05ª ed. Portugal: Sintra, 
2008. 
 
2. BRASIL, Ministério da Saúde. Manual de Primeiros Socorros. Rio de 
Janeiro: Fundação Oswaldo Cruz, 2003. 
 
3. RAGADALI FILHO, A.; PEREIRA, N. A.; LEAL, I.; ANJOS, Q. S.; LOOSE, 
J. T. T. A importância do treinamento de Primeiros Socorros no Trabalho. Rev. 
Saberes, v. 03, n. 02, jul-dez, p. 114-125. 2015. 
 
4. ROSA, D. O.; BÉRGAMO, N. M.; DORINI, S. R. Organização de Primeiros 
Socorros na Empresa. 2001. 41 p. Trabalho de Conclusão de Curso 
(Especialização em Medicina do Trabalho) - Associação Catarinense de 
Medicina, Fundação de Apoio à Pesquisa e Extensão Universitária-FAPEU, 
UFSC, Blumenau, 2001. 
 
5. SANTOS, A. R.; OLIVEIRA, F. N. T.; MELO, C. F.; SCHAF, G. B. V. 
Primeiros Socorros – Escola de Formação em Saúde-EFOS. São José-SC: 
Diretoria de Educação Permanente em Saúde, 2017. 
 
6. SOUSA, S. C.; SIMÕES, L. A.; MOREIRA, A. R. Noções de Primeiros 
Socorros em Ambientes de Saúde. Belo Horizonte: Departamento de Atenção 
à Saúde do Trabalhador – Divisão de Assistência à Saúde, 2018.

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