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TRONCOENCEFALICO-200227-174905-1592249186

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TRONCO
ENCEFÁLICO
O tronco encefálico é a parte mais
caudal do encéfalo. É composto
pelo mesencéfalo, pela ponte e
pelo bul bo. Interpõe-se entre a
medula e o diencéfalo e localiza-se
ventralmente ao cerebelo. A
importância do tronco encefálico
repousa em várias de suas
características, que, em conjunto,
dão a ele a definição informal de
centro de sobrevivência. Está
associado a diver sas funções vitais,
como o ciclo sono- -vigília,
consciência e controle respi ratório e
cardíaco, abrange a maioria dos
núcleos dos nervos cranianos e
facilita a comunicação entre cérebro,
medula espinal e cerebelo.
Na sua constituição, entram corpos
de neurônios que se agrupam em
núcle os e fibras nervosas que, por
sua vez, se agrupam em feixes
denominados tratos, fascículos e
lemniscos. Muitos desses núcleos
recebem ou emitem fibras nervosas
que entram na cons tituição dos
nervos cranianos. Dos 12 pares de
nervos cranianos, 10 fazem
conexão no tronco encefálico.
Figura 1: Tronco encefálico Disponível em:
https://abc
damedicina.com.br/tronco-encefalico-anatomia-nucl
e os-e-cortes-estrutura-e-funcao.html
1. BULBO (OU MEDULA
OBLONGA)
É a porção mais inferior do tronco ce
rebral, tem a forma de um tronco de
cone e é contínua com a medula
espi nal abaixo e com a ponte acima.
Limites
• INFERIOR: Não existe uma linha
de demarcação exata entre a me
dula e o bulbo, mas considera-se
o limite inferior uma linha
imaginária horizontal logo acima
do filamento radicular mais
cranial do primeiro nervo cervical
da medula, na altura do forame
magno.
• SUPERIOR: Sulco bulbo-ponti no
(visível no contorno ventral do
tronco encefálico)
A superfície do bulbo é percorrida
por diversos sulcos contínuos com
os da medula espinal:
• Fissura mediana anterior - é in
terrompida inferiormente pela de
cussação das pirâmides e termina
superiormente em uma pequena
depressão no sulco bulbopontino,
o forame cego.
• Sulcos laterais anteriores – de
onde emergem os filamentos
radiculares do nervo hipoglosso
(NC XII).
• Sulcos laterais posteriores – de
onde emergem os filamentos
radi-
TRONCO ENCEFÁLICO 4
culares dos nervos
glossofaríngeo (NC IX), vago (NC
X) e acessório (NC XI).
• Sulco intermédio posterior.
• Sulco mediano posterior – termina
na metade do bulbo, no obéx,
onde seus lábios se abrem para
formar os limites laterais do IV
ventrículo.
Esses sulcos delimitam estruturas
no bulbo contínuas com os funículos
medulares que caracterizam as
áreas anterior, lateral e posterior do
bulbo.
Figura 2: A decussação das pirâmides Fonte:
Gray’s, Anatomia / Susan Standring ; [tradução
Denise Costa Rodrigues... et al.]. - Rio de Janeiro:
Elsevier, 2010
Na região anterior, ao lado da fissu
ra mediana anterior, encontramos as
pirâmides, feixes compactos de
fibras nervosas descendentes
derivadas do hemisfério ipsilateral
do córtex cere bral que ligam as
áreas motoras do cérebros aos
neurônios motores da medula –
trato corticoespinhal. A de cussação
das pirâmides consiste em uma
estrutura na região caudal onde as
fibras do trato corticoespinhal cru
zam obliquamente o plano mediano,
para continuar como trato corticoes
pinhal lateral. (Imagem 2)
A oliva é uma eminência presente
na lateral do bulbo, entre os sulcos
late rais anterior e posterior, onde se
en contra o núcleo olivar inferior.
(Ima gem 3)
Na área posterior do bulbo, há a con
tinuação dos fascículos grácil e
cunei forme da medula, constituídos
de fibras nervosas ascendentes,
que terminam nos núcleos grácil e
cunei forme, respectivamente,
situados na parte mais cranial
desses fascículos. Eles determinam
o aparecimento de duas
eminências, o tubérculo do nú cleo
grácil, medialmente, e do núcleo
cuneiforme, lateralmente. (Imagem
2). Esses tubérculos se afastam late
ralmente como um V e
gradualmente continuam com o
pedúnculo cerebral inferior, grosso
feixe de fibras que fletem
dorsalmente para penetrar no
cerebelo.
TRONCO ENCEFÁLICO 5
Figura 3: Tronco encefálico (vista posterior) Disponível em:
https://www.auladeanatomia.com/novosite/ pt/sistemas/sistema-nervoso/tronco-encefalico/
Figura 4: Tronco encefálico (vista anterior. )Disponível em:
https://www.auladeanatomia.com/novosite/pt/ sistemas/sistema-nervoso/tronco-encefalico/
TRONCO ENCEFÁLICO 6
O bulbo é dividido em:
• Porção fechada –
Apresenta um canal
central contínuo com o
da medula que se abre
para formar o IV
ventrículo
• Porção aberta –
Contribui com a metade
inferior do assoalho do IV
ventrículo
Além das citadas, outra
estrutura im portante
que caracteriza a
morfologia interna o
bulbo é a decussação
dos
Fibra
arqueada interna
lemniscos (ou sensitiva). A partir
dos núcleos grácil e cuneiforme,
emergem as fibras arqueadas
internas, que se curvam
anterolateralmente, cruzam o plano
mediano na área ventral, for
mando a decussação dos lemniscos
e flete-se cranialmente para
constituir de cada lado, o lemnisco
medial. Essa estrutura conduz ao
tálamo os impul
sos que ascenderam pelos
fascículos grácil e cuneiforme
contralaterais.
SE LIGA! Os fascículos grácil e cunei
forme conduzem pelo SNC impulsos
re lacionados a tato epicrítico,
propriocep ção consciente,
sensibilidade vibratória
e estereognosia.
SE LIGA! Apesar de terem diversos ele
mentos contínuos, a medula espinhal e
o tronco encefálico apresentam
diferenças significativas entre suas
estruturas. No tronco encefálico, a
substância cinzen ta é fragmentada
em núcleos, forman do os núcleos dos
nervos cranianos, que constituem a
substância cinzenta homóloga à da
medula. Além destes, existem muitos
núcleos que não têm correspondência
com nenhuma área da medula e
constituem a substância cin zenta
própria do tronco encefálico.
TRONCO ENCEFÁLICO 7 Substância Cinzenta do Bulbo
Substância Cinzenta Homóloga à
da Medula
NÚCLEOS DE NERVOS CRANIANOS
Núcleo do hipoglosso Motor
Motricidade da língua
Trígono do
hipoglosso
(assoalho do IV
ventrí culo)
Núcleo do trato espi
nhal do nervo
trigêmeo
Sensitivo
Fibras dos nervos
trigê meo, facial,
glossofarín geo e
vago
Fibras aferentes
somá ticas gerais de
quase toda a
cabeça
Núcleo do trato
solitário
Sensitivo
Gustação
Fibras dos nervos
facial, glossofaríngeo
e vago
Núcleo salivatório
inferior
Inervação da parótida
Fibras pré –
gangliona res do
nervo glossofa
ríngeo
Núcleo ambíguo Motor
Fibras dos nervos
glossofaríngeo, vago
e acessório
Musculatura da
faringe e laringe
Núcleo dorsal do vago Motor parassimpático
Trígono do vago
(assoa lho do IV
ventrículo)
Núcleos
vestibulares
(inferior e medial)
Sensitivos
Área vestibular
(assoa lho do IV
ventrículo)
Fibras do nervo
vesti bulococlear
SE LIGA! Para memorizar com mais fa
cilidade o nome e a função dos núcleos
dos nervos cranianos, podemos usar
um esquema baseado no ato de tomar
um sorvete.
Colocar a língua para fora para lamber
o sorvete – Núcleo do hipoglosso
Verificar se é realmente um sorvete
pela temperatura – Núcleo do trato
espinhal do trigêmeo
Verificar o gosto do sorvete – Núcleo
do trato solitário
O indivíduo já está com “água na boca”
pelo sorvete – Núcleo salivatório
inferior
Engolir o sorvete – Núcleo ambíguo
O sorvete é digerido no estômago –
Nú cleo dorsal do vago
Para completar esta ação, o indivíduo
deve se manter em pé, em equilíbrio –
Núcleos vestibulares.
Substância Cinzenta
Própria do Bulbo
• Núcleo grácil e cuneiforme → Fi
bras arqueadas internas → Lem
nisco medial
• Núcleo olivar inferior
◊ recebe fibras do córtex ce
rebral, da medula (trato es
pinocerebelar posterior) e do
núcleo rubro e liga-se ao ce
rebelo através das fibras oli
vocerebelares que cruzam o
plano mediano e penetram
no córtex cerebelar pelo
pedún culo cerebelar inferior.
TRONCO ENCEFÁLICO 8
◊ Principal função: Aprendiza
gem motora.
◊ Aparece, em cortes, como
uma lâmina pregueada e
encurva da de substância
cinzenta, de fácil
identificação.
• Núcleos olivares acessórios medial
e dorsal: Têm basicamente a mes
ma estrutura, conexão e função do
núcleo olivar inferior, com o qualformam o complexo olivar inferior.
Figura 6: Corte transversal do bulbo na extremidade inferior do IV ventrículoFonte: Gray’s, Anatomia /
Susan Standring ; [tradução Denise Costa Rodrigues... et al.]. - Rio de Janeiro: Elsevier, 2010
Figura 7: Secção transversal esquemática da porção fechada do bulbo ao nível da decussação do lemnisco me dial.
Fonte: Neuroanatomia funcional/ Angelo B. M. Machado, Lucia Machado Haertel: 3º ed; São Paulo: Editora Atheneu,
2014
TRONCO ENCEFÁLICO 9
Substância Branca do Bulbo
Fibras Transversais
• Fibras arqueadas internas: Algu
mas apresentam os axônios dos
núcleos grácil, enquanto outras
Fibras Longitudinais
Vias ascendentes
• Fascículos grácil e
cuneiforme • Lemnisco medial
• Tratos espinotalâmico (anterior e
lateral)
• Tratos espinocerebelares (anterior
e posterior)
• Pedúnculo cerebelar inferior
são formadas pelas fibras olivoce
rebelares.
• Fibras arqueadas externas: Ori
ginam-se no núcleo cuneiforme
acessório e dirigem-se ao cerebelo
pelo pedúnculo cerebelar inferior.
Axônios dos neurônios dos
núcleos grácil e cuneiforme
SE LIGA! As fibras que constituem o
pedúnculo cerebelar inferior são: fibras
olivocerebelares, fibras do trato espino
cerebelar posterior e as fibras arquea
das externas. As fibras do trato espino
cerebelar anterior continuam na ponte
e entram no cerebelo pelo pedúnculo
ce rebelar superior.
Vias descendentes
• Tratos do sistema lateral da medu
la: corticoespinhal e
rubroespinhal
• Tratos do sistema medial da me
dula: corticoespinhal anterior,
teto-
TRONCO ENCEFÁLICO 10
espinhal, vestibuloespinhais e
reti culoespinhais.
• Trato corticonuclear: Fibras origi
nadas no córtex cerebral e que,
no bulbo, terminam nos núcleos
ambíguo e do hipoglosso, partici
pando do controle voluntário dos
músculos da laringe, da faringe e
da língua.
• Trato espinhal do nervo trigêmeo:
Fibras sensitivas que penetram na
ponte pelo nervo trigêmeo e termi
nam ao longo do núcleo do trato es
pinhal do nervo trigêmeo no bulbo.
• Trato solitário: Formado por fibras
aferentes viscerais que penetram
no tronco encefálico pelos nervos
VII, IX e X e terminam ao longo do
núcleo do trato solitário.
Fibras
Via de associação – Fascículo
longitudinal medial (ou
próprio)
Presente em toda a extensão do
tron co encefálico e nos níveis mais
altos da medula, liga todos os
núcleos motores dos nervos
cranianos, sen do especialmente
importantes suas conexões com os
núcleos dos nervos relacionados
aos movimentos do bul bo ocular e
da cabeça. Recebe ainda um
contingente de fibras dos núcleos
vestibulares, trazendo informações
acerca da posição da cabeça. Logo,
é importante para a realização de
refle xos que coordenam os
movimentos da cabeça com os do
olho, além de vários outros reflexos
envolvendo es truturas situadas em
níveis diferentes do tronco
encefálico.
TRONCO ENCEFÁLICO 11
SAIBA MAIS!
Para ampliar o aprendizado, vamos revisar as funções desempenhadas pelos principais
tratos citados aqui.
• Fascículos grácil e cuneiforme→
Tato epicrítico, propriocepção
consciente, sensibilidade vibrató
ria e estereognosia
• T. espinotalâmico anterior→
Tato protopático e pressão
• T. espinotalâmico lateral→ Dor e
temperatura
• T. espinocerebelar anterior→
Propriocepção inconsciente e de
tecção dos níveis de atividade do
t. corticoespinhal
• T. espinocerebelar posterior→
Propriocepção inconsciente
• Sistema lateral da medula
◊ Corticoespinhal lateral→ Mo
tricidade voluntária
◊ Rubroespinhal→ Motricidade
voluntária
• Sistema medial da medula
◊ Corticoespinhal anterior→
Motricidade voluntária
◊ Tetoespinhal→ Orientação
sensorial da cabeça
◊ Reticuloespinhal pontino →
Motricidade voluntária e ajus
tes posturais
◊ Reticuloespinhal bulbar →
Motricidade voluntária e ajus
tes posturais
◊ Vestibuloespinhal lateral→
Ajustes posturais
◊ Vestibuloespinhal medial→
Ajustes posturais ]
Formação reticular do bulbo
Ocupa grande área do bulbo, onde
preenche todo o espaço não
ocupado pelos núcleos de tratos
mais compac tos. Abriga o centro
respiratório, o cen tro vasomotor e o
centro do vômito.
SE LIGA! A formação reticular consiste
em uma agregação difusa de neurônios
de tamanhos e tipos diferentes, separa
dos por uma rede de fibras nervosas
que ocupa a parte central do tronco
encefá lico. Sua constituição não é de
substân cia branca e nem de
substância cinzen ta, sendo, de certo
modo, intermediária entre elas. No
tronco encefálico, ocupa uma grande
área, preenchendo todo o espaço que
não é preenchido pelos tra tos,
fascículos e núcleos. SAIBA MAIS!
Lesões no bulbo apresentam como
características mais comuns a
disfagia (dificuldade de de glutição) e
as alterações de fonação por lesão
do núcleo ambíguo, assim como
alterações do movimento da língua
por lesão do núcleo hipoglosso. Além
disso, podem ocorrer paralisias e
perdas de sensibilidade nos troncos e
nos membros por lesão nas diversas
vias ascendentes e descendentes ali
presentes.
2. PONTE
Localizada entre o bulbo e o mesen
céfalo, a ponte situa-se
ventralmente ao cerebelo e repousa
sobre a parte basilar do osso
occipital e o dorso da sela túrcica
do osso esfenoide. Na superfície
anterior, a transição entre o bulbo e
a ponte é demarcada pelo sul co
bulbo-pontino, enquanto na parte
dorsal, não há demarcação clara,
pois ambas as estruturas
constituem o as soalho do IV
ventrículo.
PONTE
Figura 8: Ponte. Disponível em:
https://www.kenhub.
com/pt/library/anatomia/cerebelo-e-tronco-cerebra
l
SE LIGA! Os nervos facial, vestibulo
coclear e glossofaríngeo emergem nas
laterais do sulco bulbo-pontino, local
co nhecido como ângulo
ponto-cerebelar. A presença de tantas
raízes de nervos cranianos em uma
área relativamente pequena explica a
riqueza de sintomas observados nos
casos de tumores que acometem esta
área, levando à com pressão dessas
raízes e causando a chamada
síndrome do ângulo ponto-ce rebelar.
Estriações transversais percorrem a
base ventral da ponte e convergem
de cada lado para formar o
pedúnculo cerebelar médio. A
superfície da base tem um raso
sulco mediano, o sulco basilar da
ponte, que aloja a artéria basilar e é
delimitado bilateralmen
te por proeminências formadas par
cialmente por fibras
corticoespinhais subjacentes à
medida que elas des cem através da
ponte.
SE LIGA! No limite entre a ponte e o
pedúnculo cerebelar médio, emergem
as duas raízes do nervo trigêmeo, uma
raiz maior, a sensitiva e uma raiz
menor, a motora.
TRONCO ENCEFÁLICO 14
Figura 9:Vista ventral da ponte. Fonte: Neuroanatomia funcional/ Angelo B. M. Machado, Lucia Machado
Haertel: 3º ed; São Paulo: Editora Atheneu, 2014
Estrutura Interna da Ponte
Figura 10: Corte
transversal do terço médio da ponteDisponível em: http://anatpat.unicamp.br/bineucerebelotronco.html
Base da ponte (Parte ventral)
É uma área própria da ponte, sem correspondente em outros níveis do
tronco encefálico.
TRONCO ENCEFÁLICO 15 Trato corticoespinal
Base da
Fibras longitudinais
Trato corticonuclear Trato
corticopontino
Ponte Fibras transversais Núcleos
pontinos
Fibras longitudinais
Essas fibras descem do
mesencéfalo para a ponte de forma
compacta e se
tal do córtex cerebral, terminam
em neurônios nos núcleos
pontinos.
dispersam em fascículos, os quais
es tão separados pelos núcleos
pontinos e pelas fibras pontinas
transversais.
• Trato corticoespinhal: Forma
vários feixes dissociados, não
tendo a es trutura compacta que
apresenta nas pirâmides do
bulbo.
• Trato corticonuclear: As fibras des
tacam-se do trato à medida que se
aproximam de cada núcleo motor,
podendo terminar em núcleos do
mesmo lado ou do lado oposto. No
caso da ponte, nos núcleos dos ner
vos facial, trigêmeo e abducente.
• Trato corticopontino: As fibras cor
ticopontinas, derivadas das áreas
frontal, temporal, parietal e occipi
Fibras transversais (ou pontinas ou
pontocerebelares)
Essas fibras são caracterizadas pe
los axônios dos neurônios de
núcleos pontinos, cruzam o plano
mediano e penetram no cerebelo
pelo pedúncu lo cerebelarmédio ou
braço da pon te. Assim, forma-se a
importante via
córtico-ponto-cerebelar.
Núcleos pontinos
São pequenos aglomerados de
neurônios dispersos em toda a base
da ponte. A maioria projeta para o
córtex cerebelar contralateral.
TRONCO ENCEFÁLICO 16
Figura 11: Corte transversal do terço médio da ponte. Disponível em:
http://anatpat.unicamp.br/bineucerebelotronco.html
Tegmento da Ponte (Parte dorsal)
Assemelha-se estruturalmente e é
con tínuo com o tegmento do
mesencéfalo.
Núcleos dos nervos cranianos
Núcleos do nervo
vestibulococlear
• Núcleos cocleares
As fibras da divisão coclear do
nervo vestibulococlear envolvem
parcialmen te o pedúnculo cerebelar
inferior lateral mente e terminam
nos núcleos cocleares ventral e
dorsal. Essas fibras correspon dem
aos prolongamentos centrais dos
neurônios sensitivos do gânglio
espiral situado na cóclea. A maioria
das fibras originadas nos núcleos
cruza para o lado oposto, formando
o corpo trapezoide. A seguir,
contornam o núcleo olivar superior
e dirigem-se cranialmente para
formar o lemnisco lateral,
terminando no colícu lo inferior
(presente no mesencéfalo), de onde
os impulsos nervosos seguem para
o corpo geniculado medial (estrutura
talâ mica). No entanto, muitas fibras
dos nú cleos cocleares terminam no
núcleo olivar superior, contra ou
ipsilateral, de onde os impulsos
seguem pelo lemnisco lateral.
Todas essas informações
transmitidas aos núcleos cocleares
são parte da via da audição e são
levadas ao córtex ce rebral para sua
interpretação.
SE LIGA! Como as fibras cocleares po
dem ser encaminhadas ao lemnisco la
teral contra ou ipsilateral, a via auditiva
apresenta componentes cruzados e
não cruzados, ou seja, o hemifério
cerebral de um lado recebe
informações auditi vas provenientes dos dois ouvidos.
TRONCO ENCEFÁLICO 17
• Núcleos vestibulares
O complexo vestibular consiste nos
núcleos vestibulares medial, lateral,
su perior e inferior e localiza-se na
área vestibular, no assoalho do IV
ventrícu lo. Através de suas
conexões, o siste ma vestibular
influencia os movimentos dos olhos
e da cabeça, e dos múscu los do
tronco e dos membros, a fim de
manter o equilíbrio.
Recebem fibras derivadas da parte
vestibular do nervo vestibulococlear,
do cerebelo, da formação reticular e
da medula espinal e enviam axônios
para o cerebelo, para o fascículo lon
gitudinal medial, para a medula
espi nal e para o lemnisco lateral.
As fibras eferentes dos núcleos
vesti bulares formam ou entram na
compo sição dos seguintes tratos e
fascículos:
• Fascículo vestibulocerebelar
• Fascículo longitudinal
medial
• Trato vestibuloespinhal
• Fibras vestibulotalâmicas
Núcleos do nervo facial e abducente
As fibras que emergem do núcleo
do nervo facial têm inicialmente
direção posteromedial, formando
um feixe compacto que, logo abaixo
do IV ven
trículo, se encurva em direção cra
nial. Após percorrerem certa distân
cia medialmente ao núcleo do nervo
abducente, essas fibras
encurvam-se lateralmente sobre a
superfície dorsal deste núcleo,
constituindo o joelho in terno do
nervo facial. Esse trajeto pro voca
uma elevação do assoalho do IV
ventrículo, denominada colículo
facial (Imagem 3). Após contornar o
núcleo do abducente, as fibras do
nervo fa cial tomam direção
ventrolateral e li geiramente caudal,
para emergir no sulco
bulbo-pontino.
Figura 12: Ponte (Nível Inferior. Disponível em:
http://anatpat.unicamp.br/bineucerebelotronco.html
TRONCO ENCEFÁLICO 18
SAIBA MAIS!
O reflexo corneano caracteriza o fechamento de ambos os olhos rapidamente ao haver
um toque na córnea ou a incidência de uma luz brilhante no olho. Para tal, impulsos
aferentes entram no sistema nervoso central e ativam neurônios no núcleo do nervo
facial na ponte. Os impulsos eferentes seguem no nervo facial para ativar a parte
palpebral do músculo orbicular do olho, o qual se contrai, produzindo um piscar.
Núcleos do nervo trigêmeo
Na ponte, o nervo trigêmeo possui o
núcleo sensitivo principal, o núcleo
do trato mesencefálico e o núcleo
mo tor. O núcleo motor recebe
aferências derivadas dos núcleos
sensitivos do nervo trigêmeo e
emite fibras para os músculos
mastigadores, sendo
frequentemente denominado núcleo
mastigador. Os demais núcleos re
cebem impulsos recebem impulsos
relacionados com a sensibilidade so
mática geral de grande parte da ca
beça. Deles saem fibras
ascendentes, que constituem o
lemnisco trigeminal que termina no
tálamo.
SE LIGA! O nervo trigêmeo é o único
nervo a apresentar origem aparente na
ponte, situada na face anterolateral,
entre a ponte e o pedúnculo cerebelar
médio.
SAIBA MAIS!
O nervo trigêmeo é responsável pelo reflexo de abertura da mandíbula e quaisquer
alterações na avaliação clínica desse reflexo pode indicar lesão em seus núcleos. A
rápida distensão dos músculos que fecham a mandíbula (masseter, temporal, pterigoide
medial) ativa aferências que seguem pela divisão mandibular do nervo trigêmeo até seu
núcleo mesencefálico. Esses im
pulsos são projetados por meio de fibras colaterais para o núcleo motor, a partir do qual,
partem axônios motores do nervo mandibular que inervam os músculos que fecham a
mandíbula.
Núcleo salivatório superior e núcleo
lacrimal
Pertencentes à parte craniano do
sis tema nervoso parassimpática,
dão origem a fibras pré-
ganglionares que
conduzem impulsos para a
inervação das glândulas
submandibular, sublin gual e
lacrimal por meio do nervo in
termédio (raiz sensitiva e visceral do
nervo facial)
TRONCO ENCEFÁLICO 19
Figura 13: Corte transversal da ponte. Disponível em: Neuroanatomia aplicada/ Murilo S. Meneses. - 3.ed. -
[Reimpr.]. - Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2015.
Fibras longitudinais
As fibras longitudinais originadas no
tegmento da ponte são os lemniscos
lateral e trigeminal. Percorrem tam
bém o tegmento feixes de fibras as
cendentes com diversas origens:
• Lemnisco medial – Suas fibras cru
zem perpendicularmente as
fibras do corpo trapezoide,
sobem e ter minam no tálamo
• Lemnisco espinhal – Formado pela
união dos tratos espinotalâmico
la teral e anterior
• Pedúnculo cerebelar superior –
Constitui a parede dorsolateral
da metade cranial do IV ventrícu
lo, aprofunda-se no tegmento da
ponte e já no limite com o mesen
céfalo suas fibras cruzam-se com
as do lado oposto, dando início a
decussação dos pedúnculos cere
belares superiores.
Formação reticular da ponte
Apresenta o locus ceruleus, consti
tuindo de neurônios ricos em nora
drenalina, e os núcleos da rafe, ven
tralmente localizados na linha média
e contendo neurônios ricos em sero
tonina. SAIBA MAIS!
Lesões na ponte costumam ser
caracterizas pela oftalmoplegia (lesão
do nervo abducente), perda de
sensibilidade facial e fraqueza dos
músculos da mastigação (lesão do
nervo trigê meo), fraqueza dos
músculos da face (lesão do nervo
facial), surdez e vertigem (lesão do
nervo vestibulococlear). A estes
sinais podem associar-se paralisias
ou perdas de sensibilidade no tronco
e membros por lesão das vias
ascendentes e descendentes que
transitam pela ponte.
3. MESENCÉFALO
CORPOS
MAMILARES
MESENCÉFALO
Figura 14: Mesencéfalo. Disponível em:
https://www.
kenhub.com/pt/library/anatomia/cerebelo-e-tronco-
ce rebral
TETO
PEDÚNCULO
CEREBRAL
SULCO MEDIAL
DO PEDÚNCULO
CEREBRAL
O mesencéfalo é o segmento mais
curto do tronco encefálico, interpõe
– se entre a ponte e o diencéfalo e
sua maior parte se encontra na face
pos
terior do crânio. Seu limite superior,
que o separa do cérebro, é um plano
horizontal entre os corpos
mamilares, pertencentes ao
diencéfalo.
O mesencéfalo pode ser dividido
pos teriormente em teto e
anteriormen te em pedúnculos
cerebrais direito e esquerdo, cada
um dos quais sendo subdivididos
em tegmento e base por uma
lâmina pigmentada, a substân cia
negra.
AQUEDUTO
CEREBRAL
SULCO LATERAL DO
MESENCÉFALO
SUBSTÂNCIA
NEGRA
NERVO
OCULOMOTOR
Figura 15: Corte transversal do mesencéfalo. Fonte: Neuroanatomia funcional/ Angelo B. M. Machado, Lucia
Machado Haertel: 3º ed; São Paulo: Editora Atheneu, 2014.TRONCO ENCEFÁLICO 22
É atravessado por um estreito canal
que une o III ao IV ventrículo
chamado de aqueduto cerebral,
circundado por uma espessa
camada de substância cinzenta que
apresenta papel impor
tante na regulação da dor – substân
cia cinzenta central ou
periaquedutal. Com base na
posição da substância negra, a
superfície do mesencéfalo é
caracterizada pela presença de dois
sulcos longitudinais: um lateral,
sulco lateral do mesencéfalo, e
outro medial, sulco medial do
pedúnculo cerebral.
SE LIGA! A substância negra constitui
um núcleo compacto de neurônios do
paminérgicos que contém melanina.
Do ponto de vista funcional, suas cone
xões mais importantes são com o cor
po estriado, pertencente ao diencéfalo.
Degenerações desses neurônios cau
sam diminuição de dopamina no corpo
estriado, provocando as perturbações
motoras características da Doença de
Parkinson.
SE LIGA! O nervo oculomotor, III par
craniano, emerge do sulco medial do
pe dúnculo cerebral.
Teto do mesencéfalo
Encontra-se posterior ao aqueduto
do mesencéfalo e consiste na área
pré – tetal e nos pares de colículos
superio res e inferiores.
A área pré–tetal, situada na extremi
dade cranial dos colículos
superiores, no limite do
mesencéfalo com o dien
céfalo, relaciona-se com o controle
reflexo das pupilas.
Os colículos constituem quatro emi
nências arredondadas que se ligam
a pequenos corpos ovais do diencé
falo, os corpos geniculados, através
de estruturas alongadas que são fei
xes de fibras nervosas denominados
braços dos colículos. O colículo in
ferior é constituído por uma massa
de substância cinzenta, o núcleo do
colículo inferior, se liga ao corpo geni
culado medial, recebe fibras
auditivas do lemnisco lateral e faz
parte da via auditiva. Algumas
fibras cruzam de um colículo para o
outro constituin do a comissura do
colículo inferior. Enquanto isso, o
colículo superior é formado por
uma série de camadas superpostas
e alternadas entre subs tância
branca e cinzenta. Ele se liga ao
corpo geniculado lateral, recebe
fibras oriundas da retina, do córtex
occipital e do trato tetoespinhal e faz
parte da via óptica. O braço do colí
culo superior tem parte de seu
trajeto escondido entre o pulvinar
do tála mo e o corpo geniculado
medial e faz parte da via auditiva.
SE LIGA! Para regular o movimento
dos olhos, há fibras do colículo
superior que se ligam ao núcleo do
nervo oculomotor. Com isso, lesões
desse colículos podem causar perda
da capacidade de mover os olhos no
sentido vertical, voluntária ou
reflexivamente.
TRONCO ENCEFÁLICO 23
Figura 16: Vista dorsal do mesencéfalo. Disponível em: Neuroanatomia aplicada/ Murilo S. Meneses. - 3.ed. -
[Reimpr.]. - Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2015.
mente para penetrar profundamente no
SE LIGA! O nervo troclear é o único do
pares cranianos que emerge dorsalmen
te. Desse modo, emerge caudalmente
a cada colículo inferior, contorna o
mesen céfalo e surge ventralmente
entre a pon te e o mesencéfalo.
Pedúnculos cerebrais
Em uma vista anterior, os
pedúnculos cerebrais aparecem
como 2 grandes feixes de fibras
que surgem na borda superior da
ponte e divergem cranial
cérebro. São estruturas por onde
transi tam informações que chegam
e saem do cerebelo. Delimitam uma
profunda depressão triangular na
linha média, a fossa
interpeduncular, formando a par te
mais ventral do mesencéfalo. Ela é
limitada anteriormente pelos corpos
mamilares, eminências pertencentes
ao diencéfalo e seu fundo apresenta
pequenos orifícios para a passagem
de vasos-substância perfurada
posterior.
Figura
17:Vista ventral do mesencéfalo. Disponível em: Disponível em: https://www.auladeanatomia.com/novosite/pt/
sistemas/sistema-nervoso/tronco-
TRONCO ENCEFÁLICO 24
Figura 18: Mesencéfalo. Disponível em: http://anatpat.unicamp.br/bineucerebelotronco.html
Base
É formada pelas fibras
descendentes dos tratos
corticoespinhal, corticonu clear e
corticopontino, que formam um
conjunto compacto. Desse modo,
lesões nesse local causam paralisias
do lado oposto ao da lesão.
Tegmento
É contínuo com o tegmento ponti
no. Ao nível dos colículos inferiores,
a substância cinzenta está restrita a
coleções espalhadas de neurônios
na formação reticular e a região
peria quedutal. No tegmento
mesencefáli co, estão os núcleos dos
nervos ocu lomotor, troclear e
trigêmeo (deste
último, apenas o núcleo do trato me
sencefálico que se estende da ponte
e recebe informações
proprioceptivas).
A substância branca do tegmento
mesencefálico contém a maioria dos
tratos presentes no tegmento pon
tino. Numerosas fibras ascendentes
(os quatro lemniscos e o pedúnculo
cerebelar superior) entram no teg
mento do mesencéfalo a partir do
cerebelo e seguem para decussar na
linha mediana. Consequentemente,
essas fibras penetram no núcleo ru
bro, no qual algumas terminam. No
entanto, a maioria das fibras
ascende para terminar no tálamo.
Ao nível do colículo inferior, os qua
tro lemniscos aparecem agrupados
TRONCO ENCEFÁLICO 25
em uma só faixa, na região lateral,
onde, em sequência mediolateral, se
dispões os lemniscos medial, espi
nhal, trigeminal e lateral. Este último
termina no núcleo do colículo
inferior, enquanto os demais
sobrem para o colículo superior.
Figura 19: Corte
transversal do mesencéfalo ao nível dos colículos inferiores. Obs.: Pilar do cérebro = Pedúnculo cerebral Fonte:
Gray’s, Anatomia / Susan Standring ; [tradução Denise Costa Rodrigues... et al.]. - Rio de Janeiro: Elsevier, 2010
Núcleo do nervo troclear
Suas fibras saem de sua face dor
sal, contornam a substância
cinzenta central, cruzam com a do
lado oposto e emergem do véu
medular superior, caudalmente ao
colículo inferior. Além de ser o único
nervo que emerge da região dorsal,
suas fibras são as úni cas que
decussam antes de emergir do
sistema nervoso central.
Núcleo do nervo oculomotor
Localiza-se ao nível do colículo
superior e está intimamente
relacionado com o fascículo
longitudinal medial. Funcio
nalmente, pode ser dividido em uma
parte somática – contendo
neurônios motores responsáveis
pela inervação dos músculos reto
superior, reto infe
rior, reto medial e levantador da pál
pebra – e uma parte visceral –
contém neurônios pré-ganglionares
que fazem sinapse no gânglio ciliar
para a inerva ção do músculo ciliar e
do esfíncter da pupila, importantes
para o controle re flexo do diâmetro
da pupila diante de diferentes
intensidades de luz.
Núcleo rubro (ou núcleo vermelho)
Caracteriza-se por sua coloração ró
seo-amarelada, em sua posição
cen-
TRONCO ENCEFÁLICO 26
tral, e por sua “cápsula envoltória”
formada pelas fibras do pedúnculo
cerebelar superior. As principais co
nexões aferentes do núcleo rubro
são as fibras oriundas de áreas
moto ras do córtex cerebral e do
cerebelo. Em seguida, forma-se o
trato rubro- -espinal que termina
nos neurônios motores da medula e
participa do controle da motricidade
voluntária da musculatura distal dos
membros. Além disso, muitas fibras
ligam-se ao
complexo olivar inferior (fibras
rubro- -olivares), integrando o
circuito rubro- -olivo-cerebelar.
Formação reticular do mesencéfalo
Suas principais estruturas são: a
área tegmental ventral, contendo
neurô nios ricos em dopamina, e os
núcleos da rafe, continuação das
estruturas de mesmo nome da
ponte, contendo neurônios ricos em
serotonina.
Figura 20: Corte transversal do mesencéfalo ao nível dos colículos superiores. Obs.: Pilar do cérebro = Pedúnculo
cerebral. Fonte: Gray’s, Anatomia / Susan Standring ; [tradução Denise Costa Rodrigues... et al.]. - Rio de Janeiro:
Elsevier, 2010
SAIBA MAIS!
Lesões no mesencéfalo causam oftalmoplegia, dilatação pupilar e ptose (paralisia do
nervo oculomotor), além de paralisias e perdas de sensibilidade de tronco e membro haja
vista que todas as vias ascendentes que vão ao diencéfalo e cinco trato descendentes
atrelados a mo tricidade atravessam o mesencéfalo.
27 TRONCO ENCEFÁLICO MESENCÉFALO
Área
4. LESÕES DO
TRONCO ENCEFÁLICO
As lesões unilaterais podem se ori
ginar de uma compressãoextrínseca por tumores que ocupem
espaço ou por alguma doença
intrínseca como desmielienização
ou AVC. A síndro me clínica é
determinada pelo local
neuroanatômico da lesão. Ao nível
segmentar, ocorre uma paralisia ipsi
lateral dos nervos cranianos. Abaixo
do nível da lesão, existe uma perda
contralateral de força e de sensibili
dade nos membros (correspondente
à disfunção das vias corticospinal
em decussação e das vias
sensitivas as cendentes), e uma
descoordenação
ipsilateral dos membros (como
resul tado da interrupção das
conexões ce rebelares eferentes e
aferentes).
As lesões destrutivas bilaterais do
tronco encefálico são fatais se não
tratadas, devido ao dano a centros
no bulbo que controlam a
respiração, a frequência cardíaca e a
pressão san
guínea. O dano ao sistema reticular
leva a uma progressiva deterioração
do estado consciente, seguida de es
tupor e coma. Neste estado de
“morte do tronco encefálico”, a vida
só pode ser sustentada
artificialmente.
TRONCO ENCEFÁLICO 29
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
Gray’s, Anatomia / Susan Standring ; [tradução Denise Costa Rodrigues... et al.]. - Rio de
Janeiro: Elsevier, 2010
Neuroanatomia aplicada/ Murilo S. Meneses. - 3.ed. - [Reimpr.]. - Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2015.
Neuroanatomia funcional/ Angelo B. M. Machado, Lucia Machado Haertel: 3º ed; São
Paulo: Editora Atheneu, 2014
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/cerebelo-e-tronco-cerebral
TRONCO ENCEFÁLICO 30

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