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Neuro AULA 05

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Aula 05 (01/04/20) - Neuroanatomia 
A.M.: 5, 15, 16, 17. 
G.: 15. 
 
A.M.: Anatomia macroscópica do tronco encefálico e do cerebelo - cap. 05 
 Estrutura do bulbo (cap.15), estrutura da ponte (cap. 16) e estrutura do mesencéfalo (cap. 17) 
G.: Tronco encefálico - cap. 15 
● O tronco encefálico 
interpõe-se entre a medula e o 
diencéfalo, situando-se ventralmente 
ao cerebelo. Na sua constituição 
entram corpos de neurônios, que se 
agrupam em núcleos, e fibras 
nervosas que, por sua vez, se 
agrupam em feixes denominados 
tratos, fascículos ou lemniscos. 
● Muitos dos núcleos do tronco 
encefálico recebem ou emitem fibras 
nervosas que entram na constituição 
dos nervos cranianos. Dos 12 pares 
cranianos, 10 fazem conexão no tronco encefálico. 
● Os núcleos dos nervos cranianos correspondem a determinadas áreas de substância cinzenta da 
medula e constituem a chamada substância cinzenta homóloga à da medula. Mas, existem muitos 
núcleos no tronco encefálico que não têm correspondência com nenhuma área da substância 
cinzenta da medula, constituem a substância cinzenta própria do tronco encefálico. 
 
● Bulbo: 
- Não existe uma linha de demarcação nítida entre a medula e o bulbo. Considera-se que o 
limite entre eles está em um plano horizontal que passa imediatamente acima do filamento 
radicular mais cranial do 1º nervo cervical, ao nível do forame magno do osso occipital. 
- O limite superior do bulbo se faz em um sulco horizontal visível no contorno ventral do 
órgão, o sulco bulbopontino. 
- Na área ventral do bulbo, a cada lado da fissura mediana anterior, uma eminência 
alongada, a ​pirâmide​, local onde passam as fibras descendentes do trato corticoespinhal. 
- Na parte caudal do bulbo, fibras do trato corticoespinhal cruzam obliquamente o plano 
mediano em feixes interdigitados que obliteram a fissura mediana anterior, constituindo a 
decussação das pirâmides​. 
- Entre os sulcos lateral anterior e lateral posterior, está a ​oliva​, formada por uma grande 
massa de substância cinzenta, o núcleo olivar inferior, situado logo abaixo da superfície. 
- Ventralmente à oliva, 
emergem (do sulco lateral 
anterior) os filamentos 
radiculares do ​nervo 
hipoglosso (XII par)​. 
- Do sulco lateral posterior, 
emergem os filamentos 
radiculares, que se unem 
para formar os ​nervos 
glossofaríngeo (IX par) e 
vago (X par)​, além dos 
filamentos que constituem 
a raiz craniana ou bulbar 
do ​nervo acessório (XI par)​, 
 
a qual se une com a raiz espinhal, proveniente da medula. 
- A metade caudal do bulbo (porção fechada) é percorrida por um estreito canal, continuação 
direta do canal central da medula. Este canal se abre para formar o IV ventrículo, cujo 
assoalho é, em parte, constituído pela metade rostral do bulbo (porção aberta). 
- O sulco mediano posterior termina a meia altura do bulbo, no óbex, em virtude do 
afastamento dos seus lábios, que contribuem para a formação dos limites laterais do IV 
ventrículo. Nesse ponto (óbex), associa-se ao canal central do bulbo, que se continua com o 
canal central da medula. 
- Entre o sulco mediano posterior e o sulco lateral posterior está situada a área posterior do 
bulbo, continuação do funículo posterior da medula, dividido em fascículos grácil e 
cuneiforme, pelo sulco intermédio posterior. Esses fascículos são constituídos por fibras 
nervosas ascendentes, provenientes da medula, que terminam em duas massas de 
substância cinzenta, os ​núcleos grácil e cuneiforme​, situados na parte mais cranial dos 
fascículos, onde 
determinam o aparecimento 
dos ​tubérculos do núcleo 
grácil (medialmente) e ​do 
núcleo cuneiforme 
(lateralmente) - onde está o 
corpo do 2º neurônio da via 
do funículo posterior da 
medula. 
- Os 
tubérculos do núcleo grácil 
e do núcleo cuneiforme 
afastam-se lateralmente e 
gradualmente continuam 
para cima com o ​pedúnculo 
cerebelar inferior​, formado 
por um grosso feixe de 
fibras que fletem 
dorsalmente para penetrar 
no cerebelo. 
- Nos níveis mais baixos do bulbo, as fibras que se originam nesses núcleos (grácil e 
cuneiforme) são denominadas ​fibras arqueadas internas​. Elas mergulham ventralmente, 
passam através da coluna posterior, contribuindo para fragmentá-la, cruzam o plano 
mediano (decussação sensitiva) e infletem-se cranialmente para constituir, de cada lado, o 
lemnisco medial​. Cada lemnisco medial conduz ao tálamo os impulsos nervosos que 
subiram nos fascículos grácil e cuneiforme da medula do lado oposto. 
- Área postrema: lateral ao trígono do hipoglosso, região relacionada ao vômito 
desencadeado por estímulos químicos.. 
- Alteração na deglutição, de língua, sintoma de vômito → lesão no bulbo. 
- Área vestibular ativada por estímulo visual ativa a área postrema → enjoo na estrada, p. ex. 
- Dramin (ação extrapiramidal): antagonista da dopamina (responsável pela coordenação 
motora). 
Substância cinzenta homóloga à da medula 
- Núcleo ambíguo: núcleo motor para a musculatura estriada, de origem branquiomérica. 
Dele saem as fibras eferentes viscerais especiais do IX, X e XI pares cranianos, destinados 
à musculatura da laringe e da faringe. Situa-se profundamente no interior do bulbo. 
- Núcleo do hipoglosso: núcleo motor onde se originam as fibras eferentes somáticas para a 
musculatura da língua. Situa-se no trígono do hipoglosso, no assoalho do IV ventrículo, e 
suas fibras se dirigem ventralmente para emergir no sulco lateral anterior do bulbo, entre a 
pirâmide e a oliva. 
 
- Núcleo dorsal do vago: núcleo motor pertencente ao parassimpático, Nele estão situados os 
neurônios pré-ganglionares, cujos axônios saem pelo nervo vago. Corresponde à coluna 
lateral da medula. Situa-se no trígono do vago, no assoalho do IV ventrículo. 
- Núcleos vestibulares: são núcleos sensitivos que recebem as fibras que penetram pela 
porção vestibular do VIII par. Localizam-se na área vestibular do assoalho do IV ventrículo, 
atingindo o bulbo apenas os núcleos vestibulares inferior e medial. 
- Núcleo do trato solitário: é um núcleo sensitivo que recebe fibras aferentes viscerais gerais 
e especiais que entram pelo VII, IX e X pares cranianos. Antes de penetrarem no núcleo, as 
fibras têm trajeto descendente no trato solitário, que é quase totalmente circundado pelo 
núcleo. As fibras aferentes viscerais especiais que penetram no núcleo do trato solitário 
estão relacionadas com a gustação. 
- Núcleo do trato espinhal do nervo trigêmio: a este núcleo chegam fibras aferentes 
somáticas gerais, trazendo a sensibilidade de quase toda a cabeça pelos nervos V, VII, IX e 
X. Contudo, as fibras que chegam pelos nervos VII, IX e X trazem apenas a sensibilidade 
geral do pavilhão e conduto auditivo externo. 
- Núcleo salivatório inferior: origina fibras pré-ganglionares que emergem pelo nervo 
glossofaríngeo pela inervação da parótida. 
Substância cinzenta própria do bulbo 
- Núcleos grácil e cuneiforme: dão origem a fibras arqueadas internas que cruzam o plano 
mediano para formar o lemnisco medial. 
- Núcleo olivar inferior: recebe fibras do córtex cerebral, da medula e do núcleo rubro (situado 
no mesencéfalo). Liga-se ao cerebelo através das fibras olivocerebelares que cruzam o 
plano mediano, penetram no cerebelo pelo pedúnculo cerebelar inferior, distribuindo-se atodo o córtex do cerebelo. Essas conexões estão envolvidas na aprendizagem motora, 
fenômeno que nos permite realizar determinada tarefa com velocidade e eficiência cada vez 
maiores, após repetição. 
- Núcleos olivares acessórios medial e dorsal​: mesma estrutura, conexão e função que o 
núcleo olivar inferior, constituindo com este o complexo olivar inferior. 
Substância branca do bulbo 
- Fibras transversais/arqueadas: 
↳ Internas e externas. 
- Fibras longitudinais: formam as vias ascendentes, descendentes e de associação do bulbo. 
↳ Vias ascendentes: 
1) fascículos grácil e cuneiforme; 
2) lemnisco medial: fibras terminam no tálamo; 
3) trato espinotalâmico lateral; 
4) trato espinotalâmico anterior; 
5) trato espinocerebelar anterior; 
6) trato espinocerebelar posterior; 
7) pedúnculo cerebelar inferior: fibras olivocerebelares, fibras do trato 
espinocerebelar posterior e fibras arqueadas externas. 
↳ Vias descendentes: 
1) trato corticoespinhal lateral e anterior: lateral e medial da medula; 
2) trato rubroespinhal (extrapiramidal): lateral da medula; 
3) trato tetoespinhal, tratos vestibuloespinhais e tratos reticuloespinhais: 
medial da medula; 
4) trato corticonuclear: no bulbo, termina nos núcleos ambíguo e do 
hipoglosso; 
5) trato espinhal do trigêmio; 
6) trato solitário. 
↳ Vias de associação: são formadas por fibras que constituem o fascículo 
longitudinal medial, o qual liga todos os núcleos motores dos nervos cranianos, sendo especialmente 
importantes suas conexões com os núcleos dos nervos relacionados com o movimento do bulbo ocular (III, 
 
IV, VI) e da cabeça (XI para os mm. trapézio e esternocleidomastoideo). Recebe fibras dos núcleos 
vestibulares, trazendo impulsos que informam sobre a posição da cabeça. 
- Formação reticular do bulbo: onde localiza-se o centro respiratório, o centro vasomotor e o 
centro do vômito. 
 
● Ponte: 
- Situada ventralmente ao cerebelo e 
repousa sobre a parte basilar do osso 
occipital e o dorso da sela túrcica do 
esfenoide. 
- O limite superior é o sulco 
pontomesencefálico e o limite inferior, 
o sulco bulbopontino. 
- Fibras transversais convergem de 
cada lado para formar o ​pedúnculo 
cerebelar médio ​(braço da ponte), 
que penetra o cerebelo. 
- No limite entre a ponte e o pedúnculo 
cerebelar médio, emerge o ​nervo 
trigêmio (V par). Essa emergência se 
faz por duas raízes, uma maior 
(sensitiva) e outra menor (motora). 
- Longitudinalmente, na superfície ventral da ponte, existe o ​sulco basilar​, que aloja a artéria 
basilar. 
- Do sulco bulbopontino, emergem de cada lado, a partir da linha mediana, o VI (entre a 
ponte e a pirâmide do bulbo), o VII (emerge medialmente ao VIII par) e o VIII (emerge 
próximo a um pequeno lóbulo do cerebelo, flóculo) pares cranianos. 
- Entre o s nn. VII e VIII: n. intermédio (ramo do facial). 
- Dorsalmente, está o tegmento pontino e, ventralmente, a base da ponte. 
- A estrutura do tegmento pontino continua-se caudalmente com o bulbo e cranialmente com 
o tegmento do mesencéfalo. Apresenta fibras ascendentes, descendentes e transversais, 
além de núcleos cranianos e a substância cinzenta própria da ponte. 
- Ângulo pontocerebelar: no sulco 
bulbopontino, entre o tronco e o cerebelo. Nn. facial e 
vestibulococlear. 
↳ Tumor: perda da audição, paralisia facial periférica 
homolateral, cefaleia (↑PIC). 
- A base da ponte é uma área própria da 
ponte sem correspondente em outros níveis do tronco 
encefálico. 
↳ ​Fibras longitudinais: 
1) trato corticoespinhal: na 
base da ponte, forma vários feixes dissociados, não tendo a 
estrutura compacta que apresenta nas pirâmides do bulbo; 
2) trato corticonuclear: no 
caso da ponte, dirige-se aos núcleos do facial, trigêmio e 
abducente; 
3) trato corticopontino: suas fibras fazem sinapse com os neurônios dos 
núcleos pontinos. 
↳ ​Fibras transversais e núcleos pontinos: os núcleos pontinos são pequenos 
aglomerados de neurônios dispersos por toda a base da ponte. Neles termina, fazendo 
sinapse, as fibras corticopontinas. Os axônios dos neurônios dos núcleos pontinos 
 
constituem as fibras transversais da ponte/pontinas/pontocerebelares (cruzam o plano 
mediano e penetram no cerebelo pelo pedúnculo cerebelar médio). 
- O tegmento da ponte apresenta fibras ascendentes, descendentes e transversais, 
substância cinzenta homóloga à da medula, que são os núcleos dos pares cranianos III, V, 
VI, VII e VIII, substância cinzenta própria da ponte e formação reticular. 
- Núcleos do nervo vestibulococlear: 
↳ ​Núcleos cocleares, corpo trapezoide e lemnisco lateral: os núcleos cocleares são 
dois, o dorsal e o ventral. A maioria das fibras cruza para o lado oposto, constituindo o 
corpo trapezoide​. A seguir, essas fibras contornam o núcleo olivar superior e infletem-se 
cranialmente para constituir o ​lemnisco lateral​, terminando no colículo inferior, de onde os 
impulsos nervosos seguem para o corpo geniculado medial. Muitas fibras originadas dos 
núcleos cocleares sobem no lemnisco lateral do mesmo lado ou terminam nos núcleos 
olivares desse mesmo lado. Assim, ​a via auditiva apresenta componentes cruzados e não 
cruzados​, ou seja, o hemisfério cerebral de um lado recebe informações auditivas 
provenientes dos dois ouvidos. 
↳ ​Núcleos vestibulares: localizam-se no assoalho do IV ventrículo, onde ocupam a 
área vestibular (cranial às estrias medulares). São quatro (lateral, medial, superior e 
inferior). Recebem impulsos nervosos originados na parte vestibular do ouvido interno e que 
informam sobre a posição e os movimentos da cabeça. Esses impulsos passam pelos 
neurônios sensitivos do gânglio vestibular e chegam aos núcleos vestibulares pelos 
prolongamentos centrais desses neurônios, que, em conjunto, formam a parte vestibular do 
nervo vestibulococlear. Chegam ainda, aos núcleos vestibulares, fibras provenientes do 
cerebelo, relacionadas com a manutenção do equilíbrio. Emite fibras eferentes na 
composição: 
1) fascículo vestibulocerebelar; 
2) fascículo longitudinal medial: está envolvido nos reflexos que permitem ao 
olho ajustar-se aos movimentos da cabeça; 
3) trato vestibuloespinhal: fibras eferentes importantes na manutenção reflexa 
do equilíbrio; 
4) fibras vestibulotalâmicas. 
- Núcleos do nervo facial e abducente: as fibras emergem do núcleo facial e percorrem um 
caminho até se curvarem em torno do núcleo do abducente, na eminência medial (entre o 
sulco mediano e o sulco limitante), constituindo o joelho interno do n. facial, o ​colículo facial​. 
Lesões conjuntas de ambas estruturas podem ocorrer. 
- Núcleo salivatório superior e núcleo lacrimal: pertencem ao SNA craniano, dão origem a 
fibras pré-ganglionares que emergem pelo n. intermédio, conduzindo impulsos para a 
inervação das glândulas submandibular, sublingual e lacrimal. 
- Núcleos do nervo trigêmio: na ponte, estão o núcleo sensitivo principal, o núcleo do trato 
mesencefálico e o núcleo motor (fibras para os mm. mastigadores). Núcleos sensitivo 
principal e do trato mesencefálico formam o ​lemnisco trigeminal​, que termina no tálamo. 
- Fibras longitudinais do tegmento da ponte:​ são os lemnisco lateral e trigeminal. 
- Formação reticular da ponte: onde se localiza o ​locus ceruleus (lateral e cranial ao sulco 
limitante), que contém neurônios ricos em noradrenalina,e os núcleos da rafe, situados 
ventralmente na linha média, contendo neurônios ricos em serotonina. 
↳ Noradrenalina: ativa o córtex para despertamento espontâneo do sono; ação 
antagonista à melatonina. 
 
● Quarto ventrículo: 
- Cavidade do rombencéfalo, situado entre o bulbo e a ponte, ventralmente, e o cerebelo, 
dorsalmente. 
- Continua caudalmente com o canal central do bulbo e cranialmente com o aqueduto 
cerebral, cavidade do mesencéfalo, através do qual o IV ventrículo se comunica com o III 
ventrículo. 
 
- A cavidade do IV ventrículo se prolonga de cada lado para formar os ​recessos laterais​. 
Esses recessos comunicam-se de cada lado com o espaço subaracnóideo por meio das 
aberturas laterais do IV ventrículo (forames de Luschka). 
- Há também uma abertura mediana do IV ventrículo (forame de Magendie), situada no meio 
da cavidade caudal do teto do ventrículo, por meio da qual o LCE passa para o espaço 
subaracnóideo. 
- A ​fossa romboide é a denominação da região do assoalho do IV ventrículo. Tem a forma de 
um losango e é limitada superolateralmente pelos pedúnculos cerebelares superiores. Os 
limites inferolaterais são dados pelos pedúnculos cerebelares inferiores e pelos tubérculos 
grácil e cuneiforme do bulbo. 
- O teto do IV ventrículo é formado superiormente por uma fina lâmina de substância branca, 
o ​véu medular superior​, que está entre os dois pedúnculos cerebelares superiores e 
conecta o cerebelo à lâmina quadrigêmea. 
- Inferiormente, o teto do IV ventrículo é formado pelo véu medular inferior, outra lâmina de 
substância branca fixada às bordas do nódulo do cerebelo e da tela coroide do IV 
ventrículo. 
- A união do epitélio ependimário, que reveste o ventrículo, com a pia-máter forma a tela 
coroide que constitui o ​plexo coroide do IV ventrículo​, que produz o LCE. 
 
● Mesencéfalo: 
 
- O mesencéfalo 
interpõe-se entre a ponte e o 
diencéfalo. 
- O limite superior é 
dado pela linha que liga os corpos 
mamilares à comissura posterior, 
ambas estruturas do diencéfalo. O 
limite inferior é o ​sulco 
pontomesencefálico​. 
- É atravessado por 
um estreito canal, o ​aqueduto 
cerebral​, que separa o mesencéfalo 
em teto, anteriormente, e pedúnculo 
cerebral, posteriormente. 
- Ventralmente, o 
tegmento é separado da base por 
uma área escura, a ​substância negra​, 
núcleo compacto formado por 
neurônios que contêm melanina. É componente importante do sistema motor extrapiramidal 
e tem relação funcional com vários núcleos da base. Essa região é rica em neurônios 
dopaminérgicos → controle do movimento. 
↳ Degeneração dos neurônios dopaminérgicos: doença de Parkinson. 
- Correspondendo à substância negra na superfície do mesencéfalo, existem dois sulcos 
longitudinais: um lateral, ​sulco lateral do mesencéfalo​, e outro medial, ​sulco medial do 
pedúnculo cerebral​. Esses sulcos marcam, na superfície, o limite entre base e tegmento do 
pedúnculo cerebral. 
- Do sulco medial, emerge o ​nervo oculomotor (III par). A origem aparente desses nervos 
ocorre na face ventral do mesencéfalo, na ​fossa interpeduncular​, espaço existente entre os 
dois pedúnculos mesencefálicos que se dispõem convergindo suas extremidades inferiores. 
↳ III par: 1º nervo lesado em desvio de linha média. 
 
- O fundo da fossa interpeduncular é repleto de pequenos orifícios que permitem a passagem 
de vasos na direção do tegmento do mesencéfalo, região conhecida como substância 
perfurada a posterior. 
- O teto é a porção posterior do mesencéfalo, situado dorsalmente ao aqueduto do 
mesencéfalo. Está relacionado com a integração de várias funções sensoriais e motoras. 
- Na face dorsal do mesencéfalo, formada pelos colículos inferiores e superiores, está a 
lâmina do teto do mesencéfalo​, ou ​lâmina quadrigêmea​. Os colículos se ligam a pequenas 
eminências ovais do diencéfalo, os corpos geniculados, através de estruturas alongadas 
que são feixes de fibras nervosas denominadas braços dos colículos. 
- Os colículos inferiores estão associados aos corpos geniculados mediais (via auditiva/área 
pré-tetal) e os colículos superiores, aos corpos geniculados laterais (via óptica). 
- Caudalmente, a cada colículo inferior, emerge o IV par, o ​nervo troclear​. O IV par, único dos 
pares cranianos que emerge dorsalmente, contorna o mesencéfalo para surgir ventralmente 
entre a ponte e o mesencéfalo. 
- Colículo superior: 
↳ Formado por uma série de camadas superpostas, constituídas alternadamente 
por substância branca cinzenta. 
↳ A área nuclear dos colículos superior recebe fibras aferentes da via visual 
(oriundas da retina), da medula espinhal (trato espinotetal) e do colículo inferior. 
↳ Há fibras eferentes para a medula espinhal (trato tetoespinhal), para os núcleos 
dos nervos cranianos oculomotor e troclear. 
↳ Lesões dos colículos superiores podem resultar na perda da capacidade de mover 
os olhos no sentido vertical. 
- Colículo inferior: 
↳ Constituído de uma massa bem delimitada de substância cinzenta, o núcleo do 
colículo inferior. Esse núcleo recebe as fibras auditivas que sobem pelo lemnisco lateral e 
manda fibras ao corpo geniculado medial, através do braço do colículo inferior. 
↳ O corpo geniculado medial envia fibras nervosas ao córtex auditivo primário, os 
giros temporais transversos anteriores. 
↳ A lesão do colículo inferior pode causar perda auditiva parcial. 
- Área/núcleo pré-tetal: situada na extremidade rostral dos colículos superiores, no limite do 
mesencéfalo com o diencéfalo. Relaciona-se com o controle reflexo das pupilas. 
- Base do pedúnculo cerebral: 
↳ Formada pelas fibras descendentes dos tratos corticoespinhal, corticonuclear e 
corticopontino, que formam um conjunto compacto. 
↳ Tendo em vista o grande número de fibras descendentes que percorrem a base 
dos pedúnculos cerebrais, lesões aí localizadas causam paralisias que se manifestam do 
lado oposto ao da lesão 
- Tegmento do mesencéfalo: 
↳ É uma continuação do tegmento da ponte. 
↳ Substância cinzenta homóloga à da medula: 
 
1) Núcleo do nervo troclear: situa-se ao nível do colículo inferior. O IV par é o 
único que as fibras saem da face dorsal do encéfalo e o único cujas fibras 
decussam antes de emergir do SNC. 
2) Núcleo do nervo oculomotor: localiza-se no nível do colículo superior e está 
intimamente relacionado com o fascículo longitudinal medial. O complexo 
oculomotor pode ser funcionalmente dividido em uma parte somática e uma 
visceral: 
a) A parte somática contém os neurônios motores responsáveis pela 
inervação dos músculos reto superior, reto inferior, reto medial e 
levantador da pálpebra. 
 
b) A parte visceral é o núcleo ​Edinger-Westphal​, que contém os 
neurônios pré-ganglionares, cujas fibras fazem sinpases no gânglio 
ciliar e estão relacionadas com o músculo ciliar e do músculo 
esfíncter da pupila. Essas fibras pertencem ao parassimpático 
craniano e são muito importantes no reflexo do diâmetro da pupila 
em resposta a diferentes intensidades de luz. 
↳ Substância cinzenta própria do mesencéfalo: 
1) Núcleo rubro: localiza-se entre o aqueduto do mesencéfalo e a substância 
negra, medialmente aos lemniscos. É componente do sistema motor 
extrapiramidal (motricidade somática). Recebe fibras motoras do córtexcerebral, de núcleos da base e das fibras cerebelares que chegam ao 
tegmento do mesencéfalo pelo pedúnculo cerebelar superior. Há fibras 
eferentes que dão origem ao ​trato rubroespinhal​, que, após se cruzar no 
plano mediano da porção anterior do mesencéfalo (decussação dos tratos 
rubroespinhais), termina nos neurônios motores da medula, e é responsável 
pela motricidade voluntária da musculatura distal dos membros. Há também 
fibras eferentes para a formação reticular (​trato rubroreticular​), para o 
tálamo e para a substância negra. 
2) Substância negra​. 
3) Substância cinzenta central, ou periaquedutal: massa espessa de 
substância cinzenta que circunda o aqueduto cerebral. Tem papel 
importante na regulação da dor. 
↳ ​Substância branca: a maioria dos feixes de fibras descendentes do mesencéfalo 
não passa pelo tegmento, mas pela base do pedúnculo cerebral. Já as fibras ascendentes percorrem o 
tegmento e representam a continuação dos segmentos que sobem da ponte: os quatro lemniscos e o 
pedúnculo cerebelar superior. Em toda a extensão do tegmento mesencefálico, nota-se, próximo ao plano 
mediano, o fascículo longitudinal medial, que constitui o feixe de associação do tronco encefálico. 
 
1) Lemnisco medial: é o mais anterior dos lemniscos mesencefálicos. É 
formado no bulbo e ascende em direção ao tálamo com fibras provenientes 
dos fascículos grácil e cuneiforme. 
2) Lemnisco espinhal: estrutura relacionada com a sensibilidade à dor, 
temperatura, pressão e tato protopático. Ascendem passando pelo 
mesencéfalo. 
3) Lemnisco trigeminal: contém fibras de todos os componentes sensitivos 
associados aos ramos do nervo trigêmio que ascendem para o tálamo. 
Considerando-se o nível dos colículos superiores, está no extremo posterior 
da região dos lemnisco mesencefálicos. 
4) Lemnisco lateral: só ascende até o nível dos colículos inferiores. A estrutura 
é relacionada com a audição e recebe fibras oriundas dos núcleos 
cocleares dorsal e ventral. Essas fibras se unem, seguem até o colículo 
inferior e depois para o corpo geniculado medial. 
↳ ​Formação reticular: área tegmentar ventral, com neurônios ricos em dopamina, e 
núcleos da rafe, continuação de estruturas do mesmo nome da ponte, contendo neurônios ricos em 
serotonina. 
 
Vascularização do tronco encefálico 
 
 
● A. espinhal anterior: medula. 
● A. cerebelar inferior posterior (PICA): 
irriga parte lateral do bulbo e parte 
posteroinferior do cerebelo. 
● Aa. pontinas: ponte. 
● A. cerebelar inferior anterior (AICA): 
parte anteroinferior do cerebelo. 
● A. cerebelar superior: irriga grande 
parte do cerebelo e do mesencéfalo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
● CASO CLÍNICO DA AULA: homem, 51 anos, português, tontura repentina, vômitos intensos, 
dormência no lado direito da face e ligeira dificuldade na deglutição. 
- Exame neurológico: não consegue permanecer de pé, descontrole no MID, tendência a 
desvios à direita, força preservada, incoordenação motora à direita (pedúnculo cerebelar 
inferior), tônus diminuído no lado direito, disfagia (XII par), hemiparestesia à esquerda (trato 
espinotalâmico lateral), anestesia à direita na face (V par), ptose palpebral (VII par) e miose 
à direita (lesão do SNS). 
- D.S.: síndromes do equilíbrio, sensitiva e do nervo craniano. 
D.A.: bulbo e cerebelo (ressonância do crânio). 
D.E.: lesão súbita da PICA (síndrome de Wallenberg).

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