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AVC-DOENÇACEREBROVASCULAR

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ASSOCIAÇÃO EDUCACIONAL DOM BOSCO 
FACULDADES DE FILOSOFIA, CIÊNCIAS E LETRAS 
CURSO BACHAREL EM ENFERMAGEM 
PRÁTICAS DE ENFERMAGEM NO CICLO DE VIDA DO IDOSO 
 
 
 
 
 
 
 
 
Doença Cerebrovascular (AVC) 
Ana Júlia Américo 18266114 
Gissele Rodrigues 18266089 
Samara Andrade 18266093 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESENDE 
2020 
 
ASSOCIAÇÃO EDUCACIONAL DOM BOSCO 
FACULDADES DE FILOSOFIA, CIÊNCIAS E LETRAS 
CURSO BACHAREL EM ENFERMAGEM 
PRÁTICAS DE ENFERMAGEM NO CICLO DE VIDA DO IDOSO 
 
 
 
 
 
Doença Cerebrovascular (AVC) 
 
 
 
 
 
Doença Cerebrovascular (AVC), 
apresentado a Profª Kellem Raquel 
Brandão de Oliveira Torres como 
requisito parcial para atendimento do 
plano de ensino e cronograma de 
atividades relativas à avaliação de 4° 
bimestre para a disciplina de Práticas 
de Enfermagem no Ciclo de Vida do 
Idoso da Associação Educacional 
Dom Bosco, Faculdade de Filosofia, 
Ciências e Letras. 
 
Acadêmicas: Ana Júlia Américo, 
Gissele Rodrigues e Samara 
Andrade. 
 
 
 
 
RESENDE 
2020 
LISTA DE SIGLAS 
 
AVC – Acidente Vascular Cerebral. 
AVCH – Acidente Vascular Cerebral Hemorrágico. 
AVCI – Acidente Vascular Cerebral Isquêmico. 
AVE – Acidente Vascular Encefálico. 
EAC – Endarterectomia de Carótida. 
ECA – Enzima Conversora de Angiotensina. 
ECG – Eletrocardiograma. 
EV – Endovenosa. 
ITR – Infecção do Trato Respiratório. 
ITU – Infecção do Trato Urinário. 
LAPSS – Los Angeles Prehospital Stake Screen. 
MAV – Mal Formação Arteriovenosa. 
NIHSS – National Institute of Health Stroke Scale. 
OMS – Organização Mundial da Saúde. 
PIC – Pressão Intracraniana. 
RM – Ressonância Magnética. 
TC – Tomografia Computadorizada. 
TEPT – Transtorno de Estresse Pós-traumatico. 
TVP – Trombose Venosa Profunda. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
1. INTRODUÇÃO .............................................................................................. 6 
2. OBJETIVO .................................................................................................... 7 
3. DESENVOLVIMENTO .................................................................................. 7 
3.1. Conceito ................................................................................................. 7 
3.2. Classificação ........................................................................................... 7 
3.2.1. Acidente Vascular Cerebral Isquêmico (AVCI) ............................. 7 
3.2.2. Acidente Vascular Cerebral Hemorrágico (AVCH) ....................... 8 
3.3. Causas ...................................................................................................... 8 
3.3.1. Acidente Vascular Cerebral Isquêmico ................................................ 8 
3.3.2. Acidente Vascular Cerebral Hemorrágico ............................................ 9 
3.4. Fatores de Risco .................................................................................... 10 
3.4.1. Fatores de risco não modificáveis ...................................................... 10 
3.4.2. Fatores de risco modificáveis ............................................................. 10 
3.5. Manifestações Clínicas .......................................................................... 12 
3.5.1. Acidente Vascular Cerebral Isquêmico ....................................... 12 
3.5.2. Acidente Vascular Cerebral Hemorrágico ................................... 12 
3.6. Diagnóstico ............................................................................................ 13 
3.6.1. Diagnóstico do AVC Isquêmico e Hemorrágico .................................. 13 
3.7. Tratamento ............................................................................................. 14 
3.7.1. Tratamento Acidente Vascular Cerebral Isquêmico ................... 15 
3.7.2. Tratamento Acidente Vascular Cerebral Hemorrágico .............. 16 
3.8. Complicações Possíveis ....................................................................... 16 
3.9. Prevenção ............................................................................................... 18 
3.9.1. Acidente Vascular Cerebral Isquêmico .............................................. 18 
3.9.2. Acidente Vascular Cerebral Hemorrágico .......................................... 19 
4. Exemplo de Caso Clínico ......................................................................... 19 
4.1. Proposta de prescrição de enfermagem ............................................... 20 
4.1.2. Diagnóstico.......................................................................................... 20 
4.1.3. Intervenção de Enfermagem .............................................................. 21 
4.1.4. Resultado Esperado ............................................................................ 23 
5. CONCLUSÃO ............................................................................................. 25 
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................... 26 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
1. INTRODUÇÃO 
No Brasil, bem como em vários países em desenvolvimento, a população 
idosa vem crescendo continuamente, elevando consigo os fatores responsáveis 
pelo surgimento de doenças crônicas não transmissíveis. O envelhecimento, no 
qual se considera um processo natural em todos indivíduos, é tipificado por 
mudanças gradativas que ocorrem ao longo da vida associadas tanto à idade, 
quanto a aspectos sociais, culturais, psicológicos e até mesmo espirituais. Pode-
se dizer, que o envelhecer biológico se apresenta em cada ser humano de modo 
singular, podendo ser fisiológico (senescência) e patológico caracterizado por 
declínio no funcionamento dos sistemas do corpo (senilidade). Em vista disso, 
designado como uma das patologias mais prevalentes em idosos, o Acidente 
Vascular Cerebral (AVC) – déficit neurológico de origem vascular, considerado 
um problema de saúde pública – exibe elevados níveis de morbidade e 
mortalidade, podendo ocasionar incapacidades funcionais como, dificuldades no 
desempenho de determinados gestos e atividades de vida cotidiana, que 
manifestam-se de forma efêmera ou permanente, capaz de restringir a 
autonomia e independência. Logo, é fundamental que haja rápida identificação 
dos sinais e sintomas, para um diagnóstico e tratamento adequado, com o intuito 
de reduzir as incapacidades prováveis. Diante deste contexto, o presente 
trabalho exibirá mais sobre o AVC, que consoante a Organização Mundial da 
Saúde (OMS), se destaca como a segunda maior causa de morte no mundo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
2. OBJETIVO 
Apresentar informações sobre os conceitos do AVC, seus elementos 
causais, manifestações clínicas, dentre outros pontos relevantes associados à 
essa patologia; a fim de ampliar o conhecimento dos discentes de Enfermagem 
a respeito da mesma. 
 
3. DESENVOLVIMENTO 
3.1. Conceito 
O Acidente Vascular Cerebral (AVC), trata-se de uma condição onde a 
circulação sanguínea destinada ao cérebro é interrompida durante seu trajeto, 
levando ao não suprimento de oxigênio e consequentemente impedindo que as 
células cerebrais sejam nutridas. Dessa maneira, é desencadeada uma série de 
alterações cognitivas, sensoriais e/ou motoras, dependendo da(s) área(s) 
afetada(s), podendo causar, por exemplo, perda de força, sensibilidade, 
distúrbios de linguagem e visuais, perda do equilíbrio ou coordenação, paralisia 
em um dos lados do corpo, dentre outras. 
Além disso, o AVC também pode ser conhecido como Acidente Vascular 
Encefálico (AVE), termo este utilizado frequentemente nos últimos anos por 
alguns profissionais devido ao entendimento de que este acontecimento pode 
ocorrer em todo o encéfalo (cérebro, tronco encefálico e cerebelo) e não apenas 
no cérebro (hemisférios cerebrais). 
 
3.2. Classificação 
O Acidente VascularCerebral (AVC) é uma obstrução ou rompimento que 
ocorre no fluxo sanguíneo, impedindo a chegada do sangue ao cérebro, 
ocasionando paralisia da região afetada, sendo assim o AVC pode ser 
classificado de duas formas, como o AVC isquêmico e o AVC hemorrágico. 
 
3.2.1. Acidente Vascular Cerebral Isquêmico (AVCI) 
É o mais comum, ocorre quando há um bloqueio no vaso que dificulta a 
passagem do sangue até o cérebro. O AVC isquêmico pode estar associado a 
um trombo que é um coagulo sanguíneo que se forma na parede do vaso 
8 
 
sanguíneo; ou por um êmbolo, caracterizado por um trombo que se desloca da 
corrente sanguínea até ficar preso em um vaso menor que sua extensão. 
 
3.2.2. Acidente Vascular Cerebral Hemorrágico (AVCH) 
É o mais raro, porém tem altos índices de mortalidade, esse AVC é 
identificado quando ocorre um rompimento de um vaso cerebral, que ocasiona 
sangramento (hemorragia) em algum local do sistema nervoso, lesionando e 
provocando um inchaço daquela região. A hemorragia pode atingir o interior do 
tecido cerebral (AVC hemorrágico intraparenquimato) ou a superfície cerebral, 
entre o cérebro e a meninge (AVC hemorrágico subaracnóideo). Portanto é 
compreendido que o AVC hemorrágico é dividido em dois grupos as hemorragias 
intraparenquimatosas que estão associadas a hipertensão arterial e 
aterosclerose cerebral e as hemorragias subaracnóideas que ocorre perto da 
superfície cerebral, entre o cérebro e a meninge, nas quais as malformações 
vasculares têm papel importante na etiopatogênese. 
A diferença entre o AVC isquêmico e o AVC hemorrágico é que os 
sintomas do hemorrágico podem se agravar rapidamente, porem a melhor forma 
de constatar qual o tipo do AVC é a realização de um exame de imagem 
urgentemente. 
 
3.3. Causas 
3.3.1. Acidente Vascular Cerebral Isquêmico 
Em um AVC isquêmico, há uma interrupção do fluxo sanguíneo cerebral 
devido à obstrução de um vaso sanguíneo, no qual inicia-se uma série complexa 
de eventos metabólicos celulares, denominados Cascata Isquêmica. Pode-se 
afirmar, que no início dessa cascata, existe uma região de penumbra de baixo 
fluxo cerebral, em torno do infarto, que associado à uma intervenção oportuna, 
pode ser recuperada. Em relação às causas, seguem algumas abaixo: 
 
 Trombose de grandes artérias (placas ateroscleróticas nos grandes 
vasos sanguíneos do cérebro, no qual ocorre a formação de trombos e oclusão 
da aterosclerose, resultando em privação do suprimento sanguíneo – isquemia 
e infarto); 
9 
 
 Trombose de pequenas artérias penetrantes (causa mais comum, 
que afetam um ou mais vasos, denominado como AVC lacunares, em razão da 
cavidade criada depois da morte do tecido cerebral infartado); 
 Embolia cardiogênica (associados à arritmia cardíaca, e tem como 
maior fator desencadeante a fibrilação atrial – alterações nas válvulas cardíacas 
que causam tromboses ventriculares); 
 Criptogênica (sem origem conhecida). 
 
3.3.2. Acidente Vascular Cerebral Hemorrágico 
O AVC hemorrágico representa 15 a 20% dos distúrbios vasculares 
cerebrais e são causados pelo sangramento dentro do tecido cerebral, dos 
ventrículos ou do espaço subaracnóideo e está relacionado essencialmente à 
hipertensão arterial. É oportuno dizer, que o aumento crônico da pressão nas 
artérias, sobretudo se é ignorado ou mal tratado, conduz a uma fragilização das 
paredes arteriais, do que poderá resultar uma ruptura e consequentemente em 
hemorragia. Logo, a seguir têm-se as principais causas: 
 Hemorragia Intracerebral (Comum em pacientes com hipertensão 
e aterosclerose, pois as alterações dessas doenças causam ruptura do vaso 
sanguíneo e desencadeiam o sangramento. As principais regiões acometidas 
são os lobos cerebrais, núcleos da base, tálamo, tronco encefálico e cerebelo); 
 Aneurisma Cerebral (Devido à dilatação das paredes de uma 
artéria. Suas causas são desconhecidas; porém, conforme algumas pesquisas 
podem estar associadas à aterosclerose – como resultado da lesão endotelial da 
parede íntima do vaso e fraqueza subsequente); 
 Mal Formação Arteriovenosa - MAV (Anormalidade no 
desenvolvimento embrionário que leva a um emaranhamento de artérias e veias 
no cérebro, com ausência de leito capilar, resultando na dilatação dessas 
estruturas e por final a ruptura); 
 Hemorragia Subaracnóidea (Extravasamento súbito de sangue na 
camada mediana das meninges – entre a dura-máter e pia-máter, no qual pode 
resultar de MAV, Traumatismo, Hipertensão, ou como sucede comumente de um 
Aneurisma na área do polígono de Willis – estrutura simétrica que irriga todo o 
cérebro). 
10 
 
 
3.4. Fatores de Risco 
Diversos fatores de risco contribuem para o surgimento do AVC, e os 
mesmos se dividem em modificáveis e não modificáveis. 
 
3.4.1. Fatores de risco não modificáveis 
Os fatores de risco caracterizados como não modificáveis são aqueles em 
que os profissionais de saúde não podem intervir ou alterar. Torna-se válido 
relatar, que embora não possam proceder diretamente sobre esses fatores, é 
importante o conhecimento sobre eles, pelo fato de elevarem o risco e 
necessitarem ser observados em conjunto aos modificáveis no agravamento que 
o paciente possa ter e no plano de assistências a ser executado. Dentre eles 
estão: idade (pessoas com 50 anos ou mais, têm probabilidade de ocorrência 
para o AVC); sexo (sexo masculino tem um índice mais elevado, comparado ao 
feminino, no entanto a proporção de homens e mulheres com AVC é 
equivalente); raça/cor (alta incidência de AVC em negros se comparado aos 
brancos; grupos étnicos hispânicos, indígenas inerentes da América, do Alasca 
e asiáticos também apresentam um maior risco em relação aos brancos no AVC) 
e genética/história familiar (considerada como complemento para o 
desenvolvimento desta doença; entre os fatores associados a este risco estão: 
herança do estilo de vida (alimentação rica em sódio); diminuição do grau de 
atividades físicas, baixa condição socioeconômica; herança genética (colesterol, 
hipertensão arterial sistêmica e diabetes mellitus). 
 
3.4.2. Fatores de risco modificáveis 
Os fatores de risco modificáveis são os quais pode-se influenciar, mudar, 
prevenir, diagnosticar e tratar. São alvos dos profissionais que atuam na área da 
saúde, no objetivo de identificar e modificar a situação clínica do paciente, visto 
que estes fatores em conjunto proporcionam o desenvolvimento do AVC. Tais 
abrangem: 
 Hipertensão arterial (principal fator, no qual pode danificar as 
artérias cerebrais de diversos calibres e inclusive sua estrutura; desencadeando 
a aterosclerose, degeneração fibrinóide e lipohialinose, assim causando 
11 
 
variações histopatológicas de lesão arterial, provocando o aparecimento de 
Acidente Vascular Cerebral); 
 
 Doenças cardiovasculares (como fibrilação atrial, cardiopatia 
coronariana, cardiopatia congênita, doenças valvulares, endocardite, 
Insuficiência cardíaca, hipertrofia ventricular esquerda, Infarto agudo do 
miocárdio, cardiopatia reumática são considerados fatores de risco para o 
desenvolvimento do AVC, pois a embolia pode ser originada do coração); 
 
 Dislipidemias (considerada como um dos principais motivos de 
patologias cerebrovasculares como aterosclerose que reduz o fluxo de sangue 
e assim pode provocar o AVC); 
 
 Obesidade (evidente para o surgimento do AVC; o excesso da 
ingestão calórica e o sedentarismo são considerados uma importante motivação 
para a obesidade; além de ser um fator para o surgimento de outros fatores de 
risco, pois provoca a aterosclerose que ocasiona a hipertensão arterial, que irá 
desencadear o espessamento da parede das artérias, diminuindo a luz do vaso 
e como resultado a possível ocorrência de Acidente Vascular Cerebral); 
 
 Diabetes mellitus (um fator de risco importante para o AVC, mais 
do que duplica o risco do tipo isquêmico. Ocasiona redução das artérias,vasos 
e capilares, devido os traumas microvasculares e macrovasculares, que provoca 
a isquemia do encéfalo, por contribuir para a redução do sangue que vai para o 
encéfalo); 
 
 Tabagismo (expande o risco de isquemia cerebral e hemorragia 
subaracnóidea, sendo ainda incluso nas taxas quanto ao contingente de risco 
para hemorragias; o risco de Acidente Vascular Cerebral é reduzido após o 
cessamento da prática de fumar) e abuso de drogas; 
 
 Alcoolismo (ingestão excessiva de álcool acarreta o 
desenvolvimento do AVC, pois leva à hipertensão arterial e a dislipidemias); 
 
12 
 
 Uso de contraceptivo oral (provoca estase sanguínea e 
hipercoagulabilidade, ocasionando risco para tromboembolismo venoso e 
evidenciando o risco de desenvolver doenças cardiovasculares, e possivelmente 
levar ao AVC; o risco para o hemorrágico com o uso de anticoncepcionais tem 
menos relevância, comparado ao isquêmico); 
 
 Anticorpo antifosfolipídeo (por ser desordenamento autoimune que 
compõe o sistema de coagulação sanguínea e se manifesta com trombose 
arterial e venosa e consequentemente a um AVC); 
 
 Processo inflamatório (significativo no desenvolvimento do AVC, 
tanto no hemorrágico quanto no isquêmico, devido à concentração de células 
inflamatórias, especialmente os monócitos e os macrófagos no interior do vaso 
sanguíneo, levando ao rompimento da placa de ateroma e o surgimento de um 
trombo, aumentando a chance de desenvolver o AVC) e hematócrito elevado. 
 
3.5. Manifestações Clínicas 
3.5.1. Acidente Vascular Cerebral Isquêmico 
 
As áreas que não recebem sangue ficam danificadas podendo causar: 
 Dormência ou Fraqueza da Face, Braço, Perna, especialmente em 
um dos lados do corpo. 
 Alteração na fala, na visão, na percepção, esquecimento entre 
outras. 
 
3.5.2. Acidente Vascular Cerebral Hemorrágico 
 
Os sintomas se caracterizam por uma perda neurológica súbita, como: 
 Cefaleia Explosiva 
 Hemiplegia: fraqueza em um lado do corpo. 
 Fraqueza muscular. 
 Nível de Consciência Diminuído. 
13 
 
 Dificuldade em falar, articular palavras – pode estar associado 
quando o AVC hemorrágico atinge o hemisfério central dominante. 
 Alterações visuais. 
 Sintomas motores ou sensitivos, com demência no rosto, mãos e 
pernas. 
 Episódios de sonolência ou coma, varia a cada caso. 
 
Os sintomas do AVC hemorrágico são capazes de se agravar 
progressivamente tendo como resultado a diminuição do nível de consciência e 
a deterioração dos reflexos neurológicos, podendo também surgir desmaio e 
convulsão; esses agravos varia de pessoa para a pessoa, porém os sintomas 
descritos é uma hipótese que provavelmente seja um AVC hemorrágico. 
 
3.6. Diagnóstico 
3.6.1. Diagnóstico do AVC Isquêmico e Hemorrágico 
A triagem em pacientes com doença cerebrovascular tem um papel 
essencial, pois o reconhecimento precoce de um sinal ou sintoma de AVC, pode 
resultar no tratamento imediato, com repercussão no prognóstico. Logo, com o 
intuito de elevar a acurácia da suspeita diagnóstica de AVC na triagem, Escalas 
validadas devem ser utilizadas em serviços de emergência, sendo elas: 
 
 Los Angeles Prehospital Stake Screen (LAPSS), considera-se a 
história clínica do paciente e positiva caso o mesmo apresente desvio de rima 
e/ou perda de força motora em membros superiores; 
 
 CINCINNATI, utilizado em questões de urgência e emergência, 
diferenciando da LAPSS, por considerar apenas os sinais, exceto a história 
clínica; 
 
 FAST, usada para detectar a doença na região anterior do cérebro; 
Face (paralisia facial), Arm (fraqueza nos braços), Speak-Speech (dificuldade na 
fala, Time (horário de início dos sintomas); 
14 
 
 National Institute of Health Stroke Scale (NIHSS), baseada em 
exame neurológico básico em que as alterações encontradas são pontuadas a 
fim de se quantificar a magnitude da lesão encefálica. 
 
Ademais, é importante enfatizar, que a avaliação clínica dos pacientes 
com quadro suspeito de AVC é incapaz de distinguir se a lesão é isquêmica ou 
hemorrágica; dessa forma, é preciso realizar uma Ressonância Magnética (RM) 
ou Tomografia Computadorizada (TC) sem contraste – exame complementar 
inicial, na qual deve ser realizada em 25 min ou menos após a chegada do cliente 
no serviço de emergência para determinar o tamanho, a localização do 
hematoma, presença ou ausência de sangue no ventrículo e de hidrocefalia, e 
se o evento é isquêmico ou hemorrágico. 
Na investigação diagnóstica para o AVC Isquêmico, abrange a tentativa 
de identificar a fonte dos trombos ou êmbolos, sendo assim, existem os exames 
padrão como, o Eletrocardiograma (ECG) de 12 derivações e Ultrassonografia 
das carótidas. Além desses, pode-se haver Angitomografia computadorizada ou 
perfusão por TC; Angiorressonância magnética dos vasos cerebrais e do 
pescoço; Doppler transcraniano; Ecocardiografia transtorácica ou 
transesofágica; TC intensificada com xenônio; e Tomografia computadorizada 
por emissão de fóton único. 
A angiografia cerebral ratifica o diagnóstico de aneurisma intracraniano ou 
MAV, mostrando a localização e o tamanho da lesão, e igualmente à TC e RM 
fornece informações sobre as artérias, veias, vasos adjacentes e ramos 
vasculares afetados. Caso não haja presença de Pressão intracraniana (PIC), os 
resultados da TC derem negativos e necessite de confirmação da hemorragia 
subaracnóidea, realiza-se punção lombar. 
 
3.7. Tratamento 
É importante que a família ou o paciente não esperem aparecer todos os 
sinais de um possível derrame, pacientes com AVC que chega ao hospital devem 
ser tratados urgentemente, é necessário que o paciente seja encaminhado ao 
setor de diagnóstico por imagem para realizar uma tomografia computadorizada 
(TC) do crânio e um médico neurologista deve avaliar o exame definindo a 
classificação do AVC para dar início ao tratamento correto diante do caso. 
15 
 
3.7.1. Tratamento Acidente Vascular Cerebral Isquêmico 
 
Se o diagnóstico for Acidente Vascular Cerebral Isquêmico o tratamento 
realizado representa o desbloqueio do vaso obstruído por seguinte, o fluxo 
sanguíneo seja normalizado. Essa desobstrução do vaso deve ser realizada em 
menor tempo possível (inferior a quatro horas) após o AVC para evitar 
complicações, sem a presença de hemorragia intracraniana, a desobstrução do 
vaso é realizada por uma administração de medicação via endovenosa (EV), o 
rt-PA. 
Os pacientes que sofrem de Acidente Vascular Cerebral Cardioembólicos 
são tratados com Varfarina em doses ajustadas, a não ser que haja uma 
contraindicação, se houver, o ácido acetilsalicílico é uma boa opção para 
substituir. 
As estatinas reduzem as ocorrências de doenças coronárias e acidentes 
vascular cerebral. É indicado também o uso de medicamentos baseados em 
histatina como a sinvastatina que é incluída na prevenção secundária de AVC. 
Após um tempo da ocorrência do AVC agudo, os fármacos anti-hipertensivos 
também auxiliam na prevenção secundária, os inibidores da enzima conversora 
de angiotensina (ECA) e os diuréticos tiazídicos podem da mesma forma 
contribuir na prevenção. 
A terapia trombolítica tem como finalidade de dissolver o coagulo 
sanguíneo, o início da terapia trombolítica promove uma redução do tamanho do 
AVC. A administração de t-PA requer alguns critérios como idade superior a 18 
anos, diagnóstico clínico de AVC isquêmico, momento do início do AVC, pressão 
arterial sistólica 18 mmHg; diastólica 110 mmHg, ausência de convulsão no início 
do AVC, paciente não faz uso de varfarina, tempo de protombina 15 s ou INR 
1,7, Não fazer uso de heparina durante as últimas 48 horas, ausência de 
hemorragia intracraniana, neoplasia, malformação arteriovenosa ou aneurisma, 
não realizou procedimentos nos últimos 14 dias, não apresentou AVC nos 
últimos 3 meses, ausência de sangramento gastrintestinal ou urinário nos últimos 
21 dias. 
A escalaNational Intitutes of Health Stroke Scale (NIHSS) deve ser 
aplicado antes do paciente receber o t-PA para avaliar qual o grau de gravidade 
do AVC. A dose de t-PA é determinada a partir do peso do paciente, sendo 0,9 
16 
 
mg/kg e dose máxima 90 mg, 10% da dose calculada é administrada sobre a 
forma de bolo intravenoso (IV) durante 1 minuto, e a dose remanescente é 
administrada por via IV durante 1 hora por bomba de infusão. É fundamental que 
os sinais vitais sejam controlados em 15min pelas primeiras 2 horas, e a cada 
30 min pelas 6 horas seguintes, ea cada uma hora até 24 horas após o 
tratamento. 
 
3.7.2. Tratamento Acidente Vascular Cerebral Hemorrágico 
 
Em casos de Acidente Vascular Cerebral Hemorrágico o tratamento deve 
conter imediatamente a hemorragia no primeiro momento, após esta fase o 
tratamento deve ser continuo buscando sempre a prevenção de novos casos de 
AVC. 
 O tratamento pode ser baseado em repouso no leito com sedação afim 
de evitar o ressangramento. Quando o sangramento é devido á anticoagulação 
por varfarina, a INR pode ser corrigida com plasma fresco congelado e vitamina 
K. Em casos de convulsões pode-se medicar o paciente com 
anticonvulsionantes, e analgésicos para dores de cabeça e pescoço. Uma das 
recomendações é que o paciente use dispositivos de compressão sequencial ou 
meias elásticas compressivas para evitar a trombose venosa profunda (TVP), e 
após a alta faça uso de medicamentos anti-hipertensivos para reduzir o risco de 
uma possível hemorragia intracerebral. 
O tratamento cirúrgico é outra forma de tratamento para acidente vascular 
cerebral hemorrágico, porém o aparecimento primário não é tratado 
cirurgicamente. A cirurgia é indicada em casos de quando o diâmetro do 
hematoma for < 3 cm e o escore da escala de Glasgow diminuir. 
 
3.8. Complicações Possíveis 
Nos idosos geralmente os AVCs são mais graves e por serem mais 
susceptíveis a infecções eles apresentam mais índices de complicações. 
As complicações do AVC isquêmico envolvem isquemia adicional, 
produção de radicais livres cerebrais, complicações médicas, febre, distúrbios 
metabólicos sistêmicos, edema, efeito de massa, entre outras causas. 
17 
 
As complicações do AVC hemorrágico variam de paciente para paciente, 
está também relacionado com histórico de vida do mesmo, as complicações que 
podem ser desenvolvidas são: vasopasmo, convulsões, hidrocefalia, 
ressangramento e hiponatremia. Outras complicações que pode ocorrer é no 
pós-operatório são os sintomas psicológicos (amnésia, síndrome de korsakoff, 
alteração na personalidade), embolização intra-operatória, oclusão pós-
operatória da artéria interna, desequilíbrio hidroeletrolítico e sangramento 
gastrintestinal. 
Em geral as complicações dos pacientes hospitalizados podem ser 
distinguidas por: trombose venosa profunda (TVP), úlceras de pressão, infecção 
do trato respiratório (ITR), infecção do trato urinário (ITU) e ombro doloroso. 
Quando o indivíduo sobrevive, ele pode evoluir com sequelas físicas com 
prometimento da força muscular e do controle motor, sequelas cognitivas, de 
comunicação, sensoriais e de percepção. 
Outras complicações que podem surgir são: 
 Paralisia: em um dos lados dos corpos, por isso é importante que 
o paciente deve permanecer em repouso no leito até segunda orientações. 
 Déficit sensitivo: o lado do corpo que é afetado pelo AVC também 
tem perda da sensibilidade. 
 Afasia: ocorre a perda da comunicação, da fala, ou de entender 
uma mensagem. A afasia pode ser em dois tipos a afasia de expressão “ quando 
o paciente entende o que fala, mas é incapaz de se expressar pela linguagem 
falada” e afasia de compreensão “quando ele consegue se expressar de todas 
as formas, mas não entende o que lhe é dito”. 
 Apraxias: Incapacidade de se expressar por gestos e mímicas e 
de realizar tarefas motoras em sequências. Exemplo: Sabe o que é uma chave 
e sabe o que é uma fechadura, mas simplesmente não consegue ligar na outra, 
realizando o ato de inserir a chave na fechadura. 
 Negligência: quando o próprio paciente negligencia uma área do 
seu corpo por falta de percepção da área afetada, como se não pertencesse ao 
mesmo. 
 Agnosia visual: Incapacidade de reconhecer objetos e pessoas 
através da visão, mesmo não estando comprometidos. 
18 
 
 Déficit de memória: Incapacidade de se lembrar de eventos 
recentes, recordando somente o passado, mais isso vai depender da área 
afetada. 
 Lesões no tronco cerebral: são caracterizadas por sequelas 
graves, como paralisia nos dois lados do corpo e dificuldades para engolir. 
 Alterações comportamentais: ocorre quando a lesão na parte 
frontal do cérebro, o idoso pode ficar agitado e raivosos. 
 Depressão: é comum em paciente que tem AVC apresentar 
depressão e os sintomas são comuns como tristeza, apatia, sono inadequado, 
transtornos alimentares. 
 Transtorno de estresse pós-traumatico (TEPT): é como ter o 
estresse pós-trauma os sintomas que caracterizam são pesadelos persistentes 
e tendência de o paciente evitar lembranças do evento, bem como frequência 
cardíaca e pressão arterial elevados. 
 
3.9. Prevenção 
3.9.1. Acidente Vascular Cerebral Isquêmico 
A prevenção primária continua sendo a melhor abordagem. Desse 
modo, ter um estilo de vida saudável, incluindo não fumar, manter um peso ideal, 
seguir uma dieta equilibrada, pobre em colesterol, gorduras saturadas e sal, 
conforme oriental profissional; e praticar exercícios físicos de maneira regular, 
podem reduzir o risco de ocorrência do AVC. Além disso, para os indivíduos que 
possuem alto risco, é imprescindível adotar intervenções que alterem os fatores 
de risco modificáveis, como tratamento da hipertensão arterial e da hiperglicemia 
e suspensão do tabagismo. 
Ademais, em relação aos pacientes com AVC isquêmico recorrente, 
foram identificados diversos métodos de prevenção. Dessa maneira, aqueles 
com estenose moderada a grave da carótida são tratados com endarterectomia 
de carótida (EAC) ou angioplastia da carótida e colocação de stent. Já os clientes 
com fibrilação atrial, que aumenta o risco de embolia, a administração de um 
anticoagulante que inibe a formação de coágulos pode impedir os AVC tanto 
trombóticos quanto embólicos. 
 
19 
 
3.9.2. Acidente Vascular Cerebral Hemorrágico 
A prevenção consiste no manejo da hipertensão e na melhora de outros 
fatores de risco significativos. Outrossim, as triagens para risco de AVC 
proporcionam uma oportunidade ideal para reduzir as chances para sua 
ocorrência, ao identificar pessoas ou grupos de alto risco e ao fornecer 
orientação aos pacientes e à comunidade sobre seu reconhecimento e 
prevenção. 
 
4. Exemplo de Caso Clínico 
R.P, 85 anos, viúvo, sexo masculino, cor parda, natural da cidade Santa 
Maria de Itabira-MG, atualmente reside em Ipatinga com a filha G.P.M, que 
também é a sua cuidadora. Foi diagnosticado com acidente vascular cerebral – 
AVC Isquêmico, há 3 anos, e atualmente necessita de cuidados intermitentes. 
Segundo informações colhidas (SIC) da filha, em fevereiro de 2017, o pai sofreu 
uma crise de confusão mental, período no qual ainda não morava com a mesma. 
O pai foi levado para o hospital e fez uma tomografia computadorizada de crânio, 
que constatou uma lesão. Desde março de 2017 mora com a filha. Há 
aproximadamente um ano, sofreu duas quedas da própria altura, mas sem 
maiores danos. O paciente é tabagista, não tem alergia medicamentosa 
conhecida. Faz uso das seguintes medicações: ECITALOPRAM 10mg, HALDOL 
1 mg, OMEPRAZOL 20mg, SINVASTATINA 20 mg, AAS 100mg. Na Anamnese 
o paciente apresentou se consciente, tranquilo, sem queixas, responde aos 
comandos verbais, e demonstrou boa aceitação na visita, sono preservado, 
alimentação pastosa por via oral com auxílio da filha, no leito, funções fisiológicas 
presentes, higiene corporal por banho de aspersão com auxílioda cadeira de 
banho. 
Ao Exame Físico: Avaliação Neurológica: Apresentou-se consciente, 
pupilas isocóricas, paresia e hemiplegia. Avaliação dos pares de Nervos 
Cranianos (Sistema Nervoso Periférico SNP): Nervo Olfatório: Hiposmia, Nervo 
Óptico: Sem alterações a acuidade visual. Nervo Oculomotor, Troclear e 
Abducente: movimento dos olhos normais e reflexo corneopalpebral presente. 
Cabeça: simétrica, couro cabeludo íntegro, em boas condições de higiene, 
cabelos ralos e finos; Fácies: pele e mucosas hipocoradas, narina íntegra, 
cavidade oral: dentição incompleta, língua higienizada, Pescoço: Inspeção 
20 
 
estática, pele hidratada; Inspeção dinâmica, movimenta somente do lado 
esquerdo, na palpação, não foi observado alterações, linfonodos não palpáveis. 
Tórax: simétrico, na ausculta cardíaca, bulhas normorrítmicas e normofonéticas 
em dois tempos, ausculta pulmonar; murmúrios vesiculares e broncovesiculares 
presentes, sem ruídos adventícios. Abdome: Inspeção: plano, sem alterações 
visíveis. Ausculta: ruídos hidroaéreos presentes. Percussão: som normal, 
timpânico. Palpação: superficial e profunda, encontra-se flácido, sema massas 
abdominais. Genitália: em uso de coletor urinário, diurese presente amarelo 
âmbar, boa quantidade, fezes pastosas em fralda. Incontinência urinária (SIC). 
Membros Inferiores: apresentam pele íntegra, panturrilha simétrica com 26 cm 
de diâmetro, deambulação prejudicada, e sente dores nos MMII devido à queda. 
– Adaptação de “CASO CLÍNICO: CUIDADOS DE ENFERMAGEM AO 
PACIENTE IDOSO FRÁGIL”. 
 
4.1. Proposta de prescrição de enfermagem 
 
4.1.2. Diagnóstico 
 
 Acidente Vascular Cerebral Isquêmico: 
 
1. Mobilidade física prejudicada relacionado a distúrbio neurológico 
evidenciado por hemiplegia. 
2. Dor aguda relacionado a queda evidenciado pela dor nos membros 
inferiores. 
3. Déficit de autocuidado relacionado as sequelas do AVC 
evidenciado por necessitar de cuidados intermitentes, receber alimentação 
pastosa com o auxílio da filha e higiene corporal com cadeiras de banho. 
4. Tensão do papel do cuidador relacionado a duração dos 
cuidados, evidenciado pela preocupação com a rotina de cuidados. 
5. Síndrome do Idoso Frágil relacionado ao equilíbrio prejudicado 
evidenciado por deambulação prejudicado e dores dos membros inferiores. 
21 
 
6. Incontinência urinária funcional, relacionada ao 
enfraquecimento das estruturas de suporte pélvico, evidenciada pela perda de 
urina. 
7. Risco de integridade da pele prejudicada relacionado a 
hemiplegia, e mobilidade diminuída. 
8. Risco de queda relacionado as sequelas do AVC e a idade. 
 
 Acidente Vascular Cerebral Hemorrágico: 
 
1. Perfusão tissular (cerebral) ineficaz relacionado com 
sangramento ou vasospasmo. 
2. Ansiedade relacionado com a doença e/ou restrições impostas 
pelo médico (precauções para aneurisma). 
 
4.1.3. Intervenção de Enfermagem 
 Acidente vascular cerebral isquêmico: 
 
 Melhora da mobilidade e prevenção das deformidades articulares, 
por meio da prevenção da adução do ombro, posicionamento das mãos e dos 
dedos, mudança de posição e estabelecimento de um programa de exercícios, 
devido ao fato do paciente apresentar hemiplegia (paralisia em uma das partes 
do corpo), é importante que haja um posicionamento correto afim de evitar as 
contraturas usando medidas para aliviar a pressão, ajudar na manutenção do 
alinhamento do corpo e impedir neuropatias compressivas, particularmente dos 
nervos ulnar e fibular. 
 
 Melhora do autocuidado: O retorno da capacidade funcional é 
importante para a recuperação após a ocorrência do AVC, embora o cliente 
possa se sentir desajeitado inicialmente deve ser incentivado a participar nas 
atividades de higiene pessoal como pentear o cabelo, escovar os dentes, 
barbear-se com um barbeador elétrico, tomar banho e comer são exemplos de 
atividades que podem ser realizadas com uma das mãos e devem ser 
estimuladas, buscando a independência do mesmo. 
22 
 
 Orientar a filha quanto aos dispositivos que podem auxilia-la no 
cuidado com o paciente: 
 Dispositivos para se alimentar: 
- Toalha antiderrapante para estabilizar os pratos. 
- Pratos com borda alta para evitar que os alimentos saiam do prato. 
- Utensílios de cabo longo para acomodar uma preensão fraca. 
 
 Dispositivos para tomar banho e se arrumar: 
- Esponja para banho com cabo longo. 
- Barras para apoio, tapetes antiderrapantes, chuveiros manuais. 
- Barbeadores elétricos com cabeça a 90° para manuseio. 
- Assentos para chuveiro e banheira, estacionários ou com rodas. 
 
 Dispositivos para se vestir 
- Fechos com Velcro. 
- Sapatos com cadarços elásticos. 
- Calçadeira de cabo longo. 
 
 Dispositivos para mobilidade: 
- Bengalas, andadores, cadeiras de rodas. 
- Dispositivos de transferência, como pranchas de transferência e cintos. 
 
 Obtenção do controle intestinal e vesical: Visto que o paciente 
apresenta incontinência urinária (relatado pela filha) e fezes pastosas com uso 
de fraldas geriátricas, é importante que o profissional da saúde oriente a filha 
verificar a diurese, sempre que houver eliminação, observando os aspectos de 
coloração e quantidade, além de se atentar para presença de eliminação 
intestinal e suas características (consistência, cheiro, formato, cor). 
 Manutenção da integridade da pele: Após o paciente sofrer um 
AVC pode correr risco de ruptura da pele e dos tecidos, devido à sensação 
alterada e incapacidade de responder à pressão e ao desconforto mudando de 
posição ou movimentando-se. A prevenção da ruptura da pele e dos tecidos 
exige uma avaliação frequente da pele com ênfase nas áreas ósseas e partes 
pendentes do corpo. Portanto, é fundamental estabelecer um horário de 
23 
 
mudança de posição (p. ex., a cada 2 h), mesmo quando são utilizados 
dispositivos de alívio de pressão para evitar a ruptura da pele e dos tecidos. 
 Melhora do enfrentamento familiar: A família é um fator primordial 
na recuperação do paciente, desse modo deve-se orientar a filha a participar das 
sessões de ensino e a usar sistemas de apoio que ajudarão a controlar o 
estresse físico emocional associado aos cuidados do cliente. Por se tratar de um 
processo de reabilitação demorado a filha recebe informações sobre os 
resultados esperados, e é aconselhada a evitar realizar atividades que o cliente 
é capaz de fazer sozinho. 
 
 Acidente Vascular Cerebral Hemorrágico: 
 
 Otimização da perfusão tissular cerebral: O cliente é rigorosamente 
monitorado à procura de deterioração neurológica em consequência de 
sangramento recorrente, elevação da PIC ou vasospasmo. Um fluxograma 
neurológico é mantido. A pressão arterial, o pulso, o nível de consciência (um 
indicador de perfusão cerebral), as respostas pupilares e a função motora são 
verificados de hora em hora. O estado respiratório é monitorado, visto que uma 
redução do oxigênio em áreas do encéfalo com comprometimento da 
autorregulação aumenta a probabilidade de infarto cerebral, desse modo 
quaisquer alterações devem ser relatadas imediatamente. 
 Alívio da ansiedade: Manter o cliente bem informado sobre o plano 
de cuidados proporcionando tranquilização, de forma que se realizada 
apropriadamente também ajuda a aliviar os medos e a ansiedade do cliente. 
 
4.1.4. Resultado Esperado 
 
 Acidente Vascular Cerebral Isquêmico: 
 
 Melhora da mobilidade. 
- Participa de programas de exercícios prescritos. 
- Utiliza o lado não afetado para compensar a perda de função do lado 
hemiplégico. 
24 
 
 Realização do autocuidado através de estímulos; cuidados de 
higiene; auxílio de equipamento. 
 Manutenção da pele sem ruptura e intacta 
- Apresenta turgor cutâneo dentro dos limites normais. 
- Participa nas atividades de mudança de posição. 
 Demonstração de atitudes e mecanismos de enfrentamento 
positivos por parte da filha. 
- Incentiva opai no programa de exercícios. 
- Participa ativamente no processo de reabilitação. 
 
 Acidente Vascular Cerebral Hemorrágico: 
 
 Avaliação neurológica estável e sinais vitais e padrões respiratórios 
nos limites normais. 
- Está alerta e orientado em tempo, lugar e pessoa. 
-Exibe padrões de fala compreensíveis e processos cognitivos estáveis. 
- Mostra força, movimentos e sensação habituais e iguais em todos os 
membros. 
- Apresenta reflexos tendinosos profundos e respostas pupilares dentro 
dos limites normais. 
 Nível de ansiedade reduzido. 
- Exibe processos de pensamento claros. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
25 
 
5. CONCLUSÃO 
De acordo com o que foi evidenciado anteriormente, pode-se concluir a 
necessidade do conhecimento sobre o Acidente Vascular Cerebral (AVC), 
principalmente na terceira idade, visto a sua elevada incidência e mortalidade, 
bem como pela probabilidade de ocorrência de sequelas, na maior parte 
irreversíveis e outras com agravamento progressivo, podendo comprometer a 
autoestima e autoimagem desta população, assim como sua interação com a 
família e a sociedade. Dessa forma, torna-se imprescindível a detecção precoce 
dos sinais e sintomas para o reconhecimento prévio da patologia, tratando-a de 
modo mais eficaz e evitando problemas secundários. Além disso, diante das 
inúmeras manifestações clínicas decorrentes da doença, a equipe de saúde, 
sobretudo o enfermeiro, possui o importante papel de planejar e implementar um 
plano de cuidados que contemple todas as necessidades apresentadas pelo 
paciente e colabore com a sua reabilitação, abrangendo desde o tratamento em 
nível hospitalar até o cuidado domiciliar. Portanto, a equipe de enfermagem deve 
atuar tanto na promoção, prevenção, recuperação e reabilitação, quanto no 
fornecimento de orientações ao paciente, familiares/cuidadores e comunidade, 
para que haja a diminuição do impacto decorrente do AVC e seja permitida uma 
melhor qualidade de vida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
26 
 
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
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