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Entrevista inicial 2

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Thainá Oliveira de Melo – Psicologia 
 
Projeto Terapêutico 
Verdadeiramente Psicanalítico: 
Significa dizer, que é um processo voltado para a 
obtenção de verdadeiras mudanças estruturais de 
caracterologia, conduta e o desabrochar de capacidades 
 Mesmo que haja a possibilidade que a motivação 
do paciente para um tratamento analítico não 
seja das melhores, o analista nunca deve 
perder de vista que essa pode ser a única 
maneira que aquele paciente encontrou para se 
abrir a uma análise. 
Também propicia a oportunidade de o psicanalista ter 
uma impressão mais segura de como o paciente 
processa a própria comunicação entre o seu consciente 
e o inconsciente 
 Se ele reconhece que está realmente 
necessitando de uma análise 
 Se está disposto a fazer mudanças em sua 
forma de viver 
O tipo de comunicação que se estabelece entre o par 
analítico pode ser altamente indicativo da personalidade 
do paciente 
 Permitindo observar de que maneira, sem se 
dar conta, o paciente se mobiliza nos outros 
efeitos iguais aqueles dos quais ele está se 
queixando e os que está se fazendo de vítima 
Por outro lado, o terapeuta deve ter uma ideia clara de 
seus próprios alcances e limitações. 
 Resumidamente, a finalidade maior da 
entrevista inicial é avaliar a analisabilidade e a 
acessibilidade do pretendente à análise 
É importante sempre levar em conta que o perfil do 
paciente que atualmente procura tratamento 
psicanalítico é muito diferente daquele que procurava a 
análise nos tempos de Freud 
 Sendo assim, o perfil do psicanalista 
contemporâneo sofreu profundas 
transformações em relação aos das gerações 
anteriores, acompanhando os passos das 
progressivas evoluções e novos conhecimentos 
da teoria, técnica e prática da psicanálise atual. 
Critério clássico empregado para a indicação ou 
contraindicação para uma análise padrão 
 Leva em conta muito especialmente os 
aspectos de diagnóstico clínico e os de 
prognóstico, em uma antecipação dos possíveis 
riscos e frustrações 
Disponibilidade e a capacidade de o paciente permitir um 
acesso ao seu inconsciente 
 Estando o interesse maior do psicanalista mais 
dirigido para sua “personalidade total” 
 impressão do analista mais como um 
“diagnóstico psicanalítico” 
 notadamente à reserva das suas latentes 
capacidades positivas. 
Mudança no perfil (Pessoas que 
na atualidade procuram análise) 
 1. importante mudança na estrutura familiar 
(redução da família nuclear) 
 2. Menor número de irmãos; 
Thainá Oliveira de Melo – Psicologia 
 
 3. Mudança nos papéis e posições dos pais 
(muito particularmente o da mãe); 
 4. As análises atuais duram mais tempo do que 
as feitas antigamente; 
 5. Existe uma acentuada modificação no estilo e 
ideologia da educação; 
 6. Independência mais rápida dos filhos 
 7. Libertação sexual mais precoce dos filhos; 
 8. Influência maciça da mídia na formação dos 
valores humanos (o mundo, cada vez mais, uma aldeia 
global); 
 9. Desenvolvimento da violência urbana, com 
uma preocupação quanto à insegurança (sobrevivência 
econômica e social); 
 10. Vida mais competitiva que exige maiores e 
mais constantes reasseguramentos narcisísticos etc. 
Situação psicanalítica 
 1. Mudaram a patologia, a estrutura da 
personalidade e os problemas existenciais das pessoas 
que procuram tratamento psicanalítico; 
 2. Raro os casos de pacientes que possuem 
sintomas psiconeuróticos; 
 3. Predominam os pacientes com neuroses 
mistas (transtornos caracterológicos, mais de natureza 
narcisística; aqueles que manifestam queixas vagas e 
difusas, com uma sensação de vazio, falsidade, futilidade 
e dificuldade para sentir os sentimentos, embora 
comumente, com uma super adaptação profissional); 
 4. Superficialidade nas relações afetivas e 
sociais; 
 5. Reações somáticas; 
 6. Baixa autoestima; 
 7. indefinição do sentimento de identidade. 
Nos últimos anos tem sido crescente a abertura das 
portas da psicanálise e, por conseguinte, a procura por 
parte de pessoas que apresentam um funcionamento 
psíquico muito regressivo 
 Uma outra finalidade da entrevista inicial é a 
possibilidade de o terapeuta poder observar, e 
pôr a prova, como o paciente reage e contata 
com os assinalamentos, ou a eventuais 
interpretações que lhe sejam feitas 
 Somo ele pensa e correlaciona os fatos 
psíquicos 
 Se demonstra uma capacidade para simbolizar, 
abstrair, dar acesso ao seu inconsciente 
 Se revela condições para fazer insight. 
Ela permite observar, de forma extremamente 
condensada, o essencial da biografia emocional do 
paciente, e daquilo que vai se desenrolar no campo 
analítico. 
 A formação na mente do psicanalista de um 
projeto terapêutico a ser desenvolvido, tem 
início na sua colheita de observações obtidas na 
entrevista inicial. 
Referências: 
Zimerman, David E. Fundamentos psicanalíticos recurso 
eletrônico: teoria, técnica e clínica: uma abordagem 
didática. David E. Zimerman. Dados eletrônicos. – Porto 
Alegre: Artmed, 2007.

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