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Circulação pulmonar, o sangue sai do VD direito, ia para o pulmão (sofrer hematose) e voltava para o átrio esquerdo. Fígado e rim são dois órgãos importantes para a manutenção do equilíbrio e eliminação de substâncias indesejáveis O fígado irá receber o sangue pelo sistema porta (veia porta = junção da veia esplênica com a mesentérica superior). A partir daí, o sangue será processado nos hepatócitos e com isso as toxinas serão removidas e eliminadas no conteúdo intestinal na forma de bile, para que sejam excretadas pelas fezes. Os rins receberão o sangue pelas arteríolas aferentes, que irão passar por um processo de filtração e na sequência vão iniciar processo de absorção e reabsorção tubular e com isso, substâncias indesejadas serão eliminadas na forma de urina. Quando o rim perde a função de produzir urina (INSUFICIÊCIA RENAL – nesses casos, as substâncias indesejadas ficarão concentradas na corrente sanguínea). Além de mais, ele irá promover o equilíbrio dos eletrólitos (controlam os gradientes iônicos), equilíbrio hídrico. A urina é produzida nos RINS, que passa para os URETERES, de lá segue para a BEXIGA, que vai para URETRA e segue para o meio externo. Funções do sistema urinário: 1. Filtrar o sangue Formar a urina; 2. Controle do equilíbrio ácido-base; 3. Controle do volume sanguíneo (quanto vai ser eliminado, quanto vai ser absorvido); 4. Regulação da pressão arterial; 5. Secreção de hormônios: Renina: regula a pressão sanguínea (sistema renina, angiotensina, aldosterona); Eritropoetina (produzida pelas células do rim – é uma glicoproteína que vai agir na medula óssea): produção de eritrócitos (hemácias); ** Pacientes possuem insuficiência renal (IR) crônica, terão uma deficiência da eritropoietina e terão que fazer hemodiálise (a maquina faz a função do rim), como também reposição de eritropoietina para evitar anemia. ANATOMIA RENAL: ** Néfron (estrutura que dá a funcionalidade do rim) que compreende: 1. A unidade capsular (CÁPSULA DE BOWMAN – dentro dessa estrutura haverá um enovelado de capilares que são derivados da arteríola aferente e depois eles irão formar a arteríola eferente (saí com sangue do glomérulo)). 2. Túbulos contorcidos; 3. Alça de Henle; 4. Túbulo/ducto excretor/coletor (que vai desaguar na papila e com isso a urina que foi formada ao final de todo o processo, irá para a via urinária maior). ** Essa estrutura é a responsável por promover a funcionalidade do rim. Mariana M. de Almeida ANATOMIA TOPOGRÁFICA DOS RINS: situado na parede dorsal do abdômen, são laterais à coluna vertebral (da vértebra TXII até LIII). Situado na porção posterior do abdômen, paralelo a coluna vertebral. O rim direito está mais ligeiramente inferior, provavelmente devido à presença do fígado. O peritônio vai possuir uma membrana visceral (tem relação anatômica íntima com o relevo dos órgãos) e uma membrana parietal (relacionada com a parede abdominal). Existem alguns órgãos não são revestidos por essa membrana (peritônio) então são chamados de órgãos retroperitoniais. Ex: Cava inferior, aorta, os rins, pâncreas uma porção do duodeno, ureter, etc. É importante o conhecimento acerca dos órgãos peritoneais e retroperitoneais (atrás do peritônio), porque numa intervenção cirúrgica, por exemplo, se tem a necessidade de analisar os rins, é feito uma intervenção posterior (lombar). Pode ser feita uma incisão anterior, porém teria que retirar todos os órgãos da frente, abrir o peritônio e só depois chegar aos órgãos que estão atrás. Após a retirada das camadas musculares (para-vertebrais, latíssimo do dorso, obliquo interno, etc), os rins estarão ali sem membranas serosas. O rim tem uma forma de feijão; Possui duas faces (parte plana): anterior e posterior; Duas margens: lateral (côncava) e medial; Duas extremidades/polos: superior e inferior. Relações anatômicas: Vista anterior: Na parte posterior de cada rim terá a glândula suprarrenal; O rim direito se relaciona com o fígado, duodeno e com a flexura cólica direita. Em seguida o intestino delgado; No rim esquerdo, na frente dele terá o estômago, na parte lateral o baço, pâncreas logo abaixo, a flexura cólica esquerda e em seguida o jejuno. Na vista posterior teremos os músculos e as costelas (XI e XII, sendo que o rim direito por ser mais baixo se relaciona com a XII). Em cima do rim direito está o fígado. Músculo psoa maior se relaciona com o ureter, geralmente medial ao ureter. Anatomia descritiva: Externamente: Faces renais: anterior (ligeiramente convexa) e posterior Extremidades renais: superior e inferior – polos renais Margens renais: lateral e medial (côncava e nessa região se destaca a presença do hilo) – o hilo é um orifício de passagem de estruturas, através do hilo renal, passará os elementos do pedículo (conjunto de estruturas) renal. * O pedículo renal que adentra o hilo renal é formado pela pelve renal (final do sistema coletor renal), artéria renal e veia renal (tributária da veia cava inferior). * Hilo renal: veia renal, artéria renal, pelve renal – VAP Cápsula renal (cápsula fibro-elástica que recobre toda a massa renal). Mariana M. de Almeida Obs: depois da cápsula renal, o rim devido a sua posição retroperitoneal, estará sem revestimento de serosa, então precisa de uma proteção extra, porque se não quando acontecer algum impacto (cair de costas, por exemplo) o rim vai sofrer uma cinética traumática muito grande. – quando precisamos transportar um conjunto de pratos, colocamos jornais entre eles para que possam alcochoar, para que se por ventura ocorrer algum impacto o prato não quebre – no sistema renal é pela mesma linha, só que nesse caso não tem jornal, mas sim gordura. Então em cima da cápsula renal terá uma camada de gordura (gordura peri-renal ou cápsula adiposa) que irá envolver todo o rim. Cápsula gordurosa: separada em duas camadas pela fáscia de Gerota * Gordura peri-renal ou cápsula adiposa vai revestir o rim logo após a cápsula renal. Acima dela vai existir uma membrana de revestimento que é uma formação de tecido conjuntivo denso (Fáscia de Gerota ou fáscia renal). Essa gordura peri- renal (peri= perto do rim) é contínua e uma parte da gordura penetra o hilo. * Gordura para-renal (para= longe do rim) ou corpo adiposo – outra camada de gordura para proteger ainda mais o rim. Ela vai existir prioritariamente na face posterior do rim e está acima da fáscia de Gerota. Sob o ponto de vista clínico, a gordura para-renal é super importante porque em determinadas patologias, como as infecções do trato urinário, a gordura será acometida pois está protegendo o rim, com isso a sintomatologia será mais bem expressa pelo paciente pois a gordura está mais externa e no exame físico você consegue identificar melhor os sinais inflamatórios, o paciente vai referir dor de uma forma mais intensa. Gordura peri-renal penetra o hilo renal; Gordura para-renal fica acima da fáscia de Gerota. Internamente: Regiões: Córtex renal Medula renal Seio renal – espaço que será preenchido pelo pedículo renal. Em vermelho, a fáscia renal/fáscia de Gerota. Mariana M. de Almeida Colunas renais (Bertin) – são prolongamentos do córtex e pirâmides renais (de 8 a 18) – estruturas que compõem a medula renal, nas pirâmides renais o sistema coletor estará presente. E no córtex renal as estruturas vasculares vão estar presentes levando a formação glomerular. Na pirâmide temos a base (parte mais larga) e o ápice que é a convergência da estrutura. Essa convergência nesse caso serão as papilas renais. Papilas renais (recebem o sistema coletor e vão desaguar nos cálices renais menores) a e cálice menor (de 2 a 3 estão no seio renal). Pielo – relacionado à pelve. Sistema pielocalicial – pelve e cálices Cálices maiores (de 2 a 3 formadospela união dos cálices menores, os quais irão se unir e formar a pelve renal) e pelve renal (formada pela união dos cálices maiores). ** Raios medulares – são prolongamentos das pirâmides renais no córtex renal. Vascularização do rim Artéria renais (direita e esquerda) – ramo da aorta descendente abdominal ** A artéria renal desemboca no hilo renal e ao chegar no seio renal e irá sofrer segmentação e vai emitir ramos: - Artérias segmentares (ramos diretos da aa. renal) ** Segmentos renais: sob o ponto de vista cirúrgico, cada parte do rim vai receber uma artéria especifica, de modo que em uma cirurgia ao tirar determinado pedaço, eu não comprometo a vascularização das outras partes do rim. Então com isso não é preciso tirar o rim todo. Sendo de grande valia em pacientes que possuem tumor renal, por exemplo. ** Os segmentos renais são: APICAL/SUPERIOR, INFERIOR, ANTERIOR-SUPERIOR, ANTERIOR-INFERIOR E POSTERIOR. ANTERIOR é subdividida: anterior de cima (superior) e anterior de baixo (inferior) - Artérias interlobares (ramos da aa. segmentares, vão dar as aa. arqueadas) - Artérias arqueadas (a partir delas serão emitidas as artérias interlobulares) - Artérias interlobulares (emergem das aa. arqueadas, a partir delas surgirão as arteríolas aferente e eferente lá no glomérulo) ** As aa. interlobulares vão emitir os vasos retos que participam da irrigação dos tubos coletores que estão presentes na pirâmide renal. Mariana M. de Almeida Drenagem venosa: Realizada pelas veias renais (são tributárias da veia cava inferior, lembrando que a veia renal esquerda passa anteriormente a artéria renal e inferiormente à mesentérica inferior). - A veia renal esquerda vai receber a vv. Gonadal esquerda e a vv. Suprarrenal esquerda. - A veia renal direita drena para veia cava inferior. - a veia renal ESQUERDA é maior que a DIREITA, por isso ela recebe mais veias. Drenagem linfática: Acontece pelos linfonodos aórtico laterais (estão distribuídos ao longo da aorta abdominal) ** O ducto torácico drena para o sistema cava superior, a partir da veia subclávia esquerda, na junção da jugular interna esquerda com a subclávia esquerda. ** O ducto linfático direito drena cabeça, pescoço, parte direita do tórax e membro superior direito. Desemboca na junção da jugular interna direita com a subclávia direita. Inervação: Acontece pelo plexo nervoso renal (plexo se caracteriza pela junção de estruturas nervosas – gânglios, nervos (conjunto de neurônios) – ** O plexo nervoso renal terá tanto ação do sistema nervoso autônomo simpático como parassimpático. O simpático atua no rim, por exemplo, levando a contração/relaxamento da arteríola eferente, alterando a filtração glomerular. O parassimpático vai atuar no rim por meio do plexo renal (possui terminações nervosas do nervo vago). Portanto o sistema autônomo regula o rim tanto com terminações simpáticas que serão reguladas pela adrenalina e noradrenalina e parassimpática pela acetilcolina, sendo que essas parassimpáticas virão do nervo vago. ** Sistema nervoso autônomo é aquele que garante a funcionalidade dos órgãos sem que seja necessário o nosso comando. Ex: digestão, respiração. Anatomia do ureter Mariana M. de Almeida O ureter é formado por um epitélio de revestimento e tem tecido muscular liso que vai sofrer ação do sistema nervoso e vai se contrair/relaxar com isso a urina vai ser conduzida. Anatomia topográfica: 1. Segmento abdominal O ureter é uma continuação da pelve renal – ao nível da L1, cruza toda a região do abdômen sobre o músculo psoas maior. Depois disso vai penetrar a cavidade pélvica e chega à bexiga. ** A cavidade pélvica é formada pelos ossos da bacia. É a região anatômica dos tratos urinário, digestório e reprodutor. 2. Segmento pélvico Na mulher acompanha a artéria uterina por 4cm e com isso, na cirurgia de histerectomia (retirada do útero) é necessário isolar a artéria uterina (ramo da ilíaca interna) para poder retirar o útero sem que haja esse sangramento. No homem está posterior a vesícula seminal e ducto deferente. ** Vesícula seminal produz o liquido seminal, o qual compõe o esperma e vai propiciar nutrição do esperma além de regular o ph ideal para que os espermatozoides consigam “sobreviver”. ** O ducto deferente vai coletar o produto da vesícula seminal. ** Nos procedimentos de vasectomia, corta-se o ducto deferente para que o liquido não chegue mais a ser expelido dentro da uretra. ** Para fazer a identificação do ureter faz o seguinte: sabe-se que ele tem uma estrutura muscular, uma camada interna longitudinal, uma externa circular e outra externa circular na parte distal. Na hora que você estimula com uma pinça o ureter que está conduzindo urina, você vai perceber que ele abre e verá a contração da musculatura. Diferente do vaso e do ligamento, em que não acontece isso. ** Nos casos de cortar o ureter, o paciente fica sem urinar. A urina não promove dor abdominal, portanto o caso é mais indolente. Diferente do que seria na presença de pus que causa irritação do peritônio e assim dor. Para solucionar, faz-se a ressutura e reimplanta o ureter na bexiga para que a urina produzida pelo rim seja projetada na bexiga. Além do mais, SEMPRE é colocado uma sonda vesical na bexiga porque ela não pode ficar cheia, tendo em vista o aumento de pressão, e isso acontecendo pode aumentar a pressão dentro do ureter e abrir os pontos. Anatomia topográfica Apresenta estreitamentos de sua luz ao longo do seu trajeto 1. Junção entre a pelve e o ureter: JUP (junção uretero pélvica) 2. Quando há o cruzamento com artéria ilíaca externa 3. Ao penetrar a parede vesical ** A importância clínica disso é que nos casos das patologias litiásicas (litíases urinárias – renal e ureteral), os cálculos renais durante o processo de migração (do rim até a bexiga e da bexiga até a uretra) eles podem acabar nesse deslocamento impactando nessas áreas. Quando o cálculo impacta, toda urina que vai ser produzida no rim vai tentar seguir pelo ureter para chegar à bexiga, mas não conseguirá devido ao cálculo. Portanto, a urina vai Mariana M. de Almeida voltar para o rim e se acumula na pelve renal e depois disso passará a penetrar todo o parênquima renal. Levando para um quadro de hidronefrose e posteriormente evolui para insufiência renal (rim para de funcionar) e muitas vezes é necessário retirar o rim. Vascularização: Não existem vasos específicos do ureter, mas sim adjacentes: Ramos da aa. renais, aa. ilíacas internas, aa. vesical inferior. Drenagem linfática: Linfonodos aórtico e ilíacos drenam para a cisterna do quilo. Inervação: ** Se da pelo sistema nervoso periférico que recebe fibras nervosas tanto do sistema simpático como parassimpático. Plexo renal: Fibras aferentes simpáticas na medula espinal (T11 a L2) Fibras aferentes parassimpáticas vagais Estímulos vagais: náuseas, vômitos... Mariana M. de Almeida
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