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Teoria da Contingência - Anexo 3 - Módulo 1

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ANEXO 3 - MÓDULO 01 
 
 
Teoria da Contingência 
Chandler pesquisou extensivamente empresas norte-americanas entre 1850 e 
1920, o que baseou praticamente todo seu trabalho posterior e deu origem à abordagem 
contingencial. Essa teoria consiste na percepção sobre o modo pelo qual as 
organizações funcionam em diferentes condições variáveis dependentes do ambiente 
ou contexto em que se inserem. Chandler focou a estratégia e a estrutura organizacional 
no processo histórico dos últimos 100 anos nos EUA e concluiu que as estruturas (forma 
assumida para integrar recursos) foram determinadas pelas estratégias mercadológicas 
(plano de alocação de recursos para atender às demandas ambientais). Assim, não 
haveria uma forma melhor única, mas que tanto estrutura quanto funcionamento 
dependiam da relação com o ambiente externo – é o relativismo administrativo. 
Defendeu a criação de plano estratégico antes da elaboração da estrutura 
organizacional – a estratégia deveria prevalecer à estrutura. Defendeu também a 
necessidade de coordenação do plano estratégico da sede com as políticas das 
unidades de negócio. 
Emery e Trist pesquisaram os contextos ambientais e suas consequências para 
as organizações e concluíram que existiriam quatro tipos de contextos ambientais que 
proporcionariam diferentes estruturas e comportamentos organizacionais: o meio 
plácido e aleatório, o meio plácido e segmentado, o meio perturbado e reativo e o meio 
de campos turbulentos. 
Lawrence e Lorsch pesquisaram sobre as relações entre organização e 
ambiente, entre grupos e entre indivíduo e organização, visando entender as 
características necessárias às organizações para enfrentar com eficiência as diferentes 
condições externas, tecnológicas e de mercado, e concluíram que os problemas 
organizacionais básicos eram a diferenciação (departamentalização) e a integração 
(unidade de esforços e coordenação de vários departamentos). A organização que mais 
se aproximar das características requeridas pelo ambiente em termos de diferenciação 
e de integração estará mais sujeita ao sucesso. 
Woodward relacionou sistemas de produção, de tecnologia e de gerenciamento, 
concluindo que a tecnologia adotada pela empresa determinaria a sua estrutura e o seu 
comportamento organizacional, ou seja, que as empresas de sucesso adotavam uma 
estrutura que variava de acordo com a sua tecnologia de produção. 
Burns e Stalker relacionaram práticas administrativas e o ambiente externo de 
vinte indústrias britânicas e concluíram que, sob condições ambientais estáveis, as 
indústrias mecanística (ênfase na abordagem clássica) seriam mais viáveis, enquanto 
que em condições ambientais de mudança e de inovação, seriam mais viáveis as 
indústrias orgânicas (ênfase na abordagem comportamental ou sistêmica) – o ambiente 
é que determinaria a estrutura e o funcionamento das organizações. 
Surge o “homem complexo”, o que é um sistema complexo de valores, 
percepções, características pessoais e necessidades – opera como sistema de maneira 
a manter seu equilíbrio interno diante das demandas que lhe são feitas pelas forças 
externas do ambiente.

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