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t da adm und 4Teoria Contingencial

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Apresentação
A Teoria da Contingência, ou Teoria Contingencial, surgiu como uma evolução da teoria dos sistemas, orientada para a análise da influência dos fatores ambientais externos sobre o desempenho organizacional.
Os principais fatores contingenciais, de acordo com os teóricos da administração, referem-se à influência do mercado e da tecnologia. 
O mercado é o balizador para as tomadas de decisão e para os processos de mudança que podem envolver, além dos profissionais, decisões relacionadas ao planejamento, à criação e ao desenvolvimento da empresa.
Infográfico
A Teoria da Contingência acredita não haver uma melhor maneira de administrar, ou seja, a empresa precisa adaptar-se constantemente às mudanças.
Conteúdo do Livro
A abordagem contingencial apresenta uma clara explicação sobre as relações funcionais, as condições do ambiente e as técnicas administrativas apropriadas para o alcance eficaz dos objetivos da empresa. As técnicas administrativas são variáveis dependentes, enquanto as variáveis ambientais são variáveis independentes dentro de uma relação funcional. 
Teoria contingencial
Introdução
A teoria da contingência surgiu a partir da análise de estruturas organizacionais e da sua interface com o ambiente externo.
 Ela mostra que existe uma relação funcional entre as técnicas administrativas e as condições do ambiente. 
A teoria sistêmica e a teoria contingencial
A teoria da contingência se originou a partir da abordagem de sistemas. 
Ela parte do princípio de que não existe um modelo organizacional único, uma forma única de se organizar uma empresa para alcançar objetivos.
 De acordo com várias pesquisas sobre as empresas contemporâneas e complexas, uma nova perspectiva surge com relação à estrutura organizacional: 
As empresas dependem das suas relações com o ambiente externo.
 Cada empresa deve desenvolver um modelo que contemple e atenda às suas necessidades. 
Dessa forma, a teoria da contingência evidencia uma nova marca na teoria geral da administração (TGA). 
Ela integra o movimento que demonstra a importância da visualização de dentro para fora da organização, partindo do princípio de que as características ambientais é que determinam as características organizacionais, assumindo a inexistência de receitas.
 Assim, a teoria da contingência representa um avanço em relação à teoria de sistemas, na medida em que procura analisar as relações dentro dos subsistemas e entre eles (CHIAVENATO, 2014b, p. 414).
 Ambas as teorias se equivalem no sentido de que a abordagem sistêmica é precursora da abordagem contingencial e no sentido de que levam em consideração a integração entre as partes.
 A abordagem sistêmica analisa a organização como um todo
. As influências ambientais, externas à empresa, dependem de como a organização interage com elas.
 Segundo Matos e Pires (2006, p. 510):
[...] este modelo, dotado de grande flexibilidade, descentralização e desburocratização, é colocado como opção para ambientes em constante mutação e condições instáveis, contrapondo-se, de certa forma, ao modelo mecanicista que prevalece em situações e ambientes relativamente estáveis.
Já a abordagem contingencial considera as influências ambientais determinantes para o desenvolvimento das atividades na organização. 
No que se refere à complexidade, a abordagem contingencial não apresenta uma única forma de se compreender a realidade, diferente da sistêmica, que compreende a realidade pela complexidade.
 A escola contingencial deu mais amplitude à análise dos assuntos administrativos que foram inicialmente abordados pela escola sistêmica. 
De acordo com Oliveira (2010), a escola contingencial surgiu na teoria geral da administração por três razões principais, que você pode ver a seguir.
• Identificação da rápida adaptação que as organizações devem ter em relação às contingências apresentadas pelo ambiente organizacional: seguramente, essa foi a principal razão do surgimento da escola contingencial e se refletiu, principalmente, na teoria da contingência.
• Melhoria da qualidade do processo decisório: a questão da amplitude de análise das questões administrativas gerou a necessidade de um conjunto de técnicas decisórias que facilitassem a atuação dos profissionais das organizações nesse contexto. Inclusive, a escola contingencial criou alguns parâmetros que podem auxiliar no entendimento dos fatores e variáveis que influenciam a realidade das organizações e, consequentemente, possibilitam maior qualidade nas decisões.
• Tratamento das questões administrativas no contexto de “cada caso é um caso”: isso porque a escola contingencial considera que nada é absoluto nas organizações. Tudo é relativo e depende das realidades do ambiente organizacional e do resultado das negociações realizadas pelas pessoas que têm poder de decisão nas organizações.
A escola contingencial é constituída por duas teorias da administração:
• teoria da administração por objetivos, estruturada por Peter Drucker em 1954;
• teoria da contingência, iniciada em 1958, sendo que os primeiros estudos podem ser creditados a Joan Woodward.
A partir da teoria da contingência, é possível identificar cinco instrumentos administrativos de grande influência no gerenciamento das organizações:
a) análise externa da organização;
 b) planejamento estratégico; 
c) estratégias e técnicas estratégicas; 
d) cenários estratégicos; 
e) modelos organizacionais.
A abordagem contingencialista afirma que não existe uma única maneira de organizar as empresas.
 Elas precisam ser ajustadas sistematicamente de acordo com as condições ambientais.
 Veja os principais aspectos da abordagem:
• a organização é um sistema aberto e a sua natureza é sistêmica;
• as características da empresa interagem com o ambiente e entre si;
• as características organizacionais são variáveis dependentes, enquanto as características ambientais funcionam como variáveis independentes.
No que se refere aos departamentos, é preciso um esforço unificado, ou seja, uma coesão, para que ocorra a integração e a diferenciação.
 Para a empresa, a diferenciação das unidades se constitui a partir das diferenças na orientação e no formalismo da estrutura. 
Fazem parte da diferenciação os grupos internos, com caraterísticas próprias. Já a integração se dá por meio dos grupos Inter organizacionais, que se integram para garantir a produtividade. 
Assim, você pode notar que as pesquisas realizadas na década de 1960 foram surpreendentes. Elas indicaram que não há uma forma melhor ou única de as empresas funcionarem.
 Tanto a estrutura quanto o funcionamento das organizações dependem da sua relação com o ambiente externo.
Os ambientes organizacionais na visão contingencial
O ambiente é o contexto que envolve externamente a organização ou o sistema. 
Ele inclui a interação que a empresa desenvolve com o meio em que está instalada. 
De acordo Lacombe (2009), uma organização contém elementos humanos e materiais empenhados, coordenadamente, em atividades orientadas para resultados, ligados por sistemas de informação e influenciados por um ambiente externo, com o qual a organização interage permanentemente. 
A partir dessa noção e de diversas pesquisas realizadas pela escola contingencial, é possível notar que o ambiente pode ser analisado em dois segmentos.
 Você vai conhecê-los a seguir.
Ambiente geral
É o macroambiente, ou seja, o ambiente genérico e comum a todas as organizações.
 De acordo Lacombe (2009), o macroambiente é um amplo sistema que envolve as organizações, abrangendo os aspectos demográficos, científicos, tecnológicos, ecológicos, físicos, políticos, econômicos, sociais e culturais. 
Tudo o que acontece no ambiente geral afeta direta ou indiretamente todas as organizações. 
O ambiente geral é constituído de um conjunto de condições semelhantes para todas as organizações. 
Conforme Chiavenato (2014b, p. 426), tais condições incluem as listadas a seguir.
- Condições tecnológicas: para não perder a sua competitividade, as empresas precisam se atualizar, incorporando a tecnologia do ambiente geral pormeio da inovação. 
- Condições legais: constituem a legislação vigente e que afeta direta ou indiretamente as organizações, auxiliando-as ou impondo restrições às suas operações.
- Condições políticas: decisões e definições políticas tomadas em níveis federal, estadual e municipal, que influenciam as organizações e orientam as condições econômicas. 
- Condições econômicas: conjuntura que determina o desenvolvimento econômico ou a retração econômica que condiciona fortemente as organizações. 
- Condições demográficas: taxa de crescimento, população, raça, religião, distribuição geográfica, distribuição por sexo e idade, que determinam as características do mercado atual e futuro. 
- Condições ecológicas: condições relacionadas ao ambiente natural que envolve a organização. O ecossistema refere-se ao sistema de intercâmbio entre os seres vivos e o seu meio ambiente. 
- Condições culturais: a cultura de um povo penetra nas organizações por meio das expectativas de seus participantes e de seus consumidores.
Ambiente da tarefa
O ambiente da tarefa é constituído pelos fornecedores de entradas, pelos clientes ou usuários, pelos concorrentes e pelas entidades reguladoras.
 É o segmento do ambiente geral do qual cada organização extrai as suas entradas e no qual deposita as suas saídas.
Exemplo: No ambiente de tarefas, os grupos reguladores podem ser compostos pelo governo e por sindicatos, ou seja, grupos que impõem controle, limitações e restrições às empresas.
A análise ambiental é específica de cada organização e necessita de uma definição que inclui as características próprias de cada empresa e a parte do ambiente a que ela está exposta. 
 a seguir, como os ambientes podem ser classificados.
• Estrutura: os ambientes são considerados homogêneos quando existe pouca diferenciação dos mercados e a maioria dos fornecedores, clientes e concorrentes é semelhante. 
Já nos ambientes heterogêneos existe grande diversidade de mercados, fornecedores, clientes e concorrentes.
• Dinâmica: o ambiente é considerado estável quando apresenta poucas mudanças. Se estas ocorrem, são lentas e previsíveis. 
Já os ambientes instáveis são aqueles em que a mudança ocorre de forma constante.
Dessa forma, uma empresa que está situada em ambientes homogêneos apresenta uma estrutura organizacional simples e centralizada no espaço. 
 uma empresa que está situada em ambientes heterogêneos precisa de uma estrutura organizacional mais complexa, diferenciada e descentralizada no espaço.
 De acordo com a teoria da contingência, não há uma única maneira de organizar e estruturar as organizações.
 Enquanto a tecnologia impõe desafios internos à organização, o ambiente impõe desafios externos.
 Diante desses desafios, é possível identificar três níveis organizacionais nas empresas, como você pode ver a seguir.
• Nível institucional ou nível estratégico: é considerado o nível mais elevado da empresa, composto por diretores, proprietários ou acionistas e altos executivos. É o nível em que as decisões são tomadas e em que os objetivos da organização são estabelecidos, bem como as estratégias para alcançá-los. É o nível que mantém a interface com o ambiente.
• Nível intermediário (mediador ou gerencial): esse nível está entre o institucional e o operacional e cuida da articulação interna entre eles.
 É responsável pela escolha e pela captação dos recursos necessários, bem como pela distribuição e pela colocação do que foi produzido pela empresa nos diversos segmentos do mercado. 
Lida também com os problemas de adequação das decisões tomadas pelo nível institucional e com as operações realizadas pelo nível operacional. 
Em geral, esse nível é composto por administradores, e são eles que fazem a ligação do nível operacional com o nível institucional, de modo que cada subordinado tenha apenas um supervisor.
• Nível operacional (técnico ou núcleo técnico): está localizado nas áreas inferiores da organização. 
É o nível em que as tarefas são executadas e em que as operações são realizadas. 
Envolve trabalho básico relacionado diretamente com os produtos ou serviços da organização.
Observe, nas Figuras 1 e 2, as relações do ambiente com os níveis organizacionais e as relações destes com a incerteza.
Exemplo: Quando se consideram o ambiente de tarefas e os consumidores ou usuários, é possível analisar o market share (participação de mercado). Acompanhe: uma empresa de cervejas, por exemplo, produz e vende 2 milhões de garrafas ao mês, num mercado cujo total de vendas, considerando várias marcas concorrentes, é 10 milhões de garrafas. Essa organização possui um market share de 20%.
Desenho organizacional
Em razão da influência da abordagem dos sistemas abertos, a teoria da contingência preocupou-se com o desenho dos cargos.
 Dessa forma, o desenho retrata a configuração da estrutura organizacional e implica o arranjo dos órgãos, objetivando maximizar a eficiência e a eficácia organizacionais (CHIAVENATO, 2014b)
Estrutura matricial
Oliveira (2010) salienta que a estruturação matricial surgiu porque as formas tradicionais de organizar as empresas não eram eficazes ao lidar com atividades complexas, que envolvem várias áreas do conhecimento científico e têm prazos determinados para serem realizadas. 
A estrutura matricial apresenta vantagens e desvantagens no seu desenho e na sua estrutura funcional.
 Um aspecto particular da estrutura matricial é a dupla ou múltipla subordinação. Determinado especialista responde simultaneamente ao gerente funcional da área técnica, na qual está alocado, e ao gerente do projeto para o qual está prestando serviço (VASCONCELOS; HEMSLEY, 1997).
 A estrutura matricial visa a reunir as vantagens das estruturas funcionais (chefe do departamento) e divisionais (chefe do projeto), neutralizando fraquezas, enfatizando a especialização e não o negócio, mantendo a identificação por especialidade e para os resultados.
 Ela ainda objetiva maximizar resultados e é a forma mais utilizada por grandes organizações, pois possibilita um ambiente mais participativo, já que depende da colaboração de muitos profissionais com diferentes formações. 
Os funcionários que estão alocados no nível mais baixo da escala hierárquica também possuem mais oportunidades de tomar decisões. 
Na estrutura matricial, há maior contribuição pessoal, seja por meio das oportunidades de delegação ou da interdependência.
 Em contrapartida, a estrutura matricial apresenta desvantagens, tal como a possibilidade de ocorrerem conflitos entre os diversos comandos devido à dupla subordinação entre chefes funcionais e divisionais e entre chefes e departamentos. 
para que diminuam os riscos de conflito, é necessário definir as áreas de autoridade de cada linha de comando sobre os subordinados.
 Isso é possível, por exemplo, com a melhoria do processo de comunicação.
 A estrutura matricial impõe um novo tipo de comportamento dentro da organização, por meio de uma nova cultura e de uma nova mentalidade. 
Observe a Figura 3, que apresenta uma gama de combinações de desenhos organizacionais.
Organização por equipes
Cada vez mais as organizações vêm implementando o trabalho em equipe. Ele permite a flexibilização das atividades, favorece o desenvolvimento organizacional e apresenta diversas vantagens. 
Entre elas, você pode considerar: a redução de barreiras entre os setores, o aproveitamento dos recursos investidos em treinamento, o desenvolvimento de atividades e projetos criativos e a redução de custos.
Estrutura em rede
A estrutura em rede oportuniza a transferência de algumas das funções tradicionais para empresas ou unidades separadas interligadas por um órgão coordenador, que constitui o núcleo central. 
Assim, tais unidades são conectadas eletronicamente a um escritório central. A estrutura em rede apresenta como características a modularidade (áreas ou processos da empresa que constituem módulos completos e separados) e o sistema celular (combinação de arranjos de produtos em células autônomas e autossuficientes). Ao longo deste capítulo, você viu a importânciada teoria sistêmica e também da teoria contingencial. Além disso, pôde ver que a abordagem contingencial percebe o ambiente e a tecnologia como fundamentais para o equilíbrio das organizações.
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