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ECONOMIA UNIDADE 3 – MACROECONOMIA TÓPICO 1 – INTRODUÇÃO À MACROECONOMIA 1 INTRODUÇÃO 2 EVOLUÇÃO DA TEORIA MACROECONÔMICA Macroeconomia ganhou maior relevância na década de 1930. 1929: início da Grande Depressão (período de maior crise econômica mundial do século XX). 1936: publicação da obra “Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda” de John Maynard Keynes. Keynes é considerado o fundador da teoria macroeconômica, porém nos pressupostos da teoria neoclássica. Michal Kalecki chegou aos mesmos resultados partindo dos pressupostos marxistas. CRISE DOS ANOS 1930 • A crise causou problemas socioeconômicos, como o desemprego. • Até então, não se dava importância aos problemas “macro” da economia. • A corrente hegemônica dos economistas era baseada nos pressupostos clássicos, baseados na Lei de Say: a oferta guiava a demanda e o mercado se autorregulava, encontrando o equilíbrio de forma natural. • Tanto a crise quanto desemprego e superprodução dela resultantes seriam temporários, pois a economia se equilibraria naturalmente. • Porém, isso não aconteceu com a crise de 1929. • Keynes sugeriu formas para atenuar a crise no sentido oposto: que a demanda é que guia a oferta e que o nível de emprego está ligado a sua demanda efetiva (parte da renda direcionada a gastos com consumo e investimento). SOLUÇÃO PARA A CRISE: • Estímulo à demanda efetiva/agregada da economia: políticas de intervenção do Estado na economia de um país com demanda agregada através de gastos e investimentos em atividades produtivas (obras públicas, subsídios a setores da indústria, aumento de crédito, redução de juros). • Demanda efetiva/agregada: necessidades que a população efetivamente possa pagar. KEYNES: • Concentrou-se nos agregados de curto prazo. • Pode-se equilibrar a economia mesmo com desemprego, até sem o pleno emprego dos recursos produtivos (todos os recursos produtivos são usados de forma plena na produção de bens e serviços, equilibrando as atividades produtivas). • Após Keynes, os economistas começaram a se interessar pelas variáveis que influenciavam o desempenho da economia. 2.1 BREVE EVOLUÇÃO DA MACROECONOMIA Pressupostos de Keynes influenciaram muitos governos: 1. 1933 – 1939 - NEW DEAL: programa de recuperação econômica de Franklin Roosevelt. O capitalismo poderia ser salvo através da intervenção do Estado na economia. 2. Surgimento de várias escolas: keynesianos, monetaristas, novos clássicos, neokeynesianos e institucionalistas. 3. KEYNESIANOS: 4. MONETARISMO: antítese do keynesiano. Milton Friedmann. 5. NOVOS CLÁSSICOS (expectativas racionais) 1970-1980: 6. NOVOS KEYNESIANOS: 7. INSTITUCIONALISTAS: 3 OBJETIVOS DA POLÍTICA MACROECONÔMICA 1. ALTO NÍVEL DE EMPREGO: a busca por elevados níveis de emprego. 2. ESTABILIDADE DE PREÇOS: já que a inflação (aumento dos preços) é negativa sobre a distribuição da renda, sobre os investimentos, sobre o setor produtivo e sobre o balanço de pagamento. ➔ Balanço de pagamento: 3. DISTRIBUIÇÃO DE RENDA: 4. CRESCIMENTO ECONÔMICO: é o crescimento da renda nacional per capita e aumento da capacidade produtiva de uma economia. 4 INSTRUMENTOS DA POLÍTICA MACROECONÔMICA Como na prática os governos atinge os objetivos da política macroeconômica: 4.1 POLÍTICA FISCAL FF 4.2 POLÍTICA MONETÁRIA FF 4.3 POLÍTICA CAMBIAL E COMERCIAL FF 4.4 POLÍTICA DE RENDAS FF 5 ESTRUTURAS DE ANÁLISE MACROECONÔMICA São 5 mercados: 1. MERCADO DE BENS E SERVIÇOS: TÓPICO 2 – NOÇÕES DE CONTABILIDADE SOCIAL 1 INTRODUÇÃO 2 A CONTABILIDADE SOCIAL OU NACIONAL • É o registro contábil da atividade econômica de um país, em um determinado período de tempo, geralmente 1 ano. • São técnicas que permitem a medição do desempenho econômico, ou seja, dos principais agregados macroeconômicos: ◦ PIB; ◦ poupança agregada; ◦ investimento agregado; ◦ importações; ◦ exportações; ◦ consumo agregado, etc. • 2 sistemas de medição dos agregados macroeconômicos: 2.1 SISTEMA DE CONTAS NACIONAIS: • Considera apenas as transações de bens finais de uma economia. • Bens intermediários não entram na quantificação. • Bens finais : vendidos para o consumo final, exemplo: pão. • Produtos intermediários : são usados durante o processo produtivo para a produção do bem final, exemplo: trigo e fermento. • Sua organização é de responsabilidade do IBGE. • Características: 1. São contabilizadas apenas as transações de bens e serviços finais: não entram na conta os custos de matérias-primas e bens intermediários, só os custos dos fatores de produção; 2. Produção corrente do próprio período é medida: não entram bens produzidos em anos anteriores, pois já foram contabilizados lá. 3. As transações medidas sempre se referem a um fluxo por unidade de tempo: geralmente 1 ano. 4. Não se consideram as transações puramente financeiras: elas não são um acréscimo à produção real da economia, como empréstimos, depósitos bancários e transações na bolsa. 5. Neutralidade da moeda: é tratada como unidade de medida e instrumento de troca. • Cinco contas básicas: 1. CONTA DE PRODUÇÃO: mostra o produto nacional e a despesa nacional. 2. CONTA DE APROPRIAÇÃO: mostra como a renda é distribuída entre consumo e poupança. 3. CONTA DE CAPITAL: informações de poupança e investimento. 4. CONTA CORRENTE DO GOVERNO: receitas e despesas públicas estão detalhadas. 5. CONTA DO RESTO DO MUNDO: informações das relações econômicas do país com o resto do mundo. 2.2 MATRIZ DE RELAÇÕES INTERSETORIAIS OU MATRIZ INSUMO – PRODUTO OU MATRIZ DE LEONTIEF. • Considera tanto as transações agregadas de bens finais, quanto de bens intermediários. • Gera informações mais detalhadas, pois permite uma análise entre os vários setores de uma economia. • Por outro lado, vai necessitar de uma variedade maior de dados, utilizando contribuição dos censos demográficos. 3 MEDINDO A ECONOMIA A 2 SETORES: FAMÍLIAS E EMPRESAS • É TÓPICO 4 – ECONOMIA INTERNACIONAL: O SETOR EXTERNO 1 INTRODUÇÃO Objetivo do tópico: estudar os fundamentos do comércio internacional e das relações econômicas internacionais. Inúmeras são as relações que uma economia nacional contrai com o setor externo: 1. Exportações; 2. Importações; 3. Tomadas de empréstimos; 4. Concessão de empréstimos; 5. Recepção de investimentos produtivos e/ou especulativos; 6. Realização de investimentos no exterior, etc. 2 DEFINIÇÕES INICIAIS DE COMÉRCIO INTERNACIONAL Comércio Internacional: conjunto de trocas de mercadorias e de serviços realizados entre agentes econômicos de diferentes países, num certo período de tempo. Trocas comerciais: as vendas (exportações) e as compras (importações) de mercadorias e serviços, realizadas pelos agentes econômicos (empresas, governos, famílias) no contexto de um dado mercado (neste caso, internacional), num certo período de tempo. Política comercial internacional: instrumentos pelos quais o governo intervém no comércio internacional, possibilitando o incremento/redução das importações. 2.1 INTERVENÇÃO GOVERNAMENTAL NO COMÉRCIO INTERNACIONAL: MEDIDAS PROTECIONISTAS Finalidade de restringir a entrada de determinados produtos do país. Objetivos: 1. Proteger a indústria nascente: proteger através de tarifas alfandegárias a sobrevivência de empresas à competição externa; 2. Segurança nacional: proteger setores industriais estratégicos para o país. 3. Proteção ao emprego: estimular a produção interna cria novos empregos. 4. Combate a deficits comerciais: quanto o balanço das importações e exportações é negativo, medidas para impedir a entrada de mais produtos do setor externo ajudam a melhorar esse quadro. 2.2 INTERVENÇÃO GOVERNAMENTAL NO COMÉRCIO INTERNACIONAL: RESTRIÇÕES E INCENTIVOS AO LIVRE-COMÉRCIO Dentre as restrições ao comércio internacional: 1. Barreira tarifária: mercadoria internacional recebe um imposto para ficar mais cara frente aos nacionais, protegendo determinados produtos nacionais, tornando-os mais competitivos. Também existe o entendimento do governo de que determinados produtos não são essenciais à população. 2. Barreiranão tarifária: têm o mesmo objetivo anterior, mas não se aplica um imposto, mas obstáculos capazes de onerar ou inviabilizar certas importações: a) Obstáculos quantitativos: cotas de importação (limite para importação). b) Obstáculos burocráticos: certificados sanitários. Dentre os incentivos ao comércio internacional, em que o governo torna, artificialmente, o preço do produto nacional mais barato no exterior: 1. Incentivos fiscais às exportações; 2. Incentivos de créditos: subsídios para produção, financiamento a juros mais baratos; 3. Incentivos burocráticos: eliminação de passos burocráticos que tornariam o processo de exportação mais custoso. 3 BALANÇO DE PAGAMENTOS É necessário fazer um mecanismo para retratar todas as transações que ocorrem entre os países. Balanço de pagamentos (BP): é o registro contábil de todas as transações econômicas realizadas entre os agentes residentes e os não residentes de determinado país, ocorridas em um determinado período de tempo. São registrados: todos os fluxos de comércio, serviços, rendas, empréstimos, donativos, financiamentos, seguros, etc. Os dados contabilizados são viabilizados por um sistema contábil, pelo método das partidas dobradas (débito e crédito), obedecendo a um plano de contas. Obedecem às normas do Manual de Balanço de Pagamentos do Fundo Monetário Internacional. Grupos de cotas do Balanço de Pagamentos (BP): A – BALANÇA COMERCIAL: são registradas as importações e exportações de mercadorias. B – SERVIÇOS E RENDAS: todos os serviços pagos ou recebidos pelo país. C – TRANSFERÊNCIAS UNILATERAIS CORRENTES: doações entre os países, em dinheiro ou mercadorias. D – SALDO DAS TRANSAÇÕES CORRENTES: d.1: Saldo negativo: há “poupança externa positiva”. O país aumentou o endividamento externo (comprou mais que vendeu). d.2: Saldo positivo: há “poupança externa negativa”. Vendeu mais do que comprou. E – CONTA CAPITAL E FINANCEIRA: TÓPICO 5 – INFLAÇÃO 1 INTRODUÇÃO 2 O QUE É INFLAÇÃO? É um fenômeno macroeconômico. É o aumento contínuo e generalizado do nível geral de preços de uma economia. Isso gerará perda do poder aquisitivo da população. Acomete tanto os países em desenvolvimento quanto os desenvolvidos. Há 3 tipos de inflação: 2.1 INFLAÇÃO DA DEMANDA • Dinheiro demais, muita procura e pouca oferta de bens e serviços. • Excesso de demanda agregada em relação à produção disponível de bens e serviços (oferta agregada). • Com menos produtos e serviços e uma procura aquecida, a pressão sobre os preços é maior, elevando-os. • COMBATE: deve-se reduzir a demanda agregada por bens e serviços de uma economia. O governo pode fazê-lo de 2 maneiras: 1. POLÍTICA FISCAL RESTRITIVA: aumentar carga tributária e reduzir gastos do governo, desaquecendo a demanda. 2. POLÍTICA MONETÁRIA CONTRACIONISTA: governo reduz o volume de moeda disponível ao aumentar a taxa de juros, a taxa dos depósitos compulsórios e vender títulos no mercado. Com menos moeda nas mãos da população, o consumo será desestimulado. 2.2 INFLAÇÃO DOS CUSTOS • É uma inflação tipicamente de oferta: aumentam os preços dos fatores produtivos e dos insumos, aumentando o preço dos produtos finais • Também ocorre quando as empresas reduzem a produção significativamente: é o choque de oferta: greve dos trabalhadores, falta de matéria-prima, quedas na safra agrícola. • Firmas monopolistas ou oligopolistas também podem gerar inflação de custos: por deterem grande parte da oferta, podem aumentar seus preços a fim de obterem maiores lucros. • COMBATE: 1. Controle direto dos preços através de uma política salarial mais rígida. 2. Política de controle sobre os lucros das empresas. 2.3 INFLAÇÃO INERCIAL • É um
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