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INTRODUÇÃO
O conteúdo da Educação Física que possibilita desenvolver, a formação cognitiva, corporal, afetiva, ética, crítica,
estética, de relação interpessoal e inserção social, contribuindo para a formação do indivíduo como um todo. Mas
sabemos também que isso depende da metodologia utilizada pelo professor, pois, ele também pode ser excludente e
traumático se não haver uma boa intervenção do professor, se os objetivos for o rendimento, se o que importa é a
qualidade técnica do aluno.
O contexto escolar parece ser um ambiente propício para desenvolver aspectos referentes à promoção de saúde e
qualidade de vida. Todavia, educadores devem apropriar-se desses temas e desenvolver estudos sobre esses
conteúdos com seus alunos, a fim de estimular a aderência de comportamentos de vida saudáveis.
Nesse aspecto, a educação como promoção da saúde vem como uma alternativa para melhorar qualidade de vida
dos discentes, pois possibilita o entendimento sobre a importância da prática regular de Atividade Física e seus
benefícios para o corpo, bem como, aspectos relevantes sobre a adoção de hábitos alimentares saudáveis. 
Para perpetuar em conhecimentos para os alunos e em sociedade é essencial a colaboração da equipe pedagógica,
juntamente com os professores de Educação Física. É por meio do trabalho em conjunto que ocorre a possibilidade de
elaborar uma proposta que estimule compreender os efeitos benéficos do Exercício Físico e de uma alimentação
saudável.
Para isso, a utilização de metodologias e técnicas adequadas pode ser uma estratégia para potencializar a aplicação
desse conteúdo no contexto escolar, facilitando o entendimento do aluno e a autonomia crítica sobre os principais
aspectos que podem auxiliar adoção comportamentos preventivos por parte dos alunos. 
Com isso, o objetivo desse curso foi analisar os métodos e técnicas utilizando pelos professores, tornando as
aulas mais interessantes e motivadoras, o Professor de Educação Física Escolar, deve conhecer as barreiras da
Atividade Física e condições de melhorar suas aulas, e fazer com que o interesse dos alunos por suas aulas aumente,
incluindo os alunos com obesidade. O perfil da atividade física para esse público deve se caracterizar por movimentos
lúdicos e muita criatividade, pois a inatividade é uma das causas mais fortes dessa patologia chamada obesidade.
O tratamento comportamental está na tentativa de mudar hábitos de vida da criança obesa promovendo o estimulo
da pratica de atividade física e a realizar refeições mais saudáveis e equilibradas. Os programas de educação física
escolar têm procurado desenvolver conteúdos que possam levar os jovens a se tornarem ativos fisicamente no
presente e ao longo de toda a vida. Para tanto, durante as aulas de educação física torna-se necessário estimular
regularmente os alunos mediante esforços físicos adequados.
 
O momento atual coloca em xeque o trabalho do professor no contexto escolar em relação às abordagens utilizadas
para o desenvolvimento do esporte nas aulas de Educação Física. Uma aula de Educação Física tradicional nos seus
aspectos metodológicos vem a ser, muitas vezes, fator determinante para a aversão dos alunos à sua prática.
O encaminhamento metodológico que o professor atribui ao seu trabalho pedagógico influência de forma direta na
participação dos alunos nas aulas. Muitas vezes o professor prioriza no desenvolvimento do esporte a execução
correta dos movimentos, tendo como referência padrões de rendimento, o que contribui para que uma maioria,
principalmente de adolescentes, se afaste das aulas de Educação Física. Por outro lado, alguns professores deixam os
alunos escolherem e decidirem como e o que fazer nas aulas, não exercendo seu papel de educador.
É inconcebível o desenvolvimento de uma disciplina em que o professor se limita em deixar os alunos praticando uma
atividade física ou esportiva sem orientação. Pelo contrário, há uma série de possibilidades metodológicas que podem
ser desenvolvidas para pensarmos a Educação Física em suas dimensões desportivas, formativas e pedagógicas.
O QUE É EDUCAÇÃO FÍSICA
O conhecimento tratado na escola é colocado dentro de um quadro de referências filosóficas, científicas, políticas e
culturais. A essa construção teórica dá-se o nome de paradigma. De diferentes paradigmas, portanto, resultarão
diferentes práticas pedagógicas.
Perguntar o que é Educação Física só faz sentido, quando a preocupação é compreender essa prática para
transformá-la. Diferentes respostas têm sido historicamente construídas sem, contudo, contribuírem
substancialmente para a superação da prática conservadora existente.
Algumas respostas carecem de uma teorização mais ampla sobre os fundamentos da Educação Física escolar, como
por exemplo:
a) Educação Física é educação por meio das atividades corporais;
b) Educação Física é educação pelo movimento;
c) Educação Física é esporte de rendimento;
d) Educação Física é educação do movimento;
e) Educação Física é educação sobre o movimento.
A Educação Física é uma prática pedagógica que, no âmbito escolar, tematiza formas de atividades expressivas
corporais como: jogo, esporte, dança, ginástica, formas estas que configuram uma área de conhecimento que
podemos chamar de cultura corporal.
Todavia, responder à pergunta "o que é Educação Física?" exige uma análise criteriosa e rigorosa do que a Educação
Física vem sendo.
Uma teoria da prática pedagógica denominada Educação Física vai, necessariamente, ocupar-se da tensão entre o
que vem sendo e o que deveria ser, ou seja, da dialética entre o velho e o novo. Mas, o que a Educação Física vem
sendo?
A EDUCAÇÃO FÍSICA NA ESCOLA
O ponto de partida da reflexão sobre a Educação Física no cotidiano escolar não é restrito a apenas um lugar, mas à
amplitude e à complexidade desse lugar. Partimos das diretrizes curriculares da Educação Física, em busca de outros
rumos, outras interfaces, outras possibilidades de compreensão do trabalho pedagógico da área e de outras
inovações pedagógicas.
Esse esforço de reorientar o trabalho pedagógico da Educação Física, considerando uma visão mais ampla de
Educação e Currículo, já há algum tempo tem sido gestado pelos professores da área, que constroem e reconstroem
as aulas no dia a dia dos tempos e espaços escolares. A perspectiva de Educação Física relacionada apenas ao
aspecto biológico tem sido questionada em prol de uma compreensão mais ampla de prática pedagógica,
estreitamente relacionada com as produções culturais. De certa forma, esse questionamento, no interior da Educação
Física, representa uma busca de sua identidade como componente curricular e, ao mesmo tempo, uma reação às
práticas materializadas na trajetória histórica dessa disciplina, limitadas a adaptar-se às orientações de outras áreas
do conhecimento ou de políticas públicas.
Nesse sentido, a Educação Física, como componente curricular, pode assumir as diversas atividades corporais
culturais (jogos, danças, ginásticas, dramatizações e outras) como objeto de ensino, bem como pensá-las, a partir das
variadas possibilidades de vivência, reflexão, construção, reconstrução e sistematização.
Não se faz necessário assumir apenas o objeto de ensino, mas a forma diferenciada de trabalho e os pressupostos
subjacentes nessa relação entre o objeto de ensino e a forma. É fundamental que os professores de Educação Física
efetivem práticas pedagógicas, integradas ao processo educacional, que contribuam com o desenvolvimento dos
alunos; construam relações com os saberes que possibilitem a reflexão em aula; oportunizem a construção de
conhecimentos, atitudes, habilidades e valores por parte dos alunos; considerem e respeitem as diversidades dos
alunos (necessidades educativas especiais, etnias, gêneros, habilidades, classes sociais, etc).
Consideramos que:
a) em toda prática pedagógica existe, explícito ou implícito, um compromisso social;
b) esse compromisso social tem origem em algummomento da formação humana do professor, devendo-se respeitar
cada trajetória e cada tempo dessa formação;
c) a formação continuada é importante nessa construção e reconstrução do compromisso social e político do
professor;
d) nas práticas e relações cotidianas do professor (com a escola, com os alunos, com os saberes, com a sociedade)
há um tipo de compromisso social e político peculiar à docência e à condição de ser professor;
e) a natureza do trabalho docente é ensinar, como processo de construção de compromissos que possibilitem a
reflexão e as mudanças sociais necessárias à uma sociedade melhor.
Esse ensino não deve ser concebido como estático, definido e planejado minuciosamente pelo professor, a fim de
alcançar determinados objetivos com o fim em si mesmos. Ao contrário, indicamos uma metodologia aberta à
vivências, reflexões, construções, reconstruções e sistematizações das diversas atividades corporais culturais, sob
diversas interpretações históricas e sociais. Essa concepção pode ser materializada pelo professore pelos alunos, a
partir de diferentes formas.
Nesta proposta curricular, indicamos um desenvolvimento de aula que contemple:
a) discussão do planejamento de aula com os alunos (conteúdo-forma e objetivos), partindo das experiências trazidas
para a escola e para as aulas de Educação Física, e da organização e vivência das propostas dos alunos;
b) reflexão, construção, reconstrução e sistematização das atividades propostas;
c) avaliação das aulas, do processo de aprendizagem construído nas aulas e das perspectivas para as aulas
seguintes.
O trabalho metodológico com as atividades corporais culturais (esportes, danças, ginásticas, dramatizações e outras),
tematizadas nas aulas de Educação Física, deve ser pensado no sentido da superação das normatizações e
padronizações vividas e/ou conhecidas pelos alunos no contexto não escolar.
Além disso, os professores precisam pensar em critérios mais amplos para a escolha de conteúdos que não estejam
reduzidos apenas aos saberes de suas experiências com determinadas práticas corporais, muitas vezes vinculadas às
modalidades esportivas mais comuns. Há outras possibilidades de vivências e reflexões, ainda pouco exploradas na
área, como: ginástica, dança, capoeira, lutas, manifestações folclóricas e esportes menos comuns (peteca, frescobol,
tênis de mesa e outros).
Vale destacar a importância do registro dos trabalhos desenvolvidos pelos professores e a construção de materiais
didáticos que sirvam de referência para a produção de novos materiais e de outros registros. Todas as temáticas e os
objetivos gerais propostos abaixo, além de outras pensadas pelos professores nas escolas, permitem/favorecem a
construção de diferentes aulas, diferentes registros/sínteses provisórias e diferentes materiais pedagógicos
(catálogos, fitas de vídeo, apostilas, etc).
CONCEPÇÕES HISTÓRICAS DA EDUCAÇÃO FÍSICA
A História da Educação Física perpassou vários momentos importantes em sua trajetória, por volta do século XIX.
Antes de tudo, o corpo era educado para o trabalho, sem um rendimento cognitivo, afetivo e social, via-se uma
prática repetitiva e exclusiva, em que sobressaíam-se apenas os mais fortes, excluindo os menos habilidosos. Iniciou-
se então o interesse pelo corpo, pela higiene e pela saúde. E neste contexto que os exercícios corporais surgem como
uma forma de higienizar a população e moralmente a saúde.
Foram os higienistas que pregaram novidades sobre o cuidar do corpo. Por volta do século XVIII e XIX, o trabalho
industrial já representava o centro das preocupações econômicas e sociais e começava a então valorização do
trabalhador, que passa a ser importante gerador das riquezas dessa época, portanto deveria ser cuidado, porque
havia um interesse do homem para a produção das riquezas do estado.
O discurso higienista na Europa do século XIX veiculava a ideia de que as classes populares viviam mal por possuírem
um espírito virtuoso, uma vida imoral, liberada de regras e que, portanto, era premente a necessidade de garantir-
lhes não somente a saúde, mas fundamentalmente a educação higiênica e os bons hábitos morais.
Portanto, neste tempo, o debate se referia à valorização da saúde do corpo e buscava novas formas que
desprendessem meios de preservá-los. Neste tempo cada homem fazia parte da força social que dependeria da
qualidade e quantidade dos serviços prestados para a riqueza da nação. A procriação da sociedade dependia dos
trabalhadores, ou seja, a elite predominava sobre os operários, fazendo-os de máquinas que mais tarde sofreriam de
alguma doença. Foi então que os higienistas desta época tiveram as novas descobertas da física, fisiologia e
termodinâmica.
A disciplina amplia a força em termos econômicos e diminui a resistência que o corpo pode oferecer ao poder. Daí
que o corpo tenha sido fonte de utilização econômica e só se tornaria força útil se ao mesmo tempo fossem
produtivos, submissos e controlados como objeto e objetivo próprio de determinada instituição. 
Então, por volta do século XX, a materialização do campo específico da Educação Física foi desenvolvida e surge o
militarismo. O militarismo passou um pensamento positivo, foi então que a Educação Física tornou-se de extrema
importância para o forjar daquele indivíduo saudável e indispensável à implementação do progresso e
desenvolvimento do país e sim um indivíduo que buscasse compreender a prática de uma forma que valorizasse a
capacidade física para o combate, a luta e a guerra. Então, a Educação Física passa a ter mais princípios e valores de
uma forma de pedagogização com intuito de relação de teoria e prática educativa.
Foi fundada então a escola de Educação Física do exército e a disciplina tornou-se obrigatória nos cursos secundários
através do método francês no qual praticamente funcionou o militarismo. O princípio era a singularidade da
obediência e adestramento do homem para a obtenção de uma prática capaz de combater e lutar para a guerra.
Com o tempo a Educação Física passou a ter mais valorização no âmbito escolar, a disciplina passa então a ter
aprofundamento específico, no sentido de passar os conteúdos de uma forma que valorizasse a ação pedagógica.
Neste contexto faz-se necessário o real valor da pedagogização da disciplina Educação Física Escolar, sabendo que as
demais disciplinas também têm uma contribuição para a formação do indivíduo, só que diferente para a valorização
de ensino-aprendizagem, como é o caso da Educação Física Escolar em relação à teoria e prática. Então, se faz
necessária para desenvolver melhor as capacidades do intelecto do indivíduo.
A Educação Física é uma prática pedagógica, podemos afirmar que ela surge de necessidades sociais concretas,
identificadas em diferentes momentos históricos. Sem os conhecimentos dessas inter-relações, ela tem a contribuir
em diferentes aspectos educacionais, como a diversidade cultural em relação à educação psicopedagogista, a qual
versa entender a prática e ação do cognitivo do indivíduo.
Finalmente a Educação Física chega às escolas do Brasil, onde o foco era em uma forma de prática positivista em
relação ao desenvolvimento da pedagogização, em que os alunos compreendam mais que uma prática junto com a
teoria. No entanto, para esse modelo escolar, se faz necessário uma maneira de reorganização da Educação Física
Escolar.
As práticas avaliativas da Educação Física, em 1961, não tinham muita exigência, nesta época era vista com grande
importância para a preparação dos jovens para o ingresso no mercado de trabalho, com o objetivo de produzir mais.
Já em 1971, a LDBEN, no capitulo I, em seu artigo 7º, cita que:
Na Educação Física a obrigatoriedade é ampliada em todos os níveis e ramos de escolarização, mas com a intenção
de preparação física de trabalhadores. Porém, com as opções de facultatividade apresentadas pela lei, estudar em
período noturno, trabalhar mais de seis horas diárias, ter maisde trinta anos de idade e estar prestando serviço
militar.
Então, com o seu incremento na grade curricular, Educação Física passa a ser vista melhor, sem discriminação de ser
apenas uma prática, e a avaliação passa a ter mais exigência. A atual LDBEN de 1996, no artigo 26, parágrafo 3º,
determina que “a Educação Física se ajuste às faixas etárias e condições da população escolar, sendo facultativa
nos cursos noturnos e componente curricular obrigatório”. Tornando necessária a valorização da avaliação na
Educação Física, tratando a questão da avaliação do rendimento escolar nos seguintes termos citados na LDBEN,
artigo 24, inciso V:
A verificação do rendimento escolar observará os seguintes critérios:
a) a avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os
quantitativos e dos resultados ao longo do período ou de eventuais provas finais;
b) possibilidade de aceleração de estudos para alunos com atraso escolar;
c) possibilidade de avanço nos cursos e nas séries mediante verificação do aprendizado;
d) aproveitamento de estudos concluídos com êxito;
e) obrigatoriedade de estudos de recuperação, de preferência paralelos ao período letivo, para os casos de baixo
rendimento escolar, a serem disciplinados pelas instituições de ensino em seus regimentos. 
O desenvolvimento da avaliação é acoberta em várias partes da LDBEN, 9.39496: na qual direciona como a avaliação
é procedida na educação, em seu Artigo 12. No inciso V afirma que é dever dos estabelecimentos de ensinos “prover
meios para a recuperação de alunos de menor rendimento”, visando a importância dos alunos que não sobressairão
bem na avaliação, com uma nova chance de nota. Inciso VII - “informar os pais e responsáveis sobre a frequência e o
rendimento dos alunos, bem como sobre a execução de sua proposta pedagógica. Neste sentido a escola tem o dever
de conscientizar o desenvolvimento do rendimento em cada passo do aprendizado.
A avaliação necessita de meios que possam atingir os objetivos previstos pelo professor. Neste caso, segundo Artigo
13, é dever dos docentes incumbirem práticas avaliativas coerentes; em seu inciso III- zelar pela aprendizagem dos
alunos: dizer para ele onde está acertando e errando; e inciso IV - “estabelecer estratégias de recuperação para os
alunos de menor rendimento”. Neste contexto, as aprendizagens dos educandos se diferenciam e os professores
necessitam de estratégias para amparar todos por igual.
Portanto, a avaliação requer compromissos mais sérios com os alunos, neste ponto de vista, no Artigo 24, Inciso VI –
o controle de frequência fica a cargo da escola, conforme o disposto no seu regimento e nas normas do respectivo
sistema de ensino, exigida a frequência mínima de setenta e cinco por cento do total de horas letivas para
aprovação. A escola tem o dever de conscientizar os alunos de que eles têm um total de porcentagem de faltas e que
podem chegar a uma reprovação.
No entanto, o Artigo 32, Parágrafo 2º, os estabelecimentos que utilizam progressão regular por série podem adotar
no Ensino Fundamental o regime de progressão continuada, sem prejuízo da avaliação do processo de ensino-
aprendizagem, observadas as normas do respectivo sistema de ensino. A aprendizagem do educando é atribuída de
maneira flexível.
Diante do exposto da LDBEN, sobre a avaliação, compreende-se que os regulamentos dos processos avaliativos na
educação atual são de suma importância, em que se fazem necessárias para cada ato que venha a constranger o
professor em seu processo de ensino e aprendizagem no processo de avaliação em suas aulas. A LDBEN acoberta a
avaliação em varias formas, mas depende também das instituições sobre os direitos dos processos de avaliações,
com intuito de ter as melhores parcerias com os alunos.
A EDUCAÇÃO FÍSICA COMO COMPONENTE CURRICULAR
Pedagogicamente, o desenvolvimento da Educação Física Escolar contribui para a formação de cidadãos justos que
venham a fazer reflexões e remeter a conceitos formais sobre os processos de ensino-aprendizagem. A legitimidade
da Educação Física como componente curricular foi um processo amplo, antes com uma visão de que o corpo era o
valor da saúde e do bem físico, fazendo a disciplina não ter nenhuma importância no âmbito educacional. Então,
depois do processo de pedagogização foi que ela começou a se tornar componente curricular obrigatório.
Para se chegar à proposta educacional como disciplina, passou por três reformas e a sua última versão foi a LDBEN,
que integra a Educação Física como componente curricular obrigatório no sistema educacional. Em seu parágrafo 3º,
ressalta que na sua prática os alunos se integrem mais através das aulas, sendo facultativa em alguns casos, como:
Artigo 26 §3 A Educação Física, integrada à proposta pedagógica da escola, é componente curricular obrigatório da
educação básica, sendo sua prática facultativa ao aluno.
I – Que cumpra jornada de trabalho igual ou superior a seis horas;
II – Maior de trinta anos de idade;
III – que estiver prestando serviço militar inicial ou que, em situação similar, estiver obrigado à prática da Educação
Física;
IV – Amparado pelo Decreto-Lei no 1.044, de 21 de outubro de 1969;
V – Vetado;
VI – Que tenha prole.
A Educação Física, portanto, se integra à formação do currículo educacional com o caráter de formação do indivíduo.
A proposta da LDBEN foi de desenvolver os alunos que não desprendiam de conhecimentos teóricos, para que
compreendessem uma prática moralmente de valorização. Portanto, para que a Educação Física se integre na escola
com maior flexibilidade, foi vista a necessidade de desenvolver os documentos com bases para o desempenho do
cognitivo dos alunos, como os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’s) e os Parâmetros Curriculares Estaduais
(PCE’s).
Os PCN’s têm a função de auxiliar a revisão para os estados e municípios de uma forma pedagógica para a
elaboração de projetos e também servir como material de reflexão para a prática do professor, nele todas as crianças
e jovens brasileiras, em locais com condições socioeconômicas ou desfavoráveis, possuem o direito de usufruir do
conjunto de conhecimentos e de uma melhoria na qualidade de aprendizagem. Portanto, os PCN’s distinguem os
conteúdos da Educação Física Escolar de uma forma mais específica, que leva o aluno a compreender melhor o seu
cognitivo. É dever desses documentos levar ao interesse do novo para concretizar os conhecimentos culturais, a
diversidade e para que busquem a relevância de conhecimentos para os educandos. Nesse contexto, os professores
terão uma visão melhor para fazer seus planos de ensinos.
Entretanto, os PCN’s são documentos importantes para subsidiar caminhos ligados a seguir o plano de ensino da
escola, eles são a base fundamental para o corpo docente, assim contribuem para a educação nacional e a Educação
Física Escolar. Neles a divisão dos conteúdos é desenvolvida para que os professores sejam induzidos a avaliar
melhor os alunos, facilitando essa avaliação, pois são divididos em ciclos para que a proposta seja pertinente e
flexível para a avaliação do professor.
Os PCN’s, no currículo da Educação Física, referem-se à avaliação, considerando-a como elemento favorecedor da
melhoria de qualidade da aprendizagem, deixando de funcionar como arma contra o aluno e desenvolvendo,
portanto, os objetivos propostos a que venham subestimar o ano todo. Os PCN’s integram à avaliação, não só o
aluno, mas também o professor e o próprio sistema escolar. Para isso, é necessário caminhar juntos e disciplinados,
compreendendo a ação dos PCN’s e relacionando os sistemas dos conteúdos a serem ministrados no planejamento.
Distinguir o componente curricular na forma de conteúdos a serem abordados nas aulas de Educação Física por cada
série é uma porta central para o planejamento dos professores andarem conforme a ação do ano todo.
Segundo os Parâmetros Curriculares Estaduais, a proposta pode desencadear relações de melhoria na sala de aula,visando conceitos que levem o PPP para o ensino e aprendizagem do educando, sem sair da escola. Portanto, a
elaboração deste documento serve para dar suporte ao currículo, de forma coletiva, na qual os professores possam
compreender também a avaliação como:
Orientações pedagógicas e metodológicas que compõem os Parâmetros na Sala de Aula e tratam de criar e discutir
situações efetivamente capazes de traduzir as expectativas definidas nos Parâmetros Curriculares em aprendizagens
necessárias para viver no mundo contemporâneo, configurando o Direito de Aprender, que é inerente à cidadania e
dever do Estado, em todas as esferas de poder.
Portanto, os documentos destacam que é importante que o currículo seja apropriado nas salas de aulas, assim fica
mais fácil de conhecer melhor cada conteúdo em todas as aulas ministradas. Os alunos já trazem do seu cotidiano
uma vivência, e isso deve ser um facilitador para o professor relacionar os seus objetivos e chegar a uma avaliação
flexível. Neste sentido, se faz necessário que as propostas curriculares, as competências de variações, que são as
dimensões individualizadas feito pelos professores, tenham um apoio institucional melhor para compreender as
metodologias que sejam aplicadas. Também vale o olhar do professor questionar e desenvolver as suas aulas de
acordo com a divergência da turma e seguir os padrões de avaliação da Educação Física.
FORMAÇÃO DOS PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍSICA NO
BRASIL
O termo formação profissional tem o sentido de preparação de Mão de obra especializada em nível superior, com
capacidade de estudar, entender e desenvolver questões referentes à área de conhecimento, de prestação e
desenvolvimento de atuação na sociedade. No entanto, no início dos anos 1980, a formação que era ofertada nos
cursos de Licenciatura em Educação Física não se levava em conta nenhuma especificidade de um objeto de estudo,
muito menos nas necessidades e individualidades de aprendizagem de cada aluno perante a sociedade.
Neste sentido, a formação de recursos humanos para Educação Física é bastante deficiente no Brasil. Os cursos de
formação funcionam de forma precária e com currículos defasados e não condizente a necessidade do setor. Muitos
desses problemas estão relacionados à formação do professor, onde somado a baixa solicitação durante os cursos de
licenciatura, das categorias intelectuais de conhecimento, impede que o aluno utilize as informações recebidas,
trabalhe com elaborações pessoais, faça análises, detecte e resolva situações problemáticas.
O perfil do licenciado em Educação Física é muitas vezes tomado pelas abordagens mais desenvolvimentista, onde os
conteúdos são usados meramente vislumbrando a técnica. Esse tipo de formação, voltada para a tecnicidade de
atividade motora, tem contribuído para a massificação do perfil do docente, o tornando pouco comprometido com o
processo educacional. A formação profissional inadequada resulta em características indesejadas dos professores de
educação física, o tornando incapaz de identificar e explicar o objetivo da educação física escolar, deixando com uma
visão esportiva onde se preza pela supervalorização da vitória e é deixado o coletivismo.
Os currículos das Universidades são, de modo geral, preparados por disciplinas técnico-esportivas, o que levam os
profissionais a falta de embasamento teórico, a qual dificulta a transformação da prática dos professores. Essa é
chamada de formação tradicional-esportiva, que são vestígios da década de 70 e 80, cujo currículo enfatiza a prática,
o saber fazer para ensinar, distinguindo a teoria da prática. Tentando romper com o modelo tradicional, na década de
80 algumas instituições implementaram novas propostas curriculares e surgiram algumas abordagens de ensino,
onde procurava ver o aluno no sentido mais amplo. A formação profissional passou das práticas desportivas para a
teoria.
Contudo, isso já vem mudando, pois pensadores e pesquisadores preocupados com o rumo da EFE no nosso País
estão cada vez mais desenvolvendo métodos para que o trato pedagógico venha a prevalecer, dando uma nova
perspectiva e um novo olhar para todos os docentes.
ABORDAGEM PSICOMOTORA
Muito se debateu nos idos das décadas de 1980 e 1990 acerca do estabelecimento da área de Educação Física no
contexto escolar. Com isso, emergiram discussões e estudos que envolveram algum as abordagens da área em
questão.
Em uma ordem cronológica que nos faz perceber seu surgimento e a dinâmica de instalação no contexto escolar. A
seguir, destacamos sua apresentação através das obras e autores reconhecidamente mais marcantes na área,
caracterizando e fundamentando-as para servir de suporte teórico para a discussão com artigos selecionados para o
desenvolvimento do estudo.
ABORDAGEM PSICOMOTRICISTA
A educação psicomotora deve ser considerada como uma educação básica para a escola primária. Ela condiciona
todas as aprendizagens pré-escolares e escolares; estas não podem ser conduzidas a bom termo se a criança não
tiver conseguido tomar consciência de ser corpo, lateralizar-se, situar-se no espaço, dominar o tempo; se não tiver
adquirido habilidade suficiente e coordenação de seus gestos e movimentos. A educação psicomotora deve constituir
privilégio desde a mais tenra infância; conduzida com perseverança, permite prevenir certas inadaptações sempre
difíceis de melhorar quando já estruturadas.
A abordagem psicomotricista/psicomotora surge no decorrer da década de 1970 e possui em Jean Le Boulch seu
principal representante no Brasil. Ela se contrapõe às influências anteriores da Educação Física, pois tem como
objetivo a valorização dos processos cognitivos, afetivos e psicomotores, portanto, uma visão mais global do aluno.
Esta abordagem descaracteriza a Educação Física que até então servia de modelo nas escolas, que restringia os
alunos ao plano biológico, ao rendimento corporal e aos conteúdos predominantemente esportivos, para contrapor e
valorizar/enfatizar a educação pelo movimento, tendo como pressupostos o interesse no desenvolvimento do
comportamento motor, baseando-se na construção da aresta central da personalidade, o esquema corporal, pois
entende que o ato motor não é um processo isolado [mas que ele] só tem significado se estiver em relação com a
conduta de toda a personalidade [dos alunos].
Através da psicocinética, que é entendida como uma teoria geral do movimento que conduz ao enunciado de
princípios metodológicos que permitem encarar sua utilização como meio de formação, cria os princípios baseados na
inter-relação junto à “filosofia de educação”; percebendo e apoiando-se na concepção unitária de pessoa; na noção
de estruturação recíproca, que se fundamenta na ideia de que o sujeito, ao mesmo tempo que modifica o meio, é por
ele modificado; na valorização das “experiências anteriores” vivenciadas pelas crianças; na importância da relação
com o outro ser humano e dos fenômenos sociais na sua formação; e no respeito à especificidade no
desenvolvimento de cada criança, não deixando de favorecer a aprendizagem rápida.
A partir desses princípios, foi percebido um movimento que contemplasse essa visão do humano em sua totalidade,
possibilitando uma maior integração à proposta pedagógica ampla e integrada da Educação Física em seus primeiros
anos da educação formal: a educação psicomotricista/psicomotora.
A psicomotricidade é, do mesmo modo, abordada como meio de reeducar aqueles que tiveram prejuízos em outras
fases de desenvolvimento durante o período escolar, através do que ele chama de reeducação psicomotora, também
indicada aos alunos portadores de necessidades especiais.
A Educação Física escolar no Brasil, em oposição às outras correntes, que vislumbravam fazer do corpo humano um
objeto útil para a sociedade, visando ao rendimento motor.
ABORDAGEM PARA A PROMOÇÃO DA SAÚDE
Busca a conscientização da comunidade escolar sobre os benefícios das atividades físicas. Considera importante a
adoção pedagógica dos professores de assumiremum novo papel frente a estrutura educacional, procurando adotar
em suas aulas, não mais uma visão de exclusividade a prática desportiva, mas, alcançarem metas relacionadas a
qualidade de vida e a promoção da saúde. Visando também que crianças e jovens tenham um estilo de vida melhor
quando adultos. É fundamental a importância da prática prazerosa de atividades que conduzam ao aperfeiçoamento
das áreas funcionais, tais como, resistência orgânica ou cardiovascular; flexibilidade; resistência muscular e a
composição corporal como fatores coadjuvantes na busca de uma melhor qualidade de vida por meio da saúde.
São inúmeros os benefícios em relacionar as aulas de Educação Física, também com a busca qualidade de vida e
promoção da saúde, no contexto das sociedades industrializadas e em desenvolvimento, o estilo de vida e, em
particular, a atividade, tem, cada vez mais, representado um fator de qualidade de vida tanto quanto relacionada à
saúde das pessoas de todas as idades e condições socioeconômicas, estando associada a maior capacidade de
trabalho físico e mental, mais entusiasmo para a vida e sensação de bem estar, menores gastos com a saúde,
menores riscos de doenças crônicas e degenerativas e mortalidades precoces.
As práticas de atividade física vivenciadas na infância e adolescência se caracterizam como importantes atributos no
desenvolvimento de atitudes, habilidades e hábitos que podem auxiliar na adoção de um estilo de vida ativo
fisicamente na idade adulta.
ABORDAGEM DESENVOLVIMENTISTA
Esta abordagem surge com a preocupação em ajustar às características biológicas a faixa etária dos alunos,
estimulando-os a competências nas quais eles já possuam características necessárias para o desenvolvimento, pois
só assim, suas reais necessidades e expectativas serão alcançadas, não acarretando assim uma sobrecarga e um
estímulo desnecessário nos quais os alunos não terão capacidade motora par a responder.
A teoria através dos processos de crescimento, desenvolvimento e aprendizagem motora, existindo assim uma
perceptível preocupação a respeito das capacidades a serem desenvolvidas em cada faixa etária do educando. Esta
abordagem é então adotada para o favorecimento do crescimento físico, desenvolvimento fisiológico, motor,
cognitivo e afetivo-social da aprendizagem motora.
Como meio para facilitar este processo de aprendizagem motora, é elaborada uma classificação do comportamento
humano e do movimento:
i) domínio cognitivo, que está relacionado às operações mentais;
ii) domínio afetivo-social, que encontra relação com os sentimentos e as emoções; 
iii) domínio motor, que se relaciona aos movimentos.
Estes domínios não são vistos de maneira compartimentada, mas sim como uma totalidade, se apresentando de
maneira destacada, com o predomínio de um sobre o outro, reafirmando assim o princípio da especificidade.
Nesse sentido, o movimento tem um duplo aspecto, o primeiro entendido como comportamento observável, e o
segundo como produto de um processo que acontece com o indivíduo.
Apesar de a abordagem estar preconizada nos pressupostos do desenvolvimento motor, estudos não veem o corpo
de maneira dicotômica, e esclarecem que não se pode isolar o movimento sem que haja a presença dos fatores
cognitivos ou mentais. Essa afirmação pode ser notada na passagem seguinte, onde eles se preocupam com os
caminhos percorridos e a percorrer da Educação Física.
Se a Educação Física pretende contribuir para o desenvolvimento adequado das crianças, é preciso que ela abandone
a ênfase excessiva sobre o sistema muscular, para adotar um enfoque onde todos os mecanismos envolvidos e os
fatores que afetam o funcionamento destes mecanismos sejam convenientemente trabalhados e desenvolvidos.
Para tanto, pesquisas exemplificam através das relações entre o desenvolvimento e a atuação das experiências, a
importância do movimento para o desenvolvimento global do ser humano, e ressaltam que o centro de preocupação
e interesse da Educação Física deve se basear no movimento humano, exemplificando através da relação existente
entre a experiência que o ambiente outorga em conjunto com a maturação do aluno, propiciando um melhor
desenvolvimento da criança e do adolescente e colocando a Educação Física como peça-chave no oferecimento de
experiências motoras adequadas para a sua realização.
Uma taxionomia para o domínio em níveis. São eles: movimentos reflexos, habilidades básicas, habilidades
perceptivas, capacidades físicas, habilidades específicas e comunicação não verbal, associando esta taxionomia à
sequência de movimentos e à fase escolar onde tais movimentos devem ser enfatizados: movimentos reflexos e
habilidades básicas no pré-escolar à 4ª série do 1º grau; e habilidades específicas e comunicação não verbal da 5ª
série até o 3º ano do 2º grau; respeitando a máxima de qu e o aluno, em cada fase da sua vida, está apto em sua
maturação para trabalhar determinado tipo de movimento.
A abordagem desenvolvimentista, portanto, enfatiza a aprendizagem através do movimento, favorecendo a
progressão normal do crescimento físico, do desenvolvimento fisiológico, motor, cognitivo e afetivo-social através da
aprendizagem motora.
ABORDAGEM CONSTRUTIVISTA-INTERACIONISTA
A escola, entre outras instituições, cumpre o papel de formar crianças para exercerem funções na sociedade. Uma
sociedade que queira ser livre não deveria conceber uma Educação que restrinja a liberdade das pessoas, e nisso a
escola tem um papel importante.
A abordagem construtivista-interacionista tem na obra de João Batista Freire, o referencial que determinou a
divulgação das ideias construtivistas na Educação Física no Brasil.
A partir de um contexto que seja significativo para a criança, o autor propõe uma pedagogia centrada nos jogos e
brincadeiras como uma das possibilidades de despertar consequências importantes no desenvolvimento dos alunos
que estão em fase escolar. Esta teoria vai de encontro às propostas anteriores da Educação Física, que tinham seus
pressupostos no desempenho e na padronização dos comportamentos, e que deixavam à deriva experiência s
anteriores vivenciadas pelos alunos.
Neste contexto, existe uma preocupação com a dicotomia existente entre corpo e mente, com as teorias baseadas na
psicologia infantil e psicomotricidade, que descrevem movimentos predeterminados e defendem que as habilidades
desenvolvidas pelas crianças, ao longo do seu desenvolvimento, se apresentam de forma estanque, não valorizando
os aspectos culturais e sociais que são de significativa representação sob a ótica da totalidade.
 
Esta teoria é bastante influenciada por Piaget, Wallon e Vygotsky, entendendo que os pressupostos destes autores
privilegiam uma visão de atividade motora como meio de adaptação, transformação e relação com o mundo.
Para o desenvolvimento da abordagem construtivista-interacionista, destacamos a divisão adotada por Piaget das
fases do desenvolvimento da inteligência, denominada por ele de “esquemas de ação”, como importantes
colaboradoras para que o aluno se adapte ao mundo, aja sobre ele e o transforme.
São elas:
i) sensório-motor;
ii) pré-operatório, intuitivo ou simbólico;
iii) operatório-concreto;
iiii) operatório-formal ou hipotético-dedutivo.
Outra característica marcante nesta abordagem está no resgate da cultura de jogos e brincadeiras dos alunos
envolvidos no processo de ensino-aprendizagem, possibilitando-lhes trazer do “seu mundo” todo o acervo cultural
presente na sua história de vida.
Vale ressaltar que é preciso entender que as habilidades motoras, desenvolvidas num contexto de jogo, de
brinquedo, no universo da cultura infantil, de acordo com o conhecimento que a criança já possui, poderão se
desenvolver sem a monotonia dos exercícios. Talvez não se tenha atentado para o fato de que jogos, como
amarelinha, pegador, cantigas de roda, têm exercido, ao longo da história, importante papel no desenvolvimento das
crianças.Lamentável é o fato de que não tenham sido incorporados ao conteúdo pedagógico das aulas de Educação
Física.
A avaliação presente nesta abordagem é vista de maneira não só quantitativa, mas com a valorização das
expressões afetivas, comportamentos motores, relações sociais e cognitivas. Para isso, é usada uma avaliação
processual em que o autor sugere anotações em fichas individuais, facilitando assim a verificação da qualidade do
desenvolvimento dos alunos.
Este tipo de avaliação favorece também o professor, no momento de elaborar as aulas, pois permite a ele visualizar
melhor o “nível” em que os alunos se encontram de uma maneira mais ampla, abrindo caminho para momentos
posteriores, quando aliará elementos suficientes para a reavaliação da sua prática.
Como abordada na teoria de Vygotsky, essa avaliação servirá para mensurar a quantidade necessária de
desequilíbrios que o professor deverá proporcionar para futuros reequilíbrios, não interessando assim que o
desenvolvimento de atividades fique nem aquém e nem além de suas experiências e expectativas.
A abordagem construtivista-interacionista é, portanto, uma proposta que entende o aluno como um sujeito histórico,
que deverá ser educado através da simultaneidade dos seus aspectos sociais, psicológicos, biológicos e culturais. O
autor faz uma provocação com muita lucidez acerca deste entendimento, enfatizando que, no período de matrícula, a
cada início de ano letivo, não só a mente da criança seja matriculada, mas também seu corpo.
ABORDAGEM CRÍTICO-SUPERADORA
Esta abordagem tem como referencial o livro que reúne um coletivo de autores com vivências nas mais diversas
áreas do conhecimento da Educação Física escolar e outros níveis do conhecimento, instigados a partir do contato
que tiveram com os docentes, que são sufocados por inúmeros fatores que dificultam sua prática diária, levando-se
em conta as condições reais.
Para a abordagem crítico-superadora, os ideais do projeto político-pedagógico se preocupam com a classe
trabalhadora, visando a seus interesses mediatos e imediatos, em contrapartida com os ideais da classe proprietária,
que é dominante, que visa somente a manutenção do status quo, sem interesse em mudar a sociedade, e sim
garantir os privilégios adquiridos enquanto classe social, manipulando e detendo a direção política, intelectual e
moral da sociedade.
Nesse contexto, esse coletivo propõe uma nova pedagogia, dita como emergente, que tem como características ser
“diagnóstica”, que vislumbra a leitura da realidade em que se vive; “judicativa”, pois será julgada a partir do
ponto de vista e interesse da classe que a julga; e “teleológica”, pois tem o objetivo de chegar a algum lugar, dar
uma nova direção ou até mesmo manter esta direção, dependendo da classe que a reflete.
Esta abordagem coloca em evidência as intenções do educador, ressaltando que ele deve ter claro o projeto de
sociedade e de homem que persegue, os interesses de classe que defende, os valores, a ética e a moral que elege
para consolidar sua prática, e a articulação das suas aulas com o projeto maior de homem e sociedade.
Esta teoria percebe no currículo um agente voltado para a função social da Educação Física dentro da escola, pois
através deste mecanismo é que o docente deverá estimular a reflexão do aluno. Ele não dever á difundir só o
conhecimento científico, mas também se apropriar dele, fazendo um tratamento metodológico e facilitando sua
compreensão pelo aluno, sendo capaz de transitar nos eixos da constatação, interpretação, compreensão e
explicação da realidade social.
A sugestão colocada é a ideia de um “currículo ampliado”, em que exista a preocupação no trato com o
conhecimento, enfatizando a relevância social dos conteúdos, sua contemporaneidade e simultaneidade enquanto
dados da realidade (contra o etapismo e os pré-requisitos), a adequação às possibilidades sócio cognoscitivas do
aluno e a provisoriedade do conhecimento.
Para que este currículo seja posto em prática, deverá ter como norteador a lógica dialética, que tem uma visão de
totalidade, onde cada disciplina será entendida como parte de um todo, e a falta de uma delas compromete a
perspectiva de totalidade dessa reflexão, como se percebe na passagem seguinte:
"Cada matéria ou disciplina deve ser considerada na escola como um componente curricular que só tem sentido
pedagógico à medida que seu objeto se articula aos diferentes objetos dos outros componentes do currículo."
Em virtude do que foi mencionado, notamos uma proposta de currículo dinâmico, onde as matérias entendidas como
parte e o currículo entendido como todo alcançarão os pressupostos da abordagem, sugerindo que o tratamento por
etapas e a forma de apresentá-los podem dificultar o desenvolvimento da visão de totalidade do aluno na medida em
que trata os conteúdos de forma isolada, desenvolvendo uma visão fragmentada da realidade.
Verifica-se nesse princípio curricular que: a fragmentação, a estaticidade, a unilateralidade, a terminalidade, a
linearidade, e o etapismo, princípios da lógica formal, são, nesta concepção de currículo ampliado, confrontados com
os princípios de lógica dialética: totalidade, movimento, mudança qualitativa e contradição.
Por todos esses aspectos, a Educação Física escolar apoiada na cultura corporal, denominada de crítico-superadora,
contrapõe valores como solidariedade x individualismo, cooperação x disputa, distribuição x apropriação, ênfase na
liberdade de expressão dos movimentos (emancipação) x dominação e submissão, em que seu conteúdo deverá ser
organizado de maneira a ser compreendido como “provisório, produzido historicamente e de forma espiralada.
A Educação Física é entendida a partir de um conceito provisório de que é uma prática pedagógica que, no âmbito
escolar, tematiza formas de atividades expressivas corporais como jogo, esporte, dança e ginástica, formas estas que
configuram uma área de conhecimento que podemos chamar de cultura corporal.
Essa concepção avança quando se fala nos tipos de avaliações e formas avaliativas, evidenciando-as como um
processo contínuo, “frequentes momentos avaliativos formais e informais, explícitos ou ocultos”, em oposição aos
pressupostos da escola capitalista, que enfatiza a finalidade, o sentido, o conteúdo e a forma.
Levando-se em conta o que foi observado nesta abordagem, torna-se claro que, apesar da maior preocupação que
existe com as imposições sociais e regras, estudos não se limitam ao ensino da técnica nos conteúdos da cultura
corporal, apenas alertam que ele não deve ter um fim em si mesmo e que o objetivo do ensino não é a reprodução
exímia do gesto motor.
A técnica é válida, desde que venha carregada com um conteúdo reflexivo e tenha significado para o aluno, pois sua
maior preocupação é fazer deste aluno um ser atuante na sociedade, formando um cidadão crítico e consciente da
realidade social em que vive, para poder nela intervir na direção dos seus interesses de classe.
ABORDAGEM CRÍTICO-EMANCIPATÓRIA
O esporte, para atender o compromisso de uma concepção crítico-emancipatória de ensino, deve passar por um
processo de “transformação didático-pedagógica” e ser desenvolv ido com os alunos a partir de uma didática
comunicativa.
Tem como objetivo contrapor o entendimento quanto ao “pessimismo teórico” encontrado nos trabalhos com
tendência crítica em Educação Física acerca das questões de classe, vislumbrando, assim, alcançar um “otimismo
prático” com possibilidades reais de mudanças na pr ática pedagógica. Por isso, a abordagem proposta por ele tenta
e ou desvincula-se da luta de classes, não enfatizando a Educação Física como veículo de propagação de uma delas
ou com a preocupação de superação de uma sobre a outra.
O fenômeno cultural de grande importância nacional, o esporte, ressalta sua valor ização e o quanto este fenômeno
tem buscado a especialização no ambiente escolar, através de movimentos, materiais, espaços,e nos revela um
dado preocupante, na qual a área tem a tendência, pela normatização e padronização dessas práti cas, impedindo
assim que um horizonte de outras possibilidades de movimentos possa ser realizado. Isto coíbe, inclusive, uma
participação subjetiva dos indivíduos nas práticas do esporte.
Portanto, notamos a preocupação do autor com as demais manifestações culturais, mas, dentro da sua perspectiva,
enfatiza o esporte como instrumento chave dessa abordagem para a Educação Física escolar, o mais interessante
talvez.
Sua atenção será no que ele chama de transformação-didático-pedagógica com objetivos claros de desenvolver o
espírito crítico e a emancipação de crianças e jovens, visando favorecer o ensino-aprendizagem de todos, não da
minoria. Dessa forma, esta concepção é denominada pedagogia crítico-emancipatória e didática comunicativa”.
Crítico-emancipatória: crítico por criticar qualquer sistema que possa alienar os alunos, e emancipatória por ser
capaz, através da abordagem pedagógica, de fazê-los se emancipar. Didática comu nicativa, por entender que é
necessária para acontecer essa crítica e emancipaçã o, a construção do conhecimento dialético – professor/aluno.
A abordagem crítico-emancipatória lança um desafio, nos perguntando acerca de “quais condições e de que forma o
esporte deve e pode ser praticado na escola? E nos orienta através de pistas, supondo que o esporte, neste contexto
transformador, é visto de maneira polissêmica, permitindo ao aluno a comunicação além do mundo dos esportes,
mas proporcionando o diálogo com o mundo social, político, econômico e cultural. Este deverá ser tematizado, não de
maneira tradicional, visando ao rendimento, mas com vistas ao desenvolvimento do aluno em relação a
determinadas competências (au tonomia, interação social e competência objetiva) imprescindíveis na formação d e
sujeitos livres e emancipados .
Na concepção crítico-emancipatória, os “tutores” (professores) devem se preocupar em induzir os alunos à
autorreflexão, ten do como característica o desenvolvimento de conteúdos teórico-práticos, que, além de tornar o
fenômeno esportivo transparente, permite aos alunos organizar melhor a sua realidade de esporte, movimentos e
jogos, de acordo com suas possibilidades e necessidades. Para tal, o autor adota uma tríade muito importante: o
aspecto do trabalho produtivo, visando ao desenvolvimento de habilidades e técnicas; o aspecto da interação social,
que favorece o processo coletivo de ensino-aprendizagem; e o aspecto da linguagem, desenvolvida através da
didática comunic ativa.
O aprendizado deve estar no entrelaçamento das categorias trabalho, interação e linguagem, que se apoia na “teoria
da ação comunicativa”, para que o ensino não seja de maneira fechada, mas sim propiciando relações
metodológicas, buscando o desenvolvimento do educando.
Desse modo, conduzir o ensino na concepção crítico-emancipatória, com ênfase na linguagem, é ensinar o aluno a
ler, interpretar e criticar o fenômeno sociocultural do esporte, buscando alcançar, com objetivos primordiais do
ensino e através das atividades do movimento humano, o despertar das competências objetivas, sociais e
autônomas.
Nesta concepção, o professor se utilizará de uma di dática denominada “transcendência de limites”, que funciona
através do aumento de dificuldades aos alunos através do confronto com a realidade e o conteúdo de ensino.
Tendo em vista os aspectos mencionados, pode ser notada a preocupação do autor com o esporte institucionalizado
trazido para dentro do ambiente escolar; logo, sua abordagem tem como objetivo superar esses aspectos, fazendo
com que esse fenômeno cultural seja acessível para todos na escola e não para uma minoria.
 
ABORDAGEM SEGUNDO OS PCN´S
O Ministério da Educação e do Desporto, inspirado no modelo educacional espanhol, convidou um grupo de
pesquisadores de várias áreas do conhecimento, entre elas a Educação Física, para a construção dos Parâmetros
Curriculares Nacionais-PCNs.
Alguns aspectos levantados nos PCNs Educação Física são relevantes princípios da inclusão; as dimensões de
conteúdo atitudinais, conceituais e procedimentais; e os temas transversais. Reconhecido como uma abordagem no
livro Educação Física na Escola.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) da Educação Física se constituem num referencial teórico que busca a
reflexão sobre os conteúdos curriculares a nível Nacional, Estadual e Municipal. Tendo em vista orientar e garantir a
coerência das políticas de melhoria da qualidade de ensino, socializando discussões, pesquisas e recomendações,
além de nortear a prática pedagógica do docente desta área, principalmente objetivando mostrar as formas e meios
de adequação no que se refere à construção do planejamento com vistas no projeto político-pedagógico da escola,
para que este se efetive de maneira dinâmica e concreta.
A proposta tem como base a consideração dos aspectos socioculturais dos educandos, de modo a atender as
diferentes realidades encontradas em nosso país, haja vista que o referencial tem validade a nível Federal, mesmo
que por alguns Estados seja contestada a sua aplicabilidade. A proposta enquadra os conteúdos na perspectiva da
cultura corporal de movimento, de maneira a considerar as experiências e manifestações apresentadas pela clientela
escolar local.
Foi na Conferência Mundial de Educação para Todos realizada em Jomtien, na Tailândia em 1990, com o intuito de
estabelecer um princípio educacional que norteasse as propostas em questão, de modo a contemplar temáticas
relacionadas e educação sexual, ética, educação continuada, convívio social entre outros, mostrando que a
preocupação estava pautada em dar coerência entre a educação e as diferentes realidades sociais, com vistas a
formar cidadãos capazes de desenvolver suas potencialidades.
Na questão dos conteúdos, principalmente na sua relação com a cultura corporal de movimento. O primeiro critério
trata da questão da relevância social que tem por meta selecionar práticas da cultura corporal de movimento que se
estreitam com as características da sociedade brasileira, com fins de interação sociocultural, o usufruto das
possibilidades de lazer, a promoção da saúde pessoal e coletiva.
O outro critério tem relevância extrema no tocante que diz respeito às características dos alunos, tendo como base
essencial a questão extremamente cultural, buscando considerar as diferenças entre regiões, cidades e localidades
brasileiras e suas respectivas populações, além dos níveis de crescimento e desenvolvimento e as possibilidades de
aprendizagem dos educandos nesta fase de formação educacional. Portanto, por último, procurou-se ater nas
especificidades da área, com o objetivo de possibilitar a utilização das práticas da cultura corporal de movimento de
maneira ampla e diferenciada.
FORMAÇÃO DO PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍSICA
A formação de professores de Educação Física deixa a desejar no que se refere a produção de conhecimento
condizente com a realidade em que o profissional de licenciatura irá atuar. Recebendo uma formação onde os
conteúdos específicos da Educação Física (disciplinas como: lutas, dança, os esportes em geral) , estão desvinculados
da realidade escolar e dos problemas mais amplos enfrentados no contexto educacional e não por um projeto político
pedagógico que atenda as diferentes condições, necessidades e expectativas.
Em contrapartida nas disciplinas chamadas pedagógicas (didática, prática de ensino, metodologia e outras), procura-
se articular projetos político pedagógicos, visão de homem que se quer formar, alternativas metodológicas , e ainda
questões relacionadas à Educação Física como projeto educacional de transformação, a partir do entendimento e
compreensão do tipo de sociedade em que se está inserido.
Estes dois polos de atuação parecem não se atrair, entretanto, um é complemento do outro. O professor de Educação
Física, necessita doconhecimento específico e político pedagógico da área para junto dos seus alunos transmitir
estes conhecimentos e reconstruí-los de acordo com a realidade em que está inserido.
O grande desafio na formação de professores de Educação Física, é a superação da dissociabilidade de teoria e
prática e a articulação dos conteúdos específicos com um projeto político pedagógico atrelado a competência técnica.
Percebe-se que a formação de professores de Educação Física é baseada em conteúdos clássicos dos currículos
escolares (dança, jogos, ginástica, esporte) e se dá de forma indistinta das diferentes realidades, (escola pública ou
particular) podendo ser diferenciada pela criatividade, no caso das escolas mais carentes.
FORMAÇÃO DO PROFESSORES - TEORIA x PRÁTICA
As questões que foram retomadas historicamente, tem o objetivo de situar, levando à compreensão dos motivos da
atual situação que se encontram os cursos de licenciatura ,tomando-se como base as experiências vividas nos
últimos quatro anos no curso de licenciatura em Educação Física, onde percebe-se o problema da dissociabilidade
entre a teoria e a prática. Sabe-se, entretanto que este não é um problema particular dos cursos de Educação Física,
sendo comum em quase todas as áreas. O processo de formação de professores de Educação Física, todavia,
acentuou estas características.
Poderia se pensar que através dos aspectos legais que incluíram as matérias pedagógicas no currículo, através da
Resolução n°9/69 do CFE , resolveria a questão da aproximação da formação dos professores de Educação Física à
dos outros licenciados, porém a complexidade da questão é bem maior, envolvendo aspectos que fogem ao poder da
legislação. Referindo-se a Resolução n°9/69, percebe-se a amplitude desta questão, que esta resolução acarretou
inúmeros problemas, ressaltando alguns em relação a disciplina Didática, onde os professores intitulados para
ministrar as aulas, na maioria das vezes eram especializados em matérias profissionais e ministravam aulas de
Didática. Outra questão ressaltada é a carga horária destinada a esta disciplina , sendo o curso com 1800 horas
aulas, destinava somente 225 horas para todas as disciplinas pedagógicas (Psicologia da Educação, Didática,
Estrutura e Funcionamento do Ensino de 2 o grau e Prática de Ensino), sendo comum as escolas destinarem apenas
30 horas aulas para Didática.
As matérias pedagógicas incluídas no currículo para caracterizar a licenciatura, encontraram na estrutura dos cursos,
a problemática da articulação curricular, que inclui desde a capacitação de professores e da carga horária a elas
destinadas, até a integração destas matérias pedagógicas com as matérias profissionais. As matérias profissionais se
preocupam mais em ensinar aos alunos do curso de Educação Física a praticar (o handebol, o basquetebol, o voleibol,
o futebol, a natação, etc) do que ensinar a ensinar. Com isto os docentes só conhecem o modelo ensina como te
ensinaram.
Existe uma dicotomia entre a teoria e a prática na formação do professor. Um exemplo disto é que na maioria dos
cursos de licenciatura, a articulação teoria-prática tem ficado sob a responsabilidade unicamente da Prática de
Ensino, através do estágio supervisionado, que acontece no final do curso onde os conhecimento desenvolvidos
isoladamente no início do curso se perdem pois não tem relação com a realidade presente, isto reflete o
entendimento de justaposição entre um polo teórico e outro prático.
Neste sentido, podemos dizer que Teoria são os conhecimentos crítica e ativamente apropriados e/ou reelaborados,
isto é, construídos nas situações de ensino e aprendizagem, através da reflexão sobre a prática social. A Prática trata
das situações concretas de ensino da Educação Física, observadas/vivificadas pelo aluno, enquanto etapa integrativa
do currículo acadêmico, transformada em prática social exercida na realidade do cotidiano escolar. 
Teoria e Prática, constantemente modificam-se e complementam-se e, através da produção teórica e da intervenção
prática, vinculam-se à construção do conhecimento articulada ao para quem e para que, situando assim, este
conhecimento num determinado ponto do tempo e do espaço.
A formação de professores de Educação Física é pautada ainda nos aspectos que enfatizam a instrumentalização
funcional/prática ,onde o saber teórico tem um valor limitado , ou seja, o professor que atua no ensino escolar da
Educação Física não tem a preocupação em agir pedagogicamente na sua disciplina de acordo com determinada
compreensão teórico-conceitual relacionado a temas como: Escola, Educação e Sociedade. Ele apenas repete o
receituário prático recebido na sua formação. 
Atualmente são muitas as Escolas Superiores de Educação Física no Brasil, porém, sem preparação para formar
profissionais competentes. Seus currículos não se preocupam em fundamentar esta importante área do
conhecimento humano, dando-lhe uma base teórica mais sólida. Mais do que nunca se tem reforçado a ideia de ser
ela uma disciplina exclusivamente prática, sem maiores necessidades de reflexões que questionem o valor de suas
atividades para a formação integral da mulher e do homem brasileiro.
Sendo assim os estudantes de Educação Física passam pela universidade e quando ao término desta jornada
acadêmica vão atuar junto a sociedade, descobrem que os conhecimentos diversos que receberam não se
incorporam e integram por conta própria, transformando-os em professores competentes. Isto não se dá justamente
porque esta realidade, contextualizada, contraditória não foi levada em consideração no momento da produção do
conhecimento.
Desta forma o professor que depois de formado acaba por reproduzir os conhecimentos adquiridos ou a partir deste
momento, através do contato mais íntimo com a realidade em que está inserido é que vai recomeçar sua formação,
tentando através de pesquisas aproximar os conhecimento da cultura corporal ao seu projeto político pedagógico,
refletindo sobre as ações dos homens na realidade explicando suas determinações, reflexões estas que não fizeram
parte de sua formação profissional.
Parece que a hipótese da reprodução é a mais provável após uma formação onde prevalece uma teoria justaposta a
prática, principalmente no que se refere as disciplinas esportivas. Os conteúdos teóricos ministrados nestas,
raramente tem uma relação orgânica com a prática, geralmente de ordem técnica, privilegiando a reprodução
impedindo que os estudantes criem, pensem e transformem sua realidade.
ORGANIZAÇÃO DIDÁTICA E O CURRÍCULO ESCOLAR
Os professores pensam os objetivos, os conteúdos, os métodos e a avaliação para efetivar o currículo integrado? É
esta a inquietação motivadora da escrita deste capítulo. Certamente um tanto quanto difícil se pensarmos em uma
resposta pronta, afirmativa ou negativa, mas um terreno fértil para a reflexão sobre as dimensões e interseções que
constituem o currículo e a didática, as quais repercutem significativamente no movimento dialético que constitui a
ação docente.
No atual contexto educacional, muitas pessoas não são capazes de refletir outras possibilidades para selecionar e
organizar os conteúdos escolares que transgridam os modelos tradicionais que experimentaram durante toda sua
vida acadêmica. Esta padronização mais tradicional de classificação das culturas e parcelas da ciência que
constituem o legado da humanidade é organizado e concretizado em um número mais ou menos variável de
disciplinas. Tomemos como exemplo a Matemática e Língua Portuguesa (ou língua materna), são disciplinas que
apareceram em todos os modelos conhecidos de organização dos conteúdos, em todas as épocas e países. Outras,
como a tecnologia, formação cidadão, educação financeira etc, são resultado de uma evolução, desenvolvimento e
integração de distintas especialidades científicas das quais incorporam fundamentos, bem como de necessidades
sociais e do mundo do trabalho típicas das sociedades modernasindustrializadas.
A dinâmica que constitui a elaboração e escolha dos conteúdos evidencia a necessidade de ressignificações que
estejam em diálogo com a vivência dos alunos e sejam coerentes com a intenção que o professor confere à sua
prática.
Assim o objeto de estudo na escola deve ser a realidade, a organização do ensino deverá desenvolver ao máximo o
estabelecimento do maior número possível de relações entre os diferentes conteúdos aprendidos, percebemos que
uma das principais funções da educação escolar é a de potencializar nos estudantes as capacidades que lhes
permitam contrapor aos problemas reais em todos os âmbitos de desenvolvimento pessoal, sejam sociais,
emocionais ou profissionais, os quais sabemos que, por sua natureza, jamais serão simples. Para tal desafio, a
capacidade de compreender e intervir na realidade comporta dispor de instrumentos cognoscitivos que permitam
lidar com a disciplina de formação cidadã é parte integrante curricular, sendo inclusa na parte diversificada do
currículo.
É neste sentido que compreendemos o entrelaçamento entre o currículo e a didática como necessário, na medida em
que esses dois elementos constituintes do processo educacional são complementares e dialogam fortemente com a
possibilidade de formação contextualizada, intencional e reflexiva.
Geralmente ao falarmos sobre didática, o comum é remeter-se aos elementos que a Didática formal apresenta:
objetivo, conteúdos, metodologias de ensino e avaliação. Essa compreensão simplificada, embora seja facilmente
compreensível e desenvolvida diariamente no âmbito escolar, proporciona um pensamento limitado do ensino,
compreendendo a didática educativa como mero aspecto operativo e instrumental que compulsoriamente
proporcione uma aprendizagem.
Ao desenvolvermos a didática a partir deste entendimento, que compreende que na visão formal de didática ocorre
um esvaziamento do processo de ensino que enaltece o pensamento do senso comum, o fato que reduz o ato
educativo em formas, em técnicas e em receitas. Assim, chega-se ao entendimento de que em Didática se aprende
as técnicas de dar aulas.
A didática possui uma compreensão mais ampliada, já que consiste na sistematização de conhecimentos e práticas
referentes aos fundamentos, condições e práticas referentes aos fundamentos, condições e modos de realização do
ensino a aprendizagem dos conteúdos, habilidades, valores, visando ao desenvolvimento das capacidades mentais e
à formação da personalidade dos alunos. 
A função da didática, neste contexto, será de conceber as situações às quais os estudantes poderão dar sentido,
situações que lhes permitirão agir e refletir sobre sua ação e sobre seus resultados. Isso implica que a didática
assegure, com base na estruturação curricular numa perspectiva globalizadora, momentos de aprendizagem
significativas, amparadas sobre apreensões e situações da vida do estudante, sobre suas inquietações, suas
concepções, suas práticas cotidianas.
Partindo da perspectiva do processo de desenvolvimento do conhecimento escolar no contexto da integração
curricular e buscando identificar qual organização didática da Educação Física realiza nesse contexto, apresentamos
como se constitui a organização desses conhecimentos, tendo o currículo como denominação deste processo.
Os estudos sobre as teorias curriculares apresentam concepções que demonstram o reconhecimento do currículo
como elemento que desenvolve possibilidades de manutenção e transformação do conhecimento construído
historicamente, bem como da socialização das crianças e jovens conforme os parâmetros de valor almejados numa
sociedade.
O conhecimento escolar e as práticas educativas instituídas e reafirmadas ao longo da história educacional nos revela
como o currículo contribui para moldar os sujeitos conforme o padrão de cidadão vislumbrado pela sociedade ao qual
estão inseridos.
Afirmamos ser uma ação política, pois envolve o diálogo entre as pessoas e o desenvolvimento de relações de
interesse entre classes sociais, na tentativa de estabelecer um falso consenso, ao passo que se estabelece uma
hegemonia de uma classe dominante sobre as demais classes sociais. É neste sentido que o currículo se constitui
também como uma ação de poder.
Consideramos relevante apresentar esses conceitos acerca do currículo para que se compreenda a relevância de nos
aproximarmos dos debates em torno desta temática, principalmente por requerer o ajustamento das ações
desenvolvidas no âmbito da ação didático-pedagógica, de modo que se compreenda as intencionalidades educativas
que cada projeto curricular propõe, visando desenvolver ações pedagógicas que transponham a padronização
historicamente marcada pela passividade dos sujeitos envolvidos.
TEORIAS PEDAGÓGICAS DA EDUCAÇÃO FÍSICA
As teorias pedagógicas da educação física se constituíram ao longo do tempo, sabe-se que historicamente corpo e
mente eram tratados como se fossem dissociados, havia por um lado uma educação intelectual e por outro lado uma
educação corporal, resultando na educação integral. 
A visão que predominava era da aptidão física e saúde, defendendo que o corpo precisava ser educado para a
produção, pois, dessa forma estaria saudável. O corpo não representava um papel de destaque, precisava apenas ser
disciplinado, pois, teria que atender as necessidades produtivas da sociedade e a aprendizagem era reservada ao
intelecto.
A visão mecanicista do mundo foi aplicada ao funcionamento do corpo e a Educação Física acabou sendo fortemente
influenciada pelas instituições militares e pela medicina.
Assim o nascimento da Educação Física se deu, por um lado para cumprir a função de colaborar na construção de
corpos saudáveis e dóceis, ou melhor, com uma educação estética (da sensibilidade) que permitisse uma adequada
adaptação ao processo produtivo ou a uma perspectiva político nacionalista e, por outro, foi também legitimado pelo
conhecimento médico-cientifico do corpo que referendava as possibilidades, a necessidade e as vantagens de tal
intervenção sobre o corpo.
No século XX começaram a ocorrer mudanças, e a tendência pedagógica esportivizada passou a imperar na
Educação Física, o corpo perdeu um pouco do enfoque biológico e passou a ser alvo do treinamento para que
obtivesse um bom rendimento, dessa maneira o país estaria bem representado nas competições, fato que o tornaria
superior. Este paradigma que orientava a Educação Física ganhou forças no Brasil em decorrência da Ditadura Militar,
pois, no Brasil dos militares a aptidão física era importantíssima para que a classe trabalhadora adquirisse uma maior
capacidade produtiva e para que o País estivesse entre as grandes nações.
Na década de 80 a Educação Física passa a incorporar a discussão pedagógica fazendo uma crítica ao paradigma da
aptidão física, crítica esta, cujo eixo estava na análise da função social da Educação Física. Neste período surgem
outras propostas como a desenvolvimentista, na qual, a ideia central era promover fundamentos às quatro séries
iniciais, a fim de garantir a criança seu desenvolvimento normal, enfatizando os aspectos motores para atingir a
educação cognitiva.
Próximas a desenvolvimentista estão a psicomotricidade que exerceu e ainda exerce grande influência na Educação
Física brasileira, subordinando seu papel às outras disciplinas escolares e a proposta do professor João Batista Freire,
fundamentada na psicologia do desenvolvimento.
As propostas abordadas até aqui têm em comum o fato de não se vincularem a uma teoria crítica de educação, no
sentido de fazer da crítica do papel da educação na sociedade capitalista uma categoria central. A partir daí
começam a surgir teorias de cunho progressista, estas sim interessadas em uma reflexão contextual, inserindo a
educação física como prática que possui um papel social, que trabalha não só com o biológico, mas com as
dimensões históricas e culturais do indivíduo.
Uma das tendênciaspedagógicas que surge é a crítico-superadora, enfatizando que a Educação Física tem como área
de conhecimento, a cultura corporal que se concretiza nos seus diferentes temas, quais sejam, o esporte, a ginástica,
o jogo, as lutas, a dança e a mímica. Nessa tendência há uma preocupação maior com o conteúdo, enfatizando os
processos desenvolvidos historicamente, e a construção de um conhecimento politizado, a fim de formar cidadãos
capazes de interferir na realidade.
Outra proposta que surge é a crítico-emancipatória, tendo uma concepção de movimento denominada de dialógica,
onde o movimentar-se humano é entendido como forma de comunicação com o mundo. Nessa tendência há uma
ênfase maior com relação ao movimento humano, sendo este, fonte de comunicação, visando desenvolver a
capacidade de agir criticamente.
Vale ressaltar também a concepção das aulas abertas de Educação Física, na qual os alunos podem participar das
decisões que irão configurar nas aulas, considerando que desse modo poderão se tornar sujeitos mais autônomos e
críticos.
Dessa maneira, percebe-se que são várias as propostas que sustentaram e que sustentam a Educação Física,
algumas que mesmo com o passar do tempo continuam presentes na prática pedagógica e outras que foram
surgindo após a crítica ao paradigma da aptidão física, formando assim o contexto em que a Educação Física está
inserida.
FUNÇÃO DA ESCOLA
É função da escola contar com profissionais qualificados e atualizados para sua atuação de forma a desenvolver,
eficientemente, as metodologias próprias da Educação Física. As contribuições dessa área são essenciais para
despertar no educando o interesse e a curiosidade mediante ações psicossociais ou psicomotoras, oportunizando
condições favoráveis de aprendizagem, desenvolvimento e inclusão social.
O objetivo da Educação Física, enquanto processo educacional não é a simples aquisição de habilidades, mas sim
contribuir para o desenvolvimento das potencialidades humanas. No aspecto social, ajudar a criança a estabelecer
relações com as pessoas e com o mundo; no aspecto filosófico, ajudar a criança a questionar e compreender o
mundo; no aspecto biológico, conhecer, utilizar e dominar o seu corpo; no aspecto intelectual, auxiliar no seu
desenvolvimento cognitivo.
O entendimento da importância e do alcance dessa função é imprescindível para que os profissionais de Educação
Física a exerçam com plena consciência das atribuições que lhe são inerentes.
A oportunidade de realizar atividades, sejam elas no âmbito da Educação Física escolar ou em projetos especiais na
área, como treinamentos de modalidades específicas e/ou eventos, favorece o processo de inclusão de pessoas com
deficiência, vez que essas atividades são programadas de modo a respeitar a integridade emocional, social e física da
pessoa, abrindo espaço para revelar seu valor e explorar seu potencial.
Nessa concepção, pretende-se discutir a importância da experimentação e da vivência, oferecendo acesso a
atividades e oportunidades inovadoras mediante o trabalho organizado, conduzido e monitorado por profissionais
com formação acadêmica adequada. Quanto mais precoce a pratica dessas atividades mediante intervenções
contínuas e progressivas maior o leque de possibilidades, com uma perspectiva positiva de satisfação e êxito.
É necessário abordar alguns aspectos significativos que será exposto de maneira separada, garantindo, no entanto,
seu caráter indissociável, consideramos alguns princípios que norteiam a área da Educação Física.
GMMMM 175 IMPORTÂNCIA DA LEITURA EM TODAS AS
DISCIPLINAS
RESPEITANDO AS DIFERENÇAS INDIVIDUAIS
Individualidade-sociabilidade
Refere-se à observância das diferenças individuais, respeitando as limitações e estimulando as potencialidades do
aluno. Este necessita de liberdade para refletir e decidir, para que tome consciência dos seus atos, assuma
responsabilidades e busque autonomia no pensar e no agir.
O respeito às diferenças individuais é ponto fundamental na prática educativa e permite que o indivíduo se socialize,
respeitando a si mesmo ao grupo do qual faz parte. Por isso, não se deve comparar ou rotular qualquer indivíduo em
função de modelos pré-estabelecidos, para que se preserve a integridade individual e grupal. É importante ressaltar
que não é necessário que todas as pessoas cheguem ao mesmo lugar ao mesmo tempo, mas que todos tenham o
direito de achar o seu próprio lugar no seu tempo.
Competitividade-cooperação
Tanto o esporte como o jogo devem observar princípios que fundamentem suas práticas, no que diz respeito à
construção de valores educacionais. Desse modo, na realização de atividades competitivas é importante considerar o
equilíbrio de capacidade entre os competidores, a observância de regras e a expectativa de desenvolvimento dos
participantes, caracterizando o processo de aprendizagem como contínuo e progressivo.
A resolução de conflitos grupais em contextos de atividades competitivas demanda atenção, lembrando os elementos
motivacionais que abrem espaço para cooperação e à celebração lúdica entre os participantes. A mediação nesses
espaços, portanto, é de suma importância por parte dos atores educacionais envolvidos.
Progressividade-continuidade
Quando se fala em desenvolvimento humano, antes de tudo, há que se ressaltar que este é um processo, portanto,
dinâmico e contínuo. O desenvolvimento humano implica transformações que ocorrem através da interação dos
indivíduos entre si e com o meio em que vivem, estendendo-se por toda a vida.
Nas várias fases do desenvolvimento, a motricidade, a afetividade, a sociabilidade e a inteligência passam por
modificações e apresentam características diferenciadas em cada momento. O que difere de pessoa para pessoa é a
intensidade rítmica desse desenvolvimento. Por essa razão, é importante que o professor, conhecendo o momento
histórico do desenvolvimento dos alunos, adeque suas atividades e conteúdos, de maneira a atender às necessidades
de cada um.
FUNDAMENTOS E CONCEITO DA EDUCAÇÃO FÍSICA
A Lei nº 9.394/96, das Diretrizes e Bases da Educação Nacional, traz uma significativa mudança na concepção de
Educação Física, tornando-a obrigatória no ensino fundamental.
A Educação Física, integrada à proposta pedagógica da escola, é componente curricular da educação básica,
ajustando-se às faixas etárias e às condições da população escolar, sendo facultativa nos cursos noturnos. 
Assim, a Educação Física passa a ter sua importância reconhecida, sendo vista como parte efetiva da educação do
aluno e do processo sociopolítico e cultural da sociedade. Nesse mesmo direcionamento, proclama que a Educação
Física deve ser assegurada e promovida durante toda a vida das pessoas, ocupando um lugar de importância nos
processos de educação continuada, integrando-se com os outros componentes educacionais, sem deixar, em nenhum
momento, de fortalecer o exercício democrático expresso pela igualdade de condições oferecidas nas suas práticas.
Observamos nesses documentos a perspectiva cultural da Educação Física como área de conhecimento e prática
ligada ao corpo e ao movimento, estando presente na história da humanidade, na forma de jogo, ginástica, luta,
dança e esporte. É nesse sentido que se tem falado atualmente de uma cultura corporal, ou cultura física, ou ainda,
cultura de movimento. Este trabalho tem como foco a Educação Física na perspectiva cultural e aborda sua aplicação
na escola.
As atividades esportivas, recreativas e rítmicas são consideradas meios eficazes de promover a socialização dos
alunos, uma vez que normalmente são realizadas em grupo, enfatizando o princípio da cooperação e estimulando os
alunos ao comportamento social, domínio de si mesmo, autocontrole e respeito ao próximo.
A Educação Física escolar atua no desenvolvimento orgânico e funcional da criança procurando através de atividades
físicas melhorar fatores de coordenação e execução de movimentos. Para atingir esse objetivo, defendem que as