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Arranjos de Barramento Professora: Isabela Miranda de Mendonça isabela.mendonca@ifsudestemg.edu.br 1 1. Introdução • A configuração de uma Subestação Alta Tensão está associada aos seguintes fatores: • Custo do investimento; • Confiabilidade e continuidade requeridas pela carga; • Flexibilidade de manobra operacional; • Facilidade de execução da manutenção preditiva e operacional; • Existem 2 tipos como as de consumidor de Média Tensão e Alta Tensão. • Instalação ao tempo: tipo mais comum e o de menor custo; • Instalação abrigada: somente se adotada em locais de atmosfera agressiva. 2 1. Introdução • Os esquemas elétricos operacionais de uma subestação diferenciam um dos outros pela forma a qual os elementos (linhas, transformadores, disjuntores e seccionadores) de uma subestação se conectam entre si. • Cabe lembrar que o disjuntor pode operar com o circuito energizado, enquanto a chave seccionadora somente opera com o circuito sem carga. • Esta performance pode considerar o aspecto funcional e o econômico. 3 1. Introdução • Quando se analisa os diagramas unifilares de subestações, procura-se obter uma avaliação considerando, dentre muitos, os seguintes aspectos: a) flexibilidade de operação; b) segurança do sistema elétrico; c) simplicidade do sistema de proteção; d) facilidade de manutenção; e) possibilidade de fácil expansão. 4 1. Introdução • É obvio que associado a estes critérios, devemos ter sempre em mente o aspecto custo da instalação. Todavia, o custo (economia) não deve interferir no aspecto técnico a ponto de prejudicar o desempenho da instalação. • Embora os critérios mencionados sejam válidos na orientação da escolha do arranjo de uma subestação, é claro que os aspectos particulares de cada empresa, o grau de importância dado a cada um dos critérios e os aspectos subjetivos do projeto darão características particulares a cada subestação. • Os principais esquemas elétricos são apresentados abaixo: 5 1.1. Arranjo tipo Barra Simples 6 Este é o esquema mais simples de uma subestação. Neste esquema, todos os circuitos se conectam a mesma barra e na ocorrência de alguma falta, estes circuitos serão desligados 1.1. Arranjo do tipo Barra Simples • Barra simples no primário e barra simples no secundário • Vantagens: • Baixo nível de investimento; • Operação extremamente simples; • Desvantagens: • Defeito no Barramento ou no Disjuntor geral obriga o desligamento da SE; • Defeito em qualquer disjuntor dos circuitos secundários desliga a carga correspondente; 7 1.1. Arranjo do tipo Barra Simples • Barra simples no primário e barra simples no secundário • Desvantagens: • Trabalhos de manutenção e ampliação no barramento implicam o desligamento da SE; • Trabalhos de manutenção no Disjuntor geral ou chaves seccionadoras implicam o desligamento da SE; • Trabalhos em qualquer disjuntor ou chaves seccionadoras dos circuitos secundários implicam o desligamento das cargas correspondentes. • Aplicação: Alimentação de cargas que podem sofrer interrupções demoradas. 8 1.2. Arranjo do tipo Barra Principal e Transferência 9 1.2. Arranjo do tipo Barra Principal e Transferência • Vantagens: • Aumento da continuidade do fornecimento; • Baixo nível de investimento; • Facilidade operacional de manobra no circuito secundário; • Defeito em qualquer disjuntor dos circuitos secundários interrompe apenas momentaneamente a carga associada; • Qualquer equipamento pode ser retirado e substituído sem interrupção do fornecimento. 10 1.2. Arranjo do tipo Barra Principal e Transferência • Desvantagens: • Defeito no Barramento Principal obriga o desligamento da subestação; • Aplicação: Alimentação de indústrias de médio e grande portes. 11 1.3. Arranjo do tipo Barra Simples Seccionada 12 1.3. Arranjo do tipo Barra Simples Seccionada • Este arranjo é indicado para a condição de alimentação de dois ou mais circuitos de alta tensão. • Vantagens: • Continuidade do fornecimento aumentada; • Baixo nível de investimento; • Facilidade operacional de manobra no circuito secundário; • Defeito em qualquer disjuntor dos circuitos secundários interrompe somente a carga associada; • Capacidade de transferência da carga de uma barra para outra com a perda de um dos alimentadores de alta tensão, desde que cada alimentador tenha capacidade para suprimento de toda a carga; 13 1.3. Arranjo do tipo Barra Simples Seccionada • Vantagens: • Alternativa de operar ou não com dois transformadores em paralelo; • Qualquer equipamento pode ser retirado e substituído com interrupção do fornecimento somente da carga associada; • A perda de uma barra afeta somente as cargas a ela conectadas. • Desvantagens: • Perda da metade da carga da subestação quando ocorrer um defeito em qualquer uma das barras. • Aplicação: Alimentação de cargas que necessitam de uma maior continuidade de fornecimento. 14 1.4. Arranjo do tipo Barra Simples com Geração auxiliar 15 1.4. Arranjo do tipo Barra Simples com Geração auxiliar • Este arranjo é indicado quando se necessita operar com uma usina de geração termelétrica(ou outra fonte) para funcionamento de emergência, na ponta de carga ou no controle da demanda por injeção de geração. • Vantagens: • Continuidade do fornecimento aumentada; • Baixo nível de investimento; • Facilidade operacional de manobra no circuito secundário; • Defeito em qualquer disjuntor dos circuitos secundários interrompe somente a carga associada; • Capacidade de transferência da carga de uma barra para outra com a perda de uma das fontes de energia, desde que a fonte de geração térmica tenha capacidade para suprimento de toda a carga; 16 1.4. Arranjo do tipo Barra Simples com Geração auxiliar • Vantagens: • Alternativa de operar na ponta, em situação de emergência com a perda da fonte principal ou ainda poder controlar a demanda máxima para fins tarifários, injetando uma geração auxiliar; • Qualquer equipamento pode ser retirado e substituído, com interrupção do fornecimento somente da carga associada; • A perda de uma barra afeta somente as cargas a ela conectadas; • Desvantagens: • Perda da metade da carga da subestação quando ocorrer um defeito em qualquer uma das barras. • Aplicação: Nas indústrias que necessitam de geração auxiliar. 17 1.5 Arranjo do tipo Barra Dupla, 1 disjuntor/4chaves 18 1.5 Arranjo do tipo Barra Dupla, 1 disjuntor/4chaves • Vantagens: • Continuidade do fornecimento aumentada; • Facilidade operacional de transferência de circuitos de uma barra para outra; • Defeito em qualquer disjuntor dos circuitos secundários não interrompe a carga associada; • Qualquer equipamento pode ser retirado e substituído, com interrupção do fornecimento somente da carga associada; • A perda de uma barra não afeta as cargas a ela conectadas, já que podem ser transferidas para outra barra. 19 1.5 Arranjo do tipo Barra Dupla, 1 disjuntor/4chaves • Desvantagens: • Maior exposição a falhas devido à grande quantidade de chaves e conexões; • Investimento elevado. • Aplicação: Nas indústrias que necessitam de um alto grau de continuidade e confiabilidade de fornecimento. 20 1.6. Barra dupla, 2 disjuntores 21 1.6. Barra dupla, 2 disjuntores • Vantagens: • Continuidade do fornecimento aumentada; • Facilidade operacional de transferência de circuitos de uma barra para outra; • Defeito em qualquer disjuntor dos circuitos secundários não interrompe a carga associada; • Qualquer equipamento pode ser retirado e substituído, sem interrupção do fornecimento somente da carga associada; • A perda de uma barra não afeta as cargas a ela conectadas,já que podem ser transferidas para outra barra. 22 1.6. Barra dupla, 2 disjuntores • Desvantagens: • Investimento elevado. • Aplicação: Nas indústrias de grande porte na alimentação de centros urbanos de grande importância. 23 1.7. Barra dupla, disjuntor e meio 24 1.7. Barra dupla, disjuntor e meio • Vantagens: • Continuidade e Confiabilidade do fornecimento aumentadas; • Facilidade operacional de transferência de circuitos de uma barra para outra; • Curto tempo de recomposição do sistema após uma falha; • Defeito em qualquer disjuntor ou chaves dos circuitos secundários não interrompe a carga associada; • Qualquer equipamento pode ser retirado e substituído, sem interrupção do fornecimento; • Qualquer barra pode ser retirada de serviço para manutenção; • A perda de uma barra não afeta as cargas a ela conectadas, já que podem ser transferidas para outra barra. 25 1.7. Barra dupla, disjuntor e meio • Desvantagens: • Investimento muito elevado; • Complexidade operacional no esquema de proteção. • Aplicação: Nas Se’s de grande porte alimentando cargas de alta relevância. 26 1.8. Barra em Anel 27 1.8. Barra em Anel • Vantagens: • Médio nível de investimento; • Cada circuito secundário é alimentado através de dois disjuntores; • Facilidade de manutenção dos disjuntores; • Curto tempo de recomposição do sistema após uma falha; • Defeito em qualquer disjuntor ou chave dos anel não interrompe a carga associada; • Qualquer equipamento pode ser retirado e substituído, sem interrompe o fornecimento; 28 1.8. Barra em Anel • Desvantagens: • Falha em qualquer disjuntor transforma o anel em barra simples seccionada; • Complexidade operacional no esquema de proteção. • Aplicação: Nas Usinas de Geração de Energia de Grande Porte. 29 32