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Meios de Prova - Continuação -

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MEIOS DE PROVA
(Continuação - PARTE FINAL)
Professora Benigna Teixeira
DEPOIMENTO PESSOAL
Meio de prova segundo o qual as próprias partes são ouvidas pelo magistrado
a respeito dos fatos controvertidos. (BUENO, 2017, p.377)
É um meio de prova, pelo qual o juiz, a requerimento de uma das partes, colhe
as declarações do adversário dela, com a finalidade de obter informações a
respeito de fatos relevantes para o processo. (GONÇALVES, 2016, p.509)
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 Aula dia 26/08
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Cabimento
• Art. 385, CPC. Cabe à parte requerer o depoimento pessoal da outra parte, a
fim de que esta seja interrogada na audiência de instrução e julgamento, sem
prejuízo do poder do juiz de ordená-lo de ofício.
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FINALIDADE
- Esclarecer os fatos não necessariamente como um instrumento de prova,
- o Juiz pode extrair das declarações juízos de valor para o convencimento quanto
aos fatos.
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FORMULAÇÃO DO DEPOIMENTO PESSOAL
- O depoimento Pessoal assume formulação tradicional quando a prova
prestada pela parte foi a pedido da outra (nesse caso, o que se busca é
confissão)
- O depoimento pessoal pode assumir feição de interrogatório quando a oitiva
da parte for determinada pelo magistrado.
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uma parte faz o requerimento para que a outra parte faça o depoimento 
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quando o juiz determina o depoimento pessoal da parte estaremos diante de um interrogatório.
ATENÇÃO!
O interrogatório também está presente no art. 139, VIII, do NCPC, que
confere ao juiz o poder de determinar, a qualquer tempo, o comparecimento
pessoal das partes para inquiri-las sobre fatos da causa, contudo, não
haverá possibilidade de incidir a confissão da parte.
CPC, Art. 139, VIII - determinar, a qualquer tempo, o comparecimento pessoal
das partes, para inquiri-las sobre os fatos da causa, hipótese em que não
incidirá a pena de confesso;
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juiz pode a qualquer momento chamar a parte para interrogatório, mas não haverá pena de confesso
O DEPOIMENTO PESSOAL
PODE SER REQUERIDO PELA 
PRÓPRIA PARTE?
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 a própria parte (próprio autor) quer dar o depoimento pessoal, alguns doutrinadores endente que pode, a finalidade do depoimento pessoal é buscar a confissão, nao teria sentido algum ter o depoimento da propria parte (proprio autor ou propria parte) somente o adversari oé q pode portanto requerer 
Divergências doutrinárias
“Só quem pode prestá-lo são as partes, os autores e os réus, jamais um
terceiro. E só quem poderá requerê-lo é a parte contrária. Ninguém pode
requerer o próprio depoimento pessoal, mas somente o do adversário.”
(GONÇALVES)
“Há uma terceira maneira de compreender depoimento pessoal - esta
raramente tratada pela doutrina ou jurisprudência -, que é a de permitir que a
própria parte dirija-se a juízo para narrar ou esclarecer o que ocorreu ou
deixou de ocorrer.”(BUENO)
Produção de Provas
- Na formulação tradicional tem o objetivo precípuo de obter confissão da parte 
contrária.
Art. 385, § 1º Se a parte, pessoalmente intimada para prestar depoimento 
pessoal e advertida da pena de confesso, não comparecer ou, comparecendo, 
se recusar a depor, o juiz aplicar-lhe-á a pena.
Art. 389. Há confissão, judicial ou extrajudicial, quando a parte admite a
verdade de fato contrário ao seu interesse e favorável ao do adversário.
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Aquele que Não Prestou Depoimento Não Pode Ouvir o
Depoimento do outro.
CPC, Ar. 385 (...)
§ 2º É vedado a quem ainda não depôs assistir ao interrogatório da outra parte.
- Mas, o depoimento do réu poderá ser acompanhado pelo autor, porque o
autor presta seu depoimento antes do réu. (Doutrina CRITICA)
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Depoimento por Videoconferência
CPC, Ar. 385 (...)
§3º o depoimento pessoal da parte que residir em comarca, seção ou subseção
judiciária diversa daquela onde tramita o processo poderá ser colhido por meio
de videoconferência ou outro recurso tecnológico de transmissão de sons e
imagens em tempo real, o que poderá ocorrer, inclusive, durante a realização
da audiência de instrução e julgamento.
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Recusa de prestar Depoimento
Art. 386. Quando a parte, sem motivo justificado, deixar de responder ao que
lhe for perguntado ou empregar evasivas, o juiz, apreciando as demais
circunstâncias e os elementos de prova, declarará, na sentença, se houve
recusa de depor.
Hipóteses que desobriga de Depor
Art. 388, CPC. A parte não é obrigada a depor sobre fatos:
I - criminosos ou torpes que lhe forem imputados;
II - a cujo respeito, por estado ou profissão, deva guardar sigilo;
III - acerca dos quais não possa responder sem desonra própria, de seu
cônjuge, de seu companheiro ou de parente em grau sucessível;
IV - que coloquem em perigo a vida do depoente ou das pessoas referidas no
inciso III.
Parágrafo único. Esta disposição não se aplica às ações de estado e de
família.
AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E 
JULGAMENTO
A audiência de instrução e julgamento ocorrerá quando houver prova oral.
- É na audiência de instrução e julgamento que será colhida toda a 
prova oral, não havendo outra oportunidade, ressalvadas as hipóteses 
do art. 453 do CPC. 
Art. 453, CPC. As testemunhas depõem, na audiência de instrução e
julgamento, perante o juiz da causa, exceto:
I - as que prestam depoimento antecipadamente;
II - as que são inquiridas por carta.
PROCEDIMENTO
• Abertura
A abertura é realizada por meio do pregão.
O pregão consiste no ato pelo qual um auxiliar do juízo, na porta do local em
que se dará a sessão, identifica verbalmente os dados do processo, assim
dando às partes, aos advogados e aos demais interessados a oportunidade
para dela participar(WAMBIER, 2016, p.405)
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MUITO IMPORTANTE ESSA FASE
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Art. 358, CPC
No dia e na hora designados, o juiz declarará aberta a audiência de
instrução e julgamento e mandará apregoar as partes e os respectivos
advogados, bem como outras pessoas que dela devam participar.
• Tentativa de Conciliação
Art. 359, CPC. Instalada a audiência, o juiz tentará conciliar as partes,
independentemente do emprego anterior de outros métodos de solução
consensual de conflitos, como a mediação e a arbitragem.
• Instrução
- Na ausência de acordo, passa-se à colheita das provas
- O juiz terá o poder de polícia do ato processual
Art. 360, CPC. O juiz exerce o poder de polícia, incumbindo-lhe:
I - manter a ordem e o decoro na audiência;
II - ordenar que se retirem da sala de audiência os que se comportarem
inconvenientemente;
III - requisitar, quando necessário, força policial;
IV - tratar com urbanidade as partes, os advogados, os membros do Ministério
Público e da Defensoria Pública e qualquer pessoa que participe do processo;
V - registrar em ata, com exatidão, todos os requerimentos apresentados em
audiência.
Sequência dos Atos na Audiência de Instrução e Julgamento
Art. 361, CPC. As provas orais serão produzidas em audiência, ouvindo-se
nesta ordem, preferencialmente:
I - o perito e os assistentes técnicos, que responderão aos quesitos de
esclarecimentos requeridos no prazo e na forma do art. 477, caso não
respondidos anteriormente por escrito;
II - o autor e, em seguida, o réu, que prestarão depoimentos pessoais;
III - as testemunhas arroladas pelo autor e pelo réu, que serão inquiridas.
Parágrafo único. Enquanto depuserem o perito, os assistentes técnicos, as
partes e as testemunhas, não poderão os advogados e o Ministério Público
intervir ou apartear, sem licença do juiz.
Atenção!
Segundo MARINONI é possível que seja tomado depoimento primeiro do réu
em relação ao autor e, do mesmo modo, sejam ouvidas primeiramente as
testemunhas do réu antes das testemunhas da parte autora. A inversão da
ordem poderá ocorrerquando o juiz aplicar as regras de inversão do ônus da
prova e também quando a audiência se destinar à prova de que não ocorreu
determinado fato constitutivo do autor.
A AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E 
JULGAMENTO
PODERÁ SER ADIADA?
Sim! Nas seguintes situações:
- convenção das partes. 
- não comparecimento justificado da parte quando necessária a presença. 
- atraso injustificado superior a 30 minutos.
OBS: Quem der causa ao adiamento da audiência responderá pelas custas 
da nova audiência.
Art. 362, CPC. A audiência poderá ser adiada:
I - por convenção das partes;
II - se não puder comparecer, por motivo justificado, qualquer pessoa que dela
deva necessariamente participar;
III - por atraso injustificado de seu início em tempo superior a 30 (trinta) minutos
do horário marcado.
Atenção!
Art. 363, CPC. Havendo antecipação ou adiamento da audiência, o juiz, de
ofício ou a requerimento da parte, determinará a intimação dos advogados ou
da sociedade de advogados para ciência da nova designação.
• Debates
- Ocorrerá após a produção de provas.
- É a sustentação oral das partes e do advogado.
Prazo de Sustentação Oral 
Art. 364, CPC. Finda a instrução, o juiz dará a palavra ao advogado do autor e do
réu, bem como ao membro do Ministério Público, se for o caso de sua intervenção,
sucessivamente, pelo prazo de 20 (vinte) minutos para cada um, prorrogável por
10 (dez) minutos, a critério do juiz.
§ 1º Havendo litisconsorte ou terceiro interveniente, o prazo, que formará com o da
prorrogação um só todo, dividir-se-á entre os do mesmo grupo, se não
convencionarem de modo diverso.
§ 2º Quando a causa apresentar questões complexas de fato ou de direito, o
debate oral poderá ser substituído por razões finais escritas, que serão
apresentadas pelo autor e pelo réu, bem como pelo Ministério Público, se for o
caso de sua intervenção, em prazos sucessivos de 15 (quinze) dias, assegurada
vista dos autos.
Sustentação Oral
• Regra: 20 minutos, na seguinte ordem: a) autor; b) réu; e c) MP
• Prorrogação: 10 minutos (a critério do juiz).
• Litisconsortes ou Terceiro Interveniente: 30 minutos
• Questões Complexas: Memoriais escritos no prazo de 15 dias (prazos
sucessivos)
A AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E 
JULGAMENTO É
DIVIDIDA EM PARTES?
Não!
• Regra, a audiência de Instrução e julgamento é UNA.
• Exceção, pode ser dividida em partes.
Art. 365. A audiência é una e contínua, podendo ser excepcional e
justificadamente cindida na ausência de perito ou de testemunha, desde que haja
concordância das partes.
Parágrafo único. Diante da impossibilidade de realização da instrução, do debate
e do julgamento no mesmo dia, o juiz marcará seu prosseguimento para a data
mais próxima possível, em pauta preferencial.
• Decisão
- momento que o juiz proferirá a sentença.
Art. 366, CPC. Encerrado o debate ou oferecidas as razões finais, o juiz
proferirá sentença em audiência ou no prazo de 30 (trinta) dias.
• Documentação
Art. 367. O servidor lavrará, sob ditado do juiz, termo que conterá, em
resumo, o ocorrido na audiência, bem como, por extenso, os despachos, as
decisões e a sentença, se proferida no ato.
OBS: Em regra, a audiência será pública.
Art. 368, CPC. A audiência será pública, ressalvadas as exceções legais.
Panorama do Procedimento da Audiência de Instrução e
Julgamento
JULGADOS SOBRE 
PROVAS
Professora Benigna Teixeira
TJDFT – Aplicação da Distribuição Dinâmica do O.P
DIREITO PROCESSUAL CIVIL. DISTRIBUIÇÃO DINÂMICA DO ÔNUS DA PROVA. 
PARTE COM MAIOR CONDIÇÃO DE PRODUÇÃO. INEXISTÊNCIA DE PROVA 
IMPOSSÍVEL OU EXCESSIVAMENTE DIFÍCIL. FACILIDADE. OBTENÇÃO. PROVA 
DO FATO CONTRÁRIO. I - O §1º do art. 373 do CPC consagrou a teoria da 
distribuição dinâmica do ônus da prova ao permitir que o juiz altere a 
distribuição do encargo se verificar, diante da peculiaridade do caso ou acaso 
previsto em lei, a impossibilidade ou excessiva dificuldade de produção pela 
parte, desde que o faça por decisão fundamentada, concedendo à parte contrária 
a oportunidade do seu cumprimento. II - Considerando que o Distrito Federal tem 
maior facilidade de obtenção da prova do fato contrário ao alegado pela autora -
utilização de meio próprio de locomoção para o exercício de atividades externas 
inerentes ao cargo - o juiz pode atribuir o ônus da prova de modo diverso. III -
Deu-se provimento ao recurso. 
(Acórdão 1081959, unânime, Relator: JOSÉ DIVINO DE OLIVEIRA, 6ª Turma Cível, 
data de julgamento: 14/3/2018)
TJDFT - AUTORA BENEFICIÁRIA DA JUSTIÇA GRATUITA – INSUFICIÊNCIA PARA A 
REDISTRIBUIÇÃO DO ÔNUS DA PROVA
"O caso concreto revela dificuldade em encontrar profissional que aceite realizar a
perícia solicitada pela autora, beneficiária da justiça gratuita, ante o baixo valor
previsto na Portaria Conjunta 53/2011 deste TJDFT. O fato de a parte autora ser
juridicamente pobre não autoriza, por si só, a distribuição do ônus da prova. O réu
não pode ser penalizado pela condição financeira do autor. A situação consiste, na
verdade, na responsabilidade pelo pagamento dos honorários periciais, que devem
ser suportados pela parte autora, que solicitou a prova, ainda que o ônus da prova
seja transferido para o réu, conforme jurisprudência do Colendo Superior Tribunal de
Justiça. Decisão anterior do Juízo de origem atribuiu à autora o ônus de provar os
fatos constitutivos do seu direito, outra razão pela qual deve ser indeferida a
distribuição dinâmica do ônus da prova." (grifamos)
(Acórdão 1095303, unânime, Relator: ESDRAS NEVES, 6ª Turma Cível, data de
julgamento: 10/5/2018)
CABE AGRAVO DE INSTRUMENTO 
CONTRA DECISÃO 
DE DISTRIBUIÇÃO DINÂMICA DO 
ÔNUS DA PROVA?
Sim!
2- O propósito recursal é definir se cabe agravo de instrumento, com base nos arts. 
1.015, XI e 373, §1º, do CPC/15, contra a decisão interlocutória que versa sobre a 
inversão do ônus da prova nas ações que tratam de relação de consumo.
(...) 8- Nesse cenário, é cabível a impugnação imediata da decisão interlocutória que 
verse sobre quaisquer das exceções mencionadas no art. 373, §1º, do CPC/15, pois 
somente assim haverá a oportunidade de a parte que recebe o ônus da prova no curso 
do processo dele se desvencilhar, seja pela possibilidade de provar, seja ainda para 
demonstrar que não pode ou que não deve provar, como, por exemplo, nas hipóteses 
de prova diabólica reversa ou de prova duplamente diabólica.
9- Recurso especial conhecido e provido. (REsp 1729110/CE, Rel. Ministra NANCY 
ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, julgado em 02/04/2019, DJe 04/04/2019)
O QUE É
PROVA DIABÓLICA?
São provas excessivamente difíceis ou impossíveis.
- “A prova diabólica - probatio diabólica - é conceito de direito medieval, sob
forte influência do direito canônico (daí a referência ao diabo - diavolo) que
surge a partir de trabalhos de Nicolau Mallatesta, depois aperfeiçoados no
Tratado das Provas de Mittermaier, chegando aos dias de hoje.” (SILVA, Júlio
– 2017)
- As provas Diabólicas são vedadas pelo CPC/15.
Art. 373, CPC
§ 3º A distribuição diversa do ônus da prova também pode ocorrer por
convenção das partes, salvo quando:
II - tornar excessivamente difícil a uma parte o exercício do direito.
É POSSÍVEL PROVA EMPRESATADA 
ORIUNDA DE PROCESSO 
EM QUE NÃO PARTICIPOU TODAS AS 
PARTES?
SIM! 
“9. Em vista das reconhecidas vantagens da prova emprestada no processo civil, é 
recomendável que essa seja utilizada sempre que possível, desde que se mantenha 
hígida a garantia do contraditório.
No entanto, a prova emprestada não pode se restringir a processos em que figurem 
partes idênticas, sob pena de se reduzir excessivamente sua aplicabilidade, sem 
justificativa razoável para tanto.
10. Independentemente de haver identidade de partes, o contraditório é o requisito 
primordial para o aproveitamento da prova emprestada, de maneira que, assegurado 
às partes o contraditório sobre a prova, isto é, o direito de se insurgir contra a prova e 
de refutá-la adequadamente, afigura-se válido oempréstimo.” (EREsp 617.428/SP, 
Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, CORTE ESPECIAL, julgado em 04/06/2014, DJe
17/06/2014)
QUAL A NATUREZA JURÍDICA DO TERMO 
DE ACORDO DE PARCELAMENTO DE 
DÍVIDA
ENTRE PARTICULAR E FAZENDA 
PÚBLICA?
Documento Público
“3. Este e. STJ, ao analisar situação similar, assentou que "a melhor interpretação para a 
expressão documento público é no sentido de que tal documento é aquele produzido por 
autoridade, ou em sua presença, com a respectiva chancela, desde que tenha competência 
para tanto" (REsp 487.913/MG, Rel. do Min. José Delgado, 1ª Turma, DJ 09/06/2003).
4. A doutrina, por sua vez, define documento público como "todo aquele cuja elaboração se deu 
perante qualquer órgão público, como, por exemplo um termo de confissão de dívida em 
repartição administrativa" (Theodoro Júnior, Humberto. Curso de Processo Civil - Processo de 
Execução e Cumprimento de Sentença, Processo Cautelar e Tutela de Urgência - vol. Rio de 
Janeiro: Forense, 2013, p. 21).
5. Dessa feita, tendo o Termo de Acordo de Parcelamento sido subscrito pela Fazenda Pública, 
por intermédio de seu representante legal, e pelo próprio devedor, do qual se evidencia a 
existência da dívida e a declaração de vontades exarada pelas partes, é de se reconhecer a 
natureza de documento público, apto à promoção de ação executiva, na forma do art. 585, II, do 
CPC, sobretudo porque lavrado sob a chancela de órgão público.
6. A admissão da demanda executiva exige, além do natureza de título executivo do documento 
que embasa a ação, a análise de outros requisitos, tais como a certeza, liquidez e exigibilidade, 
na forma do art. 586 do CPC, sob pena de ser reconhecida a nulidade da execução, na forma do 
que dispõe o art. 618, I, do CPC.” (REsp 1521531/SE, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL 
MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado em 25/08/2015, DJe 03/09/2015)
Entendimento importante
STJ: apresentação de novas provas em qualquer momento processual, nos
termos do artigo 435 do Código de Processo Civil de 2015, é permitida
desde que não versem sobre conteúdo já conhecido, ou seja, é preciso
haver um fato novo após o ajuizamento da ação ou que foi conhecido pela
parte somente em momento posterior.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art435
Vedada Prova Surpresa
1. É admissível a juntada de documentos novos, inclusive na fase recursal, desde que não 
se trate de documento indispensável à propositura da ação, inexista má-fé na sua 
ocultação e seja observado o princípio do contraditório (art. 435 do CPC/2015).
2. O conteúdo da alegada prova nova, tardiamente comunicada ao Poder Judiciário, foi 
objeto de ampla discussão, qual seja, a condição de bem de família de imóvel penhorado 
e, por isso, não corresponde a um fato superveniente sobre o qual esteja pendente 
apreciação judicial.
3. A utilização de prova surpresa é vedada no sistema pátrio (arts.10 e 933 do Código de 
Processo Civil de 2015) por permitir burla ou incentivar a fraude processual. 4. Há 
preclusão consumativa quando à parte é conferida oportunidade para instruir o feito com 
provas indispensáveis acerca de fatos já conhecidos do autor e ocorridos anteriormente à 
propositura da ação e esta se queda silente. 5. A penhorabilidade do bem litigioso foi 
aferida com base no conjunto fático-probatório dos autos, que é insindicável ante o óbice 
da Súmula nº 7/STJ.6. Recurso especial não provido.
(REsp 1721700/SC, Rel. Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, TERCEIRA TURMA, 
julgado em 08/05/2018, DJe 11/05/2018)

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