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1) Estudar reabsorção e secreção tubular renal: Excreção urinária = filtração glomerular – reabsorção tubular + secreção tubular Diferentemente da filtração glomerular, que filtra praticamente todos os solutos ( tirando as proteínas) a reabsorção é seletiva, praticamente toda a glicose e todos os AA são reabsorvidos, sendo que os íons são reabsorvidos conforme a necessidade do organismo Para que ocorra a reaborção, primeiro tem que passar pelas células tubulares, depois tem que passar pelo endotélio do capilar, esse mecanismo pode ser passivo ou ativo Explicar imagem: Transporte ativo: o Primário – acoplado diretamente a fonte de energia ( como a hidrolise de ATP) -bomba de sódio e potássio ATPase; hidrogenio ATPase; hidrogenio potassio ATPase – o bom desse transporte primário é que ele move as substancias independente de sua concentração eletroquímica, pq a energia vem da hidrólise da ATP por meio da ATPase na membrana/ Quanto ao sódio, existe uma questão: ele sai da célula constantemente na membrana basolateral por ação da bomba sódio potasio ATPase, como consequência disso a célula fica com pouca concentração de sódio/ daí o sódio que passa pelo túbulo vai de transporte passivo para dentro da célula, por conta do gradiente de concentração gerado pela bomba/ o sódio também é reabsorvido pelo corpo pelo processo passivo de ultrafiltração, que considera a pressão hidrostática e a pressão colodoismotica o Secundário – acoplado indiretamente a fonte de energia ( como a energia fornecida por gradiente iônico) – reabsorção de glicose pelo túbulo renal/ nesse tipo de transporte a energia não vem direto da quebra do ATP, o que ocorre é que uma substancia que foi a favor do seu gradiente de concentração gera energia que é usada para mover uma outra molécula contra seu gradiente de concentração/ a glicose e os AA são trabsportados para fora do túbulo por que o sódio que esta saindo do túbulo acopla a mesma proteína que a glicose e os AA acoplam, de modo que a energia da entrada d sódio a favor do gradiente de concentração gera a entrada de glicose e AA sem estar a favor do gradiente, diz-se então que é um processo secundário pois a entrada de glicose na célula depende da entrada pasiva de sodio, que só acontece pq a bomba de sódio potássio gerou um gradiente de concentração com pouco sódio intracelular/ esse modo de transporte no qual o sódio entra e a glicose ( ou os AA) entram também na célula é chamado de cotransporte, pois é na mesma direção; quando o sódio entra e gera energia para outra molécula sair, diz-se em contratransporte A água é sempre reabsorvida por meio passivo, pela osmose Via transcelular: soluto é absorvido através da célula Via paracelular: soluto é absorvido por entre as células, eles passam pelas junções oclusivas e espaços intercelulares Proteínas podem ser reabsorvidas tambem por pinocitose, pois a borda em escova das células tubulares pega a proteína e leva para dentro da célula Existe, contudo um transporte Maximo, que é um aquantidade máxima que os solutos podem ser retirados dos túbulos, acima disso os sistemas de transporte nao conseguem fazer o transporte Observe que o limiar ( que é quando aparece glicose na urina) vem antes do transporte Maximo,isso ocorre pq nem todo néfron tem a mesma capacidade de transporte Maximo, alguns podem começar a liberar antes O sódio não tem esse transporte Maximo, ele depende do gradiente eletroquímico, do tempo que o liquido fica no túbulo, e da permeabilidade da membrana A água é reabsrovida por osmose e ela depende da permeabildade das células tubulares/ no túbulo proximal bastante água é reabsorvida, pq as junções oclusivas não são tão fechadas, mas na alça de henle a reabsorção não é tão grande///// quando os íons entram nas células tubulares por transporte ativo, deixam o fluido tubular com menos soluto e mais solvente, propiciando a passagem da água por osmose CLORO: A reabsorção do sódio também age deixando o meio tubular mais negativo, com isso o cloro é reabsorvido de forma passiva na via paracelular/ a reabsorção de água também faz com que fique maior concentração de cloro nos túbulos, de modo a propiciar o transporte passivo do cloro no sentido de reabsorção TUBULO PROXIMAL: ALÇA DE HENLE: tem três partes - descendente fino, acsendente fino e ascendente espesso o O descendente fino é altamente permeável a água o O ascendente, fino e espesso, não tem permeabilidade a água, e isso é importante para formação da urina o O segmento fino da alça de henle não reabsorve muitos íons o O segmento espesso ascendente reabsorve sódio cloreto e potássio de modo ativo, cerca de 25% das cargas filtradas desses íons são reabsorvidas na alça de henle, principalmente na espessa/ o sódio é reabsorvido pelo mesmo mecanismo la da bomba sódio potássio atpase, e a entrada do sódio a favor do gradiente gera entrada por processo ativo secundário de potássio (esse transporte especifico é feito pelo cotrasnportador 1 sodio 2 cloreto 1 potassio, que é inibido por diuréticos de alça) – o diuretico de alça age onde? Na alça de henle seg espesso ascendente, age inibindo o cotransportador que passa sódio e potássio pra dentro da celula o Íons positivos também são reabsorvidos na parte espessa da alça de henle/ nessa parte não reabsorve agua TUBULO DISTAL:a primeira parte é a macula desa, a segunda parte é bem parecido com o segmento ascendente espesso da alça de henle, ou seja, não reabsorve água, mas reabsorve os íons (inclusive por isso é chamada de segmento de diluidor) – TANTO A PARTE ASCENDENTE ESPEÇA DA ALÇA DE HENLE QUANTO A PARTE INICIAL DO TUBULO DISTAL SÃO CONSIDERADAS DILUIDORAS, POIS NÃO PERMITEM QUE A ÁGUA SEJA REABSORVIDA PELO CORPO TUBULO DISTAL (TERCEIRA PARTE) E TUBILO COLETOR CORTICAL: tem células principais (que reabsorvem sódio e excretam potássio) e as células intercaçadas (que reabsorvem potássio e secretam hidrogênio) Diureticos poupadores de potássio agem nas células principais competindo com o receptor de aldosterona, PARA O POTASSIO NÃO SER EXCRETADO Amilorida age bloqueando os canais de sódio nas membranas lumiais, de modo que o osio não entra na célula e ai reduz a quantidade de sodio que pode ser transportada pela bomba sodio potássio atpase ( com essa bomba, parte do potasso acaba que extravasa para o lúmen do túbulo, mas daí esse remédio visa impedir a excreção de potássio) A vasopresiva (ADH) faz o túbulo distal e o ducto doletor ficarem permeáveis a água, pq no normal eles não são permeáveis a água, isso é um mecanismo pelo qual o corpo consegue controlar a concentração da urina/ O ADH faz a urina ficar mto concentrada DUCTO COLETOR MEDULAR: secreta Hidrogenio/ controlado pelo ADH/ tem receptor para reabsorver ureia Quando aumenta a taxa glomerular, aumenta-se também a taxa de reabsorção - impede sobrecargo dos túbulos distais Força hidrostática peritubular (opõe a reabsorção), pressão hidrostática no interstício renal (favorece), pressão coloidosmótica das proteínas plasmáticas (favorece), pressão coloidosmótica das proteínas do interstício (opõe) Aumento de PA: eleva pressão hidrostático dos capilares, reduz absorção Aumento da resistência das arteríolas aferentes e eferentes: reduz pressão hidrostática do peritubular e favorece a absorção 2)RELACIONAR ANOREXIA NERVOSA COM HIPOCALEMIA: a hipocalemia, que é causada pelo vômito, desnutrição e abuso de medicamentos depletores de potássio (diuréticos e laxantes). Os sintomas incluem fraqueza, confusão, náusea, palpitações, arritmia, poliúria, dor abdominal e constipação a anorexia nervosa se caracteriza pela recusa à alimentação associada a uma alteração na percepção subjetiva da forma e do peso corporais, levando a uma preocupação absolutamente descabida coma possibilidade de ganho ponderal 3)COMPREENDER A REGULAÇÃO RENAL DE CALCIO, POTASSIO, FOSFATP, MAGNÉSIO: REGULAÇÃO DO POTASSIO: A maior parte do potássio ingerido se desloca rapidamente para as células até que os rins consigam eliminar o excesso. Insulina -É importante para aumentar a captação celular de potássio após a refeição. Em pessoas com deficiência de insulina em razão do diabetes melito, a elevação da concentração plasmática do potássio após a refeição é muito maior que a normal; Aldosterona – FAZ O POTASSIO SER CAPTADO PELA CELULA - O aumento da ingestão de potássio também estimula a secreção de aldosterona, o que aumenta sua captação celular. A secreção excessiva de aldosterona (síndrome de Conn) está, quase que invariavelmente, associada à hipocalemia, devido, em parte, ao deslocamento do potássio extracelular para as células. De modo inverso, os pacientes com produção deficiente de aldosterona (doença de Addison), muitas vezes, apresentam hipercalemia clinicamente significativa devido ao acúmulo de potássio no espaço extracelular e à retenção renal desse elemento. Estimulação Beta-adrenérgica - A secreção elevada de catecolaminas, especialmente da epinefrina, pode provocar o deslocamento de potássio do líquido extracelular para o intracelular, principalmente pela ativação de receptores b2adrenérgicos. Anormalidades Acidobásicas - A acidose metabólica aumenta a concentração extracelular de potássio, em parte, por provocar a perda de potássio pelas células (Um efeito da concentração elevada do íon hidrogênio consiste na redução da atividade da bomba de adenosina trifosfatase (ATPase) de sódio-potássio – reduz a captação de potassio), enquanto a alcalose metabólica diminui a concentração de potássio do líquido extracelular, por porvocar sua entrada na celula Lise celular: - À medida que as células são destruídas, a grande quantidade de potássio contida nelas é liberada para o compartimento extracelular. -Isso pode provocar hipercalemia significativa, em casos de extensa destruição tecidual, como ocorre em graves lesões musculares ou em condições de hemólise. Exercícios Extenuantes: Durante exercício prolongado, o potássio é liberado pela musculatura esquelética para o líquido extracelular. A hipercalemia costuma ser branda, mas pode ser clinicamente significativa após atividade física intensa, especialmente em pacientes tratados com bloqueadores b-adrenérgicos ou em indivíduos com deficiência de insulina.-A hipercalemia pós-exercício pode ser grave, o suficiente, a ponto de causar toxicidade cardíaca Aumento da Osmolaridade do Líquido Extracelular: - A osmolaridade elevada do líquido extracelular provoca fluxo osmótico da água para fora das células. A desidratação celular aumenta a concentração intracelular do potássio, promovendo sua difusão para fora das células e a consequente elevação de sua concentração no líquido extracelular; O RIM E O POTASSIO: A excreção renal de potássio é determinada pela soma de três processos renais: (1) a filtração do potássio (filtrado glomerular [FG] multiplicada pela concentração plasmática de potássio); (2) a taxa de reabsorção do potássio pelos túbulos renais; e (3) a taxa de secreção tubular de potássio Cerca de 65% do potássio filtrado é reabsorvido no túbulo proximal. Os outros 25% a 30% do potássio filtrado são reabsorvidos na alça de Henle, especialmente na parte ascendente espessa onde o potássio é cotransportador de modo ativo, junto com o sódio e o cloreto. Variações Diárias da Excreção de Potássio: Os locais mais importantes para regular a excreção de potássio são as células principais dos túbulos coletores corticais e distais finais. -Nesses segmentos tubulares, o potássio pode, algumas vezes, ser reabsorvido ou secretado, dependendo das necessidades do corpo; -Com grande ingestão de potássio, a excreção extra necessária de potássio é realizada, quase que exclusivamente, pelo aumento de sua secreção pelos túbulos distais e coletores; -Quando a ingestão de potássio é baixa, sua secreção pelos túbulos distais e coletores diminui, provocando redução da excreção urinária de potássio; Secreção de potássio pelas células do túbulo distal e do tubo coletor: A secreção de potássio do sangue para o lúmen tubular é processada em duas etapas, iniciado pela captação de potássio do interstício para a célula, pela bomba sódio-potássio ATPase presente na membrana basolateral da célula; essa bomba transfere ao mesmo tempo o sódio da célula para o interstício, e o potássio para o interior da célula. A segunda etapa do processo é a difusão passiva do potássio, do interior da célula para o líquido tubular. A bomba sódio-potássio ATPase gera concentração intracelular elevada do potássio que fornece a força motriz para a difusão passiva de potássio da célula para o lúmen tubular Secreção de potássio pelas células intercaladas A E B ( as células A absorvem o potássio, as células B excretam o potássio) Nas condições associadas a grave depleção de potássio, ocorrem interrupção de sua secreção e, na verdade, reabsorção efetiva nos túbulos coletores distais finais. Essa reabsorção se dá por meio das células intercaladas tipo A; embora esse processo reabsortivo não esteja completamente esclarecido, acredita-se que um mecanismo contribuinte seja o transporte pela bomba hidrogênio-potássio ATPase situada na membrana luminal Essa bomba reabsorve o potássio, em troca dos íons hidrogênio secretados para o lúmen tubular; o potássio, então, se difunde através da membrana basolateral da célula para o sangue. Esse transportador é necessário para permitir a reabsorção de potássio durante a depleção de potássio do líquido extracelular; Quando existe um excesso de potássio nos líquidos corporais, as células intercaladas tipo B na porção final dos túbulos distais e dos túbulos coletores, secretam ativamente potássio no lúmen tubular e apresentam funções opostas às das células tipo A; O potássio é bombeado para dentro da célula intercalada tipo B, por uma bomba de hidrogênio-potássio ATPase na membrana basolateral, difundindo-se, posteriormente, para o lúmen tubular através dos canais de potássio EXCREÇÃO RENAL DE FOSFATO A excreção de fosfato pelos rins é controlada primariamente por mecanismo de extravasamento; Os túbulos renais têm transporte máximo normal para a reabsorção de fosfato de cerca de 0,1 mmol/min. Quando existe quantidade de fosfato inferior a essa no filtrado glomerular, basicamente todo o fosfato filtrado é reabsorvido.Em presença de quantidade maior, o excesso é excretado. O túbulo proximal, nas condições normais, reabsorve 75% a 80% do fosfato filtrado. O túbulo distal reabsorve cerca de 10% da carga filtrada, e apenas frações diminutas são reabsorvidas na alça de Henle, nos túbulos e ductos coletores. No túbulo proximal, a reabsorção de fosfato ocorre, principalmente, pela via transcelular. O fosfato entra na célula a partir do lúmen, por cotransportador de sódio-fosfato, e sai da célula pela membrana basolateral por um processo que pode envolver mecanismo de contratransporte, no qual o fosfato é trocado por um ânion. O PTH pode ter participação significativa na regulação da concentração de fosfato, mediante dois efeitos: (1) o PTH provoca a reabsorção óssea, lançando grandes quantidades de íons fosfato, provenientes dos sais ósseos, no líquido extracelular; e (2) o PTH diminui o transporte máximo de fosfato pelos túbulos renais, ocorrendo perda de maior proporção de fosfato na urina. Assim, sempre que o PTH plasmático estiver aumentado, ocorrerão diminuição da reabsorção tubular de fosfato e maior excreção de fosfato. REGULAÇÃO RENAL DO MAGNÉSIO: A regulação da excreção de magnésio é realizada, em sua maior parte, pela variação de sua reabsorção tubular. O túbulo proximal, usualmente,só reabsorve 25% do magnésio filtrado. O principal local de reabsorção é a alça de Henle, onde ocorre a reabsorção de aproximadamente 65% da carga filtrada de magnésio. Apenas quantidade pequena (em geral, menos de 5%) do magnésio filtrado é reabsorvida pelos túbulos distais e coletores REGULAÇÃO RENAL DE SÓDIO: o principal íon do líquido extracelular, sendo seu transporte, frequentemente, acoplado ao de água. De modo que a quantidade de sódio no fluido extracelular (FEC) determina o volume e a pressão do sangue circulante. O equilíbrio entre a ingestão e a excreção de Na+ é denominado balanço de sódio. Quando o balanço é positivo, ou seja, quando a excreção de sódio é menor que sua ingestão, há a expansão do volume do FEC, com consequente aumento da pressão do sangue. Ao contrário, quando o balanço é negativo, ocorre a contração do volume do FEC e queda do volume e da pressão sanguínea. A eliminação de sódio pelo organismo se dá através da urina, fezes e suor. Em condições normais, a quantidade eliminada pelos dois últimos é desprezível. Na maior parte do néfron a reabsorção transepitelial de sódio é ativa, graças à Na + /K + ATPase existente na membrana basolateral. Essa bomba retira sódio da célula para o interstício peritubular, fazendo com que exista um gradiente de sódio entre a luz tubular e a célula, o qual é a força motriz para os diferentes tipos de transporte de sódio na membrana luminal dos vários segmentos. No túbulo proximal, o sódio é reabsorvido preferencialmente sob três formas: NaCl (pela via transcelular e paracelular), NaHC03 (através do trocador Na+/H+) e na forma de co-transportes ativos secundários com solutos orgânicos. A reabsorção de água no túbulo contorcido proximal é passiva e isosmótica, como consequência da reabsorção do soluto, principalmente NaCI. No segmento fino descendente, o sódio é secretado passivamente para a luz tubular, pela via paracelular, e a água é reabsorvida para o interstício medular hipertônico. A reabsorção de sódio e cloreto na porção fina ascendente é preferencialmente passiva e paracelular; nessa porção do néfron, a água não acompanha o soluto, pois este segmento é praticamente impermeável à água. No ramo grosso ascendente, a reabsorção de sódio é feita por transporte ativo secundário, pelo cotransportador do tipo NKCC2, localizado na membrana luminaI. No túbulo distal convoluto, a reabsorção de sódio é passiva, através do co- transportador Na+ -CI-, ou ativa secundária, pelo trocador Na+ /H+. No túbulo distal final e no ducto coletor cortical e medular, a reabsorção de sódio é passiva, por meio de canais tipo ENaC (canais epiteliais de sódio) localizado na membrana luminal das células principais. Nesses segmentos, a reabsorção de sódio é independente da reabsorção de água. 4)ESTUDAR OS DISTURBIOS ELETROLITICOS: Hiponatremia: baixa de sódio/ Caracterizada por Na+ sérico < 135 mEq/l, assume maior gravidade em situações em que os níveis de sódio encontram-se abaixo de 120 mEq/l, ocasião em que necessita de correção imediata e cuidadosa/ Normalmente a hiponatremia costuma ser assintomática até que os níveis de Na+ plasmático caiam abaixo de 125 mEq/l. Quando surgem os sintomas, o quadro é principalmente neurológico, podendo inicialmente ser sutil, caracterizando-se por leves alterações do estado mental, como incapacidade de concentração e sonolência. Nos quadros mais graves, associados a Na+ sérico de 115-120 mEq/l (quadros agudos) e 105-110 mEq/l (hiponatremia crônica), podem ocorrer náuseas, vômitos, convulsões, alterações do estado mental, estupor e coma. De um modo geral, quando a instalação é aguda, predominam hiperexcitabilidade, irritabilidade, cãimbras e convulsões. Quando a instalação é insidiosa, predominam fraqueza, apatia, confusão, letargia, torpor e coma. Ocasionalmente, pacientes com hiponatremia crônica podem se apresentar assintomáticos, mesmo com níveis de sódio na faixa de 100 mEq/l Hipernatremia: Caracterizada por Na+ sérico >145 mEq/l, costuma assumir maior gravidade quando os níveis de Na+ ultrapassam 150 a 155 mEq/l, com grande potencial de mortalidade e risco de seqüelas. Está sempre associada a hiperosmolaridade plasmática e normalmente é causada por um déficit de água (aporte baixo ou perdas anormais) ou aporte excessivo de sódio/o aumento da concentração de sódio no plasma acarreta um desvio de água do compartimento intracelular para o extracelular, situação particularmente grave quando se considera o sistema nervoso central, onde a hipertonicidade nos capilares sangüíneos frente à barreira hemato-encefálica leva a um desvio de água do líquor, do insterstício cerebral e dos neurônios, com conseqüente ingurgitamento vascular e desidratação neuronal, sendo comum o desenvolvimento de hemorragias e fenômenos trombóticos. Quando a hipernatremia se instala mais lentamente, há uma adaptação neuronal, com a formação de radicais osmoticamente ativos no interior dos neurônios (osmóis idiogênicos), que resulta num certo equilíbrio com o meio extracelular. Esse mecanismo de defesa, no entanto, precisa ser considerado na ocasião do tratamento, pois a restauração muito rápida da osmolaridade plasmática pode resultar no desvio abrupto de água para o interior dos neurônios, resultando em edema cerebral, hipertensão intracraniana e suas potenciais complicações Hipercalemia: redução de potássio/ O potássio é o principal eletrólito intracelular e a relação entre os seus níveis intra e extracelulares é a principal determinante do potencial elétrico transmembrana. Portanto, qualquer alteração significativa na concentração extracelular de potássio pode ter sérios efeitos não apenas na função metabólica, mas também na condução nervosa, com repercussões na musculatura e, principalmente, no ritmo cardíaco, predispondo ao desenvolvimento de arritmias nos casos mais graves/ caracterizada por K+ <3,5 mEq/l, geralmente é assintomática, embora nos casos graves possa cursar com alterações que vão desde fraqueza muscular até a arritmias cardíacas Hiperpotassemia:caracterizada por K+ > 5 mEq/l, freqüentemente é assintomática, embora nos casos graves possa cursar com sérias alterações da função muscular e do ritmo cardíaco. De um modo geral, pode ser causada por aporte excessivo de potássio, redistribuição interna ou excreção inadequada Hipocalcemia: o cálcio é o principal cátion divalente do organismo e encontra-se concentrado predominantemente nos ossos, na forma de cristais de hidroxiapatita, com uma proporção muito pequena no plasma e extracelular. No entanto, essa pequena fração desempenha um papel muito importante nos mecanismos de transmissão neuromuscular e na contração da musculatura/ Caracterizada por níveis séricos de cálcio < 7 mg/dl, muitas vezes é assintomática, porque o cálcio iônico (fração que participa dos mecanismos neuromusculares) pode estar normal apesar do cálcio total baixo/ Quando sintomática, predominam as manifestações neuromusculares, podendo- se observar desde abalos, tremores, espasmos musculares, clônus, fasciculações e convulsões, principalmente em recém-nascidos, até manifestações cardiovasculares como hipotensão, bradicardia, bloqueio e arritmias Hipercalcemia: Caracterizada por cálcio >11 mg/dl, geralmente é assintomática, embora valores >13 mg/dl estejam associados a alterações do estado mental (letargia, psicose), fraqueza muscular e arreflexia profunda, redução da peristalse e constipação, além de arritmias cardíacas Distúrbios do magnésio: assim como o potássio, o magnésio distribui-se predominantemente no compartimento intracelular, de modo que os níveis séricos não refletem o magnésio corpóreo total. Desempenha um importante papel na contração muscular, primariamente em associação com o cálcio. A hipomagnesemia é caracterizada por magnésio <1,4 mEq/l, tornando-se sintomáticaabaixo de 1 mEq/l e a hipermagnesemia caracteriza-se por magnésio >2,5 mEq/l (sintomática >4 mEq/l) Hipofosfatemia: geralmente é assintomática, mas nos casos graves pode-se observar fraqueza muscular, principalmente da musculatura respiratória, muitas vezes dificultando a retirada da ventilação mecânica. O diagnóstico é feito através de níveis séricos menores que 2,5 mg/dl, embora só se observem sintomas com valores abaixo de 1 mg/dl
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