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ficha de leitura Iracema professor

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Livro: Iracema 
 
01- Nome do Livro? 
R.: Iracema, publicado em maio de 1865. 
 
02- Nome do Autor? 
R.: José de Alencar. 
 
03- Biografia do autor? 
R.: José de Alencar nasceu em 1 de maio de 1829 na cidade de Messejana localizada em Fortaleza e faleceu em 12 de dezembro de 1877 aos 
48 anos de idade no Rio de Janeiro, foi jornalista, político, advogado, orador, crítico, cronista, polemista(polêmico), romancista e dramaturgo 
brasileiro. Formou-se em direito e iniciou sua atividade literária no Correio Mercantil e Diário do Rio de Janeiro, foi casado com Ana Cochrane, 
filho do senador José Martiniano Pereira de Alencar, irmão do diplomata Leonel Martiniano de Alencar. Iniciou sua carreira literária em 1857 
com a publicação de O Guarani lançado como folhetim e que alcançou enorme sucesso. Suas obras podem ser divididas em três etapas: 01- 
Romance urbanos: Cinco Minutos(1860), A Viuvinha(1860); 02-Romances históricos: O Guarani (1870), Iracema (1875); 03- Romances 
regionalistas: O Gaúcho(1870), O Sertanejo (1876). 
 
04- Quanto ao tempo, quando ocorrem os fatos narrados na obra? 
R.: Um Jovem Guerreiro perde sua navegação em plena época de colonização dos portugueses no Brasil, e deixam-no para trás no meio da 
floresta, até que ele encontra uma bela mulher, eles se apaixonam um pelo outro e passam a conviver na aldeia da bela virgem dos lábios de 
mel, onde há muitos conflitos pelo guerreiro ser de fora da tribo. 
 
 
05- Quanto ao espaço, onde ocorrem os fatos narrados na obra? 
R.: Os fatos ocorrem na floresta e na aldeia. 
 
06- Em que pessoa a obra é narrada? Que narração predomina na obra? 
R.: 3ª pessoa. O romance entre um homem branco e uma bela índia que se apaixonam e há muitos conflitos com os chefes da tribo por serem 
contra a relação entre eles. 
 
 
07- Que tipo de linguagem predomina na obra analisada? 
R.: Coloquial. 
 
08- Cite e caracterize o protagonista da obra. Justifique sua escolha. 
R.: Iracema e Martim. A maioria da história conta da relação entre os dois, e as brigas e desentendimentos que é causado com todos da aldeia 
e a família da bela 
09- Cite e caracterize o antagonista da obra. Justifique sua escolha. 
R.: Irapuã. Chefe Tabajara comanda a tribo e não concorda com o relacionamento da virgem dos lábios de mel com Martím o homem branco, 
sendo que o romance entre os dois é a idéia da obra. 
 
 
10- Cite um trecho da obra em que ocorre discurso descritivo? 
R.: O Pajé enchia o cachimbo de erva de Tupã, o estrangeiro respirava o ar puro da noite para refrescar o sangue efervescente, a virgem 
destilava sua alma como o mel de um favo nos crebos soluços que lhe estalavam entre os lábios trêmulos. 4º parágrafo, página 50 
 
 
11- Cite um trecho da obra em que ocorre discurso narrativo? 
R.: O sentimento que ele pôs nos olhos e no rosto, não o serviu porém a virgem lançou de si o arco e a uiraçaba e correu para o guerreiro, 
sentido da mágoa que ousara. 7º parágrafo pagina 20 
 
12- Cite um trecho da obra em que ocorre discurso dissertativo? 
R.: “Chamou então o guerreiro Jatobá e disse: – Filho, toma o tacape da nação pitaguara, Tupão não quer que Batuireté o leve mais a guerra, 
pois tirou a força de seu corpo, os movimentos do seu braço e a luz dos seus olhos . Mas Tupão foi bom para ele, pois lhe deu um filho como 
guerreiro Jatobá”. 3° parágrafo, página 81 
 
 
13- Cite um trecho da obra em que ocorre discurso direto? 
R.: Teu irmão pensa que este lugar é o melhor do que as margens do Jaguaribe para a taba dos guerreiros de sua raça. Nestas águas as 
granes igaras que vêm de longas terras se esconderiam do vento e do mar, daqui eles iriam ao Mearium destruir os brancos tapuias, aliados 
dos Tabajaras, inimigos de tua nação. 3°parágrafo, página 79 
 
14- Cite um trecho da obra em que ocorre discurso indireto? 
R.: Meu irmão fala como a rã quando anuncia a chuva; mas a sábia que faz seu ninho, não sabe se dormirá nele. 8° parágrafo página 91 
15- Qual é o tema tratado na obra? 
R.: O romance entre a bela Iracema e o estrangeiro Martim. 
 
 
16- Qual é o clímax da obra? 
R.: A partir do momento que conta sobre a relação entre Martin e Iracema e que deles um filho é o resultado do amor, nada espera que 
aconteça em um romance a protagonista Iracema morrer deixando o filho. 
17- Selecione 15 palavras ou expressões que você conheceu a partir da leitura da obra elaborando um vocabulário com as mesmas. 
R.: Tabajara: Senhores das aldeias, de taba – aldeia, e jará- senhor. Maracá: Chocalho: (instrumento musical, usado em esportes como 
capoeira). Igaçaba: pote de barro. Inúbia: Trombeta guerreira (instrumento sonoro usado pelos índios). Esteio: apoio, escora. Estrídulo: Som 
estridente. Maracajá: Gato selvagem, pele mosqueada. Langue: solta, sensual. Pejo: pudor. Espanejava: revelava. Pocema: Grito de guerra. 
Mundaú: Rio muito tortuoso, que nasce na serra de Uruburetama – CE. Piroquara: Toca do peixe, pira–peixe, e coara-toca. Abaetê: Homem 
bom, verdadeiro de palavra. Monguba: Árvore que dá um fruto cheio de cotão(pelos que há na casca da fruta). 
 
18- Fale sobre o contexto histórico, social e cultural que se enquadra a obra analisada. 
R.: Romantismo no Brasil. O livro comenta sobre a época em que os estrangeiros (portugueses e europeus) estavam colonizando nosso país. 
 
 
19- Elabore uma resenha crítica da obra analisada. 
R.: A obra Iracema relata vários assuntos principalmente o romance entre Martim e Iracema, e os desvios ocorridos entre o relacionamento 
pela interação de culturas diferentes, que toda a tribo e familiares dela não aceitavam essa relação, Iracema acabou sendo contrária e aceitou 
ao desejo do homem branco e por fim fizeram um filho, para que a história ficasse com mais drama a bela dos lábios de mel morre deixando o 
filho, toda a sua tribo e família reconhecem e aceitam Martim como parte da família. Essa obra põe em conhecimento fatos importantes da 
nossa história e sociedade de nosso país como a colonização pelos portugueses e europeus, interação entre homem branco e índios, 
interação de diferentes culturas, as diferentes expressões e falas dos índios toma em consideração o significado em nossa língua. 
 
20- Cite a bibliografia do autor. 
Romances 
• Cinco minutos, 1856 
• A viuvinha, 1857 
• O guarani, 1857 
• Lucíola, 1862 
• Diva, 1864 
• Iracema, 1865 
• As minas de prata – 1º vol., 1865 
• As minas de prata – 2.º vol., 1866 
• O gaúcho, 1870 
• A pata da gazela, 1870 
• O tronco do ipê, 1871 
• Guerra dos mascates – 1º vol., 1871 
• Til, 1871 
• Sonhos d’ouro, 1872 
• Alfarrábios, 1873 
• Guerra dos mascates – 2º vol., 1873 
• Ubirajara, 1874 
• O sertanejo, 1875 
• Senhora, 1875 
• Encarnação, 1893 
 
 Teatro 
• O crédito, 1857 
• Verso e reverso, 1857 
• O Demônio Familiar, 1857 
• As asas de um anjo, 1858 
• Mãe, 1860 
• A expiação, 1867 
• O jesuíta, 1875 
Crônica 
• Ao correr da pena, 1874 
 
Autobiografia 
• Como e por que sou romancista, 1873 
 
Crítica e polêmica 
• Cartas sobre a confederação dos 
tamoios, 1856 
• Ao imperador:cartas políticas de 
Erasmo e Novas cartas políticas de 
Erasmo, 1865 
• Ao povo:cartas políticas de Erasmo, 
1866 
• O sistema representativo, 1866 
 
TEXTO LITERÁRIO 
IRACEMA 
 
 Além, muito além daquela serra, que ainda azula no horizonte, nasceu Iracema. 
 Iracema, a virgem dos lábios de mel, que tinha os cabelos mais negros que a asa de graúna, e mais longos que seu talhe 
de palmeira. 
 O favo da Jati não era doce como seu sorriso; nem a baunilha recendia no bosque como seu hálito perfumado. 
 Mais rápida que a ema selvagem, a morena virgem corria o sertão e as matas do Ipu, onde campeava sua guerreira tribo da 
grande nação tabajara. O pé grácil e nu, mal roçando, alisava apenas a verde pelúcia que vestia a terra com as primeiras águas. 
 Um dia, ao pino do sol, ela repousava em um claro da floresta. Banhava-se o corpo a sombra da oiticica, mais fresca do que 
o orvalho da noite. Os ramos da acácia silvestre esparziam flores sobre os úmidoscabelos. Escondidos na folhagem os pássaros 
ameigavam o canto. 
 Iracema saiu do banho; o aljôfar d`água ainda a roreja, como à doce mangaba que corou em manhã de chuva. Enquanto 
repousa, empluma das penas do gará as flechas de seu arco, e concerta com o sabiá da mata, pousado no galho próximo, o 
canto agreste. 
 A graciosa ará, sua companheira e amiga, brinca junto dela. Às vezes sobe aos ramos da árvore e de lá chama a virgem 
pelo nome; outras remexe o uru de palha matizada, onde traz à selvagem seus perfumes, os alvos fios do crautá, as agulhas da 
juçara com que tece a renda, e as tintas de que matiza o algodão. 
 Rumor suspeito quebra a doce harmonia da sesta. Ergue a virgem os olhos, que o sol não deslumbra; sua vista perturba-se. 
 Diante dela e todo a contemplá-la, está um guerreiro estranho, se é guerreiro e não algum mau espírito da floresta. Tem nas 
faces o branco das areias que bordam o mar; nos olhos o azul triste das águas profundas. Ignotas armas e tecidos ignotos 
cobrem-lhe o corpo. 
 Foi rápido, como o olhar, o gesto de Iracema. A flecha embebida no arco partiu. Gotas de sangue borbulham na face do 
desconhecido. 
 De primeiro ímpeto, a mão lesta caiu sobre a cruz a espada; mas logo sorriu. O moço guerreiro aprendeu na religião de sua 
mãe, onde a mulher é símbolo de ternura e amor. Sofreu mais d`alma que da ferida. 
 O sentimento que ele pôs nos olhos e no rosto, não o sei eu. Porém a virgem lançou de si o arco e a uiraçaba, e correu 
para o guerreiro, sentida da mágoa que causara. 
 A mão que rápida ferira, estancou mais rápida e compassiva o sangue que gotejava. Depois Iracema quebrou a flecha 
homicida: deu a haste ao desconhecido, guardando consigo a ponta farpada. 
 O guerreiro falou: 
 --- Quebras comigo a flecha da paz? 
 --- Quem te ensinou, guerreiro branco, a linguagem de meus irmãos? Donde vieste a estas matas, que nunca viram outro 
guerreiro como tu? 
 --- Venho de bem longe, filha das florestas. Venho das terras que teus irmãos já possuíram, e hoje têm os meus. 
 --- Bem-vindo seja o estrangeiro aos campos do tabajaras, senhores das aldeias, e à cabana de Araquém, pai de Iracema. 
 ALENCAR, José de. Iracema. São Paulo: Ática, 1995, p. 16-18. 
Graúna: pássaro de cor negra. 
Jati: pequena abelha. 
Aljôfar: gotas de água assemelhadas 
a pérolas muito miúdas. 
Ará: periquito. 
Campear: viver em acampamento. 
Crautá: espécie de bromélia. 
Esparzi: espalhar. 
Gará: ave típica de áreas 
pantanosas. 
Ignoto: desconhecido. 
Ipu: região de terra bastante fértil. 
Juçara: palmeira de grandes 
espinhos. 
Lesto: rápido, ágil. 
Oiticica: árvore frondosa. 
Quebrar a flecha: maneira simbólica 
de estabelecer a paz entre 
indígenas. 
Rorejar: molhar com pequenas gotas 
como o orvalho. 
Uiraçaba: estojo próprio para guardar 
e transportar flechas. 
Uru: cesto em que se guardam 
objetos. 
 
1 – No capítulo lido, a personagem principal é apresentada ao leitor. Escreva 
algumas características dessa personagem. 
a) Características físicas? 
“Lábios de mel”; “sorriso doce”; “hálito perfumado”; “cabelos negros e longos”; “pé 
grácil e nu”. 
 
b) Habilidades (o que sabe fazer). 
Corre velozmente, sabe tecer renda, tingir algodão e usar o arco e flecha. 
 
2 – localize no texto os parágrafos referentes: 
a) à situação inicial – Iracema e natureza em perfeita harmonia; 
Parágrafos 1 a 7; 
 
b) à desestabilização da situação inicial; 
Parágrafo 8; 
 
c) à volta a uma situação estável. 
Parágrafo 13. 
 
3 – Ao perceber a presença de um estranho na floresta, Iracema tem uma reação 
instintiva e atira uma flecha no “guerreiro branco”. 
a) De acordo com o texto, por que o “guerreiro branco” não reagiu agressivamente ao 
“ataque” de Iracema? 
A religiosidade presente na cultura de Martim, bem como sua visão de mulher são 
idealizadas, o que leva à sua “não reação”. 
 
b) Por que ele sofreu “mais d´alma que da ferida”? Que traços culturais estão 
implícitos nessa “não reação”? 
A resposta é a mesma da letra (a). 
 
c) Como Iracema se sentiu logo depois de ter ferido o estranho? O que ela fez em 
seguida? 
Arrependida, ela socorre Martim. é interessante pedir aos alunos que imaginem a 
cena e, mesmo que ainda não pensem no Romantismo como movimento literário, 
observem o caráter romântico (senso comum), fantasioso aí presente: uma 
indígena, tranquila em seu hábitat natural, depara-se com um ser tão estranho para 
ela que sua vista até se turva. Não parece rápida demais a aproximação de 
Iracema e Martim? 
 
4 – O que o primeiro contato entre Iracema e Martim, o “guerreiro branco”, revela 
sobre: 
a) O caráter das personagens; 
Ambos se revelam virtuosos, com caráter nobre. 
 
b) Um possível envolvimento amoroso entre as personagens; 
Há atração ou fascínio quase imediato entre as personagens. Martim sofre mais da 
alma que da ferida, o que é revelado pelo sentimento em seus olhos e seu rosto 
(sentimento que o narrador não sabe ou não quer dizer qual é). Iracema não se 
sente mais em perigo na presença do estranho. 
 
c) A visão do autor sobre a relação entre colonizador e nativo. 
Amistosa. A selvagem dá as boas-vindas ao branco. 
 
5 – Que relação há entre o verso “São donos disso aqui”, da canção “O índio é o 
Brasil”, e a seguinte fala de Martim: “Venho de bem longe, filha das florestas. Venho 
das terras que teus irmãos já possuíram, e hoje têm os meus”? 
 Ambos se referem à terra, que era//deve ser do indígena, uma vez que foi o 
primeiro habitante do local, bem como referem-se ao processo de colonização, à 
conquista da terra pelo branco, de forma implícita na canção; de forma explícita no 
romance.

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