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Sinalização celular

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Prévia do material em texto

Lara Honório – Acadêmica de Medicina 
Princípios da sinalização celular: 
A célula é capaz de enviar uma 
mensagem, informação ou sinal 
enquanto outras células são capazes de 
receber, processar e responder a 
mensagem recebida (receptor celular). 
Em azul uma célula/molécula 
com mecanismo de saída, percorre certa 
distancia até chegar em sua célula alvo, 
onde irá acoplar a um receptor que stá 
na membrana da célula ou dentro da 
célula. Esse receptor recebe a 
sinalização, se liga e processa para 
responder a mensagem recebida, 
 
 
 
 
Eventos da Sinalização Celular: 
Avaliando o processo da sinalização: 
 
Molécula sinal/ Ligante primeiro 
mensageiro químico: 
 
 Principais classes de 
mensageiros químicos: 
- Hormônios esteroides, que são 
sintetizados a partir do colesterol-
Lara Honório – Acadêmica de Medicina 
testosterona, estrógeno, progesterona e 
corticosteroides; 
- Neurotransmissores, como as 
aminas; 
- Óxido nítrico; 
- Peptídeos, que são fatores de 
crescimento como, polipeptídeos, 
hormônios peptídeos como a insulina, 
glucagon e FSH; 
- Eicosanoides, que são prostaglandinas 
e leucotrienos derivados de ácidos 
graxos; 
Essas moléculas podem ser 
liberadas no espaço extracelular por 
exocitose e são enviadas por difusão. 
 
 Entende-se que, baseado no 
caráter da molécula, ela será 
encontrada e recebida pelo seu 
receptor na membrana da célula 
ou dentro dela (por meio de 
receptor no citoplasma ou 
receptor no núcleo celular). 
 O receptor pode ser 
transmembrana, quando 
posicionado na membrana da 
célula e reconhece ligantes 
hidrofílicos. 
 O receptor intracelular 
citoplasmático ou intracelular 
nuclear está dentro da célula. 
Quando a distância que os sinais 
do mensageiro químico, pode chegar se 
divide em: 
1) Sinalização 
endócrina: 
liberado e percorre 
longas distâncias, 
ligante acessa a 
circulação 
sanguínea. Ex.: 
Hormônios. 
2) Sinalização 
parácrina: 
Células vizinhas, 
que estão 
próximas e são 
capazes de 
sintetizar, liberar a 
substancia que 
agirá em células 
adjacentes 
(próximas a ela). 
3) Sinalização 
autócrina: 
sintetiza e age em 
si mesma. 
Receptor transmembrana ou de 
superfície: 
Moléculas sinal são grandes e 
hidrfílicas, é a maior parte dos 
receptores e ao se ligarem a molécula 
sinalizadora, é ativada e geram uma 
cascata de sinais intracelulares alterando 
o comportamento da célula. Seu 
sinalizador é chamado de primeiro 
mensageiro. 
 A mensagem recebida precisa 
ser propagada dentro da célula, e isso 
ocorre pela transdução do sinal para que 
chegue ao ponto em que há a resposta 
alterando o comportamento da célula. 
Lara Honório – Acadêmica de Medicina 
 
O receptor intracelular 
citoplasmático e nuclear: 
Ligante tem que penetrar na 
célula alvo para ativação, são membros 
de uma família de proteínas conhecidas 
como superfamília de receptores 
esteroides e se ligam às regiões 
específicas do DNA alterando a 
expressão gênica. 
Transpõem a membrana 
plasmáticas por ser hidrofóbico. Pode 
estar posicionado também dentro do 
núcleo da célula, ele transpõem as duas 
membranas (membrana plasmática e a 
membrana nuclear). 
 
Na primeira imagem podemos 
observar o receptor no núcleo da célula. 
O ligante é oriundo de fora da célula, 
transpõem as duas membranas e é 
reconhecido pelo receptor. Nesse 
momento, o receptor muda sua 
conformação independente de ser 
citoplasmático ou transmembana. 
 Ao mudar de conformação ele 
se destina a atividade que deve 
funcionar, nesse caso, para alterar a 
expressão genica em regiões especificas 
do DNA podendo ativar ou inibir a 
transcrição. 
 
Na imagem da direita tem uma 
molécula ligante que se encontrava fora 
e transpõem as duas membranas e já 
encontra o receptor já posicionado no 
DNA, como por exemplo o hormônio 
com receptor para tireóide. 
 
 
Lara Honório – Acadêmica de Medicina 
Classificação dos receptores de 
superfície: 
 
 Receptor acoplado a proteína 
G: 
A proteína G é uma proteína 
trimérica (formada pr subunidade alfa, 
beta e gama), reguladora de GTP, 
porque pode conter GDP (difosfato de 
guanosina) ou GTP (trifosfato de 
guanosina). 
 Interpretação de figura: 
 
 
Quando o ligante é reconhecido 
pelo receptor, ele promove a ativação da 
proteína G e permite que na subunidade 
alfa haja uma troca de GDP por GTP 
(uma espécie de evento liga/desliga). 
Isso é, o GDP sai e o GTP entra e por 
essa troca há um deslocamento da 
subunidade alfa que percorre um 
caminho a fim de ativar uma enzima 
que está posicionada dentr da célula 
(intracelular) 
Após ativada, a enzima forma 
um segundo mensageiro que é uma 
molécula (representada por x) e quando 
é ativada promove a ativação de outras 
proteínas que se encontram no 
citoplasma, como por exemplo as 
proteínas cinases, que ocorrem em 
cascata. 
 
O ligante é um hormônio 
proteico (hormônio, que é o primeiro 
mensageiro), é reconhecido pelo 
receptor acoplado a proteína G. Ao ser 
ativado, desloca o GDP pelo GTP e uma 
das subunidades se desloca e ativa um 
complexo enzimático, que nesse caso é 
a adenilciclase que gera um segundo 
mensageiro, que aqui é o AMP e agora 
vai promover a ativação de forma de 
cascata de proteínas cinases por 
adiciona o de fosfato. 
Proteínas efetoras: sinalização 
celular é a ativação de proteínas 
efetoras. Atuam na expressão de genes 
inativos, atuam em proteínas que 
regulam a forma da célula para induzir 
mudanças na morfologia reorganizando 
o citoesqueleto, atua... 
Resposta: 
 
 
 
 
 
 
 
 
Lara Honório – Acadêmica de Medicina 
Resumo do material Sanar Flix: 
Introdução: 
A comunicação envolve a conversão de 
sinais de informações de uma forma para outra, 
por meio de transdução de sinal. A célula 
sinalizadora produz uma molécula-sinal, que é 
detectada pela célula-alvo e isso inclui uma série 
de reações intracelulares que regulam o 
comportamento celular, bem como metabolismo, 
movimento, proliferação, sobrevivência e 
diferenciação. 
Células alvo possuem proteínas receptoras 
que reconhecem e respondem especificamente à 
molécula-sinal e a transdução de sinal começa 
quando a proteína receptora recebe sinal 
extracelular e converte nos sinais intracelulares, 
que vão moderar o comportamento da célula-alvo. 
As moléculas-sinal podem ser: proteínas, 
peptídeos, aminoácidos, nucleotídeos, esteroides, 
derivados de ácidos graxos e até mesmo gases 
dissolvidos. 
Tipos de sinalização: 
I. Sinalização endócrina: as moléculas 
sinalizadoras são hormônios secretados 
por células endócrinas especializadas e 
transportadas pela circulação com o 
intuito de atuar em suas células-alvo 
localizadas em diversos órgãos 
diferentes, portanto sua ação pode ser 
local ou sistêmica. 
II. Sinalização parácrina: moléculas-
sinal se difundem localmente para o 
LEC e permanece vizinho a célula que 
o secretou atuando como mediadoras 
locais sobre células próximas. 
III. Sinalização autócrina: a célula 
responde ao mediador que ela mesmo 
produziu. 
IV. Sinalização sináptica/neuronal: 
ocorre apenas entre células excitáveis, 
a partir de neurotransmissores. A sua 
secreção ocorre nas sinapses locais 
especializadas, onde cels nervosas ou 
neurônios através de seus 
prolongamentos estabelecem 
comunicação a longa distância. A 
informação é transmitidas por cia de 
conversão de sinais elétricos em forma 
química, que são os 
neurotransmissores. 
 
Att.: A variedade de receptores torna a célula 
sensível de forma simultânea a muitos sinais 
extracelulares e permite que um número pequeno 
de moléculas exerça controle complexo e refinado 
sobre o comportamento celular. 
Lara Honório – Acadêmica de Medicina 
 
 
Velocidade da sinalização celular: 
Depende diretamente da natureza das 
moléculas de sinalização intracelulares que estão 
executando a respostada célula-alvo. Se a 
resposta envolver mudança na expressão gênica e 
na síntese proteica (maioria delas é assim), a 
resposta pode demorar muitos minutos e até 
mesmo horas. 
 
Natureza dos sinais celulares: 
Em geral pertencem a duas classes: 
 Moléculas que são grandes demais ou 
hidrofílicas, são maiores e atravessam 
a membrana plasmática da célula-
alvo. Encontram seus receptores na 
superfície da célula-alvo e transmite 
sua mensagem pela membrana. -> 
Transmembrana de superfície. 
 Moléculas que são pequenas ou 
hidrofóbicas, que podem ser 
intracelular citoplasmático ou 
intracelular nuclear. Quando dentro 
da célula, ativa enzimas intracelulares 
ou se ligam a proteínas receptoras 
intracelulares que irão regular a 
expressão gênica. 
 
Lara Honório – Acadêmica de Medicina 
 
Vias de sinalização intracelular: 
É responsável pela detecção e a 
quantificação de um estímulo específico em uma 
região da célula e gerar resposta no tempo e 
medida cera em outra região. Para isso, uma série 
de intermediários são acionados para o envio de 
informações na forma de sinais moleculares do 
receptor para o alvo. 
Esse sinal não é só passado adiante, mas 
também processado de diversas maneiras. Os 
componentes dessas vias de sinalização 
intracelular executam uma ou varias funções de 
extrema importância como: 
1. Transmitir o sinal e auxiliar na propagação 
pela célula; 
2. Amplificar o sinal recebido, deixando ele 
mais forte e assim menos moléculas são 
suficientes para provocar uma intensa 
resposta intracelular; 
3. Integrar sinais que vem de diferentes vias; 
4. Distribuir o sinal para mais de uma via 
intracelular ou proteína efetora, podendo 
criar ramificações no fluxo de informações 
e provocar uma resposta mais complexa. 
 
Alguns dos sistemas de sinalização geram 
respostas moderadamente graduais a uma variação 
na concentração do sinal extracelular e outros 
sistemas só geram respostas significativas quando 
a concentração do sinal aumenta excedendo 
determinado linear. 
A resposta sigmoide não apresenta efeito 
ou ele é muito baixo quando em baixas 
concentrações do estímulo, mas em nível 
intermediário de estímulo há um aumento abrupto 
e contínuo da resposta. 
Obs.: Existem filtros para reduzir respostas 
inapropriadas a baixas concentrações basais de 
uma molécula-sinal, mas responde com alta 
sensibilidade quando o estímulo está dentro de 
uma pequena varação das concentrações do sinal. 
Uma outra resposta abrupta consiste na 
resposta dencontínua ou “tudo ou nada”, onde a 
resposta é inteiramente ativada de forma 
irreversível, apenas quando o sinal alcança certa 
concentração limiar. 
 
Lara Honório – Acadêmica de Medicina 
 Quanto à retroalimentação: 
Incorporação de ciclos de retroalimentação 
onde o produto final de um processo atua na 
regulação desse processo. Na retroalimentação 
positiva o produto estimula sua própria produção. 
Na retroalimentação negativa o produto inibe 
sua própria produção. 
a) Retroalimentação positiva: 
Na via de sinalização pode transformar o 
comportamento da célula-alvo. Quando apresenta 
intensidade moderada, o efeito é o aumento 
abrupto da resposta sigmoide, mas se for 
suficiente, pode produzir uma resposta “tudo ou 
nada”. 
Essa situação mostra que o sistema 
assumiu seu mais alto nível de ativação e 
geralmente essa condição é autossustentada, 
podendo persistir mesmo após a intensidade do 
sinal ser diminuída abaixo do valo rcrítico. 
Na retroalimentação +, o sinal extracelular 
transitório pode induzir mudanças de longa 
duração nas células e em suas células-filhas que 
podem persistir por toda a vida. Além disso, essa 
retroalimentação pode desencadear memoria 
celular, onde uma célula pode sofrer mudanças 
permanentes de características sem alterar 
sequencia de DNA. 
 
b) Retroalimentação negativa: 
Neutraliza o efeito do estímulo e abrevia e 
limita o nível da resposta, tornando o sistema 
menos sensível a perturbações. Como na retro+, 
podem ser obtidas respostas qualitativamente 
diferentes quando atua de forma mais vigorosa 
quando atua de forma vigorosa. 
Com retardo suficientemente longo pode 
produzir respostas oscilantes que vão persistir 
enquanto o estímulo estiver presente ou ainda, 
pode ser gerado de forma espontânea, sem sinal 
externo. 
Mas, se o retardo for curto o sistema irá se 
comportar como detector de mudança e dá uma 
resposta forte ao estímulo e decai rapidamente 
mesmo com a persistência do estimulo. Se 
aumentar o estímulo de forma súbita, ele responde 
de forma intensa, mas a resposta também decai 
com rapidez. 
 
Interruptores moleculares: 
A recepção de um sinal faz com que 
permute o estado inativo para um ativo, onde 
essas proteínas, uma vez ativadas podem ativar 
outras proteínas na via de sinalização, 
permanecendo no estado ativo até que algum 
outro processo as desligue. 
Lara Honório – Acadêmica de Medicina 
As proteínas que atuam como 
interruptores/mutadores moleculares são de duas 
classes: 
I. Proteínas ativadas ou inativadas por 
fosforilação: o comutador é acionado 
em uma direção por uma proteína 
cinase, que adiciona um grupo fosfato 
a proteína e na outra direção por uma 
proteína fosfatase, remove o fosfato. O 
equilíbrio entre as cinases e as 
fosfatases é essencial para as proteínas 
reguladas por esse mecanismo. 
II. Proteínas de ligação a GTP: 
comutam entre o estado ativo e o 
inativo na dependência de terem 
respectivamente GTP ou GDP ligados 
a elas. Se ativada pela ligação com 
GTP, a proteína apresenta atividade 
intrínseca de hidrolise de GTP e faz 
autoinativação ao hidrolisare seu GTP 
em GDP. 
 
 
Receptores: 
As proteínas receptoras da superfície se 
dividem em três famílias que diferem no 
mecanismo de transdução usado, são elas: 
i. Receptores associados a canais 
iônicos: 
Transmissão rápida de sinais pelas 
sinapses do SN. Transforma sinal químico na 
forma de pulso de neurotransmissor que é liberado 
no exterior da célula-alvo em sinal elétrico, 
mudando a voltagem pela membrana plasmática 
da célula. 
Após a ligação do neurotransmissor, o 
receptor apresenta alteração na conformação e isso 
leva à abertura ou fechamento do canal ara o fluxo 
de ions específicos da membrana. Esse processo é 
conduzido por gradientes eletroquímicos, esses 
ions entram ou saem da célula no tempo de 1ms 
criando a mudança no potencial da membrana. 
Tal mudança pode desencadear impulso 
nervoso ou tornar mais fácil ou mais difícil que os 
outros neurotransmissores faça isso Esses 
receptores são uma especialidade do SN e de 
outras células eletricamente excitáveis como as 
células musculares, por exemplo. 
Lara Honório – Acadêmica de Medicina 
 
ii. Receptores associados a proteína G: 
Tem 7 alfa-hélices paralelas que 
atravessam a membrana, a ligação extracelular à 
receptores induz mudanças de conformação 
permitindo ao domínio citosólico que se ligue a 
uma proteína G associada com a face interna da 
membrana plasmática. A interação ativa a proteína 
G, que se dissocia do receptor e transporta o sinal 
para o alvo intracelular que pode ser uma enzima 
ou canal iônico. 
A proteína G tem três subunidades 
chamadas alfa, beta e gama, caracterizadas como 
heterotriméricas. Quando em repouso, alfa está 
ligado a GDP e ao complexo beta-gama. Essa 
ligação induz uma mudança conformacional no 
receptor e o domínio citosólico interage com a 
porteinga G e estimula a liberação de GDP ligado 
a subunidade alfa e sua troca para GTP. 
Obs.: A atividade da subunidade alfa é finalizada 
através da hidrolise do GTP, que irá se associar 
novamente ao complexo beta-gama para tornar a 
proteína G pronta para reiniciar o ciclo. 
 
 
Quando a ativação da proteína G 
intermedia a regulação do canal iônico é ativada 
a proteína Gi, e nesse caso o componente ativo da 
sinalização é o complexoque se liga a face 
intracelular do canal, abrindo ele para a entrada de 
moléculas. Quando a interação é com enzimas as 
consequências são mais complexas, provoca 
produção de pequenas moléculas sinalizadoras 
intracelulares adicionais, que são segundo 
mensageiros. 
Esses segundos mensageiros são 
produzidos em grande quantidade quando enzimas 
ativadas se difundem rapidamente, disseminando 
sinal pela célula. As duas enzimas alvo mais 
frequentes da proteína G são a adenilato ciclase, 
responsável pela síntese de AMPc + molécula 
sinalizadora intracelular pequena + fosfolipase C, 
responsável pela síntese das pequenas moléculas 
sinalizadoras intracelulares trifosfato de inositol e 
diacilglicerol. 
iii. Via do AMP cíclico (CAMP): 
Lara Honório – Acadêmica de Medicina 
Subunidade alfa da proteína G (Gs) 
estimulada ativa a Adenil/adenilato-ciclase e 
causa aumento súbito na síntese de CAMP a partir 
de ATP por ciclização que remove 2 grupos 
fosfato do substrato e reúne as extremidades livres 
do grupo fosfato remanescente ao açúcar da 
molécula do ATP. 
A segunda enzima se chama cAMP 
fosfodiester que converte rapidamente o cAMP 
em AMP para ajudar a eliminar o sinal. O AMP 
cíclico é uma molécula hidrossolúvel que pode 
propagar o sinal por toda a célula a partir de 
interações com proteínas localizazdas no citosol, 
no núcleo ou em outras organelas. 
 
 
 O AMPc exerce diversos efeitos ao 
interagir com proteínas da célula, principalmente 
pela ativação da enzima proteína-cinase 
dependente de AMPc (PKA). Geralmente ela está 
inativa em complexo com outra proteína e com a 
ligação ao AMPc estimula mudança 
conformacional liberando a cinase ativa. 
PKA ativada vai catalisar a fosforilação de 
AA, principalmente serinas e treoninas. 
iv. Via de fosfato inositol: 
O fosfatidilinositol 4,5 – bifosfato (PIP2) é 
um componente menor da membrana plasmática, 
localizado em direção à camada interna da 
bicamada fosfolipídica. Uma variedade de 
moléculas – sinal estimula a hidrólise de PIP2 pela 
fosfolipase C, uma reação que produz dois 
segundos mensageiros distintos, diacilglicerol e 
inositol 1,4,5 – trifosfato (IP3). Diacilglicerol e 
IP3 estimulam vias distintas da cascata de 
sinalização, de modo que a hidrólise de PIP2 
dispara uma cascata dupla de sinalização 
intracelular. O IP3, um açúcar fosforilado 
hidrofílico, difunde – se para o citosol e o lipídeo 
diacilglicerol permanece na membrana plasmática. 
O IP3 liberado no citosol chega 
rapidamente ao retículo endoplasmático, onde se 
liga aos canais de Ca2+ na membrana da organela, 
abrindo – os. Assim, o Ca2+ armazenado dentro 
do retículo é liberado para o citosol por meio 
desses canais abertos, causando um aumento 
acentuado na concentração citoplasmática do íon 
livre, a qual, normalmente é muito baixa. Por sua 
vez, o Ca2+ sinaliza para outras proteínas. 
Já o diacilglicerol auxilia no recrutamento 
e na ativação de uma proteína – cinase, que se 
transloca do citosol para a membrana plasmática. 
Essa enzima é denominada proteína – cinase c 
(PKc) porque ela também precisa ligar – se ao 
Ca2+ para se tornar ativa. A PKC, uma vez 
ativada, fosforila um conjunto de proteínas 
intracelulares que variam dependendo do tipo 
celular. A PKC tem o mecanismo de ação da 
PKA, embora a maioria das proteínas que ela 
fosforila sejam diferentes. 
Lara Honório – Acadêmica de Medicina 
 
Muitos dos efeitos de Ca2+ são mediados 
pela proteína de ligação ao íon cálcio calmodulina 
que é ativada pela ligação ao Ca2+, quando sua 
concentração citosólica aumenta para cerca de 
0,5μM. O complexo Ca2+/ calmodulina liga – se 
então a uma variedade de proteínas – alvo, 
incluindo proteocinases. A ligação da calmodulina 
ao íon induz uma mudança conformacional na 
proteína que a torna capaz de se enrolar em uma 
ampla gama de proteínas – alvo na célula, 
alterando suas atividades. Uma classe 
particularmente importante de alvos da 
calmodulina é a das proteínas – cinases 
dependentes de Ca2+/ calmodulina (CaM – 
cinases). Quando são ativadas, essas proteínas 
influenciam outros processos na célula pela 
fosforilação de proteínas específicas. 
v. Receptores associados a enzimas: 
São proteínas transmembranas em que o 
domínio citoplasmático do receptor atua como 
uma enzima – ou forma um complexo com outra 
proteína com atividade enzimática. Foram 
descobertos em função do seu papel em resposta 
aos “fatores de crescimento”, proteínas – sinal que 
regulam crescimento, proliferação, diferenciação e 
sobrevivência das células nos tecidos animais. A 
maioria desses fatores funciona como mediador 
local e pode agir em concentrações muito baixas. 
As respostas a elas são geralmente lentas (em um 
período de horas) e requerem muitas etapas de 
transdução intracelular que no final produzem 
mudanças na expressão gênica. 
Contudo, esses receptores podem mediar 
reconfigurações rápidas e diretas do citoesqueleto, 
controlando a maneira pela qual a célula altera sua 
forma e se move. A família mais numerosa de 
receptores ligados a enzimas são os receptores 
tirosina – cinase, que funcionam fosforilando 
resíduos de tirosina de seus substratos proteicos. 
As proteínas que formam esses receptores têm 
somente um segmento transmembrana, o qual se 
acredita que atravesse a bicamada lipídica com 
uma única α – hélice. A primeira etapa na 
sinalização desses receptores é a dimerização 
induzida pelo ligante, isto é, dois receptores se 
reúnem na membrana, formando um dímero. A 
dimerização leva à autofosforilação do receptor à 
medida que as cadeias polipeptídicas dimerizadas 
fosforilam umas às outras, nos resíduos de 
tirosinas de suas caudas citosólicas. Esse processo 
é importante para aumentar a atividade do 
receptor e para criar sítios de ligação específicos 
no domínio citosólico dele. Com a ligação das 
proteínas sinalizadoras nas tirosinas fosforiladas, 
elas se tornam ativadas, atuando na propagação do 
sinal ou como adaptadoras entre o receptor e 
outras proteínas sinalizadoras – formação de um 
complexo de sinalização ativo. Essas proteínas 
possuem um domínio de interação especializado (-
SH2) que reconhece e se liga às tirosinas 
fosforiladas específicas. 
 
Enquanto persistem, esses complexos 
proteicos transmitem o sinal ao longo de várias 
rotas simultaneamente e dessa forma ativam e 
coordenam numerosas mudanças bioquímicas 
necessárias para desencadear uma resposta 
complexa como a proliferação celular. Porém, 
essa resposta pode ser interrompida a partir da 
ação de proteínas-tirosina-fosfatases tanto no 
receptor quanto em outras proteínas sinalizadoras. 
Em alguns casos, os receptores tirosina-cinase (e o 
receptores associados a proteína G) são 
endocitados e destruídos por digestão nos 
lisossomos. 
vi. Via de RAS: 
Um componente chave da sinalização 
intracelular dos receptores tirosina – cinase é a 
Ras, uma pequena proteína ligada à face 
citoplasmática da membrana por uma cauda 
Lara Honório – Acadêmica de Medicina 
lipídica. Praticamente todos os receptores desse 
tipo ativam Ras. Ela pertence a uma grande 
família de proteínas ligadas ao GTP, formadas por 
um única cadeia polipeptídica, frequentemente 
denominadas GTPases monoméricas. A Ras se 
assemelha à subunidade α da proteína G e também 
funciona como interruptor molecular. A interação 
com uma proteína sinalizadora ativada faz com 
que a Ras troque seu GDP por um GTP, tornando 
- se ativa. 
Após algum tempo, a própria Ras hidrolisa 
o GTP a GDP, tornando-se inativa. Em seu estado 
ativado, a Ras promove a ativação de uma cascata 
de fosforilação, na qual uma série de 
serina/treonina – cinases fosforilam e ativam uma 
à outra em sequência. Esse sistema de transmissão 
inclui um módulo de três proteínas – cinases 
chamado de módulo de sinalização da MAP – 
cinase, em homenagem à última cinase da cadeiaque fosforila várias proteínas efetoras, incluindo 
determinados reguladores de transcrição. 
 
vii. Via JACK/STAT: 
Nem todos os receptores associados a 
enzimas desencadeiam cascatas de sinalização 
complexas para levar uma mensagem para o 
núcleo. Alguns receptores utilizam uma rota mais 
direta para controlar a expressão gênica, a via 
JAK/STAT. Os elementos – chave nessa via são 
as proteínas STAT (transdutoras de sinal e 
ativadoras de transcrição), uma família de fatores 
de transcrição com domínios – SH2. A 
estimulação de receptores de citocinas leva ao 
recrutamento de proteínas STAT, que se ligam 
através de seus domínios -SH2 às fosfotirosinas 
nos domínios citoplasmáticos do receptor. Com 
isso, as STAT são fosforiladas por membros da 
família JAK de proteína – tirosina cinases não-
receptores, que estão associadas com receptores 
de citocina. A fosforilação da tirosina promove a 
dimerização de proteínas STAT, que translocam 
para o núcleo, onde elas estimulam a transcrição 
de seus genes – alvo. 
 
Regulação da ação dos receptores: 
As células e os organismos são capazes de 
detectar a mesma porcentagem de variações de um 
sinal em uma escala muito ampla de intensidade 
do estímulo em resposta a muitos tipos de 
estímulos. As células – alvo conseguem isso por 
meio de um processo reversível de adaptação, ou 
dessensibilização, pelo qual uma exposição 
prolongada a um estímulo reduz a resposta celular. 
O mecanismo básico é de uma retroalimentação 
negativa que opera com retardo curto: uma 
resposta intensa altera a maquinaria de sinalização 
envolvida, de forma que esta se torna menos 
responsiva à mesma concentração do sinal. A 
adaptação a uma molécula de sinalização pode 
ocorrer de várias maneiras. 
• Sequestro do receptor: a ligação de uma 
molécula de sinalização aos receptores de 
superfície pode induzir a sua endocitose e o 
sequestro temporário no endossomos; 
• Retrorregulação do receptor: o sequestro 
do receptor pode levar à destruição dos receptores 
nos lisossomos; 
• Inativação do receptor: os receptores 
podem ser inativados na superfície da célula, por 
Lara Honório – Acadêmica de Medicina 
exemplo, ao serem fosforilados em curto intervalo 
de tempo após sua ativação; 
• Inativação de proteínas sinalizadoras 
 • Produção de proteínas inibidoras 
 
Lara Honório – Acadêmica de Medicina

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