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Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 
CENTRO VIA CORPVS 
CURSO DE PSICOLOGIA 
 
 
GIOVANA PEREIRA SOUSA (202002014271) 
GISELE QUEIROZ FERNANDES (202001240896) 
RADRA CRISTINA DE LUCENA (202001396781) 
MELISSA OLIVEIRA BRILHANTE (202001335901) 
MARIANA VITORIA ALVES MARTINS (202001352333) 
NAYANE BRENDA GOMES (202002499516) 
 
 
 
PSICOLOGIA DO ESPORTE 
 
 
 
 
 
 
 
 
FORTALEZA 
2020.1 
 
 
 Introdução 
O esporte, enquanto fenômeno de grande influência na sociedade, é um ato 
humano individual e coletivo, e não possui funções específicas, mas projeta-se como 
um grande proporcionador da melhoria na saúde física e mental. Dessa forma, é 
possível sua existência, por meio da democratização, como viabilizador da 
socialização, assim, favorecendo a criação de uma identidade entre variados 
indivíduos. Ademais, a atividade física na vida cotidiana é valorosa, visto que pode 
diminuir o estresse e é capaz de influenciar o comportamento de seres, através da 
criação de um propósito para as suas ações. 
Neste cenário, em que é possível encontrar, cada vez mais, a existência de 
atletas capacitados fisicamente, torna-se um diferencial a presença de um emocional 
estruturado e estável para lidar com os casos do mundo esportivo. Sendo assim, a 
ciência psicológica surge no esporte como um facilitador do equilíbrio emocional. A 
psicologia do esporte é uma ciência interdisciplinar que se baseia em conhecimentos 
das áreas da Cinesiologia e da Psicologia, ela envolve o estudo de como os fatores 
psicológicos influenciam o desempenho dos atletas, assim como, o esporte e o 
exercício físico exacerbado, como impressionantes abaladores do físico e da mente. 
Atualmente, a psicologia esportiva é uma disciplina científica independente, 
com suas próprias teorias e métodos, contudo, é possível evidenciar um crescimento 
do enfoque em situações que envolvem motivação, personalidade, dinâmica em 
grupo e liderança, entre outras. No geral, esses estudos buscam o bem-estar dos 
atletas atrelado a potencialização de resultados. Além disso, a psicologia do esporte 
pode envolver o trabalho não somente com atletas, mas também, com treinadores e 
pais discutindo a respeito de questões como: lesões, reabilitação, comunicação, 
trabalho em equipe, perspectivas profissionais e transições de carreiras. 
Em conclusão, deve-se enfatizar que o psicólogo do esporte deve orientar-se 
por princípios básicos como: competência, consentimento e sigilo, integridade, 
conduta pessoal, responsabilidade profissional, social e científica e ética de pesquisa, 
para, por fim, estar habilitado para o exercício devido da profissão. 
O presente trabalho abordará o campo de atuação do psicólogo esportivo, sua 
estruturação e desenvolvimento, buscando uma maior compreensão de tal área. 
 
 História da Psicologia do Esporte 
A Grécia Antiga é considerada o berço das primícias da Psicologia Esportiva, 
pois alguns filósofos, como Aristóteles e Platão, especularam sobre a função 
perceptual e motora do movimento, por intermédio das concepções de corpo e alma. 
No final do século XVII e o começo do século XVIII as habilidades motoras e 
processos físico-fisiológicos como limiar de determinação, tempo de reação e 
sentimentos fizeram parte dos estudos da Psicologia referente ao esporte. Posto isso, 
entre os estudos iniciais em Psicologia do Esporte encontra-se o de George Wells 
Fitz, professor de Harvard, que afirmava que a prática esportiva era um meio de se 
preparar para a vida, por proporcionar a competência de julgar, capacidade de 
perceber as circunstâncias de modo correto e de reagir rapidamente a um ambiente 
mutável. 
 Além disso, a importância do esporte é destacada em estudos iniciais dessa 
especialidade, também por Patrick e Hermann, que afirmavam que o esporte permite 
o desenvolvimento de hábitos de vida e consideravam os músculos como 
mecanismos pelos quais se desenvolvem a imitação, a obediência e o caráter. Já 
Kellor defendeu que por meio da atividade física não se construía apenas um corpo 
forte, mas também uma mente forte. Estes estudos serviram como base para as 
pesquisas de Norman Triplett, investigador da Universidade de Indiana, que realizou 
os primeiros experimentos, direcionando a Psicologia do Esporte ao caminho em que 
se encontra nos dias atuais. Triplett estudou a influência do adversário em ciclistas 
de rendimento e acreditava que a presença de um competidor servia de estímulo para 
a liberação de uma energia que permanecia latente diante as condições diretas e sem 
ritmo de competição. Para o autor, a presença do adversário funcionava como um 
elemento motivador para o aumento do esforço do atleta. 
No início do século XX surgiram as primeiras discussões sobre a influência do 
aspecto psicológico no desempenho de atletas no contexto esportivo, mas como a 
Psicologia ainda não estava consolidada como uma ciência, as publicações da época 
eram escritas por educadores, atletas e jornalistas, que não apresentavam suporte 
científico suficiente para explicar esta variável. Porém, nesse período o sucesso de 
um atleta era atribuído ao seu controle emocional, evidenciando que o segredo do 
sucesso de um atleta não está no comprimento dos membros, na profundidade do 
pulmão ou no desenvolvimento muscular, mas sim, no controle emocional sobre o 
corpo. Diante de inúmeros estudadores do tema, Coleman Griffith foi considerado o 
Pai da Psicologia do Esporte, pois foi o primeiro a criar um laboratório de Psicologia 
do Esporte, em 1925, na Universidade de Illinois. Na epóca, o psicólogo tinha como 
meta investigar um conjunto de elementos psicológicos relevantes para o rendimento 
esportivo, e os seus estudos envolviam temas de aprendizagem, habilidades motoras 
e variáveis da personalidade. A criação do Laboratório de Griffith marca o início do 
período histórico (1920-1940), quando a Psicologia do Esporte passou a ser 
desenvolvida e pesquisada na prática. 
Após a Segunda Guerra Mundial, entre os anos de 1945 e 1964, surgiram 
vários laboratórios de Psicologia do Esporte nos Estados Unidos, tais como os de 
Franklin Henry (Universidade de Berkeley), John Lawther (Universidade da 
Pensilvânia) e Arthur Slater-Hammer (Universidade de Indiana), os quais começaram 
a oferecer cursos de Psicologia do Esporte nas suas universidades. 
Durante o período de 1950-1980 a Psicologia do Esporte começou a construir 
a sustentação teórica que embasaria as pesquisas desse setor da Psicologia. No 
entanto, apesar das contribuições anteriores de autores como Griffith, foi nesse 
período que os estudos passaram a enfocar as características psicológicas, tirando o 
enfoque da área do comportamento motor (desenvolvimento motor e aprendizagem 
motora). Nesse sentido, devido às diferenças culturais, no contexto mundial cada país 
enfatizou diferentes aspectos da Psicologia do Esporte e do Exercício. 
Um grande salto no plano de desenvolvimento científico ocorreu nos anos 60, 
em que estudos específicos foram realizados. Em 1965, ocorreu a criação da 
Sociedade Internacional de Psicologia do Esporte (ISSP) por iniciativa da Federação 
Italiana de Medicina Esportiva, em Roma, demonstrando que este ramo de 
conhecimento se organizou recentemente em todo o mundo. 
Estas organizações são, oficialmente, as que realizam os congressos 
internacionais de maior impacto do setor: o Congresso Mundial de Psicologia do 
Esporte, organizado pela ISSP a cada quatro anos, e o Congresso da NASPSPA, 
realizado anualmente. 
 
 
 Psicologia do esporte no Brasil 
No Brasil, a Psicologia do Esporte ainda é tida como uma novidade tanto por 
psicólogos, como profissionais do esporte, atletas, que, muitas vezes não tem a 
percepção de que maneira essa intervenção pode ajudá-los a aumentar o rendimento 
esportivo ou superar situaçõesadversas. 
O marco inicial da Psicologia do Esporte brasileira foi dado pela atuação e 
estudos de João Carvalhaes, um profissional com grande experiência em psicometria, 
nomeado para atuar junto ao São Paulo Futebol Clube, equipe sediada na capital 
paulista, onde permaneceu por cerca de 20 anos, e esteve presente na comissão 
técnica da seleção brasileira que foi à Copa do Mundo de Futebol de 1958, 
conquistando o primeiro título mundial para o país na Suécia. 
Naquele tempo a Psicologia do Esporte não representou um grande impulso 
para a área no Brasil, somente em dezembro de 2000 ela foi reconhecida como uma 
especialidade da psicologia. Esse reconhecimento tardio se deve ao histórico da 
própria psicologia no Brasil. 
 O esporte na década de 50 era marcado pelo o amadorismo e o fair play, e 
isso representava um compromisso com a prática esportiva competitiva muito distinta 
daquilo que se vive nos dias atuais. O desenvolvimento da prática esportiva do futebol 
foi profissionalizado no Brasil e em outros países desde a década de 1920, tornando-
se um fenômeno distinto das demais modalidades esportivas tanto naquilo que se 
refere à organização dos times e clubes, em atletas recebendo remunerações 
vultosas para os padrões da época e comissões técnicas compostas por profissionais 
de várias áreas, como pela organização de seus campeonatos nacionais e mundiais 
em que as Federações da modalidade têm a autonomia para organizá-los e gerenciá-
los conforme elas desejarem. 
Desse modo, por meio dos estudos dessas organizações, foi acumulado 
muitas informações sobre os atletas e times que praticavam esportes ou algum tipo 
de atividades físicas, sem que isso ainda representasse a constituição de um 
esqueleto teórico consistente. 
Após quase meio século daquela atuação pioneira, hodiernamente, a 
Psicologia do Esporte no Brasil percorre seu próprio rumo, que segue várias direções, 
tendo como base um referencial teórico que sustenta essa produção acadêmica e 
prática. 
 
Média salarial do Psicólogo do Esporte 
Porte 
Da 
Empresa 
 
Média 
Salarial 
 
 TRAINEE JUNIOR PLENO SÊNIOR 
 
Pequena 
Empresa 
 
 
R$ 1.744,02 
 
R$ 2.180,02 
 
R$ 2.725,02 
 
R$ 3.406,28 
 
Média 
Empresa 
 
 
R$ 2.267,22 
 
R$ 2.834,02 
 
R$ 3.542,53 
 
R$ 4.428,16 
 
Grande 
Empresa 
 
 
R$ 2.947,38 
 
R$ 3.684,23 
 
R$ 4.605,29 
 
R$ 5.756,61 
Fonte: Currículos cadastrados no Banco Nacional de Empregos e contribuições salariais do Salário 
BR nos últimos doze meses. 
De acordo com o Banco Nacional de Empregos, um Psicólogo do Esporte 
Júnior ganha em média R$ 2.899,42, o nível pleno recebe cerca de R$ 3.624,28, já o 
Sênior tem uma média salarial de R$ 4.530,35. 
Essa pesquisa mostra a faixa salarial em que se encontra o cargo de Psicólogo 
do Esporte de acordo com o porte da empresa. O porte pode ser dividido em: MEI - 
Micro Empreendedor Individual, micro empresa, pequena empresa, média empresa e 
grande empresa. 
MEI: permitido no máximo 1 funcionário; 
 
Micro: até 19 funcionários; 
 
Pequena: 20 a 99 funcionários; 
 
Média: 100 a 499 funcionários; 
 
Grande: mais de 500 empregados, seja comércio, serviços ou indústrias. 
 
 
A remuneração do cargo de Psicólogo do Esporte pode ser feita de acordo com 
o nível de experiência do profissional na empresa até sua demissão. Podendo ser 
feita listagem em: 
Psicólogo do Esporte Trainee: até 2 anos; 
 
Psicólogo do Esporte Júnior: até 4 anos; 
 
Psicólogo do Esporte Pleno: de 4 a 6 anos; 
 
 Psicólogo do Esporte Sênior: acima de 6 anos na empresa até sua demissão. 
 
 
Onde o profissional pode atuar? 
O psicólogo do esporte pode atuar em diversos âmbitos. Nos esportes de 
competição, onde realizará programas de intervenção junto a atletas e equipes 
esportivas, costumando integrar a comissão técnica que trabalha para o 
desenvolvimento e aprimoramento do desempenho dos atletas. O serviço é exercido 
de acordo com a dinâmica que envolve a equipe esportiva, incluindo a relação em 
grupo, a motivação e a liderança. O trabalho com atletas paraolímpicos vem sendo 
também bastante estudado. Além disso, o profissional pode acompanhar indivíduos 
e grupos que praticam atividade física não competitiva e de reabilitação, e assessorar 
projetos sociais que fazem uso do esporte e do exercício físico. 
A rotina de um psicólogo esportivo é bastante diferente da de um psicólogo 
tradicional, principalmente se ele trabalhar com esportes de competição. Em geral, 
ele acompanha os atletas em treinamentos, viagens e disputas. Deve estar presente 
no dia a dia das equipes durante todo o período de preparação e de competição. 
O principal objetivo da atuação do psicólogo no esporte é entender como os 
fatores psicológicos que influenciam o desempenho físico e compreender como a 
participação nessas atividades afeta o desenvolvimento emocional, a saúde e o bem 
estar de uma pessoa nesse ambiente. 
 
 
As várias áreas de atuação 
Diante da diversidade de atuações é de se esperar que o profissional que atua 
na Psicologia do Esporte tenha também uma diversidade de formação. Além do 
conhecimento específico trazido da Psicologia como o uso de instrumentos de 
diagnóstico e modelos de intervenção, espera-se e exige-se que o profissional tenha 
um vasto conhecimento das questões que permeiam o universo do atleta, 
individualmente, como noções de anátomo-fisiologia e biomecânica, e específicas do 
esporte, como as modalidades esportivas e regras, bem como dinâmica de grupos 
esportivos. Essa base do conhecimento se faz necessário na medida em que se pode 
atuar com indivíduos e grupos que têm sua dinâmica limitada pelo contexto vivido, ou 
seja, os treinamentos, as competições e a interação com um meio restritivo, com 
períodos de isolamento e concentração ou alojamentos conjuntos. 
De acordo com o psicólogo Dietmar Salmuski, existe uma necessidade de uma 
formação múltipla, sendo assim, é apontado uma separação em quatro campos de 
aplicação da Psicologia do Esporte: o de rendimento, o escolar, o recreativo e o de 
reabilitação. 
O esporte de rendimento busca a otimização da performance em uma estrutura 
formal e institucionalizada. Nessa estrutura o psicólogo atua analisando e 
transformando os determinantes psíquicos que interferem no rendimento do atleta e 
no grupo esportivo, como por exemplo, na redução da ansiedade e do estresse, no 
autocontrole, na melhora da autoconfiança, na intensificação da concentração, no 
treinamento da atenção, na motivação, e entre outros aspectos. 
O esporte escolar tem por objetivo a formação, norteada por princípios 
socioeducativos preparando seus praticantes para a cidadania e para o lazer. Neste 
caso, o psicólogo busca compreender e analisar os processos de ensino, educação 
e socialização inerentes ao esporte e seu reflexo no processo de formação e 
desenvolvimento da criança, jovem ou adulto praticante. 
Já o esporte recreativo visa o bem-estar para todas as pessoas. Assim é 
praticado voluntariamente e com conexões com os movimentos de educação 
permanente e com a saúde. O psicólogo, nesse caso, atua na primeira linha de 
análise do comportamento recreativo de diferentes faixas etárias, classes 
socioeconômicas e atuações profissionais em relação a diferentes motivos, 
interesses e atitudes. 
Por fim, o esporte de reabilitação desenvolve um trabalho voltado para a 
prevenção e intervenção em pessoas portadoras de algum tipo de lesão decorrente 
da prática esportiva, ou não, e também com pessoas portadoras de deficiência física 
e mental. 
 
Modalidades que mais demandam o profissional 
No Brasil, o futebol é a modalidade que mais abre espaço para o psicólogo do 
esporte. No entanto, com os Jogos Olímpicos, as Confederações de outras 
modalidades têm buscado profissionais de psicologia para as comissões técnicas. 
Um exemplo é a Confederação Brasileirade Judô, que tem um departamento próprio 
de psicologia. 
 
Etapas de implantação de um programa de Psicologia Esportiva 
1. Informação 
Etapa em que o psicólogo informa a todos os componentes do grupo, como 
funciona um programa de Psicologia Esportiva. Neste momento, reunirá informações 
básicas sobre como funciona a instituição e o grupo esportivo em que vai trabalhar. 
Para isto utilizará entrevistas, inventários e observações pessoais. É de fundamental 
importância ouvir a avaliação do treinador e dos membros da equipe técnica a 
respeito de como funciona a dinâmica do grupo esportivo. 
2. Pré-programa 
O pré-programa é estruturado de acordo com as informações obtidas pelo 
psicólogo sobre o funcionamento da instituição e do grupo esportivo, logo, deverá ser 
apresentado aos dirigentes e grupo técnico para discussão. Se os dirigentes e o grupo 
técnico aprovarem o pré-programa, ele passará a ser o programa. Com isso, é crucial 
uma corresponsabilidade de todo o grupo para a implantação do mesmo. 
 
 
3. Programa 
Sempre que se inicia um trabalho, em qualquer área da atividade humana, é 
necessária uma avaliação prévia. Esta deve enfocar o indivíduo e o grupo. Mesmo 
nos esportes individuais, o técnico trabalha com um grupo de atletas e deve ser 
verificado sua dinâmica. Assim, alguns procedimentos como testes, entrevista e 
observação de conduta são sugeridos. Respeitar essas normas, utilizando-as com 
simplicidade, compromisso e ética, será fundamental para o alcance do sucesso 
profissional. 
É possível evidenciar uma evolução da Psicologia, onde há um momento de 
reavaliações das ferramentas de diagnóstico de grupo e individual. Através de 
entrevistas que poderão confirmar ou refutar aspectos detectados nos testes, assim, 
será mais eficaz o levantamento dos níveis de ansiedade, do estado emocional em 
treinamentos e competições, da agressividade, que pode ser denominada como extra 
ou intra punitiva, da atenção, concentrada ou difusa, da depressão, da motivação e 
outros fatores, poderão ajudar o psicólogo a conhecer um pouco mais sobre o 
esportista, objeto de seu estudo. 
A avaliação do atleta não é feita através de um teste psicotécnico que aprova 
ou reprova candidatos, mas é exigido um exame médico para tentar descobrir se os 
esportistas não apresentam alguma enfermidade. Em alguns casos, falta a aplicação 
de um exame psicológico para complementar o diagnóstico inicial do jogador novato. 
A conduta de um atleta dentro de uma nova equipe pode variar, não sendo a mesma 
após uma mudança de grupo. Por isso, é importante, além de uma avaliação 
individual, um exame grupal para que o psicólogo entenda a dinâmica do grupo com 
que irá atuar. Somente através dessa primeira investigação, o psicólogo esportivo 
estará capacitado para intervir no grupo, utilizando as técnicas e ferramentas 
desenvolvidas em trabalhos e estudos científicos. 
Usualmente quando uma área do conhecimento se aproxima de outra é devido 
à necessidade de que informações de uma área sejam aplicadas na outra. Dentre 
tantas formas da psicologia se aproximar e auxiliar a profissionais da área de 
educação física (professores, atletas e técnicos), existe o trabalho de psicólogos 
voltado para o estudo e aprimoramento da performance de atletas. Esse tipo de 
trabalho junto a atletas (quer sejam de alto nível ou não) é um trabalho especializado 
que exige do psicólogo conhecimentos específicos da psicologia esportiva, de 
biologia, de educação física, aspectos culturais da modalidade e do local onde se 
treina e compete, entre outros. 
No esporte de rendimento as etapas de treinamento são denominadas de 
Periodização, ou seja, divide-se os períodos de treinamento em diferentes fases e o 
planejamento das ações em determinados momentos da temporada. Dessa maneira, 
é importante pensar em ciclos durante o ano e as habilidades que devem ser 
ensinadas e treinadas em cada etapa. Segundo Matveiev, pai do treinamento 
desportivo e da periodização, a última é o planejamento geral e detalhado do tempo 
disponível para o treinamento, de acordo com os objetivos intermediários 
determinados, respeitando-se os princípios científicos do exercício desportivo. 
Cada modalidade tem suas demandas peculiares. A Periodização deve ser 
executada com metodologia interdisciplinar contando com a contribuição de todas as 
áreas que compõem uma comissão técnica, não deve ser apenas de 
responsabilidade dos preparadores físicos. 
A Psicologia do Esporte, portanto, deve estar totalmente inserida e integrada 
no contexto esportivo de tal maneira, que, como afirma Valdés, “a aplicação das 
habilidades e dos conhecimentos psicológicos deve estar estreitamente relacionada 
aos princípios, leis e etapas mediante os quais se dirige o processo de treinamento 
desportivo.” 
Não podemos aceitar que a psicologia seja apenas uma “área de apoio”, tenha 
um papel secundário e remediador na rotina de treinamento esportivo. A Psicologia 
do Esporte deve efetivamente ser integrante das comissões técnicas e como tal 
participar ativamente das ações, planejamentos e execuções das atividades durante 
toda a temporada. 
 
A Psicologia do Esporte na atualidade 
O psicólogo deve conhecer as características culturais, históricas e 
socioeconômicas da sociedade em que ele está presente. Inúmeras características 
serão extremamente relevantes para entender os comportamentos repetidos pelos 
atletas, técnicos e a mídia local. 
Dessa forma, é importante fazer com que a atuação do profissional seja 
recebida de maneira ampla, acessível e consciente por todos, e esse é um dos 
primeiros desafios do trabalho do psicólogo do esporte. Na formação de vínculos, 
durante o esclarecimento inicial dos objetivos do seu trabalho, o psicólogo precisa ser 
claro e enfático na funcionalidade do seu serviço. 
Além disso, é importante destacar a importância do futebol, que é bastante 
popular no Brasil, representando, muitas vezes, um símbolo de mudança e ascensão 
para muitos jovens que se veem em meio a miséria. Com isso, é fundamental que o 
psicólogo do esporte saiba também, hodiernamente, preparar os atletas para a 
possibilidade da não profissionalização, ajudando estes a lidar com as cargas 
emocionais da frustração. Desse modo, poderá ser possível diminuir os níveis de 
estresse e competitividade tóxica que pode afetar jogadores, antes mesmo de si 
tornarem profissionais. 
Nos casos do alcance da profissionalização, o psicólogo deve orientar os 
atletas durante toda a sua trajetória. Para assim, os jogadores serem capazes de lidar 
com a pressão durante sua prática até o desligamento da mesma. Para assim, ser 
possível a passagem de maneira tranquila e prazerosa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Conclusão 
Neste trabalho abordamos sobre a psicologia na área do esporte. Desse modo, 
foi possível evidenciar que o profissional dessa área estuda os fatores psicológicos 
dos atletas que os influenciam a terem um melhor desempenho nos exercícios 
praticados. Tendo-se em conta ao que foi comentado, podemos entender que a 
psicologia do esporte surgiu na Grécia Antiga, onde acredita-se que sua origem partiu 
dos estudos de filósofos sobre a função perceptual e motora do movimento, por meio 
das concepções do corpo e da alma, ou seja, um desequilíbrio emocional ou demais 
fatores que possam trazer danos estruturais ao indivíduos, podendo ocasionar em um 
mau resultado do atleta, fazendo com que o mesmo tenha desfalecias físicas. 
Desse modo, o psicólogo passa a atuar em diversos moldes, realizando 
programas de intervenção junto a atletas e equipes esportivas, e com todos que 
fazem parte desse âmbito. Trabalhando então, de forma dinâmica envolvendo a 
equipe, desenvolvendo um relacionamento intergrupo, com motivações e liderança. 
Além disso, nota-se que um psicólogo que trabalha nessa área pode ter certas 
diferenças em rotinas e horários do que um psicólogoque trabalha de forma 
tradicional, pois essa área de atuação vai exigir do profissional um acompanhamento 
ao atleta em suas rotinas, de treinos, de viagens e de disputas. 
Ademais, percebe-se que a área de atuação é bastante abrangente, permitindo 
que o profissional escolha entre diversas formas da sua atuação, a qual já foram 
descritas que são: esporte de rendimento, esporte escolar, esporte recreativo e o 
esporte de reabilitação. Por mais que seja uma área de atuação que não é tanto 
valorizada, principalmente em nosso país, deve-se reconhecer que tem uma extrema 
importância, sobretudo, para aqueles que têm uma vivência esportiva. Logo, a 
psicologia do esporte deve estar inserida, visto que a sua aplicação ao atleta o ajudará 
no desenvolvimento de sua performance no esporte, devido ao profissional 
acompanhar e desenvolver no treino da mente e comportamentos dos indivíduos, 
para assim, ser possível ter um bom desempenho físico. 
Por fim, podemos concluir a relevância crucial da participação de um psicólogo 
do esporte para o desenvolvimento físico e emocional dos atletas. Deste modo, foi 
apresentado as diversas áreas de atuação do profissional, como o esporte de 
rendimento, o esporte escolar, o esporte recreativo e, por último, o esporte de 
reabilitação, bem como a rotina de trabalho que se difere muito das outras áreas da 
psicologia. Além de aprendermos as modalidades que mais usufruem desse método 
de trabalho. Assim, foi relatado as etapas de implantação de um programa de 
psicologia esportiva que é dividida em: informação, pré-programa e programa. 
Entendendo assim, somente através desta primeira investigação, que o psicólogo 
esportivo estará capacitado para intervir no grupo, utilizando as técnicas e 
ferramentas desenvolvidas em trabalhos e estudos científicos. Destarte, 
compreendemos que a psicologia do esporte é uma área muito extensa e que apesar 
de existir implicitamente há muito tempo, ainda é considerada nova entre os 
profissionais esportistas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Referências bibliográficas 
 
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COZAC, João Ricardo Lebert. Psicologia do Esporte: clínica, alta perfomance e 
atividade física. 1. ed. São Paulo: Annablume, 2004. cap. A psicologia do esporte: 
uma atualização teórica, p. 17-27. ISBN 8574194786. 
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São Paulo: Manole, 2008. 496 p. ISBN 9788520426586. 
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https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1413-73722010000200018&script=sci_arttext
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https://www.researchgate.net/profile/Katia_Rubio/publication/39112102_Origens_e_evolucao_da_psicologia_do_esporte_no_Brasil/links/592c51020f7e9b9979b00f2a/Origens-e-evolucao-da-psicologia-do-esporte-no-Brasil
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https://www.trabalhabrasil.com.br/media-salarial-para-psicologo-do-esporte
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-98931999000300007

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