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Unidade III - As Diferenças Culturais

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Responsável pelo Conteúdo: 
Prof. Rodrigo Medina Zagni 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
As Diferenças Culturais 
Nessa unidade, vamos tratar do tema “A ação transformadora do 
meio e do homem” Nesta unidade, nos debruçaremos sobre as 
principais teorias que permitem compreender ação 
transformadora do homem no meio ambiente. 
Sendo assim, este é um conteúdo fundamental não só porque nos 
serve de base informativa para compreender como se formam e se 
transformam distintas culturas; mas nos servirá também de 
instrumento para compreensão da ação do homem na 
transformação do meio. 
 
Atenção 
Para um bom aproveitamento do curso, leia o material teórico atentamente antes de realizar 
as atividades. É importante também respeitar os prazos estabelecidos no cronograma. 
 
 
 
 
 
 
A Ação Transformadora do Meio e do Homem 
 
 Uma forma de se compreender a constituição cultural das sociedades é a partir da sua 
função transformadora do meio ambiente, do meio social e do próprio Homem. 
 Já nos dissera Herbert Spencer, que o Homem não é tal qual aquele das pinturas 
chinesas, ou seja, solto no espaço, como se estivesse caindo no nada: o Homem existe no 
meio geográfico. Mais do que isso, retira desse meio o necessário a sua sobrevivência. 
Pensemos então a dimensão cultural humana a partir das relações entre Homem e meio-
ambiente. 
 O Homem, que é dotado de necessidades materiais, literalmente obedecendo a 
programações biológicas (comer, evacuar, beber, dormir, procriar etc.), realiza-as 
essencialmente no meio-ambiente. 
Pensemos no Homem que atende as suas necessidades 
de sobrevivência no meio-ambiente, mas sem interferir nele. A 
caça e a coleta, por exemplo, foram as atividades econômicas 
da maior parte do tempo de vida humana sobre a Terra, e nela 
o Homem apenas retirava do meio aquilo que necessitava, sem 
interferir nele, ao menos gravemente. 
 Ocorre que o economista britânico Thomas Malthus 
(1766-1834) identificou que haveria um descompasso nessa 
relação. As necessidades humanas seriam maiores, em relação 
àquilo que o meio ambiente pode ofertar naturalmente. 
Malthus demonstrou que as necessidades humanas seriam 
então maiores que aquilo que o meio ambiente poderia 
prover, sem que o Homem interferisse nele. 
 Desse descompasso resultaria um grave problema à 
sobrevivência humana, que depende vitalmente de alimento e 
água. Já dissera o filósofo grego Platão, no séc. IV a.C., que “a necessidade é a mãe de todas 
as invenções” e; portanto, para esse problema de sobrevivência a solução encontrada pelo 
Homem foi interferir no meio-ambiente. 
Material Teórico 
Engraving of Economist Thomas 
Robert Malthus by John Linnell 
Título original: Thomas Robert 
Malthus (1766-1834) English 
economist. Photo shows Malthus in a 
formal head and shoulder portrait. 
Undated engraving by J. Linnell. 
IMAGEM: © Bettmann/CORBIS 
NOME DO CRIADOR John Linnell 
DATA DE CRIAÇÃO 19th century 
COLEÇÃO Bettmann 
 
 
 
 A primeira forma encontrada pelo Homem para 
empreender essa ação transformadora do meio foi a 
agricultura. Aliando um bastão de madeira, extraído da 
natureza, conjugando-o a uma lasca de pedra polida com o 
uso de uma amarra feita com tripas secas de um animal 
abatido, o Homem desenvolveu a enxada. Com o uso 
adequado desse instrumento o Homem passou a arar a terra e 
prepará-la para o plantio de sementes que, por meio da 
observação, percebeu que poderia germinar e dar frutos. 
Irrigando periodicamente o terreno plantado, foi possível obter 
mais alimentos e solucionar o problema do descompasso 
identificado por Malthus, possibilitando a sobrevivência. 
 Ocorre que, para que isso ocorresse, foi preciso o 
desenvolvimento de materiais e técnicas: o desenvolvimento 
dos materiais necessários à atividade do plantio bem como 
das técnicas adequadas para sua utilização. Os materiais 
constituem, segundo o filósofo alemão Karl Marx (1818-
1883), os “meios de produção da vida social”, junto do 
mais importante meio: a terra; as formas ou as técnicas para 
utilizá-los consistem na tecnologia desenvolvida, ambos, 
para o trabalho. Segundo a definição marxista, o trabalho é 
a ação transformadora do meio ambiente que tem a 
finalidade de garantir a sobrevivência humana. 
 Contudo, todas essas relações acabam determinando 
um outro aspecto da vida social: a cultura. O 
desenvolvimento da agricultura, que aqui mencionamos, 
implica num desenvolvimento cultural, nesse caso, da 
“cultura da enxada”. Não é por acaso que o termo “cultura” 
foi utilizado pela primeira vez para se referir a atividades 
econômicas na lavoura, isso porque, ainda segundo Marx, por meio do trabalho o Homem 
altera não só o meio ambiente, mas a sim mesmo. 
 
 
Platão de Atenas 
429 x 600 - 43k - jpg 
cafehistoria.ning.com 
 
Portrait of Karl Marx 
An engraving by Charles Baude after Gaston 
Vuillier. 
IMAGEM: © Stefano Bianchetti/Corbis 
NOME DO CRIADOR Gaston Vuillier 
DATA DE CRIAÇÃO ca. 1883 
FOTÓGRAFO 
Stefano Bianchetti 
COLEÇÃO Historical 
 
 
 
 E como isso ocorre? 
 Não dissemos, citando Spencer, que o Homem não existe solto no espaço, que ele 
existe no meio geográfico? Sendo assim, sua identidade social se constrói na interação do 
indivíduo com o seu entorno, com o meio físico, e como esse entorno foi modificado pelo 
próprio Homem, nesse sentido o Homem alterou a si mesmo, por conseguinte, alterou suas 
necessidades e, sendo novas necessidades, a mesma forma de trabalho não pode mais dar 
conta delas, são necessárias novas ações transformadoras para atender a esse novo Homem e 
suas novas necessidades. Por sua vez, o meio é mais uma vez alterado, criando um novo 
Homem, portador de novas necessidades, novas formas de trabalho e, essencialmente, novos 
sistemas culturais. 
 É por isso que não existem sociedades estacionadas, todas estão fadadas à 
transformação. 
 Mas isso dito, parece que estamos então contradizendo Malthus, citado no início da 
análise do quadro em questão. Isso porque, tendo alterado o meio ambiente, o Homem teria 
resolvido o descompasso entre suas necessidades e aquilo que o meio ambiente poderia lhe 
oferecer, isso porque suas necessidades não mais seriam maiores em relação ao que o meio 
poderia, transformado, fornecer. Sendo assim, por que então as sociedades mudam, se o 
problema do descompasso teria deixado de existir? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Feature: Syria at the Crossroads 
The family of Jamil Hemedoush 
picks olives in their fields in the 
Alawite Mountains. 
IMAGEM: © Ed Kashi/Corbis 
DATA DA FOTOGRAFIA 6 de 
outubro de 2008 
LOCAL Damascus, Syria, Syria 
FOTÓGRAFO Ed Kashi 
COLEÇÃO Corbis New 
 
 
 
Mudam e mudarão constantemente, isso porque Malthus demonstrou que o 
descompasso mencionado nunca deixaria de existir. Para defender essa tese, Malthus 
demonstrou que os homens crescem em progressão geométrica (multiplicando-se entre si), 
enquanto os meios de subsistência cresceriam em progressão aritmética (por somatória, não 
por multiplicação). 
 Sendo assim, um novo meio (alterado pela ação humana) traria novos problemas à 
existência humana, que demandariam sempre novos tipos de soluções, novas ações 
transformadoras, e novos sistemas culturais vão se formando daí. 
 Por que sistemas culturais teriam então, segundo a visão marxista, uma determinação 
decorrente das relações de produção? 
 Ora, para Marx, a infraestrutura econômica das 
sociedades, ou seja, sua base econômica, determinaria a 
superestrutura política e ideológica, sendo a cultura a somatória 
dessas relações, pois se inscreve no modus vivendi das 
sociedades. 
 A infraestrutura seria o modo de produção da vida social, 
ou como aquela sociedade produz o suficiente a sua existência 
material, produzindo os sentidos, significados, valores, morais e 
identidadeque mencionamos no início desse texto. O modo de 
produção da vida social seria determinado pelo modo de 
produção de bens de consumo, composto por sua vez pelos 
meios de produção (instrumentos, terra – incluindo seu regime de 
propriedade -, etc.), força de trabalho (se é assalariada, escrava, 
servil, voluntária etc.), tecnologia (forma com que a força de 
trabalho opera os meios de produção), determinando os aspectos 
políticos, ideológicos e culturais dessa sociedade. 
 Nessa perspectiva, o trabalho é a ação transformadora humana do meio ambiente, 
geradora de cultura (que também pode ser definida como trabalho), ato exclusivamente 
humano por ser consciente de sua finalidade, no que é portanto intencional. 
 É preciso estar claro que por meio do trabalho o Homem transforma o mundo e a si 
mesmo, porque ao alterar o meio o Homem altera o próprio Homem. É preciso que fique 
claro que, transformando o meio e a si mesmo, o Homem redefine suas dinâmicas culturais, 
redefinindo valores, sentidos, significados e identidades. 
Liberia - Fisherman detangles 
fishing net 
A man untangles his fishing net 
on the beach in Robertsport, 
Liberia. 
IMAGEM: © Jane Hahn/Corbis 
DATA DA FOTOGRAFIA 22 de 
março de 2009 
LOCAL Robertsport, Liberia 
FOTÓGRAFO Jane Hahn 
COLEÇÃO Corbis News 
 
 
 
 A ação transformadora humana na natureza passa a ser mediada pelos símbolos 
criados pelo Homem, que dão sentido as suas ações, desta forma a Cultura pode também ser 
definida como o conjunto desses símbolos, relativos no tempo e espaço, com múltiplas 
manifestações. 
 Com isso o Homem, colocando em movimento o meio, a cultura e desta forma a si 
mesmo, é o único ser histórico consciente de sua condição e portanto produtor de sua própria 
história. 
 
 
Elaborando o Problema da Cultura 
 
 O mais importante questionamento já feito pelo Homem em torno dos fenômenos da 
cultura foi, indubitavelmente, aquele que se referia às diferenças culturais. Isso porque, desde 
os primeiros contatos que grupamentos humanos tiveram com outros grupos provenientes de 
outras regiões ou, ainda, dadas as distintas visões de mundo que as gerações mais velhas 
manifestavam frente às gerações jovens, com maior ou menor intensidade, a existência 
humana pressupõe o contato com o diverso. 
 Sendo assim, desde o período mais remoto da existência humana, o Homem foi 
impelido pelo questionamento sobre as origens da diversidade não apenas biotípica (cor da 
pele, dos olhos, tipo e cor dos cabelos, estatura, compleição física etc.); senão também de 
diferenças culturais (tipos de organização social, de habitação, de utensílios e técnicas para a 
sobrevivência, forma de organização econômica, religiosa, familiar etc.). 
 Obviamente, este questionamento se torna mais grave nos períodos em que o contato 
entre distintos grupos humanos se intensifica. Podemos então inferir que, com o advento das 
primeiras cidades que se desenvolveram, contemporaneamente, na região do Oriente 
Próximo (Egito e Mesopotâmia), Índia e China - provenientes dos primeiros grandes 
aglomerados humanos em torno de atividades que requeriam o trabalho organizado 
(primordialmente as obras hidráulicas, dado que se tratam, os três casos, de regiões cortadas 
por importantes rios que permitem as práticas agrícolas) -, as atividades comerciais, os 
deslocamentos populacionais e até mesmo as guerras colocaram em contato não apenas 
povos distintos, senão culturalmente diferentes, movendo a reflexão humana a questionar as 
origens das desigualdades. 
 
 
 Desde a Antiguidade, o Homem 
desenvolveu explicações míticas ou 
filosóficas que respondiam a esta questão 
por meio da hereditariedade e da origem 
geográfica. 
 Vimos na unidade anterior, 
dedicada às “teorias da cultura”, que 
quando, no séc. XIX desenvolve-se a 
Antropologia como ciência humana e 
social, gozando de rigor metodológico e 
primeiros referenciais teóricos, o 
darwinismo social tendia a fornecer 
explicações científicas (pautadas na teoria 
da evolução das espécies) para uma 
compreensão então já muito antiga: a da 
determinação biológica e geográfica. Sabemos também que o debate teórico em torno dessas 
questões desmontou, paulatinamente, as convicções rácicas que determinavam as diferenças 
culturais, impondo não apenas outra ordem de compreensão, mas modificando de forma 
irreversível os objetos, objetivos, métodos e natureza desta nascente ciência. Contudo, ainda 
que liberta das amarras explicativas do evolucionismo, a cultura não carecia apenas de 
explicações sobre a questão das diferenças, mas primordialmente sobre sua natureza, origens 
e dinâmicas de transformação. 
 Essas questões ganharam também, com o advento 
dessas percepções pós-evolucionistas, outro âmbito de 
ocorrência, uma vez que diferenças culturais se verificavam 
não somente externamente aos grupos sociais, mas também 
internamente. Se as explicações evolucionistas não davam 
conta de esclarecer as diferenças entre povos distintos, 
também falhou em atribuir as diferenças entre homens e 
mulheres por meio da hereditariedade. Obviamente homens 
e mulheres mantêm relevantes diferenças biológicas, contudo, 
o papel que desempenham em distintas sociedades, segundo 
essas novas percepções, foram sendo definidos por essas 
480 x 508 - 50k - jpg - www.iped.com.br/sie/uploads/9362.jpg 
Veja abaixo a imagem em: www.colegioweb.com.br/.../evolucao-
das-especies 
 
245 x 305 - 29k - jpg -
 imho.com.br/.../2008/11/diferenca-
cultural.jpg 
Veja abaixo a imagem 
em: imho.com.br/2008/11/24/diferenca
s-culturais/ 
 
http://www.colegioweb.com.br/biologia/evolucao-das-especies
http://www.colegioweb.com.br/biologia/evolucao-das-especies
http://imho.com.br/2008/11/24/diferencas-culturais/
http://imho.com.br/2008/11/24/diferencas-culturais/
 
 
mesmas sociedades, ou seja, os papéis de gênero, e também geracionais, religiosos, laborais 
etc., são construídos socialmente, não determinados. 
 Junto do meio geográfico, o clima também deixou a condição de fator 
determinantemente explicativo de diferenças culturais primordialmente utilizados para 
escalonar povos mais aptos para o trabalho em climas frios, e menos aptos em climas quentes. 
Isso porque uma série de povos, postos sob análise e comparação, desenvolveram dinâmicas 
diametralmente opostas em regiões cujas condições climáticas eram praticamente idênticas. A 
questão seria então a de que a cultura que adjetiva outra como menos apta ao trabalho utiliza 
as suas próprias referências sobre o que seria a forma e o ritmo ideal de trabalho, ou seja, 
trata-se de uma postura etnocêntrica. 
 Obviamente o clima, assim como a configuração geográfica, incide sobre as práticas 
econômicas (agricultura, pastoreio, indústria, comércio etc.) e, assim sendo, sobre a própria 
totalidade da vida social (estruturas políticas, práticas culturais); contudo, não se trata de 
fatores únicos e, tampouco, unicamente determinantes. 
 O que explicaria então as diferenças no próprio perfil desses grupos? Por que alguns 
estariam mais inclinados às hostilidades? Por que outros estariam mais inclinados para a paz? 
 
 
O Conceito Antropológico de Cultura 
 
 Foi preciso praticamente um século para que fosse 
definida conceitualmente a “cultura”. Inicialmente, o termo 
apareceu em documentos escritos que se referiam ao âmbito da 
agricultura e, de sua designação como tipo de prática agrícola 
(cultura da cana-de-açúcar, cultura do café etc.), passou a ser 
utilizado para se referir ao modo de vida dos camponeses. Com o 
passar do tempo, do modo de vida de sociedades simples, o 
termo passou a ser utilizado para designar a área de estudo que 
tentavam compreender esses modos de vida. 
 Mas é a perspectiva antropológica que define mais 
precisamente a cultura, a partir de 5 de suas características 
principais: 
Slaves Picking Cotton in Field 
Título original: As a slave. 
IMAGEM: © Bettmann/CORBIS 
COLEÇÃO Bettmann1) a cultura se refere a transmissão de caracteres extra-somáticos, ou seja, não se 
transmitem geneticamente; 
2) a cultura é particular ao Homem. Os animais possuem, no máximo, sociedades; 
3) adaptação: os animais se adaptam ao meio de modo genético e o Homem 
culturalmente, a despeito das adaptações genéticas ao meio ambiente. Ao inserir 
elementos de cultura material no processo adaptativo, o Homem acelera sua 
adaptação; contudo, retarda sua resposta genética ao meio ambiente; 
4) a cultura é padronizada: língua, religião, economia etc., são convenções simbólicas que 
existem, ao alcance dos olhos, nas sociedades constituindo culturas dominantes. Neste 
caso, os itens de cultura se converteriam em vetores de relações sociais, cujas 
referências para a compreensão dessas convenções e símbolos são partilhadas no 
contexto dessa sociedade culturalmente padronizada; 
5) a sociedade é o veículo da cultura, que só existe sob essa condição. A cultura dá a 
tônica da interação entre núcleos, como o educacional e o econômico, por exemplo. 
 
 Sendo assim, em termos antropológicos, pode-se 
entender a cultura como o sistema humano de hábitos ou 
costumes adquiridos por processos extra-somáticos, 
difundidos na sociedade por símbolos ou convenções 
criados nas dinâmicas de adaptação do indivíduo ao meio 
ambiente. 
Essa definição ganha corpo teórico na década de 
1930, a partir da obra de dois autores: Franz Boas (1858-
1942) e Bronislaw Malinowski (1884-1942), que rompem 
com o evolucionismo linear assumido pela Antropologia por 
meio das teses de Spencer, representante máximo do 
darwinismo social e que postulava que o Homem evoluiria 
do estágio de barbárie ao estágio de civilização. 
 
 Malinowski, rompendo com o evolucionismo, dando ênfase ao relativismo e à 
pluralidade da cultura, acrescentou que em um determinado contexto a cultura funcionaria 
como uma unidade com engrenagens relacionadas. 
American Anthropologist Franz J. Boas with 
Ashton Talbott 
IMAGEM: © Bettmann/CORBIS 
DATA DA FOTOGRAFIA ca. 1940s 
COLEÇÃO Bettmann 
 
 
 
 A resposta dessa Antropologia para a questão da diversidade cultural é o aprendizado, 
que se dá por sua vez por meio de relações culturais muito especificas. Por meio da educação 
o indivíduo é introduzido ao mundo ou, se quisermos ser mais profundos, é humanizado; por 
meio da educação transmitem-se saberes que explicam (cada qual a sua forma) o mundo e o 
Homem, bem como o papel do Homem no mundo. Diferentes povos desenvolvem diferentes 
formas de transmitir seus saberes ou diferentes formas de educar, processo no qual são 
transmitidos repertórios culturais inteiros. 
 Sendo assim, não é nem a genética e nem o meio geográfico que determinariam o 
comportamento dos povos e suas diferenças; mas a cultura, por sua vez distinguida por conta 
da diversidade de experiências de aprendizado verificáveis em diferentes povos. 
 Não se trata de um processo de ensino meramente teórico. A criança que recebe os 
primeiros ensinamentos de seus pais, da família, do grupo social ao qual pertence, da 
educação formal ou da religião, aprende não só a como interpretar o mundo; mas como agir 
sobre ele. 
 Chamou a atenção de inúmeros 
estudiosos, fundamentalmente, o fato de que o 
Homem, graças à cultura, teria superado suas 
limitações biológicas. Se pensarmos nas 
possibilidades de sobrevivência do Homem frente 
à hostilidade da natureza – desde a diversidade 
do meio, as intempéries do clima, o assédio de 
animais predadores e a fragilidade frente aos 
desastres naturais -, ele não teria sobrevivido sem 
o advento da cultura. 
 Ou seja, ainda que portador de capacidades biológicas simples, se compararmos o 
Homem em força, por exemplo, em relação a um leão, o Homem está muito mais apto a 
sobreviver do que o leão, primordialmente porque o Homem é, antes de um ser biológico, um 
ser cultural. 
 
 Isso para dizer que o Homem é capaz, por ser produtor, portador e difusor de cultura, 
de adaptar-se ao meio natural ou mesmo de adaptar o próprio meio natural as suas 
necessidades; coisa que os leões não podem fazer, apesar da sua imensa força física e destreza 
na caça. 
Family Eating Cookies 
IMAGEM: © Ken Seet/Corbis 
COLEÇÃO Flame 
 
 
 
 A diferença consiste no poder que guarda a cultura, o que faz com que o Homem não 
limite a sua existência e suas possibilidades de sobrevivência única e exclusivamente ao seu 
potencial biológico; mas também aos instrumentos que cria para facilitar sua sobrevivência. 
 Por exemplo, ainda que o Homem 
seja mais frágil que um urso em relação a 
regiões de clima frio, ele é capaz de 
desenvolver instrumentos e técnicas que lhe 
permitam caçar o urso, extrair sua pele, secá-
la e usá-la como vestimenta, para escapar ao 
frio e viabilizar com isso sua existência. 
 Outra questão primordial e que coloca 
o conhecimento humano à frente das demais 
espécies em natureza, é seu caráter 
cumulativo. Ou seja, por meio da educação 
são transmitidos saberes culturais já erigidos, 
permitindo ao Homem que os recebe pensar para além dessas culturas, propondo e 
realizando inovações que, por sua vez, por meio do aprendizado, serão transmitidas às 
gerações futuras. Ao longo das gerações, portanto, as culturas se transformam apontando 
invariavelmente para horizontes até então inexplorados pelo humano. 
 
 
Etnocentrismo e apatia 
 
 Uma forma extremamente eficiente para entendermos 
questões de estranhamento cultural é imaginar que as 
pessoas vêem o mundo a partir da sua cultura. Sendo assim, 
não se trata do mesmo mundo, mas de como ele é lido e 
interpretado de diferentes formas por diferentes pessoas, isso 
porque são portadoras de diferentes sistemas culturais. 
 O etnocentrismo consiste no fenômeno de o 
indivíduo, ou um grupo de indivíduos, considerar a sua 
20 x 246 - 19k - jpg -
 2.bp.blogspot.com/.../N_i1TV4fUoc/s320/urso.jpg 
A imagem pode ter direitos autorais. 
Veja abaixo a imagem 
em: xamanismolegadodenossosancestrais.blogspot.com 
 
 
 
 
 
 
 
 
ROCHA, Everaldo. O que é etnocentrismo. 
Coleção Primeiros Passos. São Paulo: 
Brasiliense. 1988. 
http://xamanismolegadodenossosancestrais.blogspot.com/
 
 
forma de interpretar o mundo como a única possível ou a melhor dentre as demais. Com isso, 
outros sistemas culturais passariam a ser alvo de discriminação por serem consideradas 
“tortos”, “distorcidos” ou “equivocados”. 
 O etnocentrismo é portanto valorativo, ou seja, a cultura diversa é sempre objeto de 
juízos de valor, entendida como inferior, exótica ou absurda. 
 Contudo, o comportamento etnocêntrico, nocivo como é, verifica-se como fenômeno 
cultural universal; isso porque toda cultura tende a posicionar-se como central no mundo que 
interpreta, sendo todas as demais culturas periféricas. 
 O etnocentrismo, absorvido pela cultura que é dada como inferior, absurda ou 
desviada, leva ao fenômeno oposto: o da apatia. Consiste na absorção dos valores de uma 
cultura etnocêntrica por parte daquela valorada negativamente, resultando na depreciação dos 
indivíduos pertencentes àquela cultura por seu próprio sistema cultural. 
 
 
As Mudanças Culturais 
 
 A existência humana não consiste apenas numa existência biológica; trata-se 
primordialmente de uma existência cultural. Isso porque tudo aquilo que o Homem cria, 
ensina, aprende e volta a criar, constitui-se como cultura. Ao aprender sobre aquilo que seus 
antepassados criaram, o Homem recria a cultura, a natureza e a si mesmo, e quando passa 
seu conhecimento às demais gerações, já se trata de uma cultura recriada. 
 Mesmo que um indivíduo esteja imerso em um sistema 
cultural, ele nunca terá domínio pleno de todos os elementos que 
constituem aquela cultura, dada a riqueza e diversidade que 
preenchem os sistemas culturais. Contudo, ele é forçado a dominar 
um número mínimo de caracteres culturais para que seja 
reconhecido pelo grupo como alguémpertencente à mesma cultura. 
Mas a questão é que, ainda que os indivíduos de um grupo se 
conectem por meio do mesmo sistema cultural, ele não é lido nem 
praticado de forma idêntica por todos. São exatamente essas 
nuances e pequenas distinções que desvelam uma importante 
dimensão dos fenômenos de mudança cultural. 
wind turbines and smoke stacks 
IMAGEM: © Images.com/Corbis 
NOME DO CRIADOR ImageZoo 
COLEÇÃO Images.com (RF) 
 
 
 
 Culturas mudam constantemente, mesmo porque a natureza, sua base material, 
também muda por conta da interferência humana, primordialmente cultural. Isso para dizer 
que, ao alterar a natureza (que provem o Homem da base material, em estado bruto, de sua 
existência) para atender as suas necessidades, o Homem, por meio do trabalho (que envolve 
o desenvolvimento de meios, ferramentas e técnicas) altera não só a natureza, mas a si 
mesmo. Isso quer dizer que, ao alterar o meio, altera suas formas de interação social, sendo 
assim, ainda que suas necessidades biológicas sigam sendo as mesmas, suas necessidades 
sociais, ou culturais, mudam; mudando junto com o meio, novas formas de interferência à 
natureza que, como dissemos, não é mais a mesma, tende a produzir sempre um novo 
Homem, junto de novas formas de trabalho, organização social e, primordialmente, sistemas 
culturais fadadas à perene transformação. 
 Com isso, já podemos dizer que as culturas são distintas não tão somente no espaço; 
mas também no tempo, já que nunca permanecem inalteradas pois, ainda que lentamente, 
sempre se verificam transformações sendo operadas. 
 As mudanças culturais podem ser: 
 Internas ao próprio sistema cultural, transformando-se lentamente e obedecendo a 
manifestações internas de mudança. 
 Externas ao sistema cultural, como produto do contato com outro sistema, caso no 
qual, em relação à forma interna, é muito mais rápida e dinâmica. 
 
 
Endoculturação 
 
 Antes de tratarmos das categorias fundamentais da 
Antropologia para a definição dos mecanismos de mudança 
cultural, é importante tratarmos daquela que se refere a sua 
transmissão que, de alguma forma, também implica em 
transformação. 
 Trata-se do conceito de “endoculturação”, conforme 
empregou o lingüista e antropólogo norte-americano Roger 
Martin Keesing (1935–1993) para se referir ao permanente 
processo de aprendizagem de uma cultura que se inicia já 
1536 x 2048 - 906k - jpg -
 www.princeton.edu/.../g-k/hoebel/hoebel.jpg 
Veja abaixo a imagem 
em: www.princeton.edu/pr/pictures/g-k/hoebel/ 
 
http://www.princeton.edu/pr/pictures/g-k/hoebel/
 
 
desde o nascimento do indivíduo, quando passam a ser-lhe ensinados os valores e 
experiências que constituem, paulatinamente, seu repertório cultural. Trata-se de um processo 
contínuo, cujo término só se dá com a morte do indivíduo. 
 Tanto Felix Keesing quanto E. Adamson Hoebel (1906-1993), também 
antropólogo norte-americano, e Frost Herskovits, referem-se à função da endoculturação em 
constituir o suporte de transmissão dos códigos de conduta sociais, por meio dos padrões de 
comportamento social que difunde, o que tem um papel importantíssimo para a estabilidade 
do corpo social e do próprio sistema cultural. 
 Obviamente, apesar de padrões culturais serem difundidos e assimilados pelo 
indivíduo, o espaço do livre-arbítrio opera criando gradações distintas de comportamento; 
contudo, é notável a assimilação de comportamentos, verificáveis inclusive em condutas de 
desobediência. 
 Uma contrapartida a essa possibilidade, é o caráter de controle exercido pela 
sociedade, para condutas desviadas do padrão socialmente construído, bem como as formas 
de coerção exercidas para constranger o indivíduo à assimilação dos valores culturais 
dominantes. 
 Sendo assim, a idéia de liberdade deve ser relativizada ao padrão cultural por meio do 
qual o indivíduo age, uma vez que suas referências comportamentais, inclusive para as 
condutas de obediência e desobediência, são resultado do meio em que foi socializado. 
 
 
Contracultura e subcultura 
 
 Ocorre que não podemos incorrer no erro de 
imaginar que por haver uma cultura dominante em 
sociedade, todos passem a incorporá-la plenamente. 
Como dito, há comportamentos de desobediência. Por 
sua vez, esses comportamentos desviantes da norma 
geram outros sistemas culturais, chamados de 
subculturas, para o caso de sistemas à margem da 
cultura dominante; ou contraculturas, para o caso de 
sistemas que se defrontam com a cultura dominante. 
Hippie Couple, Cat, and Payphone 
A hippie couple hangs out on Sunset Boulevard in Los 
Angeles. Absent a bowl, their cat is served spilt milk in a 
payphone. "Hanging Out" was a full time occupation 
while waiting for a party. 
IMAGEM: © William James Warren/Science 
Faction/Corbis 
LOCAL Los Angeles, California, USA 
FOTÓGRAFO 
William James Warren 
COLEÇÃO Encyclopedia 
 
 
 
 A “contracultura” se caracteriza pelo espírito crítico, questionador e desobediente em 
relação a tudo aquilo que é visto como vigente em um determinado contexto sócio-histórico. 
 A contracultura, por sua vez, oferece alternativas 
para interpretar o mundo e mais, para defender o mundo 
que acredita possível. Essas visões alternativas são 
expressas nas artes visuais, na literatura e nas idéias, tendo 
fomentado uma série de movimentos de contestação em 
nossa história recente, como: os Hippies, os Beats, os Punks 
e o Anarquismo. 
 Por vezes, movimentos de contestação, na forma 
da contracultura, conseguiram vitórias significativas na 
mobilização das massas para provocar as mudanças que 
defendiam. É o caso de John Lennon e Yoko Ono, que deitados na cama de sua casa 
ofereceram uma das mais graves resistências à Guerra do Vietnã, defendendo que se fizesse 
amor, não a guerra. A opinião pública teve, nesse caso, uma importância fundamental no 
conjunto de pressões culminou na derrota política dos EUA nesse desigual enfrentamento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
912 x 914 - 142k - jpg -
 franklarosa.com/vinyl/BigImg/beats.jpg 
em: franklarosa.com/vinyl/ 
 
Closeup J.Lennon W/Bride Y. Ono In Bed 
Título original: 3/25/69-Amsterdam, Holland: Beatle John Lennon and his bride of five days, Yoko 
Ono, pose in the Presidential Suite of the Amsterdam Hilton Hotel, March 25th. Lennon declared 
they would "conceive a baby in Amsterdam" during press conference. Yoko nodded in agreement. 
They said they intend to stay in bed for seven days. 
IMAGEM: © Bettmann/CORBIS 
DATA DA FOTOGRAFIA 25 de março de 1969 
LOCAL Amsterdam, Holland 
COLEÇÃO Bettmann 
 
http://franklarosa.com/vinyl/
 
 
Aculturação 
 
 Dentre os processos externos de transformação cultural, o mais significativo é o 
da aculturação, decorrente do contato entre duas culturas distintas que, fundidas, dão origem 
a uma terceira cultura. Refere-se também a relações assimétricas em que uma cultura passa a 
exercer sobre outra um papel de dominação, culminando na absorção da cultura dominada. 
Uma questão a se pensar é se no processo, ainda que assimétrico, a cultura dominante não 
assumiria traços da cultura dominada. Em verdade, as correntes mais recentes da 
Antropologia e das Ciências Humanas e Sociais (como no caso da corrente crítica pós-
colonial), verificam que contatos culturais, ainda que assimétricos e vetorizados por relações 
de força e poder, não se restringem a meras relações de assédio e resistência; mas resultam 
em trocas, negociações e mútuas transformações. 
 
 
Sincretismo 
 
 O fenômeno do sincretismo se refere a uma fusão 
de doutrinas de diversas origens, tanto religiosas quanto 
filosóficas. 
 O termo é utilizado com maior fluência para se 
referir ao fenômeno da absorção de traços de uma 
religião por outra, culminando então numa forma 
sincrética. Sendo assim, o conceito é dotado de 
significados conciliadores entre distintos repertórios 
culturais, que passam a complementar-see a serem 
compreendidos por meio de correspondências 
simbólicas. 
Candomblé Beads and Catholic Symbols, originally 
uploaded by Sabrina Gledhill. 
321 x 500 - 194k - jpg -
 farm3.static.flickr.com/2161/2260212853_61093... 
Veja abaixo a imagem 
em: mrquerino.blogspot.com/2008/07/smbolos-religi.. 
http://www.flickr.com/photos/brinka/2260212853/
http://www.flickr.com/people/brinka/
http://mrquerino.blogspot.com/2008/07/smbolos-religiosos.html
 
 
 
 
Ainda sobre o tema “o problema da cultura”, indico os textos abaixo, disponíveis na 
internet, a título de leitura complementar: 
 
JOBIM, Sonia; “O que é cultura?”; site Orixás, disponível no link: 
http://orixas.com.br/afrodesc/index.php?option=com_content&task=view&id=25&Itemid=6
3. 
 
KONDER, Leandro; “O que é a cultura?; site Fundação Lauro Campos, disponível no link: 
http://www.socialismo.org.br/portal/filosofia/155-artigo/404-o-que-e-a-cultura. 
 
SANTOS, José Luis; “O que é cultura?”; site Shvoong, disponível no link: 
http://pt.shvoong.com/books/1771319-que-é-cultura/. 
 
Indico ainda os filmes: 
 
Dersu Uzala; dir.: Akira Kurosawa, Japão / URSS, drama, colorido, 1975. 
A Missão; dir.: Roland Joffé, Inglaterra, drama, colorido, 1986. 
Koyaanisqatsi; dir.: Godfrey Reggio; EUA, documentário, 1983. 
Baraka: Um Mundo Além das Palavras; dir.: Ron Fricke; 24 países, documentário, 1992. 
Crianças invisíveis; dir.: Mehdi Charef, Kátia Lund, John Woo, Emir Kusturica, Spike Lee, 
Jordan Scott, Ridley Scott e Stefano Veneruso; Itália, documentário, 2005. 
 
 
Na internet, indico os conteúdos: 
 
VídeoLog: “Uma só palavra: o que é cultura?”; disponível no link: 
http://videolog.uol.com.br/video.php?id=274548. 
 
 
 
 
 
 
Material Complementar 
http://orixas.com.br/afrodesc/index.php?option=com_content&task=view&id=25&Itemid=63
http://orixas.com.br/afrodesc/index.php?option=com_content&task=view&id=25&Itemid=63
http://www.socialismo.org.br/portal/filosofia/155-artigo/404-o-que-e-a-cultura
http://pt.shvoong.com/books/1771319-que-%C3%A9-cultura/
http://videolog.uol.com.br/video.php?id=274548
 
 
 
 
 
 
 
 
BENEDICT, Ruth. 1934. Padrões de cultura. Lisboa: Livros do Brasil, s.d. 
BOAS, Franz. Antropologia Cultural. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2004. 
CHILDE, V. Gordon. A evolução cultural do homem. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1966. 
KUPER, Adam. Cultura: a visão dos antropólogos. Bauru, Edusc, 2002. 
MALINOWSKI, Bronislaw. Argonautas do Pacífico Ocidental. Coleção Os Pensadores. São 
Paulo: Abril, 1977. 
MALTHUS, Thomas Robert. Princípios de economia política: e considerações sobre sua 
aplicação prática; Ensaio sobre a população. São Paulo: Abril Cultural, 1983. 
MARGARIDA MARIA MOURA. Nascimento da Antropologia Cultural: A Obra de Franz Boas. 
São Paulo: Hucitec, 2004. 
MARX, K.; ENGELS, F. Manifesto do Partido Comunista. Petrópolis: Vozes, 1997. 
MEIRA PENNA, J. O. de; “Malthus e o princípio de população”; Digesto Econômico, 
Novembro-Dezembro - 1994. 
MELLO, L. G. Antropologia Cultural: Iniciação, Teoria e Temas. Petrópolis: Vozes, 2004. 
PALTRINIERI, Anna Casella; “Imigração, raça e cultura: o ensinamento de Franz Boas”; 
Revista Outros Tempos - UFMA. ISSN 1808-8031; vol.6, no.7, São Luís, Jul. 2009 (disponível 
no sítio: http://www.outrostempos.uema.br/vol.6.7.pdf/Anna%20Casella%20Paltrinieri.pdf). 
PEREIRA, Carlos Alberto Messeder. O que é contracultura. São Paulo: Nova Cultural / 
Brasiliense, 1986. 
PEREIRA, José Carlos. Sincretismo religioso & ritos sacrificiais: influências das religiões afro 
no catolicismo popular brasileiro. São Paulo: Zouk, 2004. 
PLATÃO. A República. São Paulo: Atena, 1962 
ROCHA, Everaldo. O que é etnocentrismo. Coleção Primeiros Passos. São Paulo: Brasiliense, 
1988. 
ROSZAK, Theodore. A contracultura: reflexões sobre a sociedade tecnocrática e a oposição 
juvenil. Petrópolis: Vozes, 1972. 
Referências 
http://www.outrostempos.uema.br/vol.6.7.pdf/Anna%20Casella%20Paltrinieri.pdf
http://www.outrostempos.uema.br/vol.6.7.pdf/Anna%20Casella%20Paltrinieri.pdf
http://www.outrostempos.uema.br/vol.6.7.pdf/Anna%20Casella%20Paltrinieri.pdf
http://www.outrostempos.uema.br/vol.6.7.pdf/Anna%20Casella%20Paltrinieri.pdf
 
 
 
 
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