LIVRO GESTÃO ESTRATEGICA DE RECURSOS HUMANOS

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GESTÃO 
ESTRATÉGICA 
DE RECURSOS 
HUMANOS
Luciano Oliveira de 
Oliveira
Catalogação na publicação: Poliana Sanchez de Araujo – CRB 10/2094
O48g Oliveira, Luciano Oliveira de.
 Gestão estratégica de recursos humanos / Luciano 
 Oliveira de Oliveira – 2. ed. – Porto Alegre : SAGAH, 2017.
 192 p. : il. ; 22,5 cm. 
 ISBN 978-85-9502-024-5
 1. Recursos humanos - Administração. I. Título. 
CDU 658.3
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Administração no 
século XXI
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 Contextualizar a evolução do papel gerencial no século XXI.
 Identifi car os novos paradigmas da gestão contemporânea.
 Identifi car a importância das novas tecnologias no pensamento
gerencial.
Introdução
“Os que são loucos o suficiente para pensarem que podem mudar o mundo, 
são os que realmente o fazem.”
Steve Jobs (1955-2011)
Neste capítulo, vamos entender um pouco mais sobre as funções do 
gerente dentro das organizações e as tendências da administração para 
o século XXI. Poderemos verificar que essas funções estão diretamente
ligadas ao estilo de liderança que o gerente usa para administrar todos
os recursos organizacionais disponíveis ao encontro do sucesso.
Veremos também os novos paradigmas da gestão contemporânea 
impulsionados pela globalização e pela competitividade cada vez mais 
frequente entre as empreses em seus diversos segmentos. Para finalizar, 
vamos identificar o pensamento gerencial diante das novas tecnologias. 
Para facilitar a sua compreensão, trataremos o líder como adminis-
trador, gestor ou gerente. 
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Contextualização da evolução do papel 
gerencial no século XXI
O gerente ou líder organizacional precisa concretizar suas habilidades e seus conhe-
cimentos dentro do ambiente de trabalho e repassá-los aos seus subordinados. Essas 
aptidões, agregadas à sua personalidade, permitem que o profi ssional seja capaz 
de tomar iniciativas, assumir responsabilidades e conquistar um entendimento 
prático de situações apoiadas pelos conhecimentos adquiridos, aumentando a 
diversidade das situações. Permitem também que seus subordinados compartilhem 
as implicações de suas ações, formando, assim, um dos conceitos de competência.
Quero convidá-lo a tomar um CHA comigo! Você aceita? Espero que sim, 
pois será muito importante para o seu desenvolvimento como futuro gestor! 
Estas três palavras formam o conceito de competência. Ou seja, a com-
petência é a combinação e interação entre os conhecimentos, as habilidades 
e as atitudes que, desempenhadas pelos gerentes no ambiente organizacional, 
incluem valor às pessoas e às organizações. 
No capítulo sobre liderança, falamos sobre a definição de gestor, você lembra? 
Vamos relembrar?
O gestor é o indivíduo cujo papel fundamental é o de planejar, organizar, 
dirigir/liderar e controlar os recursos organizacionais (financeiros, humanos, 
tecnológicos etc.), a fim de atingir objetivos específicos. 
Vamos entender agora o que significa cada uma destas funções que o gerente 
deve colocar em prática dentro das organizações, isto é, planejar, organizar, 
dirigir/liderar e controlar.
  Planejar: o planejamento é o momento em que o gestor deve criar 
objetivos organizacionais e, através da melhor estratégia, colocá-los 
em prática e atingi-los.
  Organizar: promoção da organização dos recursos utilizados (pessoas, 
financeiro, máquinas, tecnologias, estruturas), a fim de atingir os ob-
jetivos traçados no planejamento.
  Dirigir/liderar: incentivo à motivação, coordenando as pessoas ou 
os grupos a executarem juntos as tarefas, atingindo assim os objetivos 
com eficiência e eficácia.
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  Controlar: monitoramento de todo o processo, buscando medidas 
para atenuar possíveis ocorrências e avaliar os resultados finais que a 
empresa atingiu com relação aos objetivos.
Estratégia é a busca pela forma mais eficiente, através dos recursos disponíveis, de 
atingir os objetivos traçados no planejamento com o menor custo possível.
Você consegue perceber como é difícil desempenhar o papel de gerência 
dentro das empresas? Mas não é impossível! Basta você começar a colocar 
em prática essas funções na sua vida pessoal. Praticá-las constantemente!
O gerente precisa promover a integralização de todos os recursos orga-
nizacionais, buscando o aumento contínuo da satisfação de seus clientes e o 
alcance dos objetivos traçados de maneira eficiente. A isso é dado o nome de 
desempenho organizacional.
O que podemos perceber é que, devido às constantes mudanças ocorridas 
nos últimos tempos, o administrador precisa buscar o aprimoramento contínuo 
na forma de liderar com sucesso. 
Um ótimo exemplo de liderança e necessidade de inovar para encontrar o sucesso 
organizacional foi Steve Jobs, da Apple. Jobs é considerado por muitos pesquisadores 
um modelo eficaz de gerência.
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Novos paradigmas da gestão contemporânea
O papel do gerente dentro das organizações está centrado nos resultados 
proporcionados por sua equipe no âmbito empresarial. Esse profi ssional é 
o responsável pelo bem estar e o rendimento do seu grupo, através da sua 
capacidade de gerenciar e entender as pessoas. Qualquer trabalhador com 
conhecimentos é um gerente na sua essência, desde que seus conhecimentos 
obtenham resultados dentro da organização.
Antes de vermos os novos paradigmas da gestão contemporânea, gostaria 
de mostrar a você as habilidades que os gestores devem ter conforme os níveis 
gerenciais (vistos no Capítulo 2 – Liderança II) e de acordo com o nível em 
que ele se encontra dentro da organização. As habilidades são as seguintes:
  Habilidades técnicas: capacidade de fazer as tarefas específicas me-
diante os conhecimentos técnicos, métodos e equipamentos, com o 
uso de tecnologias.
  Habilidades humanas: talento para lidar com pessoas, desenvolvê-las, 
treiná-las, motivá-las e conduzi-las com maestria e eficácia. Essa habi-
lidade promove a capacidade de liderar e construir talentos e equipes 
com o dom da comunicação.
  Habilidades conceituais: aptidão para lidar com ideias e conceitos, 
promover diagnósticos para resolver problemas e criar novas filosofias 
de pensamento. Essa habilidade faz com que o gestor possa criar missão, 
visão, valores e estratégias para o negócio. 
Para facilitar sua compreensão, acompanhe a Figura 1:
Podemos perceber que o nível em que o gestor se encontra determinará a 
habilidade que ele deverá exercer com mais intensidade.
Figura 1.
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Hierarquia gerencial: novos modelos de administração
Como podemos perceber, foram inúmeras as mudanças ocorridas nas últimas 
décadas, e as funções e obrigações dos gerentes também se transformaram. As 
alterações nos modelos gerenciais foram impulsionadas pela globalização, por 
novas tecnologias de informação e pelo progresso do e-commerce. Devido a 
essa pressão, os gerentes se obrigaram a melhorar sua efetividade e efi ciência no 
desempenho organizacional. Os diretores do nível estratégico têm incentivado 
os gerentes dos níveis mais baixos a inovar e encontrar novas oportunidades 
na forma de liderar os recursos da organização.
Algumas das ações nestes novos tempos são:
  Reestruturação organizacional: alteração na estrutura da organização, 
cortando cargos e reduzindo salários. Essa alteração também é chamada 
de downsizing. A tecnologia da informação possibilita aos funcionáriosda empresa uma maior rapidez na tomada de decisões.
  Terceirização: reorganização conforme a reestruturação efetuada; 
alguns departamentos, como contabilidade e logística, podem ser ex-
terminados, e as funções repassadas a outras empresas.
  Empowerment: “empoderamento”; característica de dar poder 
aos funcionários da organização na tomada de decisões, com 
responsabilidade.
A globalização, fator aqui mencionado e que significa a presença das 
empresas em outros países, também obrigou os gerentes a se desenvolve-
rem e a evoluírem suas habilidades. O que podemos perceber com isso? 
Percebemos que este é um cenário completamente competitivo, para o qual 
precisamos ter uma vantagem em relação ao nosso oponente. Com isso, os 
gerentes devem:
  Amplificar a vantagem competitiva para estarem sempre um passo à 
frente da concorrência, com eficiência, inovação, qualidade e capacidade 
de dar um retorno aos clientes. 
  Preservar os padrões éticos mesmo diante das pressões por resultados.
  Administrar a força de trabalho, o que se torna um ponto muito im-
portante no processo, pois o gerente precisa lidar com as diversidades 
culturais dentro da empresa, diferenças de gênero, raça, etnia e idade, 
usando isso a favor da empresa.
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  Usar as novas tecnologias da informação com sabedoria e inteligên-
cia, pois o uso dessas ferramentas proporciona uma aproximação de 
vários setores e equipes dentro da empresa, possibilitando a divisão 
das informações simultaneamente.
Há outros fatores emergentes que afetam a forma de administrar as orga-
nizações nos novos tempos. Fusões, aquisições e alianças estratégicas entre 
empresas no mercado global, novas formas de vínculo entre trabalhadores e 
empresas, teletrabalho e até jornadas atípicas de trabalho são elementos que 
modificam a administração das empresas.
Importância das novas tecnologias no 
pensamento gerencial
Vamos fi nalizar esta unidade falando sobre a importância das novas tec-
nologias da informação como facilitadoras das funções gerenciais. Sem a 
informação, é muito difi cil para o gestor planejar, organizar, dirigir e con-
trolar os recursos com efetividade. A informação é a origem do saber e da 
inteligência de que necessita para a tomada de decisões em todos os níveis 
organizacionais. Existem quatro atributos, ligados à informação, muito úteis 
para o gerente. São eles:
  Qualidade: a qualidade da informação depende da exatidão e cre-
dibilidade. Possíveis oscilações nessa qualidade podem prejudicar a 
confiança do gerente na tomada de decisão.
  Oportunidade: devido às constantes mudanças, as informações devem 
ser repassadas em tempo real.
  Completude: a informação precisa ser a mais completa possível, pois 
informações incompletas proporcionam incertezas aos gerentes.
  Relevância: as informações precisam ser relevantes e apropriadas 
às necessidades do gestor, pois o tempo é essencial para a tomada de 
decisões.
A tecnologia da informação é a união de métodos para obter, estruturar, 
guardar, manejar e conduzir informações. Uma das ferramentas mais utiliza-
das pelos gerentes é o sistema de informações gerenciais. Em cada nível da 
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empresa existe uma forma de liderar conforme a localização do gerente na 
pirâmide organizacional. Essa localização determinará também a quantidade 
de informação que o gestor vai obter, pois algumas informações podem ser 
adquiridas apenas no topo da pirâmide.
Atualmente, podemos encontrar seis sistemas de informações gerenciais 
de muita ulitilidade para os gerentes. São estes:
1. Sistemas de processamento de transações: sistema que lida com 
volumes consideráveis de transações recorrentes. Exemplo: gerentes 
de bancos e de supermercados.
2. Sistemas de informações operacionais: sistemas que resumem e 
organizam informações muito extensas, gerando valor aos gerentes. 
Exemplo: informações de vendas, estoque e contábeis.
3. Sistemas de suporte a decisões: sistemas que ajudam o gerente a 
tomar decisões que não foram programadas, ou seja, decisões novas.
4. Sistemas especializados: sistemas que utilizam conhecimento humano 
introduzido em um software de computador a fim de solucionar pro-
blemas que requerem o saber humano. Exemplo: inteligência artificial 
– uma ramificação da ciência da computação que busca programas que 
se aproximem das capacidades humanas, como pensar, tomar decisões, 
sentir e ser inteligente.
5. Sistemas de gestão de recursos de empreendimentos: pacotes de 
aplicativos de software (ERPs), geralmente utilizados para conectar 
a empresa a todas as atividades e informações, interligando todas as 
áreas (produção, finanças, RH, marketing) até o produto ou serviço 
chegar ao consumidor final.
6. Sistemas de e-commerce: sistemas que proporcionam o comércio entre 
empresas (B2B) e empresas com clientes finais (B2C). 
No entanto, apesar da tecnologia da informação trazer uma vantagem 
competitiva para as organizações, ela acaba por apresentar algumas li-
mitações. Tais limitações estão relacionadas com uma parte essencial na 
comunicação, o fator humano. O contato face a face é um fator indispensável 
neste processo e nunca poderá ser perdido. Muitas informações estão na 
mente dos gerentes e estas não podem, simplesmente, ser colocadas em 
um computador. Se isso acontecesse, ocorreria uma inversão de papéis e 
ficaríamos reféns da teconologia.
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1. O movimento de combinação e 
interação entre os conhecimentos, 
as habilidades e as atitudes que 
um gerente deve desempenhar no 
ambiente organizacional, incluindo 
valor às pessoas e as organizações, 
chama-se: 
a) Liderança.
b) Competência.
c) Gestão.
d) Planejamento.
e) Estratégia.
2. Proporcionar motivação, 
coordenando as pessoas ou os 
grupos a executarem juntos as 
tarefas, atingindo assim os objetivos 
com eficiência e eficácia. Esta 
afirmação está relacionada a qual 
função do gestor? 
a) Planejar.
b) Organizar.
c) Dirigir/liderar.
d) Controlar.
e) Implementar.
3. Consiste na aptidão para lidar 
com ideias e conceitos, promover 
diagnósticos para resolver 
problemas e criar novas filosofias 
de pensamento. Esta habilidade 
faz com que o gestor possa criar 
missão, visão, valores e estratégias 
para o negócio. Estamos nos 
referindo a qual habilidade? 
a) Técnica.
b) Humana.
c) Conceitual.
d) Técnica e humana.
e) Conceitual e técnica.
4. É conhecido como 
‘empoderamento’, ou seja, 
dá poder aos funcionários da 
organização na tomada de 
decisões, com responsabilidade. 
Esta definição se refere a qual 
alternativa? 
a) Liderança.
b) Empowerment.
c) Terceirização.
d) Reestruturação organizacional.
e) Força de trabalho.
5. Podemos verificar que o uso de 
tecnologias é essencial para a 
tomada de decisões dentro das 
organizações. Alguns sistemas 
de informações gerenciais são 
muito úteis para os gerentes. 
Sendo assim, qual sistema utiliza o 
conhecimento humano introduzido 
em um software de computador a 
fim de solucionar problemas que 
requerem o saber humano? 
a) Sistemas de processamento 
de transações.
b) Sistemas de e-commerce.
c) Sistemas de suporte a decisões.
d) Sistemas especializados.
e) Sistemas de gestão de recursos 
de empreendimentos.
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CARBONE, P. P. et al. Gestão por competências e gestão do conhecimento. 3. ed. Rio de 
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DRUCKER, P. F. O gerente eficaz. São Paulo: Guanabara, 1981.
JONES, G. R.; GEORGE, J. M. Administracã o contemporanea. 4. ed. Porto Alegre:AMGH, 
2008.
ZARIFIAN, P. Objetivo competência: por uma nova lógica. São Paulo: Atlas, 2001.
Leituras recomendadas
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