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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO DEPARTAMENTO DE DIREITO PRÁTICA CIVIL CAROLINE PINHEIRO SIMMER CONTESTAÇÃO VITÓRIA 2020 EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 2ª VARA CÍVEL DA COMARCA DO RIO DE JANEIRO PROCESSO N° XXX Condomínio Bosque das Araras, CNPJ..., endereço..., telefone ..., e-mail, vem por sua advogada Caroline Pinheiro Simmer, OAB..., endereço ..., telefone, e- mail, nos autos da ação indenizatória movida neste juízo que lhe move João, já devidamente qualificado nos autos apresentar a sua CONTESTAÇÃO nos seguintes termos de direito: 1. PRELIMINARMENTE: DA ILEGIMIDADE PASSIVA O Condomínio não é legitimado passivo da ação, tendo em vista o conhecimento do apartamento do qual decorreu o ocorrido. Já que o pote de vidro foi lançado de apartamento individualizado – 601 –, isto é, de uma unidade autônoma reconhecida, este deve ser o legitimado a configurar o pólo passivo dessa ação, como diz o art. 938 do CC/2002: “aquele que habitar prédio, ou parte dele, responde pelo dano proveniente das coisas que dele caírem ou forem lançadas em lugar indevido”. 2. DO MÉRITO Ainda que materialmente relacionado ao evento, a queda do pote de vidro do edifício somente se pode atribuir a consequências danosas do primeiro evento, materializadas no valor de R$20 mil. Assim prevê o art. 403 do CC/2002: “Ainda que a inexecução resulte de dolo do devedor, as perdas e danos só incluem os prejuízos efetivos e os lucros cessantes por efeito dela direto e imediato, sem prejuízo do disposto na lei processual”. O prejuízo causado pela segunda cirurgia foi resultado de erro médico cometido pela equipe cirúrgica do Hospital Municipal X, não da queda do pote de vidro. Trata-se, portanto, de dano indireto, não havendo nexo de causalidade entre a suposta conduta do condomínio e a segunda internação. Logo, não há que se falar em dever de indenizar no tocante a perda da quantia de R$ 10.000,00 (dez mil reais) referentes a lucros cessantes. 3. DOS PEDIDOS Por todo o exposto, requer-se: a) o conhecimento e provimento da presente peça defensiva, extinguindo, sem resolução de mérito, a presente ação, nos termos do art.485, VI, do CPC; b) subsidiarimente, a redução da quantia pretendida em razão da ausência de nexo causal entre o segundo dano experimentado pelo autor e a conduta atribuida ao réu conforme art.944, do CC; c) seja condenado o autor nas custas processuais e honorários advocaticios a serem arbitrados definidos no art 20, §3º, do CPC/2015. Protesta-se por todos os meios de prova admitidos em direito. Nestes Termos Pede deferimento. Vitória, 16 de março de 2020. Caroline Pinheiro Simmer OAB/ES 1916445-9
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