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1 Prof. Rayanne Balbino Segurança do Paciente O QUE É SEGURANÇA DO PACIENTE ? • De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS): • SEGURANÇA DO PACIENTE É: • “Ausência de qualquer dano evitável durante todo o processo de assistência ao paciente.” • O desafio para a segurança do paciente é desenvolver práticas que tornem o erro (a probabilidade de errar) menos provável e/ou preveni‐los antes que causem dano(s) ao doente. 2 Segurança do Paciente: “Chamamento global” Qual o cenário da insegurança? Quais os principais ofensores e processos associados aos danos? OMS a partir de 2004... Chamamen to Global (2004) Lavagem das mãos (2005‐ 2006) Cirurgia Segura (2007‐2008*) *Brasil torna‐se signatário das ações da OMS Segurança do Paciente: “Chamamento global” Desafios globais (2004‐2006) Podemos fazer melhor… (2006‐2008) Valor para a saúde: 100.000 de vidas saudáveis até 2020! Campanhas pelo mundo, iniciativas IHI.... 3 SEGURANÇA DO PACIENTE • Em 2009, a Organização mundial da saúde (OMS) publicou um conjunto de conceitos e classificações que puderam servir de base para grande parte dos atuais sistemas de gestão de segurança e, mais recentemente, utilizado como referência no Programa Nacional de Segurança do paciente (PNSP, 2013). METAS DE SEGURANÇA 4 BASES LEGAIS • Instituído no Brasil pela Portaria 529 de 2013 o Programa Nacional de Segurança do Paciente; • RDC 36/2013: Institui ações para a segurança do paciente em serviços de saúde QUAL O NOSSO INTUITO? • O profissional de segurança do paciente é o “Ombudsman” da saúde. • OMBUDS = Representante MAN=cidadão • A palavra “Ombudsman” é de origem sueca, que surgiu em 1809 quando o Parlamento da Suécia decidiu ter um representante do cidadão dentro do Parlamento. O “Ombudsman” da saúde é o funcionário do hospital que está lutando pelo bem do paciente, pela sua segurança, procurando promover, antes de tudo um ambiente seguro. Fonte: IBSP 5 O PAPEL DA SEGURANÇA DO PACIENTE NAS INSTITUIÇÕES DE SAÚDE O Núcleo de Segurança do Paciente exercer o papel de: • Promover a melhoria contínua de processos; • disseminar a cultura de segurança; • articular e integrar processos de gestão de risco; • além de garantir as boas práticas de funcionamento de saúde. OBJETIVO DA SEGURANÇA DO PACIENTE • Implantação das 6 metas de Segurança do Paciente e os mecanismos de notificação e de investigação dos eventos adversos (EAs) na assistência à saúde. • Inclui o reconhecimento e mapeamento dos riscos institucionais relacionados à especificidade da epidemiologia local e aos processos assistenciais, de forma a estimular a criação de uma cultura de gerenciamento desse cuidado, bem como organizar as estratégias e as ações que previnam, minimizem e mitiguem os riscos inerentes a estes processos. 6 6 METAS DE SEGURANÇA DO PACIENTE META 01 • O que é ? • A identificação correta do paciente é um dos primeiros cuidados para uma assistência segura. Essa ação é o ponto de partida para a correta execução das diversas etapas de segurança em nossa instituição. • O processo de identificação do paciente deve ser capaz de identificar corretamente o indivíduo como sendo a pessoa para a qual se destina o serviço (medicamentos, sangue ou hemoderivados, exames, cirurgias e tratamentos). • O processo de identificação do paciente deve incluir no mínimo dois identificadores: Nome completo sem abreviaturas e data de nascimento do paciente • A identificação acontece no momento da admissão, por meio de pulseira de identificação de coloração branca. • A placa de identificação do leito também é uma ferramenta importante 01 Identificação correta do paciente 7 • O que medimos ? Taxa de eventos adversos devido a falhas na identificação do paciente. Proporção de pacientes com pulseiras padronizadas entre os pacientes atendidos nas instituições. • O que fazer para melhorar esse processo ? • Para garantir a segurança do cuidado, é importante: • Manter a pulseira de identificação até a alta. • Verificar se as informações estão corretas e legíveis. • Certifique‐se de que a equipe assistencial faça a conferência de sua identificação antes de qualquer atendimento. • Envolver o paciente no processo de cuidado, esclarecendo todas as suas dúvidas. Isso pode evitar falhas. • Importante: o número do quarto ou do leito não pode ser utilizado para identificar o paciente apenas como localizador. META 02 • O que é ? • A segurança da assistência depende de uma comunicação entre os colaboradores. Importante padronizar processos como: Prescrições verbais, resultados de exames críticos, transição de cuidados, uso da ferramenta SBAR, passagem de plantão, visita multidisciplinar bem como a forma de registro padrão dessas informações, de maneira que ocorra de forma clara e oportuna, sem ambiguidades, com a certeza da correta compreensão por parte do receptor da informação. • O que medimos ? • Proporção de prescrições verbais e telefônica. • Proporção de registro de comunicação de resultados críticos de exames diagnóstico. • Proporção de registro de transição do cuidado. 02 Melhorar a comunicação entre os profissionais de saúde 8 • O que fazer para melhorar esse processo ? • Registrar as informações do paciente no prontuário, que é um documento legal e contém todas as informações do processo assistencial, desde a admissão até a alta. • Envolver o paciente no processo de cuidado, esclarecendo todas as suas dúvidas. Isso pode evitar falhas. META 03 • O que é ? • As práticas para melhorar da segurança de medicamentos envolvem padronizar procedimentos para garantir a segurança de armazenamento, movimentação e utilização de medicamentos de alto risco e que possuem nome, grafia e aparência semelhantes, prevenindo a ocorrência de uma administração inadvertida. Além da segregação e identificação dos Medicamentos Potencialmente Perigosos • O que medimos? • Taxa de erros na prescrição de medicamentos. • Taxa de erros na dispensação de medicamentos. • Taxa de erros na administração de medicamentos. • Taxa de eventos adversos relacionada a medicação. 03 MELHORAR A SEGURANÇA DOS MEDICAMENTOS 9 • O que fazer para melhorar esse processo? • A segurança no uso de medicamentos inclui a checagem da identificação do paciente com a prescrição médica. • Atentar para a confirmação dos dados da pulseira com o prontuário. • Envolver o paciente no processo de cuidado, esclarecendo todas as suas dúvidas. Isso pode evitar falhas. Paciente certo Medicamento certo Via certa Hora certa Dose certa Registro certo Orientação correta Forma certa Resposta certa 9 CERTOS MEDICAÇÃO SEGURA META 04 • O que é ? • O conceito de cirurgia segura envolve medidas adotadas para redução do risco de eventos adversos que podem acontecer antes, durante e depois das cirurgias. Eventos adversos cirúrgicos são incidentes que resultam em dano ao paciente. • A Organização Mundial da Saúde (OMS) estabeleceu um programa para garantir a segurança em cirurgias que consiste na verificação de itens essenciais do processo cirúrgico. O objetivo é garantir que o procedimento seja realizado conforme o planejado, atendendo aos cinco certos: 1. Paciente. 2. Procedimento. 3. Lateralidade (lado a ser operado, quando aplicável). 4. Posicionamento. 5. Equipamentos. 10 • Importante: Fazemos também a checagem de segurança nosso check‐ list cirúrgico ou time out, um conjunto de ações que envolve todas as fases o procedimento cirúrgico. • O que medimos? • Percentual de pacientes que recebeu antibiótico profilaxia no momento adequado; • Número de cirurgias em local errado; • Número de cirurgias em paciente errado; • Número de procedimentos errados; • Taxa de mortalidade cirúrgica intra‐hospitalar ajustada ao risco; e • Taxa de adesão à Lista de Verificação. • O que fazer para melhorar esse processo? • Nas cirurgias que envolvem lateralidade, o médico marcará o local correto no corpo do paciente antes que este seja encaminhadoao centro cirúrgico. • Fique atento à realização desse passo: • confirmação dos dados da pulseira com o prontuário. • checagem da identificação do paciente e o procedimento cirúrgico. • Envolver o paciente no processo de cuidado, esclarecendo todas as suas dúvidas. Isso pode evitar falhas. 11 12 META 05 • O que é? A infecção relacionada à assistência à saúde (IRAS) é aquela adquirida em função dos procedimentos necessários à monitorização e ao tratamento de pacientes em hospitais, ambulatórios, centros diagnósticos ou mesmo em assistência domiciliar (home care). Mesmo quando se adotam todas as medidas conhecidas para prevenção e controle de IRAS, certos grupos apresentam maior risco de desenvolver uma infecção. Entre esses casos estão os pacientes em extremos de idade, pessoas com diabetes, câncer, em tratamento ou com doenças imunossupressoras, com lesões extensas de pele, submetidas a cirurgias de grande porte ou transplantes, obesas e fumantes. • O que medimos? O monitoramento das IRAS permite que os processos assistenciais sejam aprimorados e que o risco dessas infecções possa ser reduzido. • Nesse sentido, a higienização das mãos é um procedimento essencial. O processo é baseado nas recomendações da OMS, que considera a necessidade de higienização das mãos, por todos os profissionais de saúde, em cinco momentos diferentes, incluindo antes e depois de qualquer contato com o paciente, conforme mostra a figura abaixo. • Medimos: 1. Consumo de preparação alcoólica para as mãos: monitoramento do volume de preparação alcoólica para as mãos utilizado para cada 1.000 pacientes dia. 2. Consumo de sabonete monitoramento do volume de sabonete líquido associado ou não a antisséptico utilizado para cada 1.000 pacientes‐ dia. 3. Percentual (%) de adesão: número de ações de higiene das mãos realizados pelos profissionais de saúde/número de oportunidades ocorridas para higiene das mãos, multiplicado por 100. 13 • Como melhorar esse processo? • Disponibilizar preparação alcoólica em lugares estratégicos do hospital. • Orientar acompanhantes e/ou familiares da importância da antissepsia das mãos. • Treinar continuamente toda equipe multiprofissional. • Envolver o paciente no processo de cuidado, esclarecendo todas as suas dúvidas. Isso pode evitar falhas. META 06 • O que é a avaliação de risco de queda? • Implantação do protocolo de queda no intuito de identificar o risco de queda dos pacientes e agir preventivamente, evitando esse tipo de evento e eventuais lesões causadas por ele. • Identificação de pacientes com risco – em função das condições clínicas, dos medicamentos prescritos e dos tratamentos – e a adoção de medidas preventivas, conforme esse risco. • A avaliação do risco é realizada a partir da admissão, com base nas condições clínicas e necessidades do paciente. • Todos os pacientes devem ser orientados quanto aos riscos e às medidas de prevenção. • Além disso, o nosso ambiente hospitalar deve ser adequado para diminuir o risco das quedas relacionadas a estrutura física e mobiliário, o que inclui o quarto e o banheiro do paciente. 06 REDUZIR O RISCO DE DANOS AOS PACIENTES RESULTANTE DE QUEDAS 14 • O que medimos para avaliar o risco de queda ? 1. Proporção de pacientes com avaliação de risco de queda realizada na admissão. 2. Número de quedas com danos. 3. Número de quedas sem danos. 4. Índice de quedas • Como melhorar o processo de prevenção de quedas? • Avaliar, no momento da admissão, o risco de queda do paciente (pacientes internados, pacientes no serviço de emergência e pacientes externos) • Uma vez identificado o risco de queda, orientar pacientes e familiares sobre as medidas preventivas individuais, e entregar material educativo específico • Pacientes e acompanhantes devem seguir as orientações dadas pela equipe multiprofissional. • Identificação de todo paciente com riscos para queda. • Retirar todos objetos ou mobiliário que possa levar a uma queda e evitar uso de tapetes na instituição. • Colocar sinalização visual para identificação de risco de queda, a fim de alertar toda equipe de cuidado. • Envolver o paciente no processo de cuidado, esclarecendo todas as suas dúvidas. Isso pode evitar falhas. • Notificação 15 META 06 • O que é a avaliação de risco de LPP? O Paciente deve ser avaliado quanto ao risco para desenvolvimento de lesão por pressão. A Escala de Braden é uma das ferramentas utilizadas, considerando: percepção sensorial, umidade, atividade, mobilidade, nutrição e cisalhamento; • Quais outros cuidados? • Tratamento precoce • Mudança de decúbito regularmente • Aporte calórico adequado • Instrução a profissionais, pacientes e familiares • É responsabilidade de toda a equipe Como medimos? 1. Número de pacientes com lesão por pressão por classificação de risco antes da adoção das medidas e após 2. Quantificar o sucesso obtido para cada classificação de risco 3. Número de ocorrências de Lesão por pressão 4. Número de classificação de risco 5. Identificação do risco 6. Monitorar constantemente 16 Estratégias para implantação de um sistema de Segurança e gestão de riscos eficiente... • Decisão estratégica • Engajamento da liderança • Definição de políticas e normas • Estabelecendo metas • Processos adequados de tratamento de eventos adversos • Análise e monitoramento dos riscos • Equipe de suporte • Treinamento permanente EVENTOS ADVERSOS – GERENCIAMENTO DE RISCO Art. 4º Para fins desta Portaria, são adotadas as seguintes definições: I ‐ Segurança do Paciente: redução, a um mínimo aceitável, do risco de dano desnecessário associado ao cuidado de saúde; II ‐ dano: comprometimento da estrutura ou função do corpo e/ou qualquer efeito dele oriundo, incluindo‐se doenças, lesão, sofrimento, morte, incapacidade ou disfunção, podendo, assim, ser físico, social ou psicológico; III ‐ incidente: evento ou circunstância que poderia ter resultado, ou resultou, em dano desnecessário ao paciente; IV ‐ Evento adverso: incidente que resulta em dano ao paciente; PORTARIA Nº 529, DE 1º DE ABRIL DE 2013 17 SEGURANÇA DO PACIENTE – BASE TEÓRICA SEGURANÇA DO PACIENTE Fonte: Classificação Internacional para Segurança do Paciente (OMS) 18 Classificação do dano • A gravidade do dano pode ser classificada como: • VI ‐ gestão de risco: aplicação sistêmica e contínua de iniciativas, procedimentos, condutas e recursos na avaliação e controle de riscos e eventos adversos que afetam a segurança, a saúde humana, a integridade profissional, o meio ambiente e a imagem institucional. PORTARIA Nº 529, DE 1º DE ABRIL DE 2013 19 EVENTO ADVERSO Compartilhar responsabilidades é essencial! X 20 QUEM PARTICIPA? • Reunião de evento adverso • Responsável pelo(s) colaborador(es) envolvido(s); • Escritório de qualidade; • Núcleo de Segurança do Paciente; • Colaborador(es) envolvido(s); • Podendo participar caso haja necessidade: • Gerência de enfermagem; • Direção ; • Superintendência ; • Chefias de setores envolvidos. CONDUTAS COMUNICAÇÃO A TODAS AUTORIDADES ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO NOTIVISA INTERVENÇÕES PREVENTIVAS IMEDIATAS NA UNIDADE PROTOCOLO DE LONDRES LINHA DO TEMPO EVOLUÇÃO CLÍNICA DIÁRIA DOS PACIENTES ANÁLISE DE CAUSA RAÍZ ANÁLISE PLANO DE AÇÃO 21 PROTOCOLO DE LONDRES • TIPO DE FATOR CONTRIBUINTE 1. Fatores do Paciente 2. Fatores da Tarefa 3. Fatores Individuais 4. Fatores do Time 5. Fatores do Ambiente de Trabalho 6. Fatores Organizacionais e Gerenciais 7. Fatores do Contexto Institucional Use ferramentas de qualidade para apurar as causa‐raízes do evento, buscando avaliar: 1. A sequência que levou ao evento adverso; 2. Se o plano terapêutico estava adequado ao caso; 3. Se os riscos assistenciais estavam claros e as medidas preventivas foram adotadas; 4. Se houveram deficiências em treinamento e formação das pessoas envolvidas; 5. Quais as barreiras de segurança foram comprometidas. 22 Revisar a matriz de risco; Elaborar plano de ação para evitar reincidência;Monitorar o processo. Por que aplicar o protocolo de “DISCLOSURE” quando da ocorrência de eventos adversos? Nós somos os advogados dos nossos pacientes; A transparência reconstrói e fortalece a confiança; É fundamental manter um bom relacionamento entre PROFISSIONAL – PACIENTE. 23 SEGUNDA VÍTIMA Profissionais de saúde TERCEIRA VÍTIMA #seupacienteoamordealguem 24 OBRIGADA!!! Prof. Rayanne Balbino Segurança do Paciente
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