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Contexto Histórico - Gestalt

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Contexto Histórico - Psicologia Gestalt
A psicologia se consolidou, ao longo do século XIX, como uma vertente filosófica, neste período ela estudava tão somente o comportamento, as emoções e a percepção, vigorava até então a ideia de buscar compreender o todo através do conhecimento das partes, sendo possível perceber uma imagem apenas por meio dos seus elementos. Em oposição a esse processo, nasceu a Gestalt, termo alemão intraduzível, com um sentido aproximado de figura, forma, aparência. Dentre as influências que antecedem a psicologia da Gestalt, estão os trabalhos do filosofo alemão Immanuel Kant(1724-1804), onde apresenta a ideia de que os elementos externos são percebidos de forma a fazer algum sentido, a obra de Ernst Mach(1823-1916) também teve grande influência no surgimento da Gestalt, onde afirmava como a percepção de um objeto não mudara mesmo tendo diversas diferenças e modificações, como um círculo sendo um círculo independentemente da cor ou tamanho.
A Fenomenologia, movimento ocorrido na filosofia, não só teve influência direta na Gestalt como se tornou um conceito adotado pela Gestalt, a ideia base de que tudo sobre o mundo deve ser visto e analisado de acordo com os fenômenos da mente e consciência, responsáveis em dar a única representação das coisas a qual podemos ter. Por volta de 1870, alguns estudiosos alemães começaram a pesquisar a percepção humana, principalmente a visão. Para isso, eles utilizaram principalmente de obras de arte, ao tentar compreender como se atingia certos efeitos visuais e perceptivos, estas pesquisas deram origem à Psicologia da Gestalt ou Psicologia da Boa Forma. Seus mais famosos praticantes foram Kurt Koffka, Wolfgang Köhler e Max Werteimer, que desenvolveram as Leis da Gestalt. Com seu desenvolvimento teórico, a Gestalt ampliou seu leque de atuação e transformou-se em uma sólida linha filosófica, tendo em 1890 o início das primeiras obras e pesquisas concretas da Gestalt, como o Cubo de Necker, Vaso de Rubin ou o fenômeno phi de Wertheimer. 
A tentativa de visualização do movimento marca o início de outra escola da psicologia da Gestalt: a Escola de Graz ou corrente dualista. Ela buscou identificar dois processos da percepção, a percepção física pura e genuína daquilo que é visto, apenas a imagem de algo, e outra a representação interna, extrassensorial que temos das coisas, aquilo que atribui sentido as coisas, enquanto a escola clássica alemã defendia que ambos os processos faziam parte de apenas um processo geral da percepção. Em 1913m a Academia Prussiana de Ciências fundou nas Canárias um laboratório de estudos junto com Kohler, onde através de pesquisas e experimentos com chimpanzés, enfatizou como as percepções não só humanas funcionam de acordo com os pressupostos da Gestalt.
A Gestalt teve seu inicio na França e demais regiões da europa, através de experiências, técnicas e métodos realizados por grandes nomes como Jacques Durand, Serge e Anne Ginger por volta dos anos de 1970, com influência nos já existentes estudos e teorias da Gestalt, iniciando através disso o uso clínico e prático do que seria chamado de Gestalt-Terapia, com o ano de 1981 sendo um dos mais marcantes para a consolidação da Gestalt na frança, surgindo várias formações profissionais de Gestalt-clínica e Gestalt-terapêutica, movimento que logo se espalhou para os países vizinhos como uma vertente alternativa ao Behaveorismo.
Mais recentemente, após 1985 houve um renacimento da psicologia da Gestalt, com usos principalmente nos países de língua inglesa, tendo aplicações muito práticas nas áreas de desgine gráfico, artes no geral e até designe industrial para a publicidade, pois muitas de suas teorias da percepção ajudou a entender o funcionamento da percepção do visual e artistico para as pessoas, seus fundamentos ajudaram a estabelecer princípios de ordenação, equilíbrio e harmonia visual. No Brasil um dos maiores nomes associados a história foi Nilton Campos, médico e professor de psicologia, ao qual possuia uma visõa gestáltica da psicologia e ciência, manteve contato com Kohler durante sua vida e viagens a Alemanha no século XX.
Referências 
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-37722002000100002&lng=es
https://graficovisual.files.wordpress.com/2013/11/gestalt-do-objeto-joao-gomes.pdf
https://www.infoescola.com/psicologia/gestalt/

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