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Semiologia do Tórax

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Livro Semiologia do Adulto - Waldo Mattos / Med Boot 
 INSPEÇÃO 
Linhas e regiões do tórax
 
INSPEÇÃO ESTÁTICA 
Forma do tórax: Normal ou patológica•
Condições das partes moles e ósseas: Cicatrizes, atrofia, edema, circulação colateral•
Tórax globoso, tonél ou em barril 
Causa: DPOC e enfisema pulmonar
Pectus excavatum
depressão do esterno
Pectus carinatum
esterno abaulado - sem aumento do diâmetro do tórax
doenças: raquitismo, alterações na formação óssea
Cifose Escoliose Cifoescoliose 
Corcunda Lordose: região do lombar
INSPEÇÃO DINÂMICA
- Movimentos respiratórios: sincronia com abdome 
- Alterações do ritmo
- Expansibilidade: torácica
- Retrações inspiratórias: Sinal de Hoover
- Uso de musculatura acessória: Tiragem e respiração paradoxal, batimento das asas nasais 
- Masc: padrão abdominal, diafragama expande junto
- Fem: superior do tórax
RITMO RESPIRATÓRIO NORMAL
- Movimento suave
- Sem pausa entre inspiração e expiração
- Inspiração e expiração com durações iguais
- Periodicidade - FR constante 
RITMOS RESPIRATÓRIOS ANORMAIS
Cheyne-stockes
Amplitude aumenta e diminui gradualmente
Períodos de apneia (15 a 30 segundos); diabetes descompensadas ou doenças cardiovasculares
Kussmaul
Movimentos rápidos e amplas 
Rápidas inspirações interrompidas por curtos períodos de apneia após as quais ocorrem expirações profundas e ruidosas 
Regiões
1: Esternal
2: Supraesternal
3: Supraclavicular
4: Infraclavicular
5: Mamária
6: Inframamária
 
Regiões
7: Supraescapular
8: Escapular
9: Interescapulovertebral
10: Infraescapular
Aula 13 - Semiologia do Tórax 
quarta-feira, 19 de fevereiro de 2020 07:36
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Rápidas inspirações interrompidas por curtos períodos de apneia após as quais ocorrem expirações profundas e ruidosas 
Biot
Movimentos irregulares tanto em amplitude como em frequência
Pode ocorrer períodos 
Decorrente de grave sofrimento cerebral
 PALPAÇÃO 
Condições das partes moles e arcabouço ósseo
Sensibilidade 
Enfisema subcutâneo
Contratura e atrofia musculatura, calor ósseos
Expansibilidade torácica
Frêmito tóraco vocal e frêmitos patológicos
- Ar passando nas vias aéreas
- Sons produzidos pelas cordas vocais e transmitidos pela parede torácica podem ser sentidos pela palpação, a palpação das 
vibrações é FTV
- Mais intenso no hemitórax direito - pulmão direito + horizontalizado, vibração aumentada
- Melhor transmitido em meio sólido
- Dependendo da permeabilidade das VA
FTV ↓ obstrução brônquica (atelectasias; massa ou proc. Inflamatório; "vácuo" - má condução) 
 barreira (líquida - má condução e ar - pneumotórax, com ar na pleura e enfisema)
 
FTV ↑ condensação
DPI: silicose; Tuberculose biliar; pneumoconioses 
↑nas condensações (substituição de ar dos alvéolos por líquido e/ ou células (Pneumonia)
↓nas áreas de obstrução brônquica e quando há barreiras entre pulmão e superfície torácica(pneumotórax e derrame pleural)
Técnica: palpação realizada com a mesma mão comparativamente, de cima para baixo, pedindo para paciente repetir Trinta e três
Face anterior: feito somente nas regiões infraclaviculares
Face posterior: regiões interescápulo vertebral e infraescapulares
Face lateral 

Frêmitos patológicos•
Frêmitos brônquico Mobilização de secreções
Frêmito pleural: Palpação do atrito entre as pleuras
 PERCUSSÃO 
Coração, fígado e baço: maciço e submaciço
Fundo do estômago (Traube) - timpânico
•
TÓRAX:
Caixa de ressonância 
Depende da relação AR/TECIDO
(tecido pulmonar, músculos, ossos, TCSC, pele)
Percussão normal do tórax: Som Claro Pulmonar
Macicez hepática: 5º EID
Macicez cardíaca: 3º EIE
❖
Som hipersonoro
Mais ressonante e mais duradouro
Decorrente do AUMENTO da relação ar/tecido nos pulmões
❖
Som timpânico: ❖
prisionamento de ar no espaço pleural Ex: pneumotórax
Percussão de vísceras ocas
Decorrente da ocorrência de ar no espaço pleural
Som maciço❖
Baixa frequência. Coração
Curto e seco
Decorrente da REDUÇÃO da relação ar/tecido nos pulmões
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↑AR /Tecido → Som Hipersonoro (Mais ressonante e com > duração que o normal,mais ar nos alvéolos).
EX: Pneumotórax, Enfisema
•
↓AR/Tecido → Som Submaciço ou maciço (som curto e seco)•
EX: Patológico: Pneumonia, Derrame Pleural, Atelectasia
Ex: percussão de área hepática e cardíaca, de ossos
Percussão normal do tórax: Som claro pulmonar•
Macicez hepática 
fígado - submaciço
fundo do estômago - espaço de traube: som timpânico
Se estiver maciço tem alguma coisa: neoplasia ou esplenomegalia
 ASCULTA 
Som bronquial❖
Pausa inesp/exp, intenso
Som broncovesicular❖
Som de transição 
Murmúrio vesicular ❖
Gerado nas VA entre bb fontes e BR
Suave, sem pausa insp/exp
Insp > exp 
Murmúrio vesicular aumentado é errado. Tem que ser diminuído ou normal. 
Bronquíolo --> alvéolo, mais lento 
Crise asmática: obstrução dos calibres dos alvéolos, diminuindo o murmúrio
Som Brônquico
Audível → região supraesternal →inspiração intensa →som audível e rude →pausa →expiração
Lembra o som da passagem de ar por tubo OCO
Som proveniente das vias respiratórias mais centrais
AUSCULTA PULMONAR ❖
- Som traqueal 
Som tubular, soproso, intenso
Localização: cervical, sobre a laringe e traquéia e logo acima da fúrcula esternal 
- Som brônquico 
Som tubular, menos intenso que o traqueal, expiração mais intensa que a inspiração 
Localização: sobre o manúbrio esternal
- Som bronco- vesicular
Características som intermediário entre o brônquio e o vesicular
Menos suave
Localização: inter-escapulovertebrais 
- Som vesicular
Som suave
Menos intenso do que o traqueal - insp mais intensa do que exp 
Localização: extensas áreas do tórax, distantes das vias aéreas centrais
Redução do som = obstrução brônquica - atelectasias
✻ Ruídos Adventícios
Contínuos•
Ruídos de caráter musical, com duração ≥ 250 ms
Mecanismo: passagem do ar por vias aéreas muito estreitadas faz vibrar suas paredes.
Seu aparecimento depende apenas da velocidade do ar
Podem ser inspiração e/ou expiração
Roncos: sons graves, semelhante ao roncar ou ressonar; tende a ser comum na exp.; vias aéreas centrais
Sibilos: sons agudos, semelhantes a um assobio ou chiado; comum na fase exp. 
Descontínuos•
Ruídos sem caráter musical, explosivos, curtos, com duração ≤ 20 ms
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Ruídos sem caráter musical, explosivos, curtos, com duração ≤ 20 ms
Mecanismo: controverso
Reabertura súbita e sucessiva de pequenas vias aéreas, durante a inspiração, com rápida equalização de pressão, causando uma série 
de ondas sonoras explosivas
Inspiratórios
Crepitações finas: maior duração, agudas e pouco intensas; pequenas vias aéreas; pneumonias➢
 Audíveis nas regiões periféricas dos pulmões
Crepitações grossas: menor duração, graves e mais intensas; São sons de baixa freq. , alta amplitude e maior duraçao➢
 vias aéreas de maior calibre 
 causas: bronquite crônica, bronquiectasias, edema pulmonar
 mais comuns ínicio da insp e exp
Sons de categoria indefinida❖Atrito pleural
Ruído mais intenso na inspiração
Mecanismo: fricção entre os dois folhetos pleurais inflamados durante o movimento respiratório
Estridor Cornagem
Audível à distância. Aumenta de intensidade na inspiração forçada
Mais intenso na insp. 
Mecanismo: obstrução parcial das vias aéreas superiores, laringite, edema de glote, corpos estranhos, tumores. 
Ausculta da voz
É a ausculta do FTV
Normal: ausculta de som abafado e palavras não distintas
Aumentado: Consolidação
Diminuído: Obstrução brônquica e barreira
Sibilo curto: duraçao mais curta, aparece em qualquer fase do ciclo
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