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ANTIBIÓTICOS NA SAUINOCULTURA

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INSTITUTO MASTER DE ENSINO PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS
DIELSON NOGUEIRA CHAVES
DIOGO BORGES DE MELO 
ELIVAINE DE SOUSA FREITAS ANJOS
MAYSA VITÓRIA CUNHA SILVA
REDUÇÃO DA UTILIZAÇÃO DE ANTIBIÓTICOS NA SUINOCULTURA
ARAGUARI/MG
2021
INSTITUTO MASTER DE ENSINO PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS
DIELSON NOGUEIRA CHAVES
DIOGO BORGES DE MELO 
ELIVAINE DE SOUSA FREITAS ANJOS
MAYSA VITÓRIA CUNHA SILVA
REDUÇÃO DA UTILIZAÇÃO DE ANTIBIÓTICOS NA SUINOCULTURA
Trabalho apresentado como requisito para aprovação na disciplina Complexo de Produção IV do curso de Medicina Veterinária, do Instituto Master de Ensino Presidente Antônio Carlos, Araguari/MG.
ARAGUARI/MG
2021 
REDUÇÃO DA UTILIZAÇÃO DE ANTIBIÓTICOS NA SUINOCULTURA
INTRODUÇÃO 
Antibióticos são fármacos importantes para combater doenças infecciosas na suinocultura, entretanto seu uso incorreto ou em excesso contribui para o desenvolvimento de superbactérias (MORES, 1997).
Estes medicamentos além de serem usados para prevenir infecções, também tem o intuito de acelerar o crescimento, pois se o organismo do animal não tem nenhum desafio sobra mais energia para se desenvolver (MORES, 1997).
Na granja a ida para creche, conciliada com o desmame gera um estresse, que desencadeia neste período uma queda imediata, mas transitória, no consumo de ração, gerando alterações no trato gastrointestinal e os deixando susceptível a doenças digestíveis (SCHROEDER, 2006).
A suinocultura é o tipo de produção que mais utiliza antibióticos como prevenção, especialmente durante o período de desmame, quando os porcos enfrentam vários desafios e fatores de estresse, incluindo mudanças na dieta, separação da mãe, e remontagem (SCHROEDER, 2006).
Adicionar doses subterapêuticas de antibióticos na alimentação de suínos tem sido amplamente utilizado na indústria para aumentar a produção e eficiência. Ademais seu uso indevido representa uma ameaça para a saúde pública, com o consumo da carne (SCHROEDER, 2006).
Muito é discutido sobre as preocupações sobre os riscos à saúde humana, incluindo possibilidade de resíduos de antibiótico na carne e troca de plasmídeos bacteriano resistentes a antibióticos de suínos para humanos (DUTRA,2007). 
A Dinamarca é o maior exportador de carne suína do mundo, exportando 90% do que produz, e proíbe o uso indiscriminado de antibióticos, não só na agropecuária, mas também no consumo humano e ainda construiu um sistema de vigilância rigoroso (DUTRA,2007).
A Dinamarca substituiu o uso de antibiótico na produção, e como este medicamento tem o objetivo de facilitar o trabalho do sistema imunológico, entretanto foi substituído por abordagens nutricionais como suplementação na dieta com antimicrobianos e imunoestimulantes (DUTRA,2007).
RELATÓRIO DE SWANN E LEGISLAÇÃO BRASIELIRA 
Dentre os aditivos utilizados na produção animal os antibióticos são os mais perigosos devido à possível resistência das bactérias ao princípio ativo. Estas bactérias resistentes podem ser transmitidas à população humana a partir do consumo de produtos da carne suína pela presença de resíduos da carne, induzindo a resistência cruzada em humanos (WORLD HEALTHE ORGANIZATIO, http://www.who.int)
Em 1968 foi criado o “Relatório de Swann” pelo Comitê Misto Sobre a Utilização de Antibióticos na Pecuária e Medicina Veterinária na Grã-Bretanha, o qual foi estabelecido que os antibióticos utilizados na terapêutica humana e veterinária não deveriam ser usados como promotores de crescimento, bem como aqueles que pudessem oferecer resistência cruzada a estes medicamentos (WORLD HEALTHE ORGANIZATIO, http://www.who.int)
O Comitê Executivo da Comissão do Codex Alimentarius, em 2001, recomendou que a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização Mundial da Saúde Animal (OIE) convocassem uma consulta multidisciplinar de peritos para aconselhar a todos os países sobre os riscos à saúde humana associados com a utilização de antimicrobianos na agricultura e na atuação da medicina veterinária (WORLD HEALTHE ORGANIZATIO, http://www.who.int)
No Brasil, foi acatado, e de acordo com a atual INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 1, DE 13 DE JANEIRO DE 2020, está proibido, em todo território nacional, a importação, a fabricação, a comercialização e o uso de aditivos melhoradores de desempenho que contenham os antimicrobianos tilosina, lincomicina, e tiamulina, classificados como importantes na medicina humana, na forma desta Instrução Normativa (MAPA,2020).
ALTERNATIVAS PARA SUBSTITUIR O ANTIBIÓTICO 
PROBIÓTICOS
Os probióticos são compostos que contem microrganismos vivos cuja ingestão traz benefícios á saúde, promovendo o aumento de bactérias benéficas impedindo com que toxinas ou bactérias patogênicas atuem na parede intestinal (Parker, 1974).
No mercado há vários probióticos comerciais disponíveis para inclusão nas dietas de suínos, os probióticos podem trazer benefícios por diferentes mecanismos, como através da produção de ácidos orgânicos ou substâncias antibióticas (Leedle, 2000).
Os microrganismos produzem ácidos, dos quais tem a capacidade de diminuir o crescimento de vários patógenos e reduzir o pH do trato gastrintestinal, obtendo um melhor aproveitamento dos nutrientes. Além de estimular a produção de anticorpos, ativação de macrófagos, proliferação de células T e produção de interferon (Leedle, 2000).
PREBIÓTICOS
Gibson & Roberfroid (1995) foram os cientistas que nomeou o termo probiótico, para definir as substâncias não digeríveis e ao mesmo benéfica ao organismo. Este é substrato para as bactérias boas que vivem na parede intestinal, estimulando o crescimento e no metabolismo.
SIMBIÓTICOS
É a combinação do prebiótico e do probiótico, sua função é estabilizar a flora intestinal sempre aumentando a quantidade de bactérias benéficas reduzindo assim a incidência de doenças e promovendo um melhor aproveitamento dos nutrientes da alimentação (Monteiro et al., 2008).
ÁCIDOS ORGÂNICOS 
Estes são ácidos fracos de cadeia curta, possui efeito antimicrobiano nos alimentos, diminui o pH na parte inicial do intestino. Os mais utilizados são os ácidos fórmicos, ácido acético, ácido propriônico, ácido láctico e diversos outros, a dosagem empregada depende do estado sanitário dos animais e o ambiente (Leedle, 2000).
ENZIMAS
Por Champe e Harvey (1989) enzimas são proteínas globulares que agem como catalisadores biológicos, aumentando a velocidade das reações químicas no organismo, são específicas para os substratos e guiam metabolismo.
As principais funções da suplementação enzimática são: remover ou destruir os fatores antinutricionais da alimentação, aumentar a digestibilidade da ração, potencializar a ação das enzimas endógenas e diminuir a poluição ambiental causada por nutrientes excretados nas fezes (Monteiro et al., 2008).
As enzimas usadas em rações podem se dividir em dois tipos: enzimas que auxiliam as enzimas produzidas pelo organismos e enzimas não sintetizadas pelo organismo como aβ-glucanases, pentosanas, α-galatosidases e fitases (Monteiro et al., 2008). 
FITOTERÁPICOS 
São derivados de plantas medicinais com o objetivo de melhorar o desenvolvimento e qualidade do animal. Sua função inclui ser antioxidante, anti-inflamatório, antimicrobiano, e deixar as rações mais palatáveis através de aromatizantes e saborizantes (CHAMPE E HARVEY, 1989).
NUCLEOTÍDEOS DIETÉTICOS 
São compostos por bases nitrogenadas, uma pentose ou mais de grupos fosfatos, estes influenciam o desenvolvimento da flora intestinal juntamente com a flora intestinal, diminui o pH inibindo proliferação de bactérias patogênica (CHAMPE E HARVEY, 1989).
Nucleotídeos estão presentes na alimentação proteica como em cevada, caseína, milho, farinha de peixe, aveia, proteína plasmática, farelo de soja, e soro desnatado (Monteiro et al., 2008).
REVISÃO DE LITERATURA 
Removing prophylactic antibiotics from pig
Lessia Diana et al. em 2019 avaliou os efeitos do antibiótico sobre o desempenho e a saúde de porcos desde o desmame até o abate. 
Para a realização desua pesquisa seis lotes de 140 porcos cada foram monitorados em uma fazenda comercial, não identificada, durante os estágios de desmame e finalização. 
Assim não foram adicionados antibióticos na ração para metade dos porcos e na outra metade foram adicionados dentro de cada lote para todo o estágio de desmame.
O método utilizado foi o convencional, com os leitões sendo desmamados aos 28 dias de idade e realocado para o desmame do primeiro estágio onde passaram 5 semanas. Depois disso, os porcos foram movidos para a acomodação do desmame do segundo estágio para mais 4 semanas e finalmente para a fase de acabamento onde os animais passaram de 8 a 11 semanas, pois dependia do peso 110kg. 
Os resultados gerados foram que os lotes de suínos no primeiro desmame que usaram antibióticos como profilaxia apresentaram maior crescimento e maior consumo de ração do que suínos que não usaram antibióticos, mas a eficiência alimentar não foi afetada. 
Já no estágio final os porcos que não usaram antibióticos tiveram desempenho semelhante e efeitos mínimos na saúde em comparação com suínos que usaram antibióticos.
Nenhuma diferença entre os tratamentos foi encontrada no matadouro. Também a taxa de mortalidade a fase de desmame foi ligeiramente superior dos não utilizaram antibióticos aos que utilizaram antibióticos durante o estágio finalizador.
Os tratamentos parenterais foram mais frequentes em suínos sem antibióticos durante a fase de desmame, enquanto nenhuma diferença foi registrada durante a fase de finalização 
Contudo, esses dados sugerem que a remoção de antibióticos profiláticos na ração é possível com apenas pequenas reduções no desempenho produtivo e na saúde que podem ser abordadas por meio da melhoria da gestão e do uso de antibióticos parenterais.
CONCLUSÃO
Conclui se então que o uso de antibiótico como profilaxia na suinocultura é uma preocupação na segurança alimentar, porém ainda faz uma diferença positiva na produção. Logo, os países já estão estudando para haver uma completa substituição do antibiótico com aditivos nutricionais e melhoramento genético. 
REFERENCIA 
ALESSIA DIANA et al. Removing prophylactic antibiotics from pig. BMC Veterinary Research, 2019. https://doi.org/10.1186/s12917-019-1808-x.
DUTRA, MAURÍCIO CABARL. Uso de Antimicrobianos em Suinocultura no Brasil: Análise Critica e Impacto sobre Marcadores Epidemiológicos de Resistencia. Faculdade de Medecina Veterinária e Zootecnia, Tese, Universidade de São Paulo,2017. 
GIBSON, G.R.; ROBERFROID, B.M. Dietary modulation of the human colony microbiota:introducing the concept of prebiotics. Journal of Nutrition, v. 125, n.6, p. 1401-1412, 1995.
LEEDLE, J. Probiotics DFM´s- Mode of action in the gastrointestinal tract. In: Simpósio sobre aditivos alternativos na nutrição animal, 2000, Campinas, Anais... Campinas: Colégio Brasileiro de Nutrição Animal, p.25-40, 2000.
MAPA.23 de janeiro de 2020. Disponivel em: http://www.agricultura.gov.br/noticias/mapa-proibe-o-uso-de-tilosina-lincomicina-e-tiamulina-como-aditivo-para-melhorar-o-desempenho-de-animais Acessado em: 05/03/2021.
MONTEIRO, M.V.; CLIMENI, B.S.O.; SAMARONI, M. Simbióticos como um fator Alternativo na Suinocultura. Revista Científica Eletrônica De Medicina Veterinária, Garça, n. 10, 2008.
MORES, N; Procedimentos básicos na produção de suínos. Boletim Informativo. BIPERS: EMBRAPA-EMATER, p.18, 1997.
PARKER, R.B. Probiotics, the other half of antibiotic story. Animal Nutrition and Health. Londres, v. 29, p. 4-8, 1974.
SCHROEDER, R; A Legislação brasileira para uso de antimicrobiano via ração e segurança alimentar. Anais Simpósio UFRGS sobre Manejo, Reprodução e Sanidade Suina: 117-128,2006.
World Health Organization. The medical impact of the use of antimicrobials in food animals. Report of a WHO, Meeting, Berlin, Germany, 13–17 October 1997. Geneva, WHO. Disponível em: http://www.who.int Acessado em: 05/03/2021.

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