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RESUMO DE REGULAÇÃO METABÓLICA - COMPLETO

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1 
 
INTRODUÇÃO 
O livro diz que um via está associada a várias outras 
vias do corpo, porém, para entender os princípios da 
regulação metabólica é necessário que isso seja visto 
separadamente. 
Por exemplo, no metabolismo da glicose o livro cita 4 
destinos para a glicose-6-fosfato nos hepatócitos: 
1. Degradação pela glicólise para a produção de ATP. 
2. Degradação na via das pentoses-fosfato para a 
produção de NADPH e pentoses-fosfato. 
3. Usada na síntese de polissacarídeos complexos da 
matriz extracelular. 
4. Hidrólise em glicose e fosfato para repor a glicose 
sanguínea. 
Entretanto, a glicose-6-fosfato não está relacionada só 
com essas via do metabolismo da glicose, ela pode 
estar envolvida em outras vias. 
1. Usada para a síntese de outros açúcares. 
2. Glicosilação de proteínas. 
3. Parcialmente degradada para fornecer acetil-CoA 
para a síntese de ácidos graxos e esteróis. 
A partir disso, podemos concluir que o consumo da 
glicose-6-fosfato por uma via X, influencia diretamente 
na atividade de uma via Y, pois, não há substrato infinito 
para todas as vias, e elas estão relacionadas a 
diferentes situações do nosso corpo. 
OBS: É interessante saber a localização das reações e 
das vias no mapa metabólico, isso ajuda: 
 
Em alguns casos, os sistemas regulatórios se 
sobrepõem, ou seja, duas vias diferentes podem agir 
sobre a mesma molécula reguladora, fazendo com que 
ele regule da mesma forma, ou de forma diferente, 
essas vias. 
REGULAÇÃO COORDENADA DA 
GLICONEOGÊNESE E GLICÓLISE 
A gliconeogênese é o processo que acontece em sua 
maioria no figado para disponibilizar glicose para os 
outros tecidos, quando não há glicose disponível. A 
glicólise é quando os carboidratos são quebrados após 
a ingestão de alimentos. 
Essas duas vias se diferem em 3 etapas de reações, e 
três reações da glicólise, de tão exergônicas, são 
essencialmente irreversíveis: as catalisadas por 
hexocinase, PFK-1 (fosfofrutocinase-1) e piruvato-
cinase (então ficar de olho nessas 3 enzimas). 
 
Hexocinase é a enzima que compromete a glicose na 
via glicolítica, ou seja, ela fosforila a glicose, 
transformando-a em glicose-6-fosfato, então, ele é 
 
2 
 
influenciado quando a taxa de glicose está alta e é 
inibida alostericamente pelo seu produto, ou seja, é 
inibida pela glicose-6-fosfato. 
A reação catalisada pela enzima PFK-1 é a que 
compromete a glicose na via da glicólise, antes dessa 
reação ela pode seguir para muitas outras vias 
glicolíticas. É importante dizer que o ATP é um 
substrato para essa enzima, pois ela precisa dele para 
funcionar, e que como ela compromete ele na via da 
glicólise, ele vai ser um produto no final também. Ou 
seja, a alta quantidade de ATP fala para célula que ela 
não precisa de produzir tanto mais, então a PFK-1 é 
inibida, e é estimulada quando os “resíduos do ATP”, 
ou seja, ADP e AMP, estão em grandes concentrações. 
Além disso, uma alta concentração de citrato inibe a 
ação da PFK-1, pois o citrato serve como sinal 
intracelular de que a célula está satisfazendo suas 
necessidades de energia metabólica pela oxidação de 
ácidos graxos e proteínas. 
A etapa correspondente na gliconeogênese é a 
conversão da frutose-1,6-bifosfato em frutose-6-
fosfato, a enzima que catalisa essa reação é a FBPase-
1, e é fortemente inibida (alostericamente) pelo AMP 
quando o ATP na célula está baixo, ou seja, ele diminui 
a síntese de glicose que requer ATP. 
Em geral, quando há concentração suficiente de acetil-
CoA ou de citrato (produto da condensação da acetil-
CoA com oxaloacetato) ou quando uma alta proporção 
do adenilato da célula está na forma de ATP, a 
gliconeogênese é favorecida. Quando o nível de AMP 
aumenta, isso promove a glicólise pela estimulação da 
PFK-1. 
Essa imagem representa só a regulação da PFK-1, ou 
seja, inibida por citrato e ATP, e estimulado por AMP, 
ADP e frutose-2,6-bifosfato. 
 
Essa imagem é a relação da PFK-1 coma enzima 
correspondente na gliconeogênese e suas regulações. 
Com relação a piruvato-cinase, altas concentrações 
de ATP, acetil-CoA e ácidos graxos de cadeia longa 
(sinais de suprimento abundante de energia) inibem 
alostericamente todas as isoenzimas da piruvato-
cinase 
No fígado, a forma L dessa enzima é inibida por meio 
de fosforilação quando o glucagon está em alta, ou 
seja, quando não tem glicose no sangue, então eu 
quero que a glicólise pare e a gliconeogênese seja feita, 
por isso a piruvato-cinase L deve parar. 
Essa imagem mostra que a piruvato-cinase é inibida na 
presença de ATP, acetil-CoA, ácidos graxos de cadeia 
longa e alanina (que é um produto da via em que a 
piruvato-cinase atua), e é estimulada quando há alta 
concentração do substrato, ou seja, frutose-1,6-
bifosfato.

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