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Nivya Moraes P3/UC8 UNIT – AL 1 histopatologia CONJUNTIVITES CONJUNTIVITE DEFINIÇÃO: conjuntivite é a inflamação da conjuntiva Pode estar localizada na túnica da conjuntiva da pálpebra ou do bulbo Os sinais e sintomas podem ser vermelhidão, irritação e secreção aquosa do olho, sensação de corpo estranho CLASSIFICAÇÃO QUANTO À DURAÇÃO: Inferior a 4 semanas: conjuntivite aguda Acima de 4 semanas: conjuntivite crônica ASPECTO HISTOLÓGICO Epitélio não queratinizado 5 camadas de células Células basais cuboides evoluem para células poliédricas achatadas, antes de serem expelidas da superfície Há células caliciformes secretoras de muco Estroma (substância própria) – Tecido Conjuntivo Frouxo altamente vascularizado Tecido linfoide associado à conjuntiva (CALT) – respostas imunes ASPECTO CLÍNICO SINTOMAS NÃO ESPECÍFICOS INCLUEM: Lacrimejamento Sensação de areia Ardor Queimação Prurido (característica da doença alérgica, embora também possa ocorrer em menor extensão na blefarite e no olho seco) Dor significativa, fotofobia ou sensação pronunciada de corpo estranho sugerem envolvimento da córnea TIPOS DE SECREÇÕES: Aquosa: exsudato seroso, conjuntivite viral aguda ou na alérgica Mucosa: alérgica crônica e olho seco Mucopurulenta: infecção bacteriana aguda ou por Chlamydia. Gravemente purulenta é sugestiva de infecção gonocócica Nivya Moraes P3/UC8 UNIT – AL 2 FOLÍCULOS SINAIS: lesões múltiplas, discretas, levemente elevadas, semelhantes a grãos de a grãos translucentes Os vasos sanguíneos passam ao redor ou sobre as lesões, e não dentro delas CAUSAS: Conjuntivite viral Chlamydia Síndrome óculo-glandular Hipersensibilidade a medicamentos tópicos Pequenos folículos são normais na infância (foliculose), assim como são os folículos nos placa tarsal superior em adultos MICRO E MACROPAPILAS Formam um padrão em mosaico de pontos vermelhos elevados Macropapilas (<1mm) e papilas gigantes (>1mm) se desenvolvem com inflamação prolongada Papilas do limbo têm aparência gelatinosa CAUSAS: Conjuntivite bacteriana Conjuntivite alérgica Blefarite crônica Uso inadequado de lentes de contato Ceratoconjuntivite límbica superior Nivya Moraes P3/UC8 UNIT – AL 3 CONJUNTIVITE AGUDA Causas mais comuns: bactérias e vírus (HIV, vírus varicela-zooster, herpes – vírus simples) CONJUNTIVITE BACTERIANA Condição comum e geralmente autolimitada, causada pelo contato direto com secreções infectadas Produz secreção purulenta opaca que contém leucócitos e células epiteliais descamadas No exame do olho a secreção purulenta e as pápulas conjuntivais ajudam a diferenciar a etiologia bacteriana e viral AGENTES ETIOLÓGICOS: Streptococcus pneumoniae Staphylococcus aureus Haemophilus influencae Moraxella catarrhalis Neisseria gonorrhoeae – minoria de casos graves Neisseria meningitidis – rara e normalmente afeta crianças SINTOMAS: Início agudo de hiperemia Sensação de areia Queimação Secreção Habitualmente, o envolvimento é bilateral, embora um olho possa ser afetado 1 a 2 dois dias antes do outro em alguns pacientes Ao acordar, as pálpebras estão inchadas e grudadas Sinais são variáveis e dependem da gravidade da infecção Edema da pálpebra e eritema podem ocorrer na infecção grave, particularmente a gonocócica Nivya Moraes P3/UC8 UNIT – AL 4 CONJUNTIVITE VIRAL Mais comum em adultos Adenovírus é o agente causador mais habitual Quadro clínico: enantema difuso na conjuntiva com folículos linfáticos muito numerosos na conjuntiva palpebral Muito contagiosa pois as partículas virais sobrevivem em superfícies secas por semanas e pelo fato de a liberação biral poder ocorrer vários dias antes de surgirem aspectos clínicos Geralmente está associada à infecção respiratória alta recente Transmissão é por contato com secreções respiratórias ou oculares, ou por meio de veículos como toalhas contaminadas Pode ser: ▪ Esporádica ou ocorrer em epidemias ▪ Em ambientes: locais de trabalho, hospitais, escolas e piscinas SINAIS: Edema da pálpebra que varia de mínimo à grave Linfadenopatia pré-auricular e dolorossa CERATOCONJUNTIVITE ADENOVIRAL: CONJUNTIVITE POR CHLAMYDIA EM ADULTOS PATOGÊNESE É uma infecção óculo-genital Em geral causada pelos sorotipos D-K da C. trachomatis Transmissão é feita por autoinoculação a partir das secreções genitais, embora a transmissão olho a olho seja responsável por cerca de 10% DIAGNÓSTICO SINTOMAS: Início subagudos de vermelhidão uni ou bilateral Lacrimejamento Secreção SINAIS: Secreções aquosas ou mucopurulentas Linfadenopatia pré-auricular dolorosa Nivya Moraes P3/UC8 UNIT – AL 5 Se não tratada, a conjuntivite se torna crônica e, embora autolimitada, pode persistir por vários meses É importante perguntar sobre a exposição sexual se houver suspeita de conjuntivite por Chlamydia PATOGÊNESE DO TRACOMA Principal causa de cegueira irreversível evitável Relacionado com a pobreza, locais superlotados e má higiene Sua morbidade é consequência do estabelecimento de ciclos de reinfecção dentro das comunidades A infecção recorrente estimula um RI crônica, que consiste em reação de hipersensibilidade tipo IV, mediada por células na presença intermitente do antígeno da Chlamydia, e pode levar à perda de visão A mosca é um vetor importante Pode haver transmissão por meio de secreções oculares ou nasais Nivya Moraes P3/UC8 UNIT – AL 6 DIAGNÓSTICO As características do tracoma dividem-se em estado “ativo” inflamatório e estado “cicatricial” crônico, com sobreposição considerável CLASSIFICAÇÃO DO TRACOMA PELA OMS: TF = inflamação tracomatosa (folicular): com cinco ou mais folículos (>0,5mm) na placa tarsal superior TI = inflamação tracomatosa (intensa): envolvimento difuso da conjuntiva tarsal, obscurecendo 50% ou mas dos vasos profundos tarsais normais, há presença de papilas TS = cicatriz tracomatosa conjuntival: bandas tarsais brancas fibrosas facilmente visíveis TT – triquíase tracomatosa: pelo menos um cílio tocando o globo CO = opacidade corneana suficiente para borrar os detalhes de pelo menos parte da margem pupilar
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