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Dermatologia - Resumao Completo


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DERMATOLOGIA – Medicina UNIVILLE 
 
 
1 
DERMATOLOGIA 
RESUMÃO COMPLETO 
 
ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE 
- A pele é o maior órgão do corpo e corresponde à 15% do peso corpóreo. 
 
Funções da pele: 
- Proteção: melanina e enzima antioxidantes protegem da radiação; derme reticular protege de danos e traumas; 
extrato córneo (epiderme) é impenetrável para substância externas. 
- Termorregulação: glândulas sudoríparas écrinas e vasodilatação e vasoconstricção. 
- Resposta Imunológica 
- Barreira para perda de água: estrato córneo 
- Percepção/Sensação 
- Secreção: glândulas sudoríparas écrinas e apócrinas. 
 
Embriologia: 
- Ectoderma: epiderme, folículos pilossebáceos, glândulas apócrinas e écrinas, e unhas. 
- Neuroectoderma: melanócitos e nervos. 
- Mesoderma: fibras colágenas e elásticas, vasos, músculos e tecido adiposo. 
• 3ª semana: epiderme é constituída por uma única camada de células morfologicamente indiferenciadas, cuja 
reprodução resulta em ↑do número de camadas e formação dos anexos. Acontece invasão de células 
originárias da crista neural, os melanócitos, que dão origem ao sistema pigmentar. 
• 5ª semana: primeiras estruturas nervosas e junção dermo-epidérmica. 
• 9ª semana gestacional: início da formação do folículo piloso (aparelho pilossebáceo). 
• 10ª semana: primeiros elementos da matriz ungueal. 
• 11ª semana: primeiros melanócitos, que tornam-se numerosos entre 12ª e 14ª semana. 
• 14ª semana gestacional: glândula écrina (suor) na região palmo-plantar. 
 
- Derme e o tecido subcutâneo iniciam-se por um material mixomatoso sem fibras. As primeiras estruturas fibrilares 
surgem do segundo ao quarto mês de vida fetal. Vasos sanguíneos aparecem em torno do terceiro mês. 
 
 
 
 
Camadas: 
1. Epiderme: camada mais externa 
formada por camada córnea, 
granulosa, espinhosa ou 
germinativa e basal. 
2. Derme (cório): camada 
intermediária, formada por 
denso estroma fibro-elástico, 
onde situam-se os órgãos anexos 
(glândulas sebáceas e 
sudoríparas, folículos pilosos). É 
dividida em derme papilar e 
reticular. 
3. Hipoderme: camada mais 
profunda, contém vasos, nervos 
e principalmente tecido adiposo. 
 
Glândula sudorípara écrina: desemboca direto no poro (no estrato córneo da epiderme). 
Glândula sudorípara apócrina: desemboca junto ao folículo piloso. Tem odor diferente. 
DERMATOLOGIA – Medicina UNIVILLE 
 
 
2 
1. Epiderme: Constituída por epitélio escamoso estratificado que é mantido unido pela presença de desmossomas. 
 
 
 
 
 
- Diferenciação epidérmica: participação da derme através de interrelações entre fibroblastos e queratinócitos. 
Modulando a diferenciação, há atuação de neuropeptídeos e citoquinas, fator de crescimento epitelial e de 
queratinócitos, fator transformador de crescimento alfa e beta, interleucinas, vitamina A, retinóides e chalonas. 
- As células da epiderme se chamam queratinócitos (5 camadas*, sendo que na camada córnea as células são mortas 
e sem núcleo). 
���� Camada basal ou germinativa ���� Malphigiana ou espinhosa ����Granulosa ���� Córnea 
** A palma da mão e a planta do pé tem a camada lúcida, situada entre a camada córnea e a granulosa. 
 
- Diferenciação dos queratinócitos: filamentos intermediários, que dão estrutura tridimensional a célula; filamentos 
de actina, ligados a motilidade e microtúbulos, ligados ao transporte intracelular de organelas. 
 
I. Camada Córnea: células epidérmicas anucleadas e mortas, com mebranas celulares espessas. 
���� Camada Lúcida: presente nas regiões palmo-plantares, composta por 2 ou 3 camadas de células planas e 
anucleadas. 
 
II. Camada Granulosa: células em forma de losango e com 
citoplasma granuloso. Estão presentes citoqueratinas, que 
dão continuidade ao processo de queratinização. Existem 
também outros componentes dos envelopes das células 
corneificadas. As células dessa camada sofrem apoptose. 
 
III. Camada Espinhosa ou de Malphigi: células escamosas 
poligonais que produzem filamentos de queratina, 
sintetizam involucrina, citocinas, quimiocinas, corpos 
lamelares, antioxidantes e grânulos de querato-hialina. São 
5-10 camadas de células que vão se achatando em direção à 
superfície. 
 
IV. Camada Basal ou Germinativa: é a mais profunda, 
essencialmente germinativa, originando as demais camadas 
da epiderme, através de uma progressiva diferenciação 
celular, logo, com intensa atividade mitótica. Constituída por células basais (tempo de maturação de 26-28 
dias) e os melanócitos. É responsável pela proliferação celular e ajuda na cicatrização de feridas. Ao nível dessa 
camada, existem estruturas de conexão, os hemidesmossomas, que ligam a membrana plasmática das células 
basais à lamina basal. 
 
- Na epiderme há ainda outros tipos de células, como 
melanócitos, células de Langerhans e células de Merkel. 
 
- Melanócitos: Derivam embriologicamente da crista 
neural. Ficam entre as células da camada basal da 
epiderme, numa relação de até 1:10 queratinócitos. A 
quantidade de melanócitos não varia em relação às raças e 
sim a sua capacidade funcional. Dá melanina para cerca de 
45 queratinócitos. 
 
Pênfigo paraneoplásico: desmoplaquina 1. 
Pênfigo foliáceo: desmogleína 1. 
Pênfigo vulgar: desmogleína 3. 
DERMATOLOGIA – Medicina UNIVILLE 
 
 
3 
- Células de Langerhans: derivam da medula óssea; são um tipo de célula dendrítica. Têm função de apresentação de 
antígenos ao linfócito T. 
 
- Células de Merkel: têm glândulas com neurotransmissores. Origina-se do neuroectoderma. Funcionam como 
mecanorreceptores de adaptação. 
• Existe na camada inferior da epiderme (camada basal). 
• Localizam-se próximas ou em contato com nervos não mielinizados. 
• Apresentam-se isoladas ou em grupos (corpúsculos) 
• Encontradas nos lábios, dedos, boca e folículos pilosos. 
 
Junção Dermo-Epidérmica: composta por bandas de colágeno, domínios globulares e complexos proteicos em 
forma de cruz e hemidesmossomas. 
- É o local de formação de bolha por frio, calor ou doenças bolhosas imunológicas e genéticas. 
- Contém: lâmina lúcida, densa e sublâmina densa (fibrorreticular). 
 
Anexos: 
- Glândula Sudorípara Écrina: São glândulas tubulares simples com inervação simpático-colinérgicas. Encontradas 
mais nas regiões plantares, palmares e axilares. Desembocam diretamente na epiderme. 
• Três segmentos: porção secretora, conduto sudoríparo-intradérmico e conduto sudoríparo-intraepidérmico. 
• Secreção merócrina: parte do citoplasma 
 
- Glândula Sudorípara Apócrina: reage ao estímulo simpático (fibras adrenérgicas). Produzem secreção com odor. 
Desembocam nos folículos pilossebáceos. 
• Axilas, genitália externa, na pele areolar ao redor do mamilo e área perianal. 
• Incluem as glândulas de Moll (pálpebras) e ceruminosas (conduto auditivo). 
 
- Glândula Sebácea: não existe na palma das mãos e planta dos pés. Desembocam no folículo piloso com ou sem 
pelo. 
 *Sebo: proteção, emulsificação de substâncias, atividade antimicrobiana e precursor da vitamina D. 
 *Secreção do tipo holócrina: célula inteira é descarregada. 
 *Grânulos de Fordyce: glândulas sebáceas localizadas heterotipicamente na mucosa labial e na cavidade 
oral. 
 
- Pêlos: têm uma parte livre (haste) e uma porção intradérmica (raiz). 
• 2 tipos: fetal ou lanugo e terminal (mais espesso). 
• Folículo vellus (na maior parte do corpo), terminais (barba, axila e virilha) e sebáceos. 
• 3 fases de crescimento: anágena (crescimento ativo – 2-5 anos), catágena (fase de regressão – 3-4 semanas) 
e telógena (período de repouso/ fase de desprendimento do pelo – 3 meses). 
* É normal perder até 100 cabelos por dia 
 
 
- Unhas: lâminas queratinizadas. O crescimento das unhas 
das mãos é mais rápido do que da unha dos pés. 
• Tem quatro partes: raiz (borda ungueal proximal), 
lâmina, bordas laterais e borda livre. 
 
 
 
2. Derme 
- Denso estroma fibroeslástico que contém estruturas nervosas, vasculares e órgãos anexos. 
- Embriologia: origem mesenquimal. As primeiras estruturas fibrilares surgem do 2º-4ºmês de vida fetal. 
DERMATOLOGIA – Medicina UNIVILLE 
 
 
4 
- Composta de fibras colágenas (tipo I), elásticas e reticulares, macrófagos, vasos sanguíneos, leucócitos, plasmócitos 
e corpúsculos. 
- 2 camadas: derme reticular (porção mais espessa) e papilar (é mais superficial). 
- Inervação: todas as fibras são mielinizadas. 
• Corpúsculos de Meissner: sensibilidade tátil. Existem em maior quantidade na polpa dos dedos (derme 
papilar). 
• Corpúsculos de Vater-Paccini: sensibilidade à pressão. Existem na palma das mãos e na planta dos pés. 
• Corpúsculos de Krause: Sensibilidade ao frio. Existem na glade, no prepúcio, no clitóris, lábios vulvares,... 
• Corpúsculos de Merkel-Ranvier: existe na ponta dos dedos para tato e pressão. 
• Corpúsculos de Ruffini: sensibilidade térmica (calor). 
- Vasos sangüíneos: plexo profundo por arteríolas e plexo superficial por capilares. 
- Vasos linfáticos: localizados na região dermo-epidérmica. 
- Músculos: 
• Musculatura lisa (músculo eretor do pelo), dartos (do escroto) e da artéria mamária. 
• Musculatura estriada do platisma (pescoço) e da face (músculo da mímica facial) 
 
3. Hipoderme: 
- Contém tecido adiposo, grandes vasos, pêlos,... 
- Funciona como dispositivo de reserva, isolante térmico e como protetor mecânico. 
 
 
 
ANAMNESE E EXAME DERMATOLÓGICO 
- Queixa e duração � exame das lesões � questionamento. 
• Localização inicial 
• Característica inicial 
• Modo de extensão 
• Duração da lesão 
• Evolução 
• Outros: Antecedentes familiares, medicamentos, reações a drogas, atopias. 
 
Exame Objetivo: 
1. Inspeção: analisar a abrangência 
2. Palpação: lesões sólidas (localização e volume) e pinçamento digital (espessura e consistência) 
3. Digitopressão ou Vitropressão: isquemia – diferencia eritema de púrpura 
4. Compressão: edema e dermografismo 
 
Exame Subjetivo: característica da dor, prurido, ... 
 
Exame Físico Geral: PA, linfonodos, varizes, abdome, nervos periféricos. 
 
Aspectos Morfológicos e Evolutivos: 
- Erupção: aparecimento abrupto de um ou mais elementos eruptivos. 
• Monomorfos: herpes 
• Polimorfos: xeroderma pigmentoso 
 
- Local: regiões cutâneas em que a lesão se localiza. 
- Número de lesões 
 
- Distribuição: simétrica/assimétrica, linear, reticular, folicular, arborescente, agrupada, regional, confluente, 
zoniforme; localizada, disseminada (grande envolvimento, porém com áreas poupadas), generalizada, universal. 
 
DERMATOLOGIA – Medicina UNIVILLE 
 
 
5 
- Padrão 
 
- Cor 
 
- Superfície: lisa, plana, exudativa, umbilicada, áspera, rugosa, descamativa, úmida, crostosa. 
 
- Morfologia: figurada, linear, serpenginosa, anular, gotada, placa, miliar, arcada, arciforme (círculo incompleto), 
arredondada, circinada (círculo completo), corimbosa (lesão central e outras periféricas), discóide, espiralada, 
geográfica, irisada (“em alvo”), lenticular, linear, numular (forma de moeda), ovalada, policíclica, poligonais, 
pontuada, reticular (lembra “folhas de árvore”). 
• Deprimida, plana, elevada, sólida, com conteúdo líquido. 
 
 
- Margem: elevada, deprimida, bem delimitada, irregular, recortada, indistinta, imprecisa, individualizada. 
 
- Progressão: serpenginosa, fagedênica (vai se aprofundando), terebrante (vai até o osso), centrífuga. 
 
- Consistência: firma, macia, dura, inelástica. 
 
- Época: sazonal, relacionada à idade. 
 
- Evolução: aguda/subaguda/crônica, contínua/em surtos. 
 
- Arranjo: em cacho (herpes), agrupado (líquen plano), linear (dermatite de contato), zoosteriforme (herpes zoster), 
anular (sífilis secundária) e coalescente (psoríase). 
 
Morfologia Anexial: 
- Glândulas Sudoríparas: anidrose, hipo/hiperhidrose, cromidrose (cor no suor), bromidrose (chulé e fedor de 
suvaco). 
- Glândulas Sebáceas: esteatose e esteatorreia. 
 
- Pêlos: a/hipo/hiper/leucotriose, alopécia e tricorrexe. 
 
- Unhas: anoníquia, coilonóquia (unha fina com lâmina côncava), leuconíquia, micro/macroníquea, hipocráticas (em 
vidro de relógio) platoníquia, melanoníquia, oncólise (unha se solta), onicorrexe, onicomalácia, onicomadese (unha 
se solta da raiz). 
 
 
 
 
 
 
 
Exemplo de lesões “em alvo” ou 
irisada (em forma de íris): 
presente no Eritema Multiforme 
Onicólise 
Onicogrifose 
DERMATOLOGIA – Medicina UNIVILLE 
 
 
6 
Sintomatologia Subjetiva e Extracutânea: 
- Dor, prurido, sensibilidade, adenopatia, artropatia, amiotrofia, espessamente de nervo, espleno/hepatomegalia, 
anemia, sialorreia. 
 
Testes: 
- Dermatoscopia: método que permite avaliar lesões pigmentadas da pele, definindo sua natureza, distinguindo-as 
como lesões benignas, suspeitas ou altamente suspeitas de melanoma, e indicando ou não a necessidade de retirada 
cirúrgica. 
 
- Teste de Tzanck/ Citodiagnose e microscopia: herpes, pênfigo. 
• Material: fragmentos de vesícula 
• Achados: queratinócitos arredondados e multinucleados. 
 
- Sinal de Auspiz/Orvalho de Sangue – típico da Psoríase: utiliza-se uma espátula para raspar e lesão, e aso se tirar 
toda a escama (sinal da Vela), chega-se à membrana. 
 
- Fenômeno de Koebner: quando há doença e no local ocorre um trauma. No local do trauma, surge uma lesão inicial 
à outra pré-existente. Exemplo: verruga e líquen plano. 
 
- Curetagem metódica de Brocq: consiste na raspagem das lesões com cureta ou espátula. 
• Se for o caso de psoríase: as escamas parecem com fragmentos da raspagem de uma vela e a superfície da 
pele fica vermelha, com pontos hemorrágicos. 
 
- Sinal de Nickolsky: Descolamento da epiderme com o aparecimento de uma área desnudada depois de se 
empurrar, esfregar ou rotar a pele normal perto das lesões bolhosas. 
• Exemplo: pênfigo e necrólise epidérmica tóxica. 
 
- Sinal de Darier: urticação provocada e dermografismo. 
• Aparecimento de um halo urticariforme e de uma reação reflexa após esfregar a lesão cutânea. 
• Isso ocorre devido a presença de um grande número de mastócitos que, quando estimulados, fazem a 
liberação de histamina. 
• Exemplo: urticária pigmentosa 
 
- Preparação com hidróxido de K e microscopia: infecção por dermatófitos ou leveduras 
• Material: descamações ou pústulas 
• Achados: hifas ou pseudo-hifas. 
 
- Preparação com óleo e microscopia: esbabiose. 
• Material: ulceração ou pápula não escoriada. 
• Achados: ácaros ou ovos. 
 
- Biópsia: lesões suspeitas de malignidade ou não. 
• Com punch: retirada de um pedaço central da lesão. 
o Para lesões suspeitas de câncer ou doenças inflamatórias. 
• Por barbeírase ou shaving: corte tangencial com a retirada da derme superficial. 
o Para lesões benignas; deixa cicatrizes. 
• Incisional: corte transversal no meio da lesão. 
o Quando a lesão é grande demais para ser excisada ou para diagnóstico diferencial. 
• Excisional: remoção completa da lesão até o tecido adiposo. 
o Pequenas bolhas e suspeita de melanoma e câncer de pele. 
 
DERMATOLOGIA – Medicina UNIVILLE 
 
 
7 
- Vitropressão: Pressiona-se com os dedos ou com uma lâmina de vidro a lesão cutânea, expulsando o sangue por 
esvaziamento dos vasos da área pressionada. 
• Diferenciar o eritema da púrpura (não desaparece), reconhecer lesões granulomatosas (ex: Tuberculose 
cutânea) e estudar nevo anêmico. 
 
- Pesquisa de sensibilidade: alterada ou não. 
• Hanseníase. 
 
- Coloração Gram: para saber se há bactérias Gram + ou - . 
• Material: pústulas ou bolhas. 
 
- Prova do Laço ou Rumpel Leed: observação do aparecimento ou não de petéquias na pele após a colocação de um 
garrote, que interrompa a circulação venosa, durante 5-10 minutos. 
• Valores normais: nenhuma petéquia ou até, no máximo, 10 petéquias em uma área de 5 cm. 
o Escala para informar o número de petéquias: 0 a 10 = 1+ 
10 a 20 = 2+ 
20 a 50 = 3+ 
50 ou mais petéquias = 4+ 
• Valores ↑: podem indicar coagulação intravascular disseminada, diminuição do fibrinogênio, diminuição da 
protrombina, deficiência de fator VII, trombocitopenia, tromboastenia, doença de Von Willebrand, 
deficiência de vitamina K. Pode estar associadoa doenças não relacionadas com as patologias da coagulação 
como: escarlatina, hipertensão, diabetes, gripe, sarampo, escorbuto, dengue. 
 
- Prova de pilocarpina: serve para verificar a integridade dos nervos periféricos, que também são responsáveis pela 
condução do estímulo da sudorese. A pilocarpina, quando injetada na derme, provoca este estímulo da sudorese. 
• Hanseníase e fibrose quística. 
 
- Prova de histamina: há o surgimento da tríplice reação de Lewis, que consiste da formação de eritema de poucos 
milímetros em torno do local de inoculação, formação de halo eritematoso pseudopódico, com diâmetro superior a 
2 cm e aparecimento de seropápula (lesão urticada), 3 a 4 minutos após. 
A segunda fase, de eritema reflexo secundário, ocorre pela dilatação dos capilares, conduzida pela histamina e 
requer a integridade dos ramúsculos nervosos periféricos. 
• Hanseníase. 
 
- Luz de Wood: 
• Ptiríase versicolor: cor amarelo-ouro 
• Eritrasma: cor vermelho-coral 
• Tinea: 
• Porfirias: cor amarelo claro/laranja claro 
• Pseudomonas: verde 
• Oleosidade: laranja 
• Normal/saudável: azul 
• Camada grossa de células epiteliais mortas (por exemplo: Ceratoses Actínicas): branco 
• Desidratação: roxo fluorescente. 
• Pigmentação: marrom 
 
 
 
LESÕES ELEMENTARES 
Classificadas em 6 diferentes grupos de lesões: 
 
DERMATOLOGIA – Medicina UNIVILLE 
 
 
8 
1. Alterações de Cor: 
a. Mácula ou Mancha: são planas, sem relevo ou depressão e são 
circunscritas. 
 
b. Vasculossangüíneas: Eritema. Avaliar a cor, local, temperatura, 
extensão e evolução. 
• Eritema: vasodilatação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Enantema: eritema de mucosas (provocado por vasodilatação ativa). 
 
 
• Cianose: é mais azulado. Causado por frio e hipoxemia. 
• Rubor: vermelho vinho e quente. Causado por celulite. 
• Exantemas: eritema extenso. Pode ser morbiliforme/rubeoliforme ou escalatiniforme. 
a. Mobiliforme/rubeoliforme: áreas de manchas entremeadas por pele sã. 
b. Escarlatiniforme: difuso e uniforme. 
 
 
• Eritema Figurado: forma figuras e borda bem definida. 
• Mancha Lívida: é fria (por isquemia). Cor plúmbea. 
• Mancha Angiomatosa: cor vermelha permanente, com ↑ dos capilares, esmaece com forte vitropressão. 
• Mancha Anêmica: branca, permanente, causada por agenesia vascular. 
• Púrpura: não pode desaparecer com digitopressão. Ocorre devido ao extravasamento de hemácias. 
Divididas em petéquias (menores) e equimoses (maiores). 
 
c. Pigmentares: 
• Leucodermia: acrômica (ausência de melanina; melanócitos não funcionantes) ou hipocrômica. 
Eritema multiforme disseminado 
Enantema gengival 
Enxantema 
rubeoliforme 
DERMATOLOGIA – Medicina UNIVILLE 
 
 
9 
 
 
• Hipercromia. 
 
• Pigmentação exerna: corantes (cosmiatria, tatuagens), dihidroxiacetona (oxidação da queratina – 
escurecimento temporário da pele) e drogas tópicas (alcatrões, nitrato de prata, permanganato de potássio 
– produzem manchas do cinza ao preto). 
 
2. Formações Sólidas: 
a. Pápula: elevação sólida ou cística menor que 1cm e circunscrita. Quando são escamas sobrepostas, são 
chamadas de lesões pápulo-escamosas. 
• Exemplo: molusco contagioso e acne. 
 
 
b. Nódulo: elevação sólida ou cística circunscrita de 1-2 cm (alguns lugares diz até 3 cm). 
• Dermatofibroma 
 
 
c. Tumor: crescimento anormal de células. Elevação sólida ou cística circunscrita maior que 2 cm. 
 
d. Goma: nódulo ou tumor que fistuliza ou ulcera (endurecimento � necrose central � ulceração � fribrose). 
 
Manchas pigmentares 
irregulares e hipocrômicas 
(melanócitos inativos) 
Manchas pigmentares 
hipercrômicas do tipo 
“cafe-au-lait” 
DERMATOLOGIA – Medicina UNIVILLE 
 
 
10 
e. Vegetação: lesões sólidas pedunculadas ou com aspecto de couve-flor branco- amareladas que sangram com 
facilidade (extremamente friável). Ocorrem em áreas úmidas do corpo. 
• Exemplo: condiloma acuminado. 
 
f. Verrucosidade: lesões sólidas, elevadas, duras, inelásticas e amarelada. Há hiperqueratose. Não sangra muito. 
 
3. Elevações edematosas: 
a. Urtica: elevação firme, circunscrita e achatada, com margens palpáves e delimitadas, evanescente. Resulta do 
escape de plasma dos vasos da derme. 
• Urticária. 
 
b. Edema angioneurótico: edema com coloração de pele eritematosa. É intenso e não bem delimitado. Exemplos: 
angioedema ou edema de Quicke. 
 
4. Coleções Líquidas: 
a. Vesícula: elevação circunscrita de até 1 cm com conteúdo líquido claro ou hemorrágico. 
• Dermatite de contato 
 
b. Bolha ou Flictena: elevação circunscrita maior que 1 cm contendo líquido claro ou hemorrágico. Pode conter 
pus ou sangue. 
• Penfigóide bolhoso 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
c. Pústula: vesícula com conteúdo purulento. Se coalescer, forma bolha. 
• Foliculite 
 
d. Abscesso: circunscrita, de tamanho variável, com líquido purulento. Calor e dor são comuns. 
 
e. Hematoma: circunscrita, de tamanho variável, proeminente ou não. É um derrame de sangue na pele ou 
tecidos subjacentes. 
 
5. Alterações de Espessura: 
a. Queratose: ↑ da camada córnea. É dura, inelástica e eventualmente áspera. Pode romper, se forçada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DERMATOLOGIA – Medicina UNIVILLE 
 
 
11 
b. Liquenificação*: espessamento da pele com acentuação dos sulcos (parece um quadriculado) devido ao ↑ da 
camada malphigiana. 
• Eczema crônico 
*importante diferenciar de infiltração. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
c. Edema: coleção líquida por extravasamento de plasma e depressível. 
 
d. Infiltração: ↑ da espessura e ↑ da consistência com menor evidência dos sulcos e limites imprecisos. Resulta 
de um infiltrado dérmico. 
 
e. Esclerose: alteração da espessura e consistência que se torna lardeácea ou coriácea. É dura, inelástica e firme. 
Pregueamento é difícil ou impossível. 
 
f. Atrofia: ↓ da espessura da pele, que se torna adelgaçada e pregueável. Depressão na superfície da pele. 
Ocorre por redução dos constituintes teciduais. 
• Estria. 
 
6. Perdas e Reparações Teciduais: 
a. Escama: acúmulo de queratinócitos por distúrbio da queratinização. Placas finas e secas de células da epiderme 
cornificadas, que formam flocos na superfície da pele e que se desprendem da superfície cutânea. 
• Ictiose 
 
b. Erosão ou Exulceração: perda de parte ou toda epiderme. NÃO sangra. 
• Queimadura 
 
 
c. Escoriação: por coçadura ou trauma (queda). 
 
d. Úlcera: Perda circunscrita da epiderme e a derme (papilar), podendo atingir a hipoderme. 
DERMATOLOGIA – Medicina UNIVILLE 
 
 
12 
 
 
e. Ulceração: úlcera grande. Por ter crosta melissérica e necrótica junto. 
 
f. Fissura: úlcera linear (perda linear da epiderme e derme), próximo de orifícios naturais e áreas de 
pregas/dobras, geralmente. 
 
g. Crosta: perda tecidual por ressecamento da serosidade. Pode haver pus ou sangue misturados. Exsudatos 
secos na superfície da pele. 
 
h. Escara: necrose tecidual de cor lívida ou negra. 
 
i. Cicatriz: área elevada ou deprimida de substituição do colágeno por tecido fibroso. É móvel, retrátil ou 
aderente. Não possui sulcos ou poros. É diferente de quelóide. 
• Atrófica: fina. 
• Críbrica: perfurada por pequenos orifícios. 
• Hipertrófica: nodular, elevada, vascular e com excessiva proliferação fibrosa. 
 
Sinais Específicos: 
• Afta: pequena ou grande úlcera na mucosa, normalmente com exsudato. 
• Alopecia: ausência de pelos em área pilosa. 
• Calo: hiperqueratose em cunha que causa dor. 
• Calosidade: hiperqueratose mais superficial e 
não necessariamente causa dor. É por injúria 
ou pressão. 
• Celulite: inflamação do tecido celular 
subcutâneo ou derme. 
• Cisto: cavidade fechada que possui cápsula e 
conteúdo líquido, seroso ou necrótico. 
• Comêdo: cravos (acne não-inflamatória). 
 
 
• Corno: acúmulo de queratina filiforme e bem aderida. 
Alopécia 
localizada 
Presença de comedão 
aberto (preto) e 
fechado (branco). 
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13 
• Eritroderma: eritema fixo generalizado e sempre com alguma escamação. 
• Fístula:região aumentada ou não de volume, com um trajeto que drena material purulento. 
• Mílium (Mílio): micropápulas com acúmulo de queratina. 
• Placa: lesão elevada com diâmetro maior que 1 cm (“acúmulo de pápulas”). 
• Poiquiloderma: sinal com atrofia, emaranhado de telangiectasias e pigmentação, geralmente reticulada. 
• Quelóide: cicatriz exagerada que passa dos contornos da lesão. 
• Sero-pápula: formada por uma vesícula no centro de uma pequena urtica. 
• Sulco (túnel): caminho linear, inferior a 1 cm com vesícula perlácea. Típico de escabiose. 
• Sinal de Auspitz / do Orvalho Sangrento: 
 
 
 
DERMATOVIROSES 
- Uma vez dentro da célula o vírus pode ser citolítico ou não citolítico. Os DNA vírus normalmente atingem núcleo, já 
os RNA geralmente citoplasma. 
 
Herpes Vírus 
- São 8 tipos: 
• HHV1: herpes oro-labial. É alfa. 
• HHV2: herpes genital. É alfa. 
• HHV3: varicela, herpes zoster. É alfa. 
• HHV4: Epsten-Barr, que causa mononucleose, leucoplasia pilosa, linfoma de células B, Síndrome Gianotti-Crosti, 
linfoma de Burkitt. É gama. 
• HHV5: CMV, causando citomegalia. É beta. 
• HHV6: exantema súbito/roséola infantum. É gama. 
• HHV7: não associado à síndrome clínica. É gama. 
• HHV8: Sarcoma de Kaposi e, possivelmente, doença de Castleman. É gama. 
 
Diagnóstico: Raspado do assoalho da lesão, corar com hematoxilina-eosina. Células balonizantes, vários núcleos. 
Citodiagnose de Tzank (esfregaço corado com Giemsa e Wright). 
 
Tratamento: 
- Higiene e cuidados primários sempre. 
CLASSIFICAÇÃO DAS LESÕES E DOENÇAS DERMATOLÓGICAS 
Grupo Morfologia Clínica Exemplos de Doenças 
Dermatite Eczematosa Máculas, pápulas e vesículas 
eritematosas, liquenificação, crostas, 
descamação fina, escoriações. 
Dermatite de contato e atópica. 
Erupções máculo-papulares Máculas, eritema e pápulas. Exantemas virais e reações de 
hipersensibilidade a drogas. 
Dermatoses pápulo-escamosas Pápulas, placas e eritema c/descamação. Psoríase, síndrome de Reiter, líquen 
plano, sífilis secundária, micose. 
Doenças vesico-bolhosas Vesículas, bolhas e eritema. Picada de inseto, herpes, pênfigo. 
Doenças pustulares Pústulas, cistos e eritema. Acne e foliculite. 
Urticária e celulite Urticas, eritema edemaciado e definido, 
descamação. 
Urticária e erisipela. 
Lesões nodulares Nódulos e tumores; erosão e ulceração. Tumores 
Telangiectasia, doenças atróficas, 
cicatriciais e ulcerativas. 
Telangiectasia atrófica e esclerótica, 
alterações ulcerativas. 
Doenças do tecido conjuntivo, 
insuficiência vascular e pioderma 
gangrenoso. 
Hipomelanose e hipermelanose Deposição ↑ou↓ de melanina. Manchas café com leite, vitiligo, 
xeroderma pigmentoso. 
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- Herpes simples normalmente não causa cicatriz. Na infecção primária pode usar aciclovir 5x/dia. 
- Eczema herpético: mesmo tratamento só que por mais tempo, até 21 dias. 
- Cuidar com neurite pós-herpética. 
 
Herpes Labial: 
- Gengivoestomatite herpética primária. Cursa com febre, mal estar, não consegue deglutir primeiro. Pode ser 
portadora ou ter surtos recorrentes. 
- HSV1 ocorre em 80 a 90% das crianças. 
- Período de incubação em média de 10 dias, sendo que a primo infecção também dura em torno de 10 dias. 
- Dor local, que em horas ou 1 dia após surgem cachos de vesículas sobre uma placa eritematosa. Inicialmente 
conteúdo claro, depois se torna purulento. Com a evolução, surgem áreas erosadas. 
- Uma vez instalado, o vírus se localiza nos linfonodos paravertebrais e outros, podendo ficar latentes ou voltar em 
surtos, conforme a imunidade da pessoa. 
- Herpes recorrente: Vesículas uniformes que vão coalescendo. Sintomatologia menos grave que a primo-infecção. 
 
Herpes Genital: 
- Se apresenta de maneira agressiva. 
- Pode causar uretrite em homens, com sintomas gerais. 
- Quando anal é acompanhado de tenesmo, dor, mal estar. 
- Na mulher vulvovaginite e quase 100% cervicite. 
- Herpes genital recorrente: Menor sintomatologia. 
- As lesões são as mesmas: vesículas em cacho de uva, dolorosas, com erosão em baixo. 
 
Panarício Herpético: 
- Ocorre nos dedos, mais comumente na ponta do dedo. É uma placa com vesículas e bolhas. 
- Comum em pessoas que tem contato direto com o herpes, principalmente quando saindo a vesícula. 
- Pode ocorrer na conjuntiva. 
 
Herpes Simples Congênito: por infecção durante o parto ou IU (pior se adquirida no final). 
- O neonatal é por contaminação durante o parto, são encontradas erosões e ulcerações disseminadas. 
 
Eritema Pleomórfico Herpético: 
- Ocorre até 21 dias após um quadro herpético. 
- São lesões bilaterais, em alvo ou íris, eritematosas, o centro pode ser vesiculoso, mais escuro ou mais claro. 
Comum em MMII. 
- Sensação de ardência, queimação. 
- Ocorre inclusive na palma das mãos. 
- Duração de alguns dias e desaparece. Tendência a ser recorrente. 
 
Herpes em Imunodeprimidos: 
- Aparece de forma mais agressiva. 
- Lesões ulceradas, necróticas e crostosas. 
 
Erupção Variceliforme de Kaposi/Eczema Vacinatum/Eczema Herpético: 
- Principalmente em pessoas com dermatite atópica. Quadro grave. 
- Pode ter vesículas umbilicadas, eritema e edema e erosões crostosas. 
- Pessoa estava com um quadro de eczema e entra em contato com o herpes. 
 
HVZ: Herpes varicela zoster. 
- Transmissão aérea ou por contato. 
- Paciente teve varicela � Vírus se aloja nos gânglios paravertebrais, ficando latente � retorna como Herpes Zoster. 
- Pequenas vesículas com base eritematosa que pode necrosar ou romper, criando crostas geralmente necróticas. 
Deixa cicatriz. 
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15 
- É um polimorfismo de vesículas. Pega todo o corpo, inclusive mucosas. 
- Se não atingir a ponta do nariz é mais benigno, pois tem menor risco de prejudicar a visão. 
- Quando cranio-facial é mais perigoso. Herpes pode fazer paralisia de Bell pelo acometimento do NC VII. 
- Síndrome de Hunt: atinge palato e língua (metade). 
- Na imunossupressão é um quadro muito grave, podendo ser disseminado. No HIV pode ter a forma verrucosa, é 
como se fosse crônico. 
 
Epstein-Barr Vírus 
- Contato por saliva, secreção oronasal. 
- Quando está na pele se apresenta como um rush cutâneo forte (máculas eritematosas). Na prima infecção mal 
estar, leve coriza. 
- Se associa com leucoplasia pilosa oral, é um marcador da AIDS. Isso são placas acrômicas que se apresentam nas 
laterais da língua em faixas estriadas que não saem ao se passar a espátula. 
- Quando usa Ampicilina numa infecção por EBV, surgem máculas eritematosas disseminadas, como uma 
farmacodermia. 
- Síndrome de Gianotti-Crosti/Acrodermatite Papulosa Infantil: em extremidades, principalmente palmas, plantas e 
nádegas. É típica de crianças. São lesões pápulo-eritematosas disseminadas. Diagnóstico diferencial com escabiose. 
 
CMV: 
- Transmissão por contato ou sexual. 
- Surge rush, mal estar geral, tosse, febre. 
- Vesículas ou petéquias, eritema nodoso. 
- Pode ocorrer retinite por CMV (usa o Ganciclovir). Pode ocorrer ulceração perineal e retal. 
 
HHV-6 / Exantema súbito: Criança com rush cutâneo eritematoso. 
 
HHV-8: Sarcoma de Kaposi. Sempre com máculas hipercrômcias do tipo violáceas. 
 
Papovírus: 
- Verrugas vulgar, plantar e palmar: 1, 2 e 4. 
- Verrugas planas: 3, 10. 
- Verrugas ano-genitais, cervicais, orofaringe e vias respiratórias com baixo risco oncogênico: 6, 11, 13. 
- Verrugas ano-genitais, papilomas, displasias cervicais, papilomatose bowenóide, cânceres genitais, cérvix e 
orofaringe com alto risco oncogênico: 16, 18, 31, 33. 
- Epidermodisplasia verruciforme: 5, 8, 9 
 
Verruga Plana: Pontos negros nas verrugas são microalças de vasos trombosados. É mais resistente do que a vulgar e 
ocorrem com muita frequência no rosto. 
 
Verrugas Genitais: 
• Condiloma acuminado: em mucosa forma vegetações, em pele é mais verrucoso (couve-flor). 
• Condiloma acuminado gigantes/Buschke-Lowenstein: um potencial um pouco mais oncogênico. 
• Papilomatose bawenóide: lembra um condiloma.São lesões papulosas em região genital e peri-genital. Lesões 
pápulo eritematoses que evoluem para Ca. 
 
Epidermodisplasia verruciforme/Lutz-Lewandowski: inúmeras verrugas disseminadas, depois apresenta Ca 
basocelular e espinocelular. 
 
Tratamento: 
- Verruga vulgar: eletrocoagulação. 
- Periungueais: eletrocoagulação com curetagem ou ácidos ou crioterapia por partes. 
- Verrugas plantares: ácido nítrico fumegante (primeira escolha), formalina. Nunca fazer eletrocoagulação com 
curetagem. 
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16 
- Verrugas planas: nitrogênio líquido. 
- Condiloma acuminado: 
 - Pele: eletrocoagulação com curetagem. 
 - Mucosa: podofilina. Não é usada em crianças e gestantes. 
- Gigante: eletrocirurgia ou laser, etretinato ou acitretina. 
 
Poxvírus: 
- Exclusivamente pele, excepcionalmente mucosa. Mais em crianças. 
- Transmitido por contato individual. 
- É o Molusco Contagioso. 
- Lesões maiores e mais abundantes em imunodeprimidos. 
- É uma pápula semi-esférica, sésil, geralmente umbilicada. 
- Tratamento com curetagem e nitrogênio líquido (primeira escolha). 
 
Paramixovírus: 
- É o Sarampo: transmissão por aerosol e infectividade 3 dias antes do rush e 4 a 6 dias depois dele. 
- Entra pela mucosa ororespiratória e conjuntiva. 
- Fase prodrômica é a de maior contágio. 
- Fase exantemática vem depois, com rush cutâneo que inicia na face e se alastra. 
- Depois de 7 dias começa a desaparecer deixando uma fina descamação. 
- Tosse é a última a desaparecer. 
- Enantema (mancha de Koplick) e Exantema maculo-papular eritematoso. 
 
Togovírus: 
- É a Rubéola: transmitida por saliva ou secreção nasofaríngea. Infectante 5 dias antes do rush e 6 dias após o início. 
- Incubação de 14-21 dias. 
- Fase prodrômica: febre baixa, dor de garganta, conjuntivite, mal-estar, linfadenomegalia. Pode ter artralgia de 
pequenas articulações. 
- Fase exantemática: rush maculopapular róseo confluente, irregular que se inicia na face. Manchas de Forcheimr. 
 
Parvovírus: 
- É o Eritema Infeccioso ou Quinta Doença: causado pelo parvovírus B19. Transmissão por gotículas de saliva ou 
secreção nasofaríngea. 
- Clínica benigna e autolimitada. 
- Fase prodrômica: leve tosse, uma “gripe” leve. É típica pela “bochecha esbofetada”. 
- Fase 2: Dissemina com um rush eritematoso de aspecto rendilhado. Pode haver leve prurido. O rush resolve em 
descamação. 
- Fase 3 pode haver recidiva do exantema em 1-3 semanas, principalmente se exposição solar, calor, estresse ou 
exercício. Pode ocorrer desde artralgia até artrite franca. Pode ter crise aplásica transitória. 
 
Picornavírus: 
- Doença mão-pé-boca: Vesículas alongadas, vão abrindo, formam erosões. Levemente dolorosas e tem um quadro 
de virose associada. Causado por Coxsackie 4 ou 16. 
- Herpangina: coxsackie A. Lembra uma afta, tem febre, dor de cabeça, vômitos. Lesões pápulo-vesiculosas ou 
ulcerações na orofaringe posterior. 
 
Ortomixovírus: 
- Influenza. 
 
 
 
 
DERMATOLOGIA – Medicina UNIVILLE 
 
 
17 
HIV/AIDS 
- As manifestações dermatológicas podem ser a primeira manifestação da doença, normalmente de forma 
exuberante. 
- Até 90% dos indivíduos possuem. 
 
Indicativos de AIDS: 
- Herpes simples com úlcera mucocutânea com duração superior a 1 mês. 
- Sarcoma de Kaposi. 
- TB extrapulmonar. 
- Linfoma não-Hodking. 
- Histoplasmose e Criptococose Extrapulmonar. 
- Infecção disseminada pelo M. avium. 
- Candidíase de orofaringe e esofágica. 
 
Síndrome retroviral aguda/da Soroconversão: 
- De 5 dias a 3 meses após o contato. 
- Duração de 1-4 semanas. 
- Semelhante a um quadro viral/mononucleose: febre, faringite, linfadenopatia. Exantema máculo-papular 
eritematoso. 
 
Leucoplasia Pilosa: CD4 >500. 
- Placas brancas em faixas confluentes nas laterais da língua. 
- Praticamente é um marcador de AIDS. 
- Diagnóstico diferencial com candidíase, líquen plano oral e carcinoma. 
- Tratamento com aciclovir e shaving cirúrgico se necessário. 
 
Exantema agudo: 
- Máculo-papular rosa ou vermelho. 
- 2 a 6 sem após exposição do HIV. 
- Auto-limitado. 
 
Herpes simples: Qualquer CD4 
- Lesões ulceradas mais agressivas. 
- Recidiva com CD4 <50. 
- Pose se apresentar como erupção variceliforme de Kaposi. 
- Diagnóstico: Tzank, biópsia, microscopia e cultura. 
- Tratamento com aciclovir VO, se disseminado EV. 
 
Varicela Zoster: 
- Formas graves de varicela com pneumonia, hepatite e encefalite. 
- Reativação quando CD4<500: Lesões bolhosas, hemorrágicas e necróticas, geralmente disseminadas e que deixam 
cicatriz. 
- Pode ocorrer neuralgia pós-herpética. 
- Tratamento com aciclovir EV. 
 
Molusco contagioso: CD4<250; se molusco gigante, CD4<50. 
- Molusco Gigante: Lesões papulosas gigantes com grandes pápulas e nódulos. 
- Molusco normal: características habituais (lesão papulosa umbilicada). 
- Não é comum no adulto. Por isso, sempre fazer teste HIV em quem apresentar. 
- Se múltiplos, diferenciar de criptococose e histoplasmose. 
- Tratamento com crioterapia para evitar sangramento (se sangrar, dissemina). 
 
 
DERMATOLOGIA – Medicina UNIVILLE 
 
 
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Micoses profundas 
- Criptococose: CD4 <250; disseminação via hematogênica. 
• Lesões pápulo-nodulares, ulcerosa, celulites, paniculites e placas vegetantes. 
• Diagnóstico por biópsia. 
• Diagnóstico diferencial com molusco e herpes simples. 
• Tratamento: anfotericina B. 
 
- Histoplasmose: CD4 <250. 
• Máculas eritematosas, lesões psoriasiformes, acneiformes e pustulosas. 
• Tratamento com Anfotericina B. 
 
Foliculite Eosinofílica: CD4 <250. 
- Lesões papulosas e pustulosas, pruriginosas com localização folicular e extrafolicular. 
- Deixa cicatriz. 
- Tratamento: crioterapia sistêmica, fototerapia com UVB. 
 
Neoplasias 
- Sarcoma de Kaposi: 20000x mais comum na AIDS. 
• Ocorre com qualquer CD4, porém, se <250, é extenso. 
• Máculas ovaladas fusiformes, pápulas e nódulos violáceos. 
• Pode cursar com o fenômeno de Koebner (presença da mesma lesão à distância decorrente de trauma) 
o Isso também ocorre em líquen plano, psoríase e verrugas virais. 
• Tratamento: crioterapia, excisão cirúrgica, vinblastina intralesional, interferon alfa interlesional, radioterapia. 
 
Candidíase Oral: CD4 entre 200-250. 
- Placas esbranquiçadas gomosas. 
- Quando esofágica, é definidora de AIDS. 
 
Onicomicose: Causada pelo Trichophyton rubrum � onicomicose branca. 
 
Dermatofitoses: Lesões agressivas e pruriginosas. 
 
HPV: exuberante e agressivo. 
 
Dermatite Seborreica: qualquer CD4. 
- Manifestações clínicas desaparecem com o uso de HAART. 
 
Angiomatose Bacilar: 
- Pápulas vasculares friáveis, placas ou nódulos eritematoso-violáceos. 
- Tratamento: eritromicina. 
 
Prurigo: Pápulas escoriadas, lesões hiperpigmentadas. 
 
Afta: gigante. 
 
Lipodistrofia: hipertrofia (giba) ou hipotrofia. 
 
Erupção cutânea adversa às drogas: SMZ-TMP. 
 
 
 
 
DERMATOLOGIA – Medicina UNIVILLE 
 
 
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PIODERMITES E OUTRAS DERMATOSES POR BACTÉRIAS 
- Processo primário (Staphylococcus aureus ou Streptococcus) ou secundário (lesão primária não está na pele). 
- Podem ser supurativas e não-supurativas (manifestações de hipersensibilidade a antígenos bacterianos). 
 
Mecanismos de defesa da pele 
- Proteção mecânica da camada córnea. 
- Baixo pH da pele (5,5). 
- Substâncias constituintes da secreção sebácea: ácidos graxos insaturados agem como antibacterianos. 
- Sequidão relativa da pele: limita o crescimento de gram -. 
- Fator de interferência bacteriana: presença de S. epidermidis impede o crescimento de S. aureus. 
- imunidade 
 
Fatores determinantes do comportamento clínico: 
- Patogenicidade do organismo; 
- Porta de entrada; 
- Respostas do hospedeiro à infecção. 
 
Impetigo: é contagiosa. 
- É a piodermite mais comum. 
- Agentes: 
• S. aureus: causa mais o bolhoso (vesículas � bolhas � crostas) 
• S. pyogenes: causa mais o não bolhoso/crostoso. 
Apresentação: 
- Mancha eritematosa � vesico-pápula� bolha purulenta, que pode ter até um nível. 
- Conteúdode crosta melicérica. 
- É comum ter lesões satélites e linfadenopatia regional. 
 
Impetigo Bolhoso: 
- Toxina epidermolítica causa clivagem intradérmica abaixo ou dentro do estrato granuloso. 
- Mais em crianças e lactentes, na face. 
- É auto-limitada. 
- Apresenta lesões em todos os estágios de desenvolvimento. 
- Bolhas se rompem expondo uma lesão com uma superfície erosada e escamas periféricas. 
- Complicação: osteomielite, artrite séptica e pneumonia. 
 
Impetigo não-bolhoso: 
- Mais em estações quentes e úmidas. 
- Pequenas vesículas ou pústulas � base úmida e avermelhada � fina crosta amarelada e aderente. 
- Lesões curam sem deixar cicatriz. 
- Pode ocorrer lesão satélites com extensão radial que duram semanas. 
- Pele intacta é normalmente resistente à infecção pelo Streptococcus, porém fatores como picadas de insetos e 
queimaduras permitem a sua invasão. 
- Pele ao redor do nariz, boca e membros é o local mais afetado. 
- Palmas e plantas não são afetadas. 
- Complicação: nefrite aguda e glomerulonefrite pós-estreptocócica. 
 
Tratamento: 
- Higiene adequada: Limpeza e remoção das crostas com água morna e sabonetes anti-sépticos, 2-3x/dia. 
- Nas formas localizadas por usar ATB tópico (gentamicina, neomicina+bacitracina, clindamicina). 
- Nas disseminadas ATB sistêmicos (penicilina, eritromicina, cefalexina). 
 
 
DERMATOLOGIA – Medicina UNIVILLE 
 
 
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Ectima: 
- Um pouco mais grave e um pouco mais profundo (ulceração) que o impetigo. 
- Causado pelo Streptococcus beta-hemolítico do grupo A. 
- Logo é contaminada pelo Staphylococcus. 
- Ulceração superficial, com crostas secas, duras e aderentes. 
- Podem ou não causar cicatriz. 
- Complicação: glomerulonefrite. 
- Mais em crianças, nas pernas. Associado com falta de higiene e traumatismo (coçar). 
- Tratamento com água morna e sabonete anti-séptico, pode usar ATB tópico (leve) ou sistêmico (disseminado). 
 
Síndrome da Pele Escaldada por Staphylococcus (SSSS)/Doença de Ritter: 
- Causada pela toxina epidermolítica do S. aureus (Epidermolisina � Desmogleína 1). 
- Nível da clivagem que dá o diagnóstico. 
- Ocorre clivagem subcórnea, camada granulosa da epiderme (sinal de Nikolsky positivo). 
- Geralmente após faringite, otite, conjuntivite ou outras infecções estafilocócicas. 
- Surge febre + eritema difuso e doloroso � bolhas flácidas � grandes áreas esfoliativas. 
- Não há comprometimento de planta, palma ou mucosas. 
- Ocorrem em crianças geralmente <5anos e RN. 
- Tratamento: oxacilina. 
*Necrose epidérmica tóxica: geralmente por drogas, mais em adultos, separação dermo-epidérmica, envolve 
mucosa. 
 
Síndrome do Choque Tóxico: 
- Doença febril aguda causada por cepas de S. aureus produtores de toxina. 
- Mortalidade de 5 a 15%. 
- Pode ser causado pelo Streptococcus, com mortalidade de até 50%. 
- Maior parte dos casos em pessoas saudáveis entre 20 e 50 anos. 
- Fatores de risco: ferida operatória, menstruação, queimaduras. 
- Clínica: Febre alta, exantema cutâneo, hipotensão, envolvimento de múltiplos órgãos, língua em morango, 
hiperemia conjuntival. 
- Após 1 a 2 semanas ocorre descamação do rash � Nikoslky + 
- Tratamento: suportivo, hidratação e ATB (Pode usar oxacilina e penicilina, conforme o agente causador). 
 
Foliculite: 
- São piodermites que se iniciam no folículo piloso. 
Foliculite superficial/Osteofoliculite/Impetigo de Bockhart: 
- Pequena pústula folicular da qual, após ruptura e dessecação, forma crosta. 
- Geralmente numerosas e altamente contagiosas. 
- Pode se cronificar. 
- Em couro cabeludo e extremidade. 
- Não interfere no crescimento do pelo. 
 
Sicose de Barba: 
- Pústula folicular centralizada por pelo e podem ocorrer placas vegetantes e infiltrativas. 
- Sem tratamento tende a cronificar. 
- Não interfere no crescimento do pelo. 
 
Sicose Lupóide 
- Variante da de cima em que ocorre queda do pelo, deixando cicatriz (piodermite cicatricial) e alopecia. 
 
Hordéolo: 
- Infecção estafilocócica, profunda, dos cílios e glândulas de Meibomius. 
- Edema intenso e dor. 
DERMATOLOGIA – Medicina UNIVILLE 
 
 
21 
Foliculite Dissecante do Couro Cabeludo: 
- É uma foliculite secundária causada por S. aureus. 
- Ocorre hiperqueratose, obstrução do óstio folicular, retenção, infecção, fístulas, cicatrizes hipertróficas e 
queloideanas. 
- É uma forma crônica. 
- Tem cicatrizes, alopécicas, fístulas e abscessos. 
- Tratamento com ATB e isotretinoína. 
 
Foliculite Decalvante: rara. 
- Caráter crônico, também causado por S. aureus. 
- Leva a destruição do folículo com alopecia centrífuga cicatricial. 
- Placas com pústulas foliculares na periferia, progressão centrífuga. 
- Preserva alguns tufos capilares. 
*Arnozan-Dubreuilh: quando ocorrem em membros inferiores. 
 
Foliculite Queloidiana da Nuca/Acne Keloidans: 
- Típica da raça negra, normalmente na nuca e mais em homens. 
- Há politriquia: fusão de folículos na superfície da pele, dos quais emergem 2 ou 3 pelos. 
- Segue infecção profunda por S. aureus ou gram-. 
- Formação de fístulas com cicatrizes queloidianas. 
 
Furúnculo e Antraz: 
- Furúnculo: infecção por Staphylococcus de UM folículo + glândula sebácea (aparelho pilosebáceo). 
- Antraz é a fusão de vários furúnculos. 
- Deixa cicatriz. 
- Comum: face, pescoço, axilas e nádegas. 
 
Pseudofoliculite de Barba/Virilha: 
- Mais comum na raça negra, mestiços. 
- Pelo não sai da pele ou mal sai e já entra novamente. 
- Hábito de se barbear/depilar regularmente é pré-requisito obrigatório. 
- Pessoa vai ficando com o pescoço escuro. 
- Não tem infecção. 
- Tratamento: Sabonete anti-séptico antes e após ato de se barbear ou depilar. Em seguida ATB tópico 
eventualmente associado com corticóide. 
 
Erisipela 
- Causada por Streptococcus pyogenes. 
- É abrupta, rápida progressão, geralmente em membros inferiores, dolorosa, superficial, eritematosa, bordos bem 
definidos. Pode ser bolhosa. 
- Mal-estar, febre e calafrio. 
- Tratamento com ATB (amixo+clavulanato ou penicilina G; eritromicina ou macrolídeo). 
 
Celulite: 
- Uma erisipela mais profunda, pois atinge a derme e hipoderme. 
- Causada pelo S. aureus ou Streptococcus pyogenes. 
*Em crianças, pode ser causado pelo H. influenza tipo B. 
- Lesão não é elevada e a demarcação da pele íntegra não é distinta como na erisipela. 
- Tecido duro à palpação e extremamente doloroso. 
- Existe uma porta de entrada. 
- Se for de repetição pode causar elefantíase do membro. 
- Pode ter febre, mal-estar, leucocitose com desvio à esquerda e ↑do VHS. 
 - Tratamento com oxacilina, cefalotina e vancomicina. 
DERMATOLOGIA – Medicina UNIVILLE 
 
 
22 
Erisipilóide: 
- Erysipelothrix insidiosa. 
- Contaminação acidental, por ferimento ao manusear material contaminado (açogueiro, pescadores). 
- Ocorre uma celulite com rubor na mão que geralmente regride em 2 semanas. 
- Tratamento com penicilina. 
 
Eritrasma: 
- Corynebacterium minutissimum. 
- Manchas castanhas ou marrons, descamativas, bordas bem delimitadas. 
- Lembra tinea ou pitiríase. 
- Associado com diabetes. 
- Ocorre em qualquer dobra. 
- Na luz de Wood fica vermelho coral. 
- Tratamento com ácido salicílico, clindamicina e eritromicina tópicos. 
 
Outras Piodermites: 
- meningococcemia aguda 
- infecção por Pseudomonas sp. 
- infecção gonocóccica disseminada 
 
 
 
ABORDAGEM SINDRÔMICA DAS ÚLCERAS GENITAIS 
 
Doenças Sexualmente Transmissíveis 
- Estão entre os problemas de saúde pública mais comuns em todo o mundo. 
- Leva a infertilidade feminina e masculina. 
- Transmissão de mãe para filho. 
- Para melhorar a qualidade de atenção às pessoas com DST, traz as principais recomendações para controle, 
diagnóstico e tratamento para DST. 
- O atendimento imediato de uma DST não é apenas uma ação curativa, é também uma ação preventiva da 
transmissão e do surgimento de outras complicações. 
- Ao agendar a consulta para outro dia, pode ocorrer o desaparecimento dos sintomas, desestimulando a busca por 
tratamento.Como consequência, a infecção pode evoluir para formas crônicas graves e se mentem a transmissão. A 
espera em longas filas, o agendamento para nova data, a falta de medicamentos e a discriminação e/ou falta de 
confidencialidade são fatores que induzem à busca de resolução fora do sistema formal de saúde (farmacêutico). 
- Para propiciar o diagnóstico precoce e imediato, se baseia em fluxogramas e diagnósticos de conduta. 
- As infecções mistas ocorrem com frequência, consequentemente, os custos com o tratamento em excesso são 
compensados pelos custos elevados que advirão ao se deixar de tratar pessoas. 
- Uma única consulta deve prover diagnóstico, tratamento e aconselhamento, além do acesso aos insumos de 
prevenção. 
- Exames laboratoriais confirmam a adequação dos tratamentos prescritos. 
- A consulta clínica se completa com a prescrição e orientação para tratamento, as ações complementares (triagem 
sorológica para sífilis / HIV / hepatite B e C) e o seguimento. 
- Recomenda-se vacinação contra hepatite B para indivíduos abaixo de 30 anos. 
- O aconselhamento para redução do risco, as intervenções para adesão ao tratamento e a estratégia de 
comunicação e tratamento de parceiros devem ser realizados. 
 
Paciente com queixa de úlcera genital � anamnese e exame físico � história ou evidência de lesões vesiculosas: 
• Sim: tratar herpes genital. 
• Não: tratar sífilis e cancro mole. 
DERMATOLOGIA – Medicina UNIVILLE 
 
 
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Lesões com mais de 04 semanas? 
• Não: tratar sífilis e cancro mole. 
• Sim: tratar sífilis e cancro mole, fazer biópsia +, tratamento para donovanose. 
*SABER: aconselhar, oferecer anti-HIV, VDRL, sorologia para hepatite B e C, vacinar contra hepatite B, 
enfatizar adesão ao tratamento, notificar, convocar parceiros e agendar retorno. 
 
- A evidência ou história de vesículas agrupadas “em cacho”, sobre base eritematosa, cujo aparecimento foi 
precedido de aumento de sensibilidade, ardência, prurido ou sintomas uretrais (dor ou ardência), especialmente 
com história de recorrência das lesões, é suficiente para o diagnóstico de úlcera genital. 
 
Herpes Genital 
- No início as vesículas são translúcidas e depois ficam purulentas devido à infiltração de neutrófilos. 
- Vesículas agrupadas com base eritematosa. 
- Tratamento para o primeiro episódio: iniciar o mais precocemente possível, com aciclovir 200mg 4/4h 5x/dia por 
07 dias ou 400mg VO 8/8h por 07 dias; ou valaciclovir ou famiciclovir. 
- Tratamento nas recorrências: iniciado de preferencia ao aparecimento dos primeiros pródromos (aumento de 
sensibilidade / ardor / dor / prurido) com aciclovir 400mg VO 8/8h por 05 dias; ou valaciclovir ou famiciclovir. 
- Nos casos de recidivas muito frequentes (06 ou mais episódios/ano) fazer terapia supressiva com aciclovir 400mg 
por até 06 anos. 
- Gestantes: tratar no primeiro episódio em qualquer trimestre da gestação. 
 
- Na ausência de lesões vesiculosas, recomenda-se o tratamento presuntivo para as duas causas mais frequentes de 
úlcera genital, a sífilis primária e o cancro mole: 
• Sífilis: primeira opção é a penicilina G benzatina IM DU. Segunda opção é a doxiciclina 100mg VO 12/12h por 
14 dias ou até a cura clínica – CI para gestantes ou nutrizes. 
o Se alérgico a penicilina: estearato de eritromicina 500mg VO 6/6h por 15 dias. 
• Cancro mole: primeira opção é a azitromicina 1g VO em DU ou ciprofloxacina 500mg VO 12/12h por 03 dias 
– CI para gestantes, nutrizes e menores de 18 anos. Segunda opção é a ceftriaxona 250mg IM DU. 
o Pacientes gestantes: eritromicina ou ceftriaxona. 
 
- Se lesão tiver mais de 04 semanas, suspeitar de donovanose, linfogranuloma venéreo ou neoplasias. Encaminhar o 
paciente, ou se houver condições, fazer biópsia. Iniciar tratamento para donovanose com doxiciclina 100mg VO 
12/12h por no mínimo 03 semanas ou até a cura clínica. Alertar o paciente para a longa duração do tratamento. 
 
Sífilis 
- Doença infecciosa crônica, causada pela bactéria Treponema pallidum. 
- Contraída pelo: contato direto com lesões aberta, transfusão de sangue contaminado (sífilis decapitada) e via 
transplacentária. 
- Capaz de penetrar na pele e mucosas íntegras, porém, sua penetração é muito facilitada quando há solução de 
continuidade. 
- A infeção generalizada ao longo de poucas horas. 
 
História Natural da Sífilis Não Tratada: 
1. Inoculação: 10-90 dias (21 dias) incubação. 
2. Sífilis primária: cancro persiste 2-6 semanas (cancro duro). 
3. De 6-11 semanas após a infecção: sífilis secundária. Após 3-8 semanas as lesões desaparecem 
espontaneamente. Pode evoluir para sífilis latente (25% dos pacientes tem recaída dentro de 1-2 anos), que 
pode durar de 2-20 anos de evolução. 
4. 33% tem cura clínica e sorológica, 33% sem sintomatologia e 33% sífilis terciária. 
 
Cancro duro: lesão bem delimitada, pequena, sem odor, bem arredondada, fundo limpo, quase sempre seca (exceto 
se infecção secundária), cor de “presunto”, com reação inflamatória local importante (por isso cancro duro – é muito 
infiltrada). Geralmente única, mas pode-se ter mais de uma lesão (cancro em beijo ou capa de livro). 
DERMATOLOGIA – Medicina UNIVILLE 
 
 
24 
- Reação ganglionar regional múltipla acontece após 1-2 semanas do aparecimento do cancro: “sombra do cancro” – 
indolor, pequenos, unilaterais, bem definitos, móveis, borrachosos e nunca coalescem ou supuram (diagnóstico 
diferencial com outras DSTs). 
• Localização: 90-95% dos casos aparecem na região genital. 
o Homem: sulco balanoprepucial, prepúcio, meato uretral ou mais raramente intra-utetral. 
o Mulher: pequenos lábios, parede vaginal e colo uterino. Como é indolor, às vezes passa despercebido 
(diagnóstico menos frequente). 
o Extragenital: cancros podem ocorrer em qualquer região. 
 
Cancro misto de Rollet: 
- Resultado de infecção conjunta com o Haemophiluis ducrey (cancro mole). 
- as lesões tendem a apresentar características de ambas doenças. 
- É importante citar que as patologias foram adquiridas em épocas diferentes, pois os períodos de incubação são 
distintos: sífilis de 21-30 dias e cancro mole de 2-5 dias. 
 
Sífilis Primária: 
- O cancro não tratado regride espontaneamente em 2-6 semanas, sem deixar cicatriz. 
- Após o tratamento, cura rapidamente e deixa de ser infectante em 24 horas. 
 
Sífilis Secundária: 
- Pródromos: mal estar, astenia, cefaleia, meningismo, anorexia, perda de peso, dor de garganta, rouquidão, 
artralgia, hepatoesplenomegalia (hepatite leve), síndrome nefrótica, glomerulonefrite, neurite do auditivo, 
iridociclite, fotofobia, linfadenopatia generalizada. 
- Lesões cutâneas (80% dos pacientes com LII): as sífilis ocorrem por surtos e são bastante variadas em sua 
aparência. Simultâneas, disseminadas (principalmente em tronco e palmoplantar), distribuição simétrica, aspecto 
uniforme. É a grande imitadora. 
- Podem ser maculopapulosas, papulosa, maculosa, anulosa, papulopustulosa, psoriasiforme, folicular. 
- Tipo de lesões: róseas, acobreadas ou vermelho-escuras; prurido e dor ausentes, quase nunca vesiculosas ou 
bolhosas, descamação supercificial, enduradas, pequenas (milimétricas), pigmentação residual ou despigmentação 
(“colar de Vênus”), podem ser muito discretas e de difícil visibilidade (propriamente negros). 
 
• Roséola sifilítica: é a mais precoce e não-pruriginosa, se acontece no inverno o paciente nem percebe. 
• Erupção papuloescamosa generalizada: é a mais frequente e acontece depois da roséola (parece psoríase). 
• Erupção maculopapulosa e psoriasiforme. 
• Colarete de Biett: lesões papulosas recorbetas por discreta escama – mais intensa na periferia, de superfície 
plana, arrendondadas, eritemato-acobreadas. 
• Patch mucoso na boca e em genitais (são indolores), pápula dividida (faz ragádea), nódulos granulomatosos. 
• Alopécia em clareira ou “roída de traça”, sinal de Fournier (rarefação do terço distal de sombrancelha). 
• Sifílides circinadas ou elegantes: lesões em semicírculos, mais em negros. 
• Condilomas planos: pápulas largase nódulos rosa-acastanhados, úmidos, macios e com superfície plana. 
o O condiloma lata é rico em treponemas e altamente contagioso. 
 
Sífilis Latente: 
- Sororreatividade sem outras evidencias de doença ativa. 
- Começa com a passagem do 1º episódio de LII e pode durar indefinidamente. 
- Geralmente não é infecciosa, exceto em mulheres grávidas. 
- Adquiriram a doença dentro do ano precedente: teste sorológico recém-reativo em um indivíduo de outro modo 
assintomático que realizou um teste sorológico negativo no ano anterior. 
- Tardia: mais de 01 ano de evolução, recaídas mais infecciosas ocorrem no 1º ano, disseminação mais infecciosa da 
sífilis se dá durante o 1º ano de infecção. 
- Recidiva: 20-30% dos pacientes desenvolve lesões similares às do estágio secundário, em menor número, maiores, 
mais bem formadas, mais endurecidas. 
 
DERMATOLOGIA – Medicina UNIVILLE 
 
 
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Sífilis Terciária: primeiro as gummas (manifestações cutâneas), mais tardio é a neurossífilis. 
 
Diagnóstico: 
- Lesão primária: raspado da lesão e microscopia em campo escuro – padrão ouro da lesão ativa (1ª e patch mucoso) 
- Sorológicos: VDRL (triagem e acompanhamento) e FTA-ABs (confirmatório, mais sensível e específico e fica positivo 
para sempre). 
- Se eu tenho lesão ativa do cancro duro, ainda não vou positivar para FTA-Abs e VDRL (muito recente). Então se faz 
exame direto, com microscopia de campo escuro. 
 
Tratamento: 
- Penicilina benzatina. Na primária DU 2.400.000, na secundária e latente a dose passa para 4.800.000 e na latente e 
terciária 7.200.000. 
- Gestante: igual ao adulto conforme estágio da doença. Se dúvida, usa três doses, evitar sífilis congênita. 
- Drogas alternativas: doxaciclina 200mg/dia, tetraciclina e eritromicina (estearato) 500mg 6/6h todas por 15 dias na 
sífilis recente. 
- Reação de Jarish Herxheimer: reação após tratamento (4-12h), cursa com exacerbação das lesões, sintomatologia 
sistêmica como febre, calafrios, cefaleia, mialgias, artralgias e alterações laboratoriais (leucocitose com linfopenia). A 
frequência varia de 30-70% na sífilis primária e secundária. Pode ocorrer com outros fármacos além da penicilina. 
 
Controle de cura: VDRL 3, 6 e 12 meses após o tratamento. Títulos baixos (1:2 e 1:4) podem persistir por vários 
meses ou indefinidamente (cicatriz sorológica – IgG positivo mas IgM negativo). 
 
Cancro Mole 
- Bacilo Haemophilus ducrey, bacilo gram negativo, ligado ao baixo nível sócio-economico, mais em homens. 
- Clínica: quebra do epitélio durante o ato sexual, período de incubação de 2-5 dias. 
- Lesões: mácula inflamatória, vesículas ou pústulas, úlcera secretante. 
- Úlceras dolorosas, sangram com facilidade, secretantes de base úmida, borda irregular e eritematosa, fundo sujo 
recoberto por tecido necrótico e odor fétido. Localiza-se na genitália e em torno do ânus. 
- Aumento da sensibilidade dos linfonodos inguinais, que tornam-se flutuantes e rompem-se espontaneamente. 
- Diagnóstico: bacterioscopia (método eletivo), cultura (48h), reação de fixação do complemento. 
 
 
 
HANSENÍASE 
- Primeiro sistema acometido é o SN periférico (células de Schwann), depois a pele. 
- É uma doença de notificação compulsória. 
 
Epidemiologia: 
- 1991: OMS propôs eliminação da hanseníase até 2000, objetivando a prevalência <1:10000 habitantes. 
- Brasil: compromisso de eliminar até 2010, dando mais acesso ao diagnóstico e tratamento gratuito. 
- Mais na região tropical, não por maior “afinidade” com o tempo, e sim porque é a faixa que mais tem países 
pobres. 
- A partir de 1995, a poliquimioterapia tem sido disponibilizada gratuitamente pela OMS em todos os países 
endêmicos. 
 
Características: 
- Micobacterium leprae tem alta infectividade e baixa patogenicidade. 
- É um BAAR que consegue formar aglomerados (globias). 
- Não é cultivada. 
- É um organismo intracelular obrigatório (células de Schwann). 
- Período de incubação pode ser de até 30 anos, mais a maioria é de 4-10 anos. 
- Homem é o único reservatório natural. 
DERMATOLOGIA – Medicina UNIVILLE 
 
 
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- Contágio se dá pelas vias aéreas superiores. 
- Risco de contágio de 0,02% na população geral. 
- Os multibacilares são a principal fonte de infecção. Maioria dos que se contaminam é porque tem contato longo e 
prolongado com o indivíduo doente. 
- Acomete homens e mulheres de maneira igual, em qualquer idade. 
*MH: mal de Hansen. 
 
Patogênese: Não se sabe por que alguns adquirem a doença e outros não. 
- A imunidade humoral é ineficaz. 
- HLA DR2 e DR3 O paucibacilar � padrão de resposta Th1 (IL-2 e IFN-γ). 
- Se deixa multiplicar – forma multibacilar � padrão de resposta Th2 (IL-4, IL-5, IL-10). 
 
Classificação: 
- 3 maneiras de classificar (Madri, Operacional – multi ou paucibalicar; e Ridley e Jopling). Madri é a mais aceita. 
- Virschowiano: multibacilares. São os mais perigosos. Muitos nódulos. 
- Dimorfo: placas 
- Indeterminado: manchas brancas 
- Tuberculóide. 
Existem as formas paucibacilares e as multibacilares (> ou igual a 5 lesões ou mais de um tronco nervoso acometido). 
 
Hanseníase Indeterminada: É a primeira que normalmente aparece na pessoa. A partir desta apresentação pode 
seguir para qualquer caminho, pode curar, pode seguir para muitos ou poucos bacilos. 
- Alteração de sensibilidade ainda indefinida. 
- Áreas de alopecia e de anidrose. 
- Manchas hipocrômicas, hipocrômicas-eritematosas e eritematosas. 
- Acomete qualquer área do corpo e normalmente são lesões únicas. 
- Filetes nervosos estão alterados, glândulas sudoríparas não funcionam. 
- Tratamento com poliquimioterapia com duas drogas só. 
- Primeiro ocorre alteração da sudorese �térmica �dolorosa �tato. 
 
Hanseníase tuberculóide: pode surgir da indeterminada não tratada. Caracteriza a forma clínica de contenção da 
multiplicação bacilar, é o polo de resistência. 
- Lesões bem delimitadas, número reduzido, eritematosas com perda TOTAL de sensibilidade de maneira 
assimétrica. Pode ser levemente rosada ou hipocrômica. 
- HT infantil: crianças que convivem com portadores multibacilares. As crianças são paucibacilares. As lesões podem 
ser nódulos, placas, tricoficoídicas ou sarcóide. Geralmente é no rosto. 
- HT neural: Nervo ulnar e mediano são muito acometidos. Pode observar espessamento neural. Cada nervo atingido 
traz uma consequência. 
• Quando tem lagoftalmo o comprometimento é do nervo facial. 
• Pé caído o nervo acometido é o fibular comum. 
• Mau perfurante plantar quando acomete o nervo tibial posterior. 
 
H. Virchowiana/Lepromatosa: é multibacilar. Corresponde ao polo de baixa resistência. 
- Pode ter mácula, pápula, com infiltração difusa, mais acentuada em rosto. De cor acastanhada. 
- A lesão nervosa é irreverssível. 
- Pode ocorrer madarose, fácies leonina, mudando a fisionomia da pessoa. O nariz pode cair. Fácies infiltrada. 
- Pele luzidia, xerótica, aspecto apergaminhado e tom de cobre. 
- Rarefação de pelos. 
- Variadade Históide: são lesões vegentes. 
 
Lepra de Lúcio ou Lepra Bonita / Lepromatose Difusa: Infiltração difusa da pele, sem nódulos ou placas. É um subtipo 
de Virchowiana. Observa o fenômeno de lúcio. Reação de medina se dá 6h após a inoculação. 
 
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H. Dimorfa ou Borderlina: lesões numerosas, assimétricas, com grande incapacidade física. 
- Lesões hipocrômicas, áreas infiltradas. Bordas hieprcrômicas. 
- Borderline tuberculóide: Verdadeiras placas ou manchas eritematosas, anulares, de maior extensão. Sempre 
inssensíveis. 
- Borderline: lesão tipo queijo suíço. Limites internos nítidos e externos não. Febre, reação, leucemóide, ↑VHS, PCR, 
FR, FAN aumentados. 
- Borderline virchowiana: Grande quantidade, placas, bordos hipercrômicos, aspecto faveolar ou anular. 
 
Estados Reacionais: 
Hanseníase Reacional – tipo 1: Aumento da inflamação numa lesão estabelecida. 
- Lesões fortes, com sensibilidade, feridas, inclusive com secreção. 
- Reação de hipersensibilidade do tipo IV. 
- Normalmente no início do tratamento.- Só em quem tem imunidade celular. 
 
Hanseníase Reacional – Tipo 2: É mais vasculite. 
- Pacientes multibacilares; 
- Paciente pode ter junto orquite, linfadenite, glomerulonefrite, febre, inflamação. 
- Tratamento com ATB geralmente. Continua com o tto da hanseníase e faz outros para retirar da reação. 
 
Fenômeno de Lúcio: mais em lepra bonita. Tem bacilos íntegros que faz uma vasculite e causa necrose. 
Pessoa está bem e derepente surgem inúmeras feridas, odor fétido. 
 
Consequência das neuropatias: úlceras, garras, deformidades, pé caído, lagftalmo, nariz em sela, nariz caído, 
espessamento nervoso, mão caída, mal perfurante plantar. 
 
Diagnóstico: 
- 1 ou mais: 
• Lesão de pele com alteração da sensibilidade 
• Espessamento do nervo periférico (prova da pilocarpina) 
• Baciloscopia positiva. 
- Prova da histamina (pesquisa tríplice reação de Lewis): eritema inicial, eritema pseudopódico, seropápula. 
- Baciloscopia: analisada por pequeno corte. Mais em regiões frias, como orelhas, cotovelo, joelhos. 
- Reação de Mitsuda: reação subcutânea. Não possui valor diagnóstico, só diz se tem ou não imunidade celular para 
hanseníase. Injeta 0,1 mL de antígeno � se a reação eritematosa endurada for maior que 5 mm é positiva, se for de 
5 a 10mm e ulcerada é fortemente positiva, se <5mm é negativa. Formas Virchowianas o Mitsuda é negativo, na 
forma tuberculóide é positiva. Na forma negativa o corpo nem reage contra o indivíduo, ele vem e toma conta. 
 
Diagnóstico diferencial: 
- HD: Ptiríase alba, ptiríase versicolor, dermatite seborréica, nevo acrômico e anêmico, manchas café-com-leite, 
vitiligo, esclerodermia em placa, pinta, leucodermia gutata, hipomelanose idiopática do tronco. 
- HT: Vitiligo, lupus, psoríase, dermatite seborreica, sarcoidose, granuloma anular. 
-HV: Sífilis, leishmaniose, neurofibromatose, linfoma cutâneo, micose fungóide, leucemias, LES. 
- Neuropatias periféricas: Túnel do carpo, neuropatia alcoólica, neuropatia diabética. 
 
Tratamento: 
- Paucibacilares: dapsona, rifampicina (sempre sob supervisão) � 6 meses. 
- Multibacilares: dapsona, clofazimina, rifampicina (sob supervisão) � 12-18 meses. 
- Reação tipo 1: manter o tratamento para hanseníase + prednisona. Fenômeno de lúcio é reação tipo 1. 
- Reação tipo 2: manter o tratamento para hanseníase + AINE e analgésico OU talidomida (não pode usar em 
mulheres em idade fértil). 
*se paciente com AIDS, mantém o tratamento para hanseníase. 
 
DERMATOLOGIA – Medicina UNIVILLE 
 
 
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Profilaxia: Diagnóstico precoce e tratamento precoce. 
- BCG confere certa proteção (50% em todas as formas clínicas). 
- Pessoas que tiveram contato com doentes por 5 anos devem ser controlados. 
• Com cicatriz da BCG: faz mais uma BCG. 
 
 
 
MICOSES SUPERFICIAIS 
- Superficial: invade estrato córneo, cabelos e unhas. 
- Subcutânea: envolve derme e subcutâneo. Frequentemente secundária a implantação traumática. 
- Sistêmica: profunda (disseminação hematogênica) e oportunista (em imunocomprometidos). 
 
Resposta Inflamatória Mínima: Pitiríase versicolor (Malassezia furfur), Tinea nigra (E. werneckii; mancha escura 
na palma ou planta), Piedra preta (Piedra hortae), Piedra branca (Tricosphorum beigelli). 
* Piedra preta e Piedra branca são “bolinhas” grudadas na raiz do 
cabelo (não confundir com dermatite seborréica - caspa). 
 
Resposta inflamatória comum: Candidíase cutânea (dor, coceira, eritema), Tinea capitis, Tinera barbae, Tinea 
faceis, Tinea corporis, Tinea cruris, Tinea manum, Tinea pedis. 
 
Dermatofitoses: 
-Infecção descamativa crônica da superfície plantar 
- Nomes populares: “tinha”, frieira 
- Tratamento de primeira escolha é o Itraconazol. 
- Atacam a camada mais superficial, apenas onde tem queratina. 
- Microsporum, tricophytum, epidermophytum. 
- Podem ser antropofílicos (são os mais leves, dão menos eritema), zoofílicos (inflamação intensa, com vesiculação, 
pústula) e geofílicos (inflamação moderada). 
 
Tinhas: 
- Tipo de invasão: endótrix (dentro do fio) e ectótrix (fora do fio). 
- Pode causar endemias, pois alguns são altamente contagiosos. 
- A raiz e o bulbo estão intactos, o fio de cabelo é cortado pelo fungo. 
- O couro cabeludo é mais endurecido e áspero, consegue ver os tocos de fio de cabelo, diferentemente da alopécia 
areata. 
- Tinhas: observar pontos pretos ou brancos não inflamatórios. 
- Formas: 
• Tinea capitis: M. canis, T. violaceum, T. tonsurans. 
o Placa tonsurante por Microsporum � não dá alopecia cicatricial. 
o Múltiplas placas de tonsura � Tricophitum. 
o Tinha tricofítica (T. violaceum) é muito contagiosa – localizada no couro cabeludo. 
 
• Quérion: em região pilosa, bastante localizada e inflamatória. 
o Dor, vesículas, pus, crosta hematomelicélica e causado geralmente por zoofílicos. 
 
• Tinha favosa (T. schoenleinii): é endêmica 
o Escamas amareladas,formas de cálices em volta do cabelo (escútulas) e aspecto de favo de mel. 
o ↑contagiosa 
o Alopécia permanente (atinge a raiz do cabelo � morte do folículo). 
 
• Tinea Barbae: podem aparecer os mesmos fungos. Pode ter um bordo bem delimitado. 
DERMATOLOGIA – Medicina UNIVILLE 
 
 
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• Tinea Facei: pode confundir com impetigo. 
 
• Tinea Corporis: quase sempre tem placas com bordos delimitados e ativos com novos círculos no meio. 
 
• Tinea Cruris: de região inguino-crural (virilha). Cor mais escura. 
o Diagnóstico diferencial: intertrigo e eritrasma. Por C. albicans e C. minutissimum tem lesões satélites e 
bordos mal delimitados. 
 
• Tinea manus: descamação, coceira. Diagnóstico diferencial com eczema de contato. Tanto palma quanto dorso. 
 
• Tinea pedis: pode ter bolhas nas formas agressivas. Pode ser em um ou nos dois pés. Diagnóstico diferencial com 
ceratólise plantar sulcada. 
 
• Tinea pedis interdigital (“Pé-de-Atleta”): tem dor, dificuldade de caminhar. Pode ter só dermatófito, só candida 
ou as duas coisas, normalmente os dois juntos. 
 
• Tinea imbricata: faz “desenhos”. Placas descamativas imbricatas (com desenhos em espiral). Pode ocorrer em 
qualquer parte. 
 
Dermatofitoses Ungueais/Onicomicose: 
- Ocorre onicorrexe (fragilidade anormal da unha que se fissura longitudinalmente) e onicólise (descolamento da 
unha do leito ungueal). 
 
Pitiríase Versicolor/Tinea versicolor: Malassezia furfur. 
- Algumas pessoas podem ter coceira, mas não é comum. Quando sente coceira é porque as lesões estão mais 
eritematosas. 
- Normalmente são pequenas placas lenticulares que podem se juntar. 
- Observa se tem sinal de Zilery (estica a pele e vê se tem descamação) 
- Fica branco, pois o próprio fungo produz ácido azilaico (branqueador de pele) e também porque inibe a tireosinase, 
impedindo o bronzeado. 
- Tratamento: Cetoconazol. 
 
Candidíase/Monilíase: Candida albicans. 
- É o sapinho da criança. 
- Placas úmidas e esbranquiçadas. 
- Pode causar balanite ou vulvovaginite se ocorrer na região genital. 
- Os onicomicoses tem sempre uma paroníquia (espessamento da unha) importante, diferentemente do 
dermatófito. Apresenta também onicólise e onicorrexe e onicomadese (desprendimento proximal para distal). 
- Forma ondulações na unha, tem dor, pode sair secreção purulenta. 
- Em crianças pode ocorrer candidíase das fraldas. 
- Tratamento: oral usa nistatina, genital usa imidazólicos tópicos (miconazol, clotrimazol), paroníquia por cândida usa 
imidazólico tópico. 
 
 
 
MICOSES PROFUNDAS 
Paracoccidioidomicose/Blastomicose sul-americama/Doença de Lutz-Splendore-Almeida: Paracoccidioides 
brasiliensis. 
- Infecção sistêmica crônica ou subaguda, granulomatosa. 
- Atinge o homem por aspiração, ingestão ou inoculação. 
- Mais em homens de zona rural de 20-40 anos (o estrogênio tem papel protetor). 
- São lesões polimórficas, pode atingir qualquer órgão (mais adrenais, sistema nervoso e pulmões). 
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Infecção: contato com o fungo, sem sintomas/subclínico. Tem testes intradérmicos positivos. 
 
Doença: 
- Aguda ou subaguda: maisjuvenil, de evolução rápida, dissemina para órgãos e sistemas. Cursa com linfadenopatia 
generalizada, podendo evoluir com fístulas, febre, hepatoesplenomegalia e lesões ósseas. Acometimento muco-
cutâneo é incomum. 
- Crônica: típica do adulto. O comprometimento geral é progressivo. 
• Tem várias formas: 
o Mista 
o Lindonodular ou Linfática 
o Tegumentar ou muco-cutânea: estomatite aguiar pupo (pontilhado hemorrágico moriforme). Com o tempo 
as lesões tornam-se úlcero-vegetantes, atingindo grandes extensões. Linfadenopatia que pode supurar. 
� Tegumentar por disseminação hematogênica. Vários estágios (eritemato-papulosas, papulo-pustulosos, 
papulo-vegetantes e úlcero-crostosos). Também chamada de forma sarcoídica (infiltrada e liquenóide de 
cor vermelho-cúprica). 
o Viscerais: pulmão é o principal atingido. Infiltrado reticulo-nodular em asa de borboleta no RX. 
Comprometimento das adrenais é frequente, pode fazer síndrome de Addison (astenia, hipotensão e 
melanodermia). 
 
Diagnóstico: 
- Pesquisa direta do agente no escarro, biópsia da lesão, pus de linfonodos ou pesquisa de anticorpos. 
- Exame direto: aspecto de roda de leme 
- Cultura: crescimento de colônias brancas. A 25ºC tem forma micelial, em 37ºC tem forma de levedura (fungo 
dimórfico térmico). 
- Material corado por HE: formas arredondadas de parede grossa e refringente. Pode encontrar as rodas de leme. 
- Material corado pela prata: também observa as rodas de leme 
- Reação de Fava Neto: fixação do complemento detecta anticorpos anti P. brasiliensis de maneira quantitativa. Pode 
ser positivo também na histoplasmose. 
 
Tratamento: por pelo menos 2 anos! 
Usa itraconazol, SMT-TMP. Anfotericina B nas formas graves. 
 
Esporotricose: Sporothrix schenckii. 
- É dimórfico e existe na natureza. 
- Introduz-se através de algum traumatismo., em ambientes rurais 
- Infecção subaguda ou crônica, caracterizada por pequenos tumores subcutâneos (gomas, pois podem fistulizar), 
que tendem à supuração e ulceração. Característica de nódulos em rosário ascendentes a partir do local de 
inoculação � linfangite nodular ascendente. 
- A lesão de inoculação se chama cancro. 
- Diagnóstico: Exame a fresco não revela nenhuma forma conclusiva. Diagnóstico por cultura leva de 5-21 dias; é um 
fungo dimórfico. 
- Tratamento: Iodeto de potássio em doses crescentes. Pode usar itraconazol. 
 
Cromomicose/Dermatite Verrucosa/Micose de Pedrose e Lane/Cromoblastomicose: 
- Agentes: Fonsecaea pedrosoi (mais comum), F. compacta, Phialophora verrucosa. 
- Lesões nodulares, verrucosas, papilomatosas e, às vezes, ulceradas. 
- Típica de MMII, cronifica com muita facilidade. Normalmente unilateral. 
- Pode ocorrer em mãos, braços. 
- É um fungo de coloração escura. 
- Principal via de transmissão é por solução de continuidade, uma ferida, um arranhão. 
- Diagnóstico: exame direto (fungo escuro). 
- Tratamento: 
• Formas localizadas: destrói a lesõa. 
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• Formaz extensas: Itraconazol e/ou Flucitosina. 
 
Lacaziose/Doença de Jorge Lobo: Loboa loboi. 
- Lesão verrucosa ou vegetante, nodular ou tumoral e semelhante ao quelóide. 
- Comum no norte do Brasil. 
- Inoculação do agente por traumatismo. 
- Infecção limitada à pele e semimucosas. 
- Traz poucos efeitos sistêmicos. 
- Um dos locais de predileção são as orelhas. 
- Diagnóstico: exame direto (célula globosa leveduriforme com inclusões lipídicas). Não é cultivada em cultura. 
- Diagnóstico Diferencial com hanseníase e quelóide. 
- Tratamento: Se lesão isolada - retirada com cirurgia. As drogas antifúngicas não dão resultado muito satisfatório, a 
melhor é a clofazimina. 
 
Histoplamose/Doença de Darling: Histoplasma capsulatum. 
- Doença granulomatosa adquirida pela aspiração do agente. Comum em locais onde há excremento de pássaros. 
- Formas: 
• Assintomática: entram em contato e não desenvolvem sintoma ou sintomas muito leves. Gânglios mediastinais 
aumentados (semelhante à TB). 
• Generalizada: disseminação pulmonar, espalha para fígado, baço e linfonodos. Lembrar em imunodeprimidos. 
- Manifestação na pele: São típicas úlceras em regiões de mucosas (oral, ocular, língua, faringe). 
• Pápulo-pústulas, abscessos, nódulos, fístulas, ulcerações e lesões verrucosas � Raros. 
• Tem alta ocorrência no HIV: Pápulas grandes com depressão central que lembram grandes moluscos contagioso. 
- Diagnóstico: exame direto (leveduras dificilmente encontradas) e corado pela HE (aparece como elementos 
intracelulares) 
- Tratamento: Anfotericina B, que pode ser continuada com itraconazol. 
 
Criptococose/Tolurose: Criptococcus neoformans. 
- Infecção crônica e oportunista. 
- É uma levedura gemulante encapsulada. 
- A infecção primária é sempre pulmonar. 
- Adquiri-se por aspiração. Também relacionada com dejetos de pássaros. 
- Não há sintoma cutâneo característico. 
- O fungo tem neurotropismo. 
- Pode simular molusco contagioso. 
- Em imunodeprimidos (HIV), lembra uma paniculite, equimoses, acneiformas, ulcerativas, abscessos. 
- Diagnóstico: exame direto (célula arredondada), macromorfologia (cultura de crescimento rápido) e 
micromorfologia (célula arerdondada ou ovalado, isolada ou com brotamento único). 
- Tratamento: Anfotericina B EV. Se lesões apenas na pele usa fluconazol ou itraconazol. 
 
 
 
ZOONOSES DERMATOLÓGICAS 
Escabiose (Sarna): Transmissão do ácaro Sarcoptes se dá pelo contato pessoal. 
- Atinge qualquer pessoa em qualquer idade. 
- A fêmea penetra na camada córnea, formando túneis/sulcos e deposita 2-3 ovos/dia por semanas. No momento 
em que os ovos eclodem, eles vão para camadas mais internas. 
Ovos �larvas exapodes � octópodes � ácaro adulto 
- Manifestações Clínicas: 
• Prurido, principalmente noturno. 
• Pápulas 
• Papulo-vesículas 
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• Túneis ou Sulco lineares: pequena saliência linear de até 1 cm com vesico-pápula, perlácea em uma 
extremidade. Visível por pouco tempo. 
• Sinais secundários à caçadura: escoriações e dermatite. Em crianças, pode haver urticas e eczemas. 
- Distribuição: espaços interdigitais das mãos, punhos, cotovelos, região peri-axilar, cintura, nádegas, mama, pés e 
pênis. 
*Em crianças: palmas, pés, face, couro cabeludo e pescoço. 
*Em idosos, as lesões são pouco visíveis. 
- Diagnóstico: clínica (prurido noturno), história familiar ou de pessoas de contato semelhante, exame objetivo com 
presença de sulcos ou pela distribuição e exame laboratorial (incomum). 
 
- Escabiose Atípica: 
• Higiene excessiva. 
• Crianças e lactentes: lesões urticadas ou eczematosas 
• Idosos: lesões no dorso (semelhante ao prurido senil) 
• Iatrogenia: quando é tratada com corticoides tópicos, sistêmicos ou anti-histamínicos. 
• Escabiose nodular: em regiões genitais, inguinal e axilar (reação de hipersensibilidade a produtos da 
degradação parasitária) 
• Hiperinfestação 
• Sarna crostosa 
 
- Escabiose Crostosa ou Norueguesa: alta taxa de transmissibilidade pelo alto número de parasitas. Comum em 
imunocomprometidos e idosos (desnutridos). Apresenta múltiplas áreas de descamação e crostas abundantes em 
ácaros. 
 
- Escabiose por ácaros de animais ou plantas: pápulas ou vesículas com halo urticado em áreas de contato. Evolução 
por surtos. Algodão, cevada e trigo podem causar isso. 
 
- Tratamento: 
• Tópico: usa 3 dias após o banho, pára uma semana, repete depois. 
o PERMETRINA � pode usar em gestantes e crianças 
o LINDANO: não em crianças e gestantes. 
o ENXOFRE PRECIPITADO: pode usar em crianças. 
• Sistêmico: 
o INVERMECTINA: para maiores de 5 anos. Dose única. (para escabiose norueguesa também). Repete em 
1 semana. 
o TIABENDAZOL por 10 dias. 
• Profilaxia para pessoas da família/convívio, prurido pós-tratamento e nódulos da escabiose nodular. 
 
Ixodíase: 
- Causada por carrapatos hematófagos que podem estar infectados e transmitir a rickettisiose e a borreliose (Doença 
de Lyme; Borrelia sp). 
Ovo � ninfa hexápode � ninfa octópode � carrapato

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