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Atividades a serem desenvolvidas: ATIVIDADE 1: O aluno deverá pesquisar informações sobre recuperação de ambientes aquáticos continentais, incluindo ações de recuperação, ações preventivas, tanto nos corpos d’água quanto na bacia hidrográfica, buscando estudos de caso que sirvam de referência a essas ações. ATIVIDADE 2: O aluno deverá escrever um relatório de 800 caracteres com os resultados obtidos pela pesquisa realizada. Os resultados deverão ser postados no ambiente virtual de aprendizagem (BlackBoard). Ambientes aquáticos continentais: atividades de degradação e recuperação Os ambientes aquáticos continentais possuem para seu estudo uma vertente própria dentro da Biologia: a Limnologia. Entende – se a partir da etimologia como o ‘estudo dos lagos”, que observa as reações funcionais e a produtividade das comunidades bióticas de lagos, rios, reservatórios e regiões costeiras, em relação aos seus parâmetros físicos, químicos e biológicos. Os ecossistemas aquáticos em geral, possuem suas particularidades em comparação com o meio terrestre, como por exemplo: o meio aquoso acelera o transporte de nutrientes através da osmose e das membranas celulares; potencializa a transformação da matéria, tendo como consequência um ciclo biogeoquímico mais rápido e interfere diretamente na locomoção da fauna, que pode ter alta mobilidade – como peixes – ou ser totalmente dependente do movimento da massa d’água – como fitoplâncton. Suas propriedades físicas também interferem diretamente na biota local, como a distribuição térmica e luminosa do ambiente. Os serviços ecossistêmicos prestados pelos ambientes aquáticos são muitos, desde a geração de energia, a presença em todos os tipos de produção, até a ligação direta com a saúde e o saneamento básico. Logo, a exploração deste recurso se torna o principal fator de degradação dele. Dentre os impactos pode – se citar: alteração física do habitat, alteração físico-química da água e a adição ou remoção de espécies. Levando em consideração que a água está presente em todos os ecossistemas terrestres – em maior ou menor disponibilidade, o manejo dos recursos hídricos precisam ser baseados de acordo com o ciclo hidrológico da bacia em que o corpo a ser trabalhado está inserido e de acordo com os graus de suscetibilidade de cada um. A restauração dos ecossistemas aquáticos se resume em retornar à condição do meio ao mais próximo que o corpo hídrico era antes da alteração que sofreu, de forma a simular o sistema natural, respeitando as demandas econômicas, sociais e culturais. Em todo o mundo, apesar da grande utilidade dos corpos hídricos como citado anteriormente, sempre houve a tendência de eliminar rios e córregos da paisagem urbana, através da canalização, retificação e até mesmo a eliminação da mata ciliar, que é explicito em grandes cidades como São Paulo e seus rios: Pinheiros e Tietê. Como apresentado no estudo de caso realizado por Moreira, 2016, em um córrego localizado na cidade de Sorocaba – interior de São Paulo - para realizar um processo de restauração é necessário um diagnóstico ambiental pré intervenção, de forma a entender a dinâmica da bacia em que está inserido e as perturbações sofridas decorrente das atividades antrópicas ali realizadas. O ambiente a ser trabalhado pela pesquisadora, sofreu com o desmatamento, represamento, erosão, assoreamento e rompimento de barragem. Levando em consideração que a restauração traz o meio a ser trabalhado ao mais próximo do natural, o projeto a ser implantado priorizou a refazer o curso que o córrego apresentava antes do represamento e recuperando da Área de Proteção Ambiental. Foi necessária a contenção das margens e plantio de gramíneas para evitar a erosão e a conexão dos trechos a jusante e a montante por gabião. Após alcançar a funcionalidade ecológica através das intervenções físicas, foi realizado o reflorestamento com espécies nativas com base na legislação vigente, respeitando uma porcentagem de pioneiras para realizar uma cobertura rápida da área, e uma porcentagem de secundárias, para oferecer uma maior diversidade e futura fonte de alimento para a fauna. Após as intervenções realizadas, foi feito um monitoramento da área de forma que foi possível acompanhar e avaliar as condições do corpo hídrico trabalhado, e foi visível a melhora, mas é necessário um longo período de trabalho e observação para caracterizar o ambiente como recuperado. Com isso, pode – se concluir que é de extrema importância entender o funcionamento dos ecossistemas aquáticos continentais, seus valores econômicos e culturais e a importância de se preservar os mesmos. Em atividades de recuperação, como a citada no texto, é importante ressaltar a interação e interferência direta do meio terrestre com o aquático: há necessidade de trabalhar os dois simultaneamente para se obter um bom resultado e, é necessário um longo período para se considerar o trabalho efetivo, sendo os trabalhos de prevenção mais viáveis do ponto de vista econômico. Referências Bibliográficas POMPÊO, M. Ecologia Limnica – O que é Limnologia. Portal de Ecologia Aquática. Disponível em: <ecologia.ib.usp.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=114 &Itemid=383>. Acesso em: 20 de abril de 2020. SIOLI, H. Limnologia, a ciência. Boletim Paulista de Geografia. Disponível em: www.agb.org.br/publicacoes/index.php/boletim-paulista/article/view/1055/942. Acesso em 20 de abril de 2020. ESTEVES, F. A., CALIMAN, A. Fundamentos de Limnologia. 3ª edição. Rio de Janeiro, RJ. Interciência, 2011 PEREIRA, A.L., Princípios da restauração de ambientes aquáticos continentais. Palotina, PR. Universidade Federal do Paraná – Laboratório de Ecologia, Pesca e Ictiologia. Disponível em: www.ablimno.org.br/boletins/pdf/bol_39(2-1).pdf. Acesso em: 20 de abril de 2020. MALDONADO, A.C. WEDLING, B., Manejo de ecossistemas aquáticos contaminados por metais pesados. Universidade Federal de Uberlândia. Agropecuária Técnica, V. 30 Nº1, Areia, PB, 2009. MOREIRA, P.A.P., A restauração ecológica de córregos tropicais: estudo de caso do Córrego da Campininha, SP, Brasil. Universidade de Sorocaba. Sorocaba, SP, 2016. Disponível em: http://pta.uniso.br/documentos/discentes/2016/paula-panunzio.pdf. Acesso em: 01 de maio de 2020.
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