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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 
PÓS GRADUAÇÃO PÓLITICA E GESTÃO EM SEGURANÇA PÚBLICA 
 
 
 
Resenha do Artigo: 
 
“Edward Norris e o Departamento de Polícia de 
Baltimore.” 
 
 
MARCO POLO DE LIMA FONTES. 
20210405071-2 
 
DISCIPLINA: Dados Criminais na Gestão de Segurança Pública 
Tutor: Viviane de Oliveira Rodrigues 
 
RIO DE JANEIRO/RJ 
 
O artigo em tela trata da plataforma de Martin O ‘Malley acerca da redução da taxa de 
crime violento na cidade de Baltimore, em 1999, o qual parecia ser intratável. Par a isso, 
foi contratado Edward T Norris, consultor do NYPD, para o cargo de comissário 
assistente 
encarregado das operações policiais. Ed Norris por sua vez, estudou a história da cidade 
de Baltimore, fazendo um mapeamento, verificou se os momentos de glórias e de crises, 
percebendo que a partir de 1980 a invasão do crack ampliou os problemas criminais ora 
existe tentes; com isso Baltimore se tornou a cidade mais violenta do país, sendo sua 
taxa de homic ídio sete vezes maior do que as demais cidades. Além da violência 
percebeu alguns problemas sócio - estruturais tais como, falta de planejamento familiar, 
nível de escolaridade baixo e pobreza. 
Ed Norris via o tráfico de drogas como um grande negócio, a creditava que o 
departamento de polícia de veria atuar ali, interrompendo o seu mercado. A audácia do 
comércio de drogas era tanta que eles não se importavam com a presença ou não da 
polícia, se você tentasse incomodá-los ou destruí-los eles matavam você. A taxa de 
crime em Baltimore subia há décadas. A disponibilidade das drogas e seu baixo preço 
permitia um fácil acesso, tráfico ficava cada vez mais violento e competitivo, causando 
muitos incidentes de heroína e crack, Percebeu que a polícia local estava em péssimo 
estado, sem orgulho nenhum, pois além carecer de financiamento, equipamentos, 
tecnologia e organização para combater as ruas já dominadas pelo crime, ainda estava 
muito desunida, cultivada por uma cultura de vingança entre os pares, nutrindo muitas 
desconfianças e brigas entre os policiais. O processo de combate ao crime, ocorriam de 
duas formas, a primeira era a observação pelos próprios policiais e a outra era a 
chamada pelos cidadãos através do 911. O policial avaliava a situação quando chegava 
ao local da ocorrência, passava para a centra l, os detetives chegam e começam as 
investigações, se fosse o caso buscariam o mandato de prisão para o criminoso, após 
detido, o promotor agendaria a audiência de custódia. A filosofia da polícia se dava em 
duas frentes, a primeira, o modelo de construção de comunidade visava à prevenção; 
suas metas principais eram reduzir as tensões raciais e promover uma melhor qualidade 
de vida nas vizinhanças carentes; funcionava, basicamente, com a identificação de 
líderes em cada bairro, incluindo os jovens ao acesso a estudo, trabalho, recreação e, 
ainda mediando conflitos. Já, o segundo modelo de redução de crime, visava à punição; 
a punição era vista como meio de afastar os transgressores das ruas e, ainda, conter 
criminosos em potencial. A política aplicada em Baltimore mostrou que para produzir 
reduções significativas na criminalidade, políticos, polícia, educação, comerciantes e 
líderes de comunidades de vem atuar em conjunto com o fim de melhorar a vida 
daqueles que vivem em áreas de alta criminalidade. 
Os comandantes das delegacias eram responsabilizados pelas estatísticas de 
criminalidade, levando em consideração os dados criminais, sua implantação, seu 
comporta mento e tática, e avaliação. Deveriam eles, mapear os crimes, verificando a 
hora, o 
local e tipo de crime praticado, e fazer análises semanais dessas informações; 
permitindo assim a identificação dos focos de crimes, e a mobilização de recursos 
necessários para aquela determinada área, prevenindo assim a ocorrência do crime. 
 
Quando falamos de Polícia, nos vem na mente logo truculência, agressão, onde 
esquecemos que nas comunidades não é só de Polícia, que a população carente de onde 
geralmente ocorre essa incidência de crimes, tráfico, abusos, e como o próprio exemplo 
de Baltimore todos os segmentos da sociedade precisa participar, temos no nosso 
próprio estado o policiamento de proximidade, também conhecido 
como policiamento comunitário, é uma estratégia que aposta numa relação entre as 
populações e as forças de segurança, com o objetivo de prevenir a criminalidade. Onde 
juntos somos mais fortes. 
 
Referências 
 
Group, Maple Linder. “Dramatically Reducing Crime in Baltimore.” 164. 
Baltimore: Baltimore Police Department, 2000. 
 
Hermann, P. “Baltimore to Put 300 More Police on Street Patrol.” 
Baltimore Sun, April 26 1995, 1. 
 
Reaves, Matthew Hickman andBrianA. “Community Policing in Local 
Police Departments, 1997 and 1999.” Bureau of Justice Statistics 
(2001): 12. 
 
Surkiewicz, Joe. In the Wake of Diallo, Can Baltimore Find an 
Alternative to New York-Style Policing? April 15, 2000 
(accessed on October 30 2002] http://web.lexis- 
nexis.com/universe/printdoc. 
 
Taylor, Ralph B. Breaking Away from Broken Windows. Boulder: 
Westview Press, 2001. “Wage and Salary Statistics.” 
Baltimore, 1998 (accessed on February 13 2003) 
<http://baltimore.about.com/library/blwagesserv.htm>.